Resumo
ABSTRACT: Several surgical procedures aim to decompress and/or stabilize the lumbosacral (LS) joint of dogs; however, the lumbar interbody fusion technique, by using a cage combined with a bone graft, is the most indicated and used in human medicine. No specific implant is available for application to the canine lumbosacral joint. Thus, this study measured lumbosacral discs in large dogs, determined whether a human cage model could fit the dogs L7-S1 intervertebral space, and developed a LS cage prototype for dogs. Ten cadaveric lumbosacral spines from adult dog weighing 20-35kg were used. The dogs had died for reasons unrelated to this study. The vertebral body dimensions and the L7-S1 intervertebral space occupied by the intervertebral disc were measured by lateral and ventrodorsal radiographs and by computed tomography in the dorsal, sagittal, and transverse views. Measurements were also taken of the anatomical specimens in the sagittal and transverse planes. After measuring the intervertebral discs, the following mean measures were obtained for L7-S1 discs: height 12.23mm, dorsal thickness 3.3mm, central thickness 4mm, ventral thickness 5.5mm, and width 24.74mm. The human lumbar cage models from brands LDR, Baumer Orthopedics, Stryker, Synthes, and Vertebral Technologies, Inc. and cervical stabilization cages from the brands B-Braun and Stryker were evaluated and were found to be unsuitable for large dogs. Cervical human cages had measurements similar to those found in this study; however, due to their quadrangular shape, the possibility of being introduced surgically through the surgical accesses available for the articulation between L7-S1 in dogs without injuring the cauda equina or the L7 root is small. A cage model was then developed using 3D modelling software. It was designed for insertion via dorsal laminectomy in the lateral portions of the intervertebral space. To avoid cauda equina lesion, the implant model was developed to be placed laterally to the midline. The cage surface is serrated to prevent using the locking screw to fix it, thus avoiding further injury to nerve structures. The serrated surfaces are also designed to avoid cage migration and promote stability. The prototype allows graft placement in the surrounding intervertebral space, which is fundamental for fusion through integration between the cage and the endplates as well as for bone growth between and around the cage. It was also considered studies on humans showing that the lateral regions of the endplates support a more considerable load. Biomechanical and in vivo studies on the developed model are necessary to evaluate the actual degree of distraction, mobility and the long-term rate of fusion between L7 and S1 and its possible impact on the adjacent motor units, combined or not with dorsal fixation techniques.
RESUMO: Vários procedimentos cirúrgicos visam descomprimir e/ou estabilizar a articulação lombossacra (LS) de cães; no entanto, a técnica de fusão lombar, usando um cage intersomático combinado com um enxerto ósseo, é a mais indicada e utilizada na medicina humana. Não há implante específico disponível para aplicação na articulação lombossacra canina. Assim, neste estudo foi realizada a mensuração do espaço do disco intervertebral lombossacro de cães de raças grandes, para verificar se algum modelo de cage usado na medicina humana poderia ser usado no espaço intervertebral L7-S1 de cães. O segundo objetivo foi desenvolver um protótipo de cage lombossacro para cães. Foram utilizadas dez colunas lombossacras provenientes de cadáveres de cães adultos com peso entre 20 e 35kg. Os cães vieram a óbito por razões não relacionadas a este estudo. As dimensões do corpo vertebral e o espaço intervertebral L7-S1 ocupado pelo disco intervertebral foram medidos por radiografias laterais e ventrodorsais e por tomografia computadorizada nos cortes dorsal, sagital e transversal. Também foram realizadas mensurações das peças anatômicas nos planos sagital e transversal. Após a mensuração dos discos intervertebrais, foram obtidas as seguintes medidas médias dos discos L7-S1: altura 12,23mm, espessura dorsal 3,3mm, espessura central 4mm, espessura ventral 5,5mm e largura 24,74mm. Os modelos de cage lombar humano das marcas LDR, Baumer Orthopaedics, Stryker, Synthes e Vertebral Technologies, Inc. não possuíam dimensões adequadas para os cães. Cages de estabilização cervical das marcas B-Braun e Stryker também foram avaliados e apresentaram medidas semelhantes às encontradas neste estudo; no entanto, devido à sua forma quadrangular, a possibilidade de serem introduzidos cirurgicamente através das abordagens disponíveis para a articulação entre L7-S1 em cães sem lesionar a cauda equina ou a raiz L7 é pequena. Um modelo de cage foi então desenvolvido usando-se o software de modelagem 3D. Foi projetado para inserção via laminectomia dorsal nas porções laterais do espaço intervertebral. Para evitar a lesão da cauda equina, o modelo de implante foi desenvolvido para ser colocado lateralmente à linha média. A superfície do cage é serrilhada para evitar o uso do parafuso de travamento, evitando-se lesões adicionais às estruturas nervosas. As superfícies serrilhadas também foram projetadas para evitar a migração do cage e promover estabilidade. O protótipo permite a colocação do enxerto no espaço intervertebral circundante, fundamental para a fusão através da integração entre o cage e as placas vertebrais terminais, bem como para o crescimento ósseo entre e ao redor do implante. Também foram considerados estudos em seres humanos que mostraram que as regiões laterais das placas vertebrais terminais suportam uma carga maior. São necessários estudos biomecânicos e in vivo do modelo desenvolvido para avaliar o grau real de distração, mobilidade e a taxa de fusão a longo prazo entre L7 e S1 e seu possível impacto nas unidades motoras adjacentes, quando combinado ou não com técnicas de fixação dorsal.
