Resumo
Dentre as mais importantes causas de morbidade neonatal na prematuridade, destacam-se os distúrbios respiratórios, complicações infecciosas, instabilidade crítica da termorregulação, inabilidade para homeostase energética e falhas na transferência de imunidade passiva. Dentre os problemas de origem pulmonar intimamente relacionados à prematuridade, destaca-se a imaturidade pulmonar por deficiência de surfactante, evoluindo para diminuição da capacidade pulmonar, hipoxemia, hipercapnia e acidose. Os neonatos caninos prematuros apresentam baixa vitalidade, hipotermia, bradipnéia, irregularidade do padrão respiratório, reduzido tônus e responsividade neuro-muscular. As áreas do parênquima pulmonar para efetuar trocas gasosas são limitadas em filhotes prematuros, culminando em alterações do equilíbrio ácidobase. Além disto, os recém-nascidos prematuros apresentam instabilidade energética e falha de transferência de imunidade passiva. Como medida preventiva à morbidade do neonato prematuro, indicase a corticoterapia pré-natal 48 horas antes do parto em cadelas gestantes, induzindo a maturidade funcional do pulmão fetal, além de melhorar a vitalidade e evolução clínica neonatal. Ademais, a corticoterapia antenatal estimula a transferência placentária de imunoglobulinas e absorção de imunoglobulinas colostrais, bem como aumenta a capacidade glicogênica. Nos casos emergenciais, preconiza-se medidas intensivas aos recém-nascidos prematuros, as quais incluem: reanimação respiratória, controle da hipotermia, reposição glicêmica na hipoglicemia e controle imunológico da falha de transferência imune passiva.(AU)
Among the most important causes of neonatal morbidity in prematurity, respiratory disorders, infectious complications, critical instability of thermoregulation, inability for energy homeostasis and failures in the transfer of passive immunity stand out. Among the problems of pulmonary origin closely related to prematurity, pulmonary immaturity due to surfactant deficiency stands out, evolving to decreased lung capacity, hypoxemia, hypercapnia and acidosis. Premature canine neonates have low vitality, hypothermia, bradypnea, irregular breathing pattern, reduced tone and neuromuscular responsiveness. The areas of the lung parenchyma to carry out gas exchange are limited in premature pups, culminating in changes in acid-base balance. In addition, premature newborns have energetic instability and failure to transfer passive immunity. As a preventive measure against premature neonate morbidity, prenatal corticosteroid therapy is indicated 48 hours before delivery in pregnant bitches, inducing functional maturity of the fetal lung, in addition to improving neonatal vitality and clinical evolution. Furthermore, antenatal corticosteroid therapy stimulates the placental transfer of immunoglobulins and the absorption of colostral immunoglobulins, as well as increasing the glycogenic capacity. In emergency cases, intensive measures are recommended for premature newborns, which include: respiratory resuscitation, hypothermia control, glycemic replacement in hypoglycemia and immunological control of passive immune transfer failure.(AU)
Assuntos
Animais , Cães/embriologia , Animais Recém-Nascidos/fisiologia , Tensoativos/análise , Betametasona/análiseResumo
Objetivou-se avaliar o efeito dos anticorpos (ACs) maternos sobre resposta imune humoral induzida pela vacinação em bezerros Holandeses. Bezerros foram distribuídos aleatoriamente em quatro grupos: G1 - vacinados no D14 e D44 (n=6); G2 - vacinados no D90 e D120 (n=5); G3 - vacinados no D180 e D210 (n=8); controle: não vacinado (n=5). Utilizaram-se 5mL de vacina comercial (Cattle Master Gold FP5+L5® - Zoetis, Brasil), por via subcutânea. Foi realizada vírus neutralização (VN) no momento da vacinação, booster e 30 dias após a revacinação. Não foram observadas diferenças entre controle e G1 ou G2 para a frequência de soropositivos ou títulos de ACs contra os vírus respiratórios (P≥0,05). G3 apresentou maior produção de ACs em relação ao controle para BoHV-1 (P<0,01), BRSV (P<0,01) e BPIV-3 (P=0,02) após o booster (D240). A análise no tempo também demonstrou aumento nos títulos de ACs no G3 (P≤0,05). O perfil clínico revelou broncopneumonia apenas no grupo controle (n=4/5) entre 80-135 dias de vida. A imunidade colostral e a vacinal apresentaram perfis inversamente proporcionais, com maior produção de ACs aos seis meses de idade. Devido à precocidade da doença respiratória, estudos complementares são necessários para esclarecer o papel da resposta imune celular na vacinação diante dos ACs maternos.(AU)