Resumo
Several surgical procedures aim to decompress and/or stabilize the lumbosacral (LS) joint of dogs; however, the lumbar interbody fusion technique, by using a cage combined with a bone graft, is the most indicated and used in human medicine. No specific implant is available for application to the canine lumbosacral joint. Thus, this study measured lumbosacral discs in large dogs, determined whether a human cage model could fit the dogs' L7-S1 intervertebral space, and developed a LS cage prototype for dogs. Ten cadaveric lumbosacral spines from adult dog weighing 20-35kg were used. The dogs had died for reasons unrelated to this study. The vertebral body dimensions and the L7-S1 intervertebral space occupied by the intervertebral disc were measured by lateral and ventrodorsal radiographs and by computed tomography in the dorsal, sagittal, and transverse views. Measurements were also taken of the anatomical specimens in the sagittal and transverse planes. After measuring the intervertebral discs, the following mean measures were obtained for L7-S1 discs: height 12.23mm, dorsal thickness 3.3mm, central thickness 4mm, ventral thickness 5.5mm, and width 24.74mm. The human lumbar cage models from brands LDR, Baumer Orthopedics, Stryker, Synthes, and Vertebral Technologies, Inc. and cervical stabilization cages from the brands B-Braun and Stryker were evaluated and were found to be unsuitable for large dogs. Cervical human cages had measurements similar to those found in this study; however, due to their quadrangular shape, the possibility of being introduced surgically through the surgical accesses available for the articulation between L7-S1 in dogs without injuring the cauda equina or the L7 root is small. A cage model was then developed using 3D modelling software. It was designed for insertion via dorsal laminectomy in the lateral portions of the intervertebral space. To avoid cauda equina lesion, the implant model was developed to be placed laterally to the midline. The cage surface is serrated to prevent using the locking screw to fix it, thus avoiding further injury to nerve structures. The serrated surfaces are also designed to avoid cage migration and promote stability. The prototype allows graft placement in the surrounding intervertebral space, which is fundamental for fusion through integration between the cage and the endplates as well as for bone growth between and around the cage. It was also considered studies on humans showing that the lateral regions of the endplates support a more considerable load. Biomechanical and in vivo studies on the developed model are necessary to evaluate the actual degree of distraction, mobility and the long-term rate of fusion between L7 and S1 and its possible impact on the adjacent motor units, combined or not with dorsal fixation techniques.(AU)
Vários procedimentos cirúrgicos visam descomprimir e/ou estabilizar a articulação lombossacra (LS) de cães; no entanto, a técnica de fusão lombar, usando um cage intersomático combinado com um enxerto ósseo, é a mais indicada e utilizada na medicina humana. Não há implante específico disponível para aplicação na articulação lombossacra canina. Assim, neste estudo foi realizada a mensuração do espaço do disco intervertebral lombossacro de cães de raças grandes, para verificar se algum modelo de cage usado na medicina humana poderia ser usado no espaço intervertebral L7-S1 de cães. O segundo objetivo foi desenvolver um protótipo de cage lombossacro para cães. Foram utilizadas dez colunas lombossacras provenientes de cadáveres de cães adultos com peso entre 20 e 35kg. Os cães vieram a óbito por razões não relacionadas a este estudo. As dimensões do corpo vertebral e o espaço intervertebral L7-S1 ocupado pelo disco intervertebral foram medidos por radiografias laterais e ventrodorsais e por tomografia computadorizada nos cortes dorsal, sagital e transversal. Também foram realizadas mensurações das peças anatômicas nos planos sagital e transversal. Após a mensuração dos discos intervertebrais, foram obtidas as seguintes medidas médias dos discos L7-S1: altura 12,23mm, espessura dorsal 3,3mm, espessura central 4mm, espessura ventral 5,5mm e largura 24,74mm. Os modelos de cage lombar humano das marcas LDR, Baumer Orthopaedics, Stryker, Synthes e Vertebral Technologies, Inc. não possuíam dimensões adequadas para os cães. Cages de estabilização cervical das marcas B-Braun e Stryker também foram avaliados e apresentaram medidas semelhantes às encontradas neste estudo; no entanto, devido à sua forma quadrangular, a possibilidade de serem introduzidos cirurgicamente através das abordagens disponíveis para a articulação entre L7-S1 em cães sem lesionar a cauda equina ou a raiz L7 é pequena. Um modelo de cage foi então desenvolvido usando-se o software de modelagem 3D. Foi projetado para inserção via laminectomia dorsal nas porções laterais do espaço intervertebral. Para evitar a lesão da cauda equina, o modelo de implante foi desenvolvido para ser colocado lateralmente à linha média. A superfície do cage é serrilhada para evitar o uso do parafuso de travamento, evitando-se lesões adicionais às estruturas nervosas. As superfícies serrilhadas também foram projetadas para evitar a migração do cage e promover estabilidade. O protótipo permite a colocação do enxerto no espaço intervertebral circundante, fundamental para a fusão através da integração entre o cage e as placas vertebrais terminais, bem como para o crescimento ósseo entre e ao redor do implante. Também foram considerados estudos em seres humanos que mostraram que as regiões laterais das placas vertebrais terminais suportam uma carga maior. São necessários estudos biomecânicos e in vivo do modelo desenvolvido para avaliar o grau real de distração, mobilidade e a taxa de fusão a longo prazo entre L7 e S1 e seu possível impacto nas unidades motoras adjacentes, quando combinado ou não com técnicas de fixação dorsal.(AU)
Assuntos
Animais , Cães , Doenças do Cão/cirurgia , Degeneração do Disco Intervertebral/veterinária , Síndrome da Cauda Equina/reabilitação , Síndrome da Cauda Equina/veterinária , Região Lombossacral/cirurgia , Doença Crônica/veterináriaResumo
Ruminants may be affected by a wide variety of central nervous system (CNS) diseases. Cerebrospinal fluid (CSF) analysis forms the basis for ante mortem diagnostic evaluation of ruminants with clinical signs involving the CNS. Despite its importance as a tool to aid diagnosis, data regarding CSF examinations in spontaneous cases of CNS diseases in ruminants from Brazil are limited, and most reports involve experimental studies. Therefore, this study aimed to report the results of CSF analysis in 58 ruminants showing signs of neurological disorders. CSF samples for analysis were obtained from 32 cattle, 20 sheep, and 6 goats by cerebello-medullary cistern (n=54) or lumbosacral space (n=4) puncture. These ruminants showed neurological signs related to viral (n=13), mycotic (n=3), or bacterial (n=15) infections, and toxic (n=21), traumatic (n=4), or congenital disorders (n=2). CSF analysis from ruminants with viral infections presented lymphocytic pleocytosis, even though CSF showed no changes in several cases of rabies. Neutrophilic pleocytosis, cloudiness, presence of fibrin clots, and abnormal coloration were evident in the CSF of most cases of CNS bacterial infection, such as meningoencephalitis, meningitis, abscesses, myelitis, and a case of conidiobolomycosis. On the other hand, CSF was unchanged in most cases of toxic disorders, as botulism and hepatic encephalopathy. Elevated CSF density was observed in 60% of ruminants diagnosed with polioencephalomalacia. Our findings show that evaluation of CSF is a valuable diagnostic tool when used in association with epidemiological, clinical and pathological findings for diagnosis of CNS diseases in ruminants.(AU)