This research aimed to evaluate the effect of colostral antibodies (ABs) on the humoral immune response induced by vaccination in Holstein calves. Twenty-four calves were randomly assigned into four groups: G1 - vaccinated on D14 and D44 (n= 6); G2 - on D90 and D120 (n= 5); G3 - on D180 and D210 (n= 8); Control: unvaccinated (n= 5). Commercial vaccine (Cattle Master Gold FP5+L5® - Zoetis, Brazil) was administered subcutaneously (5mL). Virus neutralization test (VN) was performed at the time of vaccination, booster and 30 days after booster to determine AB titers. No differences were observed between control and G1 or G2 for seropositive frequencies and ABs titers (P≥ 0.05). G3 showed higher AB production than control for BoHV-1 (P< 0.01), BRSV (P< 0.01) and BPIV-3 (P= 0.02) after booster (D240). Overtime analysis also exhibited increase in AB titers in G3 (P≤ 0,05). Bronchopneumonia was identified in the control group (n= 4/5) between 80-135 days of life. The colostral and vaccinal immunity presented inversely proportional profiles, with higher production of ABs at 6 months of age. Due to the precocity of respiratory disease further studies are required to clarify the role of cellular immune response to vaccination in face of maternal ABs.(AU)
Assuntos
Animais , Bovinos , Broncopneumonia/veterinária , Vacinação , Imunidade Humoral , Imunidade Materno-Adquirida , Doenças Respiratórias/veterináriaResumo
Objetivou-se avaliar o efeito dos anticorpos (ACs) maternos sobre resposta imune humoral induzida pela vacinação em bezerros Holandeses. Bezerros foram distribuídos aleatoriamente em quatro grupos: G1 - vacinados no D14 e D44 (n=6); G2 - vacinados no D90 e D120 (n=5); G3 - vacinados no D180 e D210 (n=8); controle: não vacinado (n=5). Utilizaram-se 5mL de vacina comercial (Cattle Master Gold FP5+L5® - Zoetis, Brasil), por via subcutânea. Foi realizada vírus neutralização (VN) no momento da vacinação, booster e 30 dias após a revacinação. Não foram observadas diferenças entre controle e G1 ou G2 para a frequência de soropositivos ou títulos de ACs contra os vírus respiratórios (P≥0,05). G3 apresentou maior produção de ACs em relação ao controle para BoHV-1 (P<0,01), BRSV (P<0,01) e BPIV-3 (P=0,02) após o booster (D240). A análise no tempo também demonstrou aumento nos títulos de ACs no G3 (P≤0,05). O perfil clínico revelou broncopneumonia apenas no grupo controle (n=4/5) entre 80-135 dias de vida. A imunidade colostral e a vacinal apresentaram perfis inversamente proporcionais, com maior produção de ACs aos seis meses de idade. Devido à precocidade da doença respiratória, estudos complementares são necessários para esclarecer o papel da resposta imune celular na vacinação diante dos ACs maternos.(AU)
This research aimed to evaluate the effect of colostral antibodies (ABs) on the humoral immune response induced by vaccination in Holstein calves. Twenty-four calves were randomly assigned into four groups: G1 - vaccinated on D14 and D44 (n= 6); G2 - on D90 and D120 (n= 5); G3 - on D180 and D210 (n= 8); Control: unvaccinated (n= 5). Commercial vaccine (Cattle Master Gold FP5+L5® - Zoetis, Brazil) was administered subcutaneously (5mL). Virus neutralization test (VN) was performed at the time of vaccination, booster and 30 days after booster to determine AB titers. No differences were observed between control and G1 or G2 for seropositive frequencies and ABs titers (P≥ 0.05). G3 showed higher AB production than control for BoHV-1 (P< 0.01), BRSV (P< 0.01) and BPIV-3 (P= 0.02) after booster (D240). Overtime analysis also exhibited increase in AB titers in G3 (P≤ 0,05). Bronchopneumonia was identified in the control group (n= 4/5) between 80-135 days of life. The colostral and vaccinal immunity presented inversely proportional profiles, with higher production of ABs at 6 months of age. Due to the precocity of respiratory disease further studies are required to clarify the role of cellular immune response to vaccination in face of maternal ABs.(AU)
Assuntos
Animais , Bovinos , Broncopneumonia/veterinária , Vacinação , Imunidade Humoral , Imunidade Materno-Adquirida , Doenças Respiratórias/veterináriaResumo