Os ruminantes podem ser afetados por uma grande variedade de doenças do sistema nervoso central (SNC). A análise do líquido cefalorraquidiano (LCR) constitui a base da avaliação diagnóstica ante mortem de ruminantes com sinais clínicos envolvendo o SNC. Apesar de sua importância como ferramenta para auxiliar no diagnóstico, os dados referentes aos exames do LCR em casos espontâneos de doenças do SNC em ruminantes no Brasil são limitados, e, a maioria dos relatos envolve estudos experimentais. Portanto, este trabalho teve como objetivo relatar os resultados da análise do LCR em 58 ruminantes com distúrbios neurológicos. Amostras do LCR foram obtidas de 32 bovinos, 20 ovinos e 6 caprinos por punção da cisterna cerebelo-medular (n=54) ou espaço lombossacro (n=4) para posterior análise. Esses ruminantes apresentaram sinais neurológicos relacionados a infecções virais (n=13), micóticas (n=3) ou bacterianas (n=15), e desordens tóxicas (n=21), traumáticas (n=4) ou congênitas (n=2) A análise do LCR de ruminantes com infecções virais apresentou pleocitose linfocítica, embora, em vários casos de raiva, o LCR não tenha apresentado alterações. Pleocitose neutrofílica, turbidez, presença de coágulos de fibrina e coloração anormal foram evidentes no LCR da maioria dos casos de infecções bacterianas do SNC, como meningoencefalites, meningites, abscessos, mielite e um caso de conidiobolomicose. Por outro lado, o LCR não foi alterado na maioria dos casos dos distúrbios tóxicos, como botulismo e encefalopatia hepática. A densidade elevada no LCR foi observada em 60% dos ruminantes diagnosticados com polioencefalomalácia. Nossos resultados mostram que a avaliação do LCR é uma valiosa ferramenta de diagnóstico, quando usada em associação com os achados epidemiológicos, clínicos e patológicos para o diagnóstico de doenças do SNC em ruminantes.(AU)
Assuntos
Animais , Bovinos , Cabras/líquido cefalorraquidiano , Ovinos/líquido cefalorraquidiano , Líquido Cefalorraquidiano , Doenças do Sistema Nervoso/diagnóstico , Doenças do Sistema Nervoso/patologia , Punção Espinal/veterinária , Doenças do Sistema Nervoso/veterináriaResumo
Ruminants may be affected by a wide variety of central nervous system (CNS) diseases. Cerebrospinal fluid (CSF) analysis forms the basis for ante mortem diagnostic evaluation of ruminants with clinical signs involving the CNS. Despite its importance as a tool to aid diagnosis, data regarding CSF examinations in spontaneous cases of CNS diseases in ruminants from Brazil are limited, and most reports involve experimental studies. Therefore, this study aimed to report the results of CSF analysis in 58 ruminants showing signs of neurological disorders. CSF samples for analysis were obtained from 32 cattle, 20 sheep, and 6 goats by cerebello-medullary cistern (n=54) or lumbosacral space (n=4) puncture. These ruminants showed neurological signs related to viral (n=13), mycotic (n=3), or bacterial (n=15) infections, and toxic (n=21), traumatic (n=4), or congenital disorders (n=2). CSF analysis from ruminants with viral infections presented lymphocytic pleocytosis, even though CSF showed no changes in several cases of rabies. Neutrophilic pleocytosis, cloudiness, presence of fibrin clots, and abnormal coloration were evident in the CSF of most cases of CNS bacterial infection, such as meningoencephalitis, meningitis, abscesses, myelitis, and a case of conidiobolomycosis. On the other hand, CSF was unchanged in most cases of toxic disorders, as botulism and hepatic encephalopathy. Elevated CSF density was observed in 60% of ruminants diagnosed with polioencephalomalacia. Our findings show that evaluation of CSF is a valuable diagnostic tool when used in association with epidemiological, clinical and pathological findings for diagnosis of CNS diseases in ruminants.(AU)