Background: Newborn calves are born immunosuppressed, hypogammaglobulinemic, immunologically immature, and therefore more vulnerable to many infectious diseases. During pregnancy, the fetal-placental environment is regulated by Th2-type cytokines that neutralize Th1 responses, an important factor for immune defense against viral agents. The ingestion and absorption of colostral immunoglobulins enhance the immunity of the neonate. However, the presence of maternal antibodies might negatively affect the success of parental vaccination in the first two months of life. This study aimed to evaluate the effecacy of parenteral vaccination in newborn calves with high titers of maternal antibodies against respiratory viruses. Materials, Methods & Results: Twenty-eight Holstein calves were allocated to the vaccinated group (VAC, n = 18) or an unvaccinated control group (NVAC, n = 10). The initial vaccination with 5 mL of a commercial vaccine occurred around the 14th day of life (D14) and the booster at D35. Respiratory and diarrhea symptoms were evaluated at D12, D14, D16, D20, D31, D36, D45, D53, and D60. Blood samples were taken for leukogram, haptoglobin, and seroneutralization of BVDV, BoHV-1, BRSV, and BPI3V, at the time of vaccination at D14 (T1), at booster (D35, T2), and 21 days after the booster (D56, T3). Despite the increased prevalence of BRD during the period of the study, no calves from either group exhibited respiratory disease at D12 or D14. In subsequent assessments, the frequency of BRD increased over time in the VAC group until it reached a maximum prevalence of 38.9% (7/18) at D31. In the NVAC group, the maximum prevalence observed was 40% at D45 and D60. A comparison of the frequencies for BRD cases showed a statistical trend at D36 (P = 0.07), with a higher prevalence for the NVAC group (30%) in relation to the VAC group (5.6%). For the NVAC group, a greater number of total...
Assuntos
Animais , Recém-Nascido , Bovinos , Animais Recém-Nascidos/imunologia , Broncopneumonia/imunologia , Broncopneumonia/veterinária , Complexo Respiratório Bovino/imunologia , Complexo Respiratório Bovino/prevenção & controle , Imunidade Materno-Adquirida , ColostroResumo
ABSTRACT: The aim of this study was to evaluate serum protein and serum IgG concentrations (after a direct enzyme immunoassay test ELISA optimization) in newborns foals from birth to thirty days of life before and after colostrum consumption and intravenous treatment with plasma. Twenty foals and their respective progenitors as well as four plasma donors horses were used. Blood samples were obtained from newborn foals at five time points, immediately after birth and before colostrum intake (M1), ten hours after birth (M2), 24 hours after birth and prior administration of blood plasma (M3), 48 hours after birth and 24 hours after plasma administration (M4), and 30 days after birth (M5). Blood and colostrum samples were collected from the progenitor mares immediately postpartum. Concentration of total protein (TP) and albumin were determined using a biochemical analyzer. The TP concentration was also measured by refractometer. Fractions of total serum protein were separated using agarose gel electrophoresis. Colostrum density was evaluated using BRIX refractometer and specific density colostrometer. Total IgG concentration was determined by an enzyme-linked immunosorbent assay. With the ELISA system proposed here it was possible to determine IgG concentrations in serum, plasma, and equine colostrum samples with adequate repeatability. Serum IgG concentration in foals at birth was 15±8mg/dL (mean ± standard deviation) raising at ten hours (2,408±608mg/dL) and remaining at similar levels up to 48 hours of life (2,364±784mg/dL), and decreasing significantly at 30 days of age (1,414±586mg/dL). Serum and colostrum IgG concentrations of mares were 1,746±505mg/dL and 7,714±2,619mg/dL, respectively. The plasma IgG concentrations from donor mares were 2,026±148mg/dL. Total protein, total globulins, and -globulin fraction showed correlation with IgG. Ten hours post birth was an adequate time to verify the transfer of passive immunity, allowing to adoption prophylactic and/or therapeutic measures in a horse farms. One liter of plasma administered at 24 hours of life was not sufficient to raise serum IgG concentrations in foals without passive immunity transfer failure.
RESUMO: Este trabalho teve por objetivo avaliar o proteinograma e concentrações séricas de IgG (após a padronização de teste ELISA) em potros do nascimento aos trinta dias de idade, antes e depois de mamarem colostro e serem tratados com plasma por via intravenosa. Foram utilizados 20 potros e suas respectivas mães, além de quatro animais doadores de plasma. Foram colhidas amostras de sangue dos potros em cinco momentos, logo após o nascimento e antes de mamar colostro (M1), dez horas após nascimento (M2), 24 horas após nascimento e previamente administração do plasma sanguíneo (M3), 48 horas de vida e 24 horas após administração do plasma sanguíneo (M4), e 30 dias após nascimento (M5). Foram colhidos sangue e colostro das éguas progenitoras no momento do parto. A concentração de proteína total (PT) e albumina foram determinadas em analisador bioquímico, a concentração de PT também foi avaliada em refratômetro manual. O fracionamento proteico foi realizado utilizando eletroforese em gel de agarose. A densidade do colostro foi avaliada com colostrômetros de refração BRIX e de densidade específica. A concentração de IgG total de todas as amostras foi determinada por teste ELISA. Com o sistema de ELISA aqui proposto foi possível determinar concentrações de IgG em amostras de soro, plasma e colostro equino com adequada repetibilidade. A média ± desvio padrão da concentração sérica de IgG dos potros ao nascer, foi de 15±8mg/dL, com dez horas de vida foi de 2.408±608mg/dL, se manteve em níveis semelhantes até 48 horas (2.364±784mg/dL) e diminuíram significativamente aos 30 dias de vida (1.414±586mg/dL). A concentração sérica e colostral de IgG nas éguas foi de 1.746±505mg/dL e 7.714±2.619mg/dL, respectivamente. A concentração plasmática de IgG dos doadores de plasma foi de 2.026±148mg/dL. Houve correlação positiva entre as concentrações séricas de IgG e PT (r=0,69 para refratômetro e r=0,76 para bioquímico), GT (r=0,81) e gamaglobulina (r=0,85). Dez horas após o nascimento foi possível verificar a transferência de imunidade passiva, possibilitando adotar medidas profiláticas e/ou terapêuticas em haras de criação de cavalos. Considerando que a proteína total, globulinas totais e fração -globulina apresentam correlação com IgG, estas determinações são úteis para monitorar os potros após mamarem o colostro. Um litro de plasma administrado às 24 horas de vida não foi suficiente para aumentar as concentrações séricas de IgG, 24 horas após transfusão, em potros com adequada transferência de imunidade passiva.
Resumo
Este trabalho teve por objetivo avaliar o proteinograma e concentrações séricas de IgG (após a padronização de teste ELISA) em potros do nascimento aos trinta dias de idade, antes e depois de mamarem colostro e serem tratados com plasma por via intravenosa. Foram utilizados 20 potros e suas respectivas mães, além de quatro animais doadores de plasma. Foram colhidas amostras de sangue dos potros em cinco momentos, logo após o nascimento e antes de mamar colostro (M1), dez horas após nascimento (M2), 24 horas após nascimento e previamente administração do plasma sanguíneo (M3), 48 horas de vida e 24 horas após administração do plasma sanguíneo (M4), e 30 dias após nascimento (M5). Foram colhidos sangue e colostro das éguas progenitoras no momento do parto. A concentração de proteína total (PT) e albumina foram determinadas em analisador bioquímico, a concentração de PT também foi avaliada em refratômetro manual. O fracionamento proteico foi realizado utilizando eletroforese em gel de agarose. A densidade do colostro foi avaliada com colostrômetros de refração BRIX e de densidade específica. A concentração de IgG total de todas as amostras foi determinada por teste ELISA. Com o sistema de ELISA aqui proposto foi possível determinar concentrações de IgG em amostras de soro, plasma e colostro equino com adequada repetibilidade. A média ± desvio padrão da concentração sérica de IgG dos potros ao nascer, foi de 15±8mg/dL, com dez horas de vida foi de 2.408±608mg/dL, se manteve em níveis semelhantes até 48 horas (2.364±784mg/dL) e diminuíram significativamente aos 30 dias de vida (1.414±586mg/dL). A concentração sérica e colostral de IgG nas éguas foi de 1.746±505mg/dL e 7.714±2.619mg/dL, respectivamente. A concentração plasmática de IgG dos doadores de plasma foi de 2.026±148mg/dL. Houve correlação positiva entre as concentrações séricas de IgG e PT (r=0,69 para refratômetro e r=0,76 para bioquímico), GT (r=0,81) e gamaglobulina (r=0,85). Dez horas após o nascimento foi possível verificar a transferência de imunidade passiva, possibilitando adotar medidas profiláticas e/ou terapêuticas em haras de criação de cavalos. Considerando que a proteína total, globulinas totais e fração γ-globulina apresentam correlação com IgG, estas determinações são úteis para monitorar os potros após mamarem o colostro. Um litro de plasma administrado às 24 horas de vida não foi suficiente para aumentar as concentrações séricas de IgG, 24 horas após transfusão, em potros com adequada transferência de imunidade passiva.(AU)
The aim of this study was to evaluate serum protein and serum IgG concentrations (after a direct enzyme immunoassay test ELISA optimization) in newborns foals from birth to thirty days of life before and after colostrum consumption and intravenous treatment with plasma. Twenty foals and their respective progenitors as well as four plasma donor's horses were used. Blood samples were obtained from newborn foals at five time points, immediately after birth and before colostrum intake (M1), ten hours after birth (M2), 24 hours after birth and prior administration of blood plasma (M3), 48 hours after birth and 24 hours after plasma administration (M4), and 30 days after birth (M5). Blood and colostrum samples were collected from the progenitor mares immediately postpartum. Concentration of total protein (TP) and albumin were determined using a biochemical analyzer. The TP concentration was also measured by refractometer. Fractions of total serum protein were separated using agarose gel electrophoresis. Colostrum density was evaluated using BRIX refractometer and specific density colostrometer. Total IgG concentration was determined by an enzyme-linked immunosorbent assay. With the ELISA system proposed here it was possible to determine IgG concentrations in serum, plasma, and equine colostrum samples with adequate repeatability. Serum IgG concentration in foals at birth was 15±8mg/dL (mean ± standard deviation) raising at ten hours (2,408±608mg/dL) and remaining at similar levels up to 48 hours of life (2,364±784mg/dL), and decreasing significantly at 30 days of age (1,414±586mg/dL). Serum and colostrum IgG concentrations of mares were 1,746±505mg/dL and 7,714±2,619mg/dL, respectively. The plasma IgG concentrations from donor mares were 2,026±148mg/dL. Total protein, total globulins, and γ-globulin fraction showed correlation with IgG. Ten hours post birth was an adequate time to verify the transfer of passive immunity, allowing to adoption prophylactic and/or therapeutic measures in a horse farms. One liter of plasma administered at 24 hours of life was not sufficient to raise serum IgG concentrations in foals without passive immunity transfer failure.(AU)
Assuntos
Animais , Recém-Nascido , Plasma/química , Imunoglobulina G/análise , Cavalos/sangue , Eletroforese/estatística & dados numéricosResumo
O objetivo desse estudo foi investigar os efeitos da mastite, clínica e subclínica, em búfalas mestiças da raça Murrah nas características físicas, microbiológicas e imunes do colostro produzido com relação à eficiência de transferência de imunidade passiva em seus respectivos bezerros. Para isso acompanhou-se o parto de 30 búfalas e de seus bezerros que foram divididos em dois grupos de acordo com o resultado do cultivo bacteriano observado na secreção colostral. Avaliou-se a presença de alterações físicas na glândula mamária e macroscópicas das secreções lácteas, foi realizado a contagem de células somáticas, o California Mastitis Test (CMT) e foram mensuradas as concentrações de IL-6 e TNF- e traçado eletroforético das secreções lácteas e séricas dos bezerros, no momento do parto, às 24 e 48 horas após. A CCS e o CMT mostram-se como importantes indicadores da ocorrência de mastite subclínica, porém baixos valores de CCS e/ou resultados negativos do CMT não implicam, necessariamente, na ausência de infecção intramamária. A presença de agentes microbianos provocou alterações físicas discretas no parênquima mamário e nas características macroscópicas das secreções lácteas das búfalas. Os agentes microbianos isolados nas amostras de colostro foram Streptococcus spp., Staphylococcus spp., Corynebacterium spp., Bacillus spp e Bacillus cereus, sendo o Streptococcus spp. o mais comumente isolado. A ingestão de colostro de vacas bubalinas com mastite subclínica não influencia a transferência de imunidade passiva para os bezerros. As concentrações de IL-6, TNF- , PT, IgG e IgA não diferem em búfalas com e sem isolamento microbiano em suas secreções lácteas. Bezerros que ingeriram colostros positivos ao cultivo apresentaram maiores teores de IL-6, TNF-e menores concentrações de PT e IgG.
The aim of this study was to investigate the effects of clinical and subclinical mastitis on crossbred Murrah buffaloes on the physical, microbiological and immune characteristics of colostrum produced in relation to the passive immunity transfer efficiency in their respective calves. For this, 30 calf buffaloes and their calves were divided into two groups according to the result of the bacterial culture observed in the colostral secretion. The presence of physical changes in the udder and macroscopic glands of milk secretions was evaluated, the somatic cell count, the California Mastitis Test, and the concentrations of IL-6 and TNF- and electrophoretic tracing of milk and serum secretions of the calves, at the time of delivery, at 24 and 48 hours after. CCS and CMT are important indicators of the occurrence of subclinical mastitis, but low CCS values and / or negative CMT results do not necessarily imply the absence of intramammary infection. The presence of microbial agents caused discrete physical alterations in the mammary parenchyma and the macroscopic characteristics of buffalo milk secretions. The microbial agents isolated in the colostrum samples were Streptococcus spp., Staphylococcus spp., Corynebacterium spp., Bacillus spp. And Bacillus cereus, being Streptococcus spp. the most commonly isolated. The ingestion of colostrum from buffalo cows with subclinical mastitis does not influence the transfer of passive immunity to calves. The concentrations of IL-6, TNF-, PT, IgG and IgA didnt differ in buffaloes with and without microbial isolation in their milk secretions. Calves that ingested positive colostrums had higher levels of IL-6, TNF- and lower concentrations of PT and IgG.
Resumo
Objetivou-se determinar o período de absorção das macromoléculas colostrais e a transferência de imunidade passiva em cordeiros da raça Bergamácia. Avaliou-se o proteinograma sérico dos cordeiros antes da ingestão de colostro até 48 horas de vida e das frações colostrais ao nascimento e 12 horas pós-parto. Foi avaliada a concentração de proteína total no soro por refratometria e sua relação com a densidade e quantidade de gamaglobulinas presentes no colostro. A concentração sérica de gamaglobulina nos cordeiros variou de 0,111±0,07g/dL antes da ingestão de colostro a 1,609±0,72g/dL às 48 horas. Nas amostras de colostro, a concentração variou de 3,125±1,27g/dL, imediatamente após o parto, para 1,378±0,82g/dL, 12 horas após. A concentração de proteína sérica total teve acréscimo de 4,46±0,58g/dL para 5,61±0,75g/dL entre o nascimento e após 48 horas, apresentando correlação positiva com a densidade e a proteína total colostral. A absorção colostral pelo cordeiro foi ascendente até 24 horas subsequentes ao parto, quando, então, iniciou-se sua estabilização. A quantificação da proteína sérica, com uso de refratômetro nos cordeiros, pode ser usada como método para avaliar a transferência de imunidade passiva, pois está diretamente relacionada com a absorção de gamaglobulina colostral.(AU)
The period of absorption of colostrum macromolecules and the passive immunity transfer of Bergamacia lambs was determined. The serum proteinogram of lambs before the intake of colostrum up 48 hours of life and colostrum fractions between delivery and twelve hours after birth were measured. The total protein concentration in serum was evaluated by refractometry and also its relationship with the density and amount in colostrum. The serum concentration of gamma globulin in lambs from 0.111±0.07g/dL before the intake of colostrum was 1.609±0.72g/dL at 48 hours. In the colostrum samples, the concentration was 3.125±1.27g/dL immediately after delivery and 1.378±0.82g/dL twelve hours after birth. Serum total protein concentration increased from 4.46±0.58g/dL to 5.61±0.75g/dL between birth and after 48 hours, there was positive correlation with the density and total protein colostrum. The lamb had ascendant colostrum absorption subsequent to delivery, for twelve hours and then began its stabilization. The quantification of serum protein with the use of the refractometer in lambs can be used as a method to evaluate the transfer of passive immunity because it is directly related to the absorption of colostral gammaglobulin.(AU)
Assuntos
Animais , Recém-Nascido , Ovinos/imunologia , Imunoglobulina A Secretora , Colostro/imunologia , Imunização Passiva/veterinária , Proteínas Sanguíneas/análise , Absorção/imunologiaResumo
In order to evaluate the passive immunity against small ruminant lentiviruses (SRLV) in lambs, this study was conducted from two experimental groups. The first one (G1) was established by nine lambs subjected to artificial feeding of colostrum of goats positive for SRLV. The second one (G2) was the control group, consisting of ten lambs subjected to suckling of colostrum from their negative mothers. Blood samples were obtained before the first feeding, after 24 hours of birth and at 7, 15, 30, 50, 70, 90 and 120 days of age. The concentrations of total serum protein (TSP), albumin (ALB), globulin (GLOB) and immunoglobulin G (IgG) were determined and antibodies to SRLV were surveyed from the techniques of agar gel immunodiffusion (AGID), enzyme linked immunosorbent assay (Elisa) and immunoblotting (IB). In both groups, the lowest averages of TSP, GLOB and IgG were observed at birth and the highest averages were observed at 24 hours of life, due to absorption of colostral immunoglobulins. For G1, transfer of immunity could also be detected by immunodiagnostic tests. At birth, the animals were seronegative. After 24 hours, all animals were positive in three serological tests. Negative results began to be observed after 15 days of age by the AGID test. As for Elisa testing, all animals remained reagent until 50 days old. Only IB was able to detect anti-SRLV at 70 days. Regarding G2, all animals tested negative in AGID and IB, from birth until 120 days of age. However,false-positive results were observed until day 15 in Elisa, due to nonspecific reactions. These data areconsistent with the sensitivity and specificity of serological tests and show that starting at 90 days ofage, colostral antibodies to SRLV are no longer detected in the serum of lambs.(AU)
Com a finalidade de avaliar a imunidade passiva contra lentivírus de pequenos ruminantes (LVPR), em cordeiros, este estudo foi conduzido a partir de dois grupos experimentais. O primeiro (G1) foi estabelecido por nove cordeiros submetidos à mamada artificial de pool de colostro de cabras positivas para LVPR. O segundo (G2) foi o controle, constituído por dez cordeiros submetidos à mamada natural de colostro das suas mães negativas. Amostras de sangue foram obtidas antes da primeira mamada, após 24h do nascimento e com sete, 15, 30, 50, 70, 90 e 120 dias de vida. Determinaram-se as concentrações de proteína sérica total (PST), albumina (ALB), globulinas (GLOB) e imunoglobulina G (IgG) e anticorpos anti-LVPR foram pesquisados a partir das técnicas de imunodifusão em gel de agarose (IDGA), ensaio imunoadsorvente ligado à enzima (Elisa) e immunoblotting (IB). Em ambos os grupos, as menores médias de PST, GLOB e IgG foram observadas ao nascimento e as maiores médias foram constatadas às 24 horas de vida, devido à absorção de imunoglobulinas colostrais. Para o G1, a transferência de imunidade também pôde ser constatada pelas provas de imunodiagnóstico. Ao nascimento, os animais estavam soronegativos. Com 24 horas, todos foram reagentes nos três testes sorológicos. Posteriormente, resultados negativos começaram a ser observados, a partir dos 15 dias de idade, pela prova de IDGA. Já pelo teste de Elisa, todos os animais permaneceram reagentes até os 50dias de vida. Apenas o IB foi capaz de detectar anticorpos anti-LVPR aos 70 dias. Em relação ao G2,todos os animais apresentaram resultados negativos nos testes de IDGA e IB, do nascimento aos 120dias de idade. Entretanto, resultados falso-positivos foram observados até os 15 dias nos testes de Elisa,devido a reações inespecíficas.(AU)
Assuntos
Animais , Ovinos , Imunização Passiva/veterinária , Lentivirus Ovinos-Caprinos/imunologia , Testes Imunológicos/veterináriaResumo
O objetivo do presente estudo foi o de avaliar o proteinograma sérico de bezerros alimentados com colostro oriundo de vacas sadias (n = 10 ), com mastite assintomática (n = 10 ) e mastite clínica (n =10 ). As vacas foram alocadas em seus respectivos grupos de acordo com o exame macroscópico da secreção colostral, contagem de células somáticas, CMT e isolamento microbiano. As amostras de sangue dos conceptos foram colhidas logo após o nascimento, 24 e 48 horas após a ingestão do colostro dos quartos infectados e dos sadios. Foi avaliada a concentração de proteína total pelo método do biureto e as concentrações de imunoglobulina A (IgA), imunoglobulina G (IgG), transferrina, albumina e haptoglobina por meio da eletrofoerese em gel de poliacrilamida contendo dodecil sulfato de sódio (SDS-PAGE). Não foram observadas diferenças entre os grupos nas concentrações de albumina, proteína total e IgA. Os bezerros alimen- tados com colostro de vacas com mastite assintomática e clínica apresentaram teores de haptoglobina superiores aos animais sadios. As concentrações de IgG e transferrina foram significativamente inferiores nos bezerros tratados com colostro de vacas com mastite clínica. Concluiu-se que a ingestão de colostro de quartos sadios e infectados de vacas que pariram com mastite (GII e GIII) não resulta em falha de transferência da imunidade passiva.(AU)
The aim of this study was to evaluate the serum protein concentration in newborns fed with colostrum derived from healthy cows (n = 10), cows with subclinical mastitis (n = 10) and cows with clinical mastitis (n = 10). 30 Holstein cows were assigned to their respective groups according to macroscopic examination of colostral secretion, somatic cell count, CMT and presence of bacteria in colostrum samples. Blood samples of the calves were collected immediately after birth, at 24 and 48 hours after ingestion of colostrum. The total protein was measured by the biuret method and the concentrations of immunoglobulin A (IgA), immunoglobulin G (IgG), transferrin, albumin and haptoglobin was determined by sodium dodecyl sulphate-polyacrylamide gel electrophoresis (SDS-PAGE). No differences were observed amongst groups in the concentrations of albumin, total protein and IgA. In animals from cows with subclinical and clinical mastitis haptoglobin concentrations were higher than those of healthy animals. The concentrations of IgG and transferrin were significantly lower in calves from cows with mastitis. We concluded that the ingestion of colostrum from infected and uninfected glands from cows with mastitis (GII e GIII) is unlikely to be an important contributor to the high rate of failure of passive transfer of immunoglobulins in calves.(AU)