Os ruminantes podem ser afetados por uma grande variedade de doenças do sistema nervoso central (SNC). A análise do líquido cefalorraquidiano (LCR) constitui a base da avaliação diagnóstica ante mortem de ruminantes com sinais clínicos envolvendo o SNC. Apesar de sua importância como ferramenta para auxiliar no diagnóstico, os dados referentes aos exames do LCR em casos espontâneos de doenças do SNC em ruminantes no Brasil são limitados, e, a maioria dos relatos envolve estudos experimentais. Portanto, este trabalho teve como objetivo relatar os resultados da análise do LCR em 58 ruminantes com distúrbios neurológicos. Amostras do LCR foram obtidas de 32 bovinos, 20 ovinos e 6 caprinos por punção da cisterna cerebelo-medular (n=54) ou espaço lombossacro (n=4) para posterior análise. Esses ruminantes apresentaram sinais neurológicos relacionados a infecções virais (n=13), micóticas (n=3) ou bacterianas (n=15), e desordens tóxicas (n=21), traumáticas (n=4) ou congênitas (n=2) A análise do LCR de ruminantes com infecções virais apresentou pleocitose linfocítica, embora, em vários casos de raiva, o LCR não tenha apresentado alterações. Pleocitose neutrofílica, turbidez, presença de coágulos de fibrina e coloração anormal foram evidentes no LCR da maioria dos casos de infecções bacterianas do SNC, como meningoencefalites, meningites, abscessos, mielite e um caso de conidiobolomicose. Por outro lado, o LCR não foi alterado na maioria dos casos dos distúrbios tóxicos, como botulismo e encefalopatia hepática. A densidade elevada no LCR foi observada em 60% dos ruminantes diagnosticados com polioencefalomalácia. Nossos resultados mostram que a avaliação do LCR é uma valiosa ferramenta de diagnóstico, quando usada em associação com os achados epidemiológicos, clínicos e patológicos para o diagnóstico de doenças do SNC em ruminantes.(AU)
Assuntos
Animais , Bovinos , Cabras/líquido cefalorraquidiano , Ovinos/líquido cefalorraquidiano , Líquido Cefalorraquidiano , Doenças do Sistema Nervoso/diagnóstico , Doenças do Sistema Nervoso/patologia , Punção Espinal/veterinária , Doenças do Sistema Nervoso/veterináriaResumo
O acesso ao espaço epidural para um bloqueio anestésico seguro e efetivo é um desafio na anestesia de coelhos. A precisão na localização do espaço e no volume anestésico minimizam danos locais e efeitos sistêmicos deletérios. Objetivou com o estudo avaliar a eficácia da técnica de localização do espaço epidural em coelhos (Oryctolagus Cuniculus) com auxílio do estimulador de nervo periférico (ENP) e analisar a progressão do contraste ioexol pelo canal medular por meio de epidurografia, comparando duas técnicas de determinação do volume infundido. Seis coelhos adultos, raça Nova Zelândia Branco, foram submetidos a avaliação clínica e laboratorial. Transportados até o local do experimento, aclimatados por duas horas, e contidos fisicamente para aplicação intramuscular da associação de cloridrato de cetamina 10% (30 mg kg-¹) e midazolam 0,5% (1 mg kg-¹). Após 15 minutos, a veia cefálica foi canulada para indução e manutenção anestésica com propofol (3 mg kg-¹) e fluidoterapia. Ao plano cirúrgico iniciou-se o estudo para localização do espaço epidural com animal em decúbito esternal. No tratamento GI, o volume do ioexol foi instituído pelo peso em quilo de cada coelho sob a fórmula: 0,33 ml x peso. No tratamento GII, realizado oito dias após o tratamento GI, o volume foi instituído pelo comprimento da coluna vertebral em centímetros, distância compreendida entre o osso occipital e a primeira vértebra coccígea (Loc), sob a fórmula: 0,05 ml x Loc. As radiografias da coluna vertebral foram obtidas nas projeções latero-lateral direita e ventrodorsal, aos 5 e 25 minutos após a injeção do contraste ioexol no espaço epidural lombossacro. O volume médio de contraste no GI foi 1,02 ml ( 0,22) e no GII foi 2,10 ml ( 0,14), a média do peso foi 3,23 kg ( 0,69) e do comprimento de coluna foi 42 cm ( 2,83). A quantidade de vértebras lombares foi em média 7,33 ( 0,52). No grupo I (n=6), aos 5 minutos, os limites craniais da progressão do contraste variaram entre L4 e L5 e caudalmente entre L7 e S1. No grupo II (n=5), aos 5 minutos, os limites craniais da progressão do contraste variaram entre T10 e L5 e caudalmente entre S1 e S3. Em ambos os grupos, aos 25 minutos, não se observou a presença do contraste no canal medular. Em um coelho do grupo II foi observado a presença do contraste no espaço subdural em ambas as projeções radiográficas aos 5 e 25 minutos. O regime elétrico foi de 0,25 mA e a injeção do contraste durou 60 segundos. A média geral da frequência respiratória foi 52 mpm ( 21,27), frequência cardíaca 236 bpm ( 51,54), temperatura retal 37,3 ºC ( 0,87), hematócrito 34,17 % ( 3,19), hemoglobina 11 g/dL ( 0,96) e proteína 6,93 g/dL ( 2,08). Concluiu-se com esse estudo que a localização do espaço epidural lombossacro em coelho utilizando o estímulo elétrico de 0,25 mA do neuroestimulador foi eficaz em 91,67 % dos eventos (11 de 12) e o volume de 0,33 ml por quilo apresentou projeção cranial mais estável
Access to the epidural space for a safe and effective anesthetic block is a challenge in rabbit anesthesia. Precision in space location and anesthetic volume minimize local damage and deleterious systemic effects. The aim of the study was to evaluate the effectiveness of the epidural space localization technique in rabbits (Oryctolagus Cuniculus) with the aid of a peripheral nerve stimulator (ENP) and to analyze the propagation of ioexol contrast through the spinal canal by means of epidurography, comparing two determination techniques of the infused volume. Six adult New Zealand White rabbits underwent clinical and laboratory evaluation. Transported to the experimental site, acclimated for two hours, and physically contained for intramuscular application of the association of 10% ketamine hydrochloride (30 mg kg-¹) and 0.5% midazolam (1 mg kg-¹). After 15 minutes, the cephalic vein was cannulated for anesthetic induction and maintenance with propofol (3 mg kg-¹) and fluid therapy. At the surgical plan, the study for the location of the epidural space was started with the animal in sternal decubitus. In the GI treatment, the volume of iohexol was established by the weight in kilograms of each rabbit under the formula: 0.33 ml x weight. In the GII treatment, performed eight days after the GI treatment, the volume was established by the length of the spine in centimeters, the distance between the occipital bone and the first coccygeal vertebra (Loc), under the formula: 0.05 ml x Loc. Spinal radiographs were taken in the right lateral and ventrodorsal projections, at 5 and 25 minutes after the injection of ioexol contrast into the lumbosacral epidural space. The mean volume of contrast in GI was 1.02 ml ( 0.22) and in GII it was 2.10 ml ( 0.14), the mean weight was 3.23 kg ( 0.69) and column length was 42 cm ( 2.83). The number of vertebrae was on average 7.33 ( 0.52). In group I (n=6), at 5 minutes, the cranial limits of contrast propagation varied between L4 and L5 and caudally between L7 and S1. In group II (n=5), at 5 minutes, the cranial limits of contrast propagation varied between T10 and L5 and caudally between S1 and S3. In both groups, at 25 minutes, the presence of contrast in the spinal canal was not observed. In a rabbit from group II, the presence of contrast in the subarachnoid space was observed in both radiographic projections at 5 and 25 minutes. The electrical regime of the ENP was 0.25 mA and the contrast injection lasted 60 seconds. The overall mean respiratory rate was 52 mpm ( 21.27), heart rate 236 bpm ( 51.54), rectal temperature 37.3 ºC ( 0.87), hematocrit 34.17% ( 3.19), hemoglobin 11 g/dL ( 0.96) and protein 6.93 g/dL ( 2.08). It was concluded with this study that the localization of the lumbosacral epidural space in rabbits using the electrical stimulus of 0.25 mA from the neurostimulator was effective in 91.67% (11 of 12 and the volume of 0.33 ml per kilo showed a more stable cranial projection
Resumo
El nervio ciático es el nervio más grande del cuerpo que pertenece a ambos el plexo sacro como el lumbosacra, y hay pocos estudios en la literatura con respecto a la anatomía de este nervio en los pequeños rumiantes. Sabiendo que este nervio es vulnerable a varias lesiones a lo largo de su trayectoria y la carne de la extremidad pélvica es de alto valor comercial, este estudio tuvo como objetivo comprender la formación del nervio ciático y sus territorios de inervación en ovejas Morada Nova. El experimento se llevó a cabo en el Laboratorio de Anatomía de la Universidad Federal Rural de la Zona Semiárida, siendo utilizados 20 medias carcaças derechas de ovino, machos de la raza nueva dirección, con edades comprendidas entre los 6 y 7 meses de edad procedentes de la granja experimental EMPARN-RN. Las carcasas fueron disecadas para ver el nervio ciático, y las piezas almacenadas en cámara fria. Después de diseccionado se examinaron con el ojo desnudo, la variación fue encontrado en la cantidad de las vértebras lumbares y sacras de ovejas, que osciló entre 7 vértebras lumbares y 3 sacrales (90%) y 6 lumbares y cuarto sacrales (10%), cambiando asi el origen del nervio. El nervio ciático se formó por las raíces ventral L7S1S2 (75%) de L6S1S2 (10%) de L7S1S2S3 (10%) y las ramas ventrales S1S2S3 (5%), la distribución de los músculos gluteobiceps, y semimembranoso músculo semitendinoso [...](AU)
The sciatic nerve is the largest nerve in the body, belonging both to the sacral plexus as the lumbosacral, and there are few studies in the literature relating to anatomy of this nerve in small ruminants. Knowing that this nerve is vulnerable to several injuries along its path and that the flesh of the pelvic limb is of high commercial value, this study aimed to understand the formation of the sciatic nerve and its innervation territories in Morada Nova sheep. The experiment was conducted at the Anatomy Laboratory of the Federal Rural University of the Semi-Arid, being rights socks used 20 carcasses heep, of the new address race, aged between 6 and 7 months of age coming from Experimental Farm EMPARN-RN. The carcasses were dissected in order to view the sciatic nerve, and the pieces kept in cold storage. After dissected and examined with the naked eye, it was observed variations in the quantity of the lumbar and sacral vertebrae of sheep, which ranged between 7 and 3 sacral lumbar vertebrae (90%) and 6 lumbar and sacral 4 (10%), changing the origin of the nerve. The sciatic nerve was formed by ventral roots L7S1S2 (75%) of L6S1S2 (10%) of L7S1S2S3 (10%) and ventral branches S1S2S3 (5%), distributing the gluteobiceps muscles, semimembranosus muscle and the semitendinosus and may also innervate the quadriceps muscle of the thigh. The knowledge of these anatomical features can [...](AU)
O nervo isquiático é o maior nervo do corpo pertencendo tanto ao plexo sacral quanto ao lombossacro, sendo raras as citações na literatura referentes à anatomia deste nervo em pequenos ruminantes. Sabendo que este nervo é vulnerável a diversas lesões ao longo de seu trajeto e que a carne do membro pélvico é de alto valor comercial, este trabalho teve como objetivo conhecer a formação do nervo isquiático, bem como seus territórios de inervação em ovinos Morada Nova. O experimento foi conduzido no Laboratório de Anatomia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, sendo utilizadas 20 meias carcaças direitas de ovinos, machos da raça morada nova, com faixa etária entre 6 e 7 meses de idade procedentes da Fazenda Experimental da EMPARN-RN. As carcaças foram dissecadas de modo a visualizar o nervo isquiático e as peças conservadas em câmara fria. Após dissecadas e analisadas a olho nu, verificou-se variações na quantidade de vértebras lombares e sacrais do ovino, que variaram entre 7 vértebras lombares e 3 sacrais (90%) e 6 lombares e 4 sacrais (10%), alterando a origem do nervo. O nervo isquiático foi formado por raízes ventrais de L7S1S2 (75%), de L6S1S2 (10%), de L7S1S2S3 (10%) e por ramos ventrais de S1S2S3 (5%), distribuindo-se pelos músculos glúteobíceps, semitendinoso e músculo semimembranoso, podendo também inervar o músculo quadríceps da coxa. O conhecimento destas [...](AU)
Assuntos
Animais , Nervo Isquiático/anatomia & histologia , Ovinos/anatomia & histologia , Pesos e Medidas Corporais/veterináriaResumo
El nervio ciático es el nervio más grande del cuerpo que pertenece a ambos el plexo sacro como el lumbosacra, y hay pocos estudios en la literatura con respecto a la anatomía de este nervio en los pequeños rumiantes. Sabiendo que este nervio es vulnerable a varias lesiones a lo largo de su trayectoria y la carne de la extremidad pélvica es de alto valor comercial, este estudio tuvo como objetivo comprender la formación del nervio ciático y sus territorios de inervación en ovejas Morada Nova. El experimento se llevó a cabo en el Laboratorio de Anatomía de la Universidad Federal Rural de la Zona Semiárida, siendo utilizados 20 medias carcaças derechas de ovino, machos de la raza nueva dirección, con edades comprendidas entre los 6 y 7 meses de edad procedentes de la granja experimental EMPARN-RN. Las carcasas fueron disecadas para ver el nervio ciático, y las piezas almacenadas en cámara fria. Después de diseccionado se examinaron con el ojo desnudo, la variación fue encontrado en la cantidad de las vértebras lumbares y sacras de ovejas, que osciló entre 7 vértebras lumbares y 3 sacrales (90%) y 6 lumbares y cuarto sacrales (10%), cambiando asi el origen del nervio. El nervio ciático se formó por las raíces ventral L7S1S2 (75%) de L6S1S2 (10%) de L7S1S2S3 (10%) y las ramas ventrales S1S2S3 (5%), la distribución de los músculos gluteobiceps, y semimembranoso músculo semitendinoso [...]
The sciatic nerve is the largest nerve in the body, belonging both to the sacral plexus as the lumbosacral, and there are few studies in the literature relating to anatomy of this nerve in small ruminants. Knowing that this nerve is vulnerable to several injuries along its path and that the flesh of the pelvic limb is of high commercial value, this study aimed to understand the formation of the sciatic nerve and its innervation territories in Morada Nova sheep. The experiment was conducted at the Anatomy Laboratory of the Federal Rural University of the Semi-Arid, being rights socks used 20 carcasses heep, of the new address race, aged between 6 and 7 months of age coming from Experimental Farm EMPARN-RN. The carcasses were dissected in order to view the sciatic nerve, and the pieces kept in cold storage. After dissected and examined with the naked eye, it was observed variations in the quantity of the lumbar and sacral vertebrae of sheep, which ranged between 7 and 3 sacral lumbar vertebrae (90%) and 6 lumbar and sacral 4 (10%), changing the origin of the nerve. The sciatic nerve was formed by ventral roots L7S1S2 (75%) of L6S1S2 (10%) of L7S1S2S3 (10%) and ventral branches S1S2S3 (5%), distributing the gluteobiceps muscles, semimembranosus muscle and the semitendinosus and may also innervate the quadriceps muscle of the thigh. The knowledge of these anatomical features can [...]
O nervo isquiático é o maior nervo do corpo pertencendo tanto ao plexo sacral quanto ao lombossacro, sendo raras as citações na literatura referentes à anatomia deste nervo em pequenos ruminantes. Sabendo que este nervo é vulnerável a diversas lesões ao longo de seu trajeto e que a carne do membro pélvico é de alto valor comercial, este trabalho teve como objetivo conhecer a formação do nervo isquiático, bem como seus territórios de inervação em ovinos Morada Nova. O experimento foi conduzido no Laboratório de Anatomia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, sendo utilizadas 20 meias carcaças direitas de ovinos, machos da raça morada nova, com faixa etária entre 6 e 7 meses de idade procedentes da Fazenda Experimental da EMPARN-RN. As carcaças foram dissecadas de modo a visualizar o nervo isquiático e as peças conservadas em câmara fria. Após dissecadas e analisadas a olho nu, verificou-se variações na quantidade de vértebras lombares e sacrais do ovino, que variaram entre 7 vértebras lombares e 3 sacrais (90%) e 6 lombares e 4 sacrais (10%), alterando a origem do nervo. O nervo isquiático foi formado por raízes ventrais de L7S1S2 (75%), de L6S1S2 (10%), de L7S1S2S3 (10%) e por ramos ventrais de S1S2S3 (5%), distribuindo-se pelos músculos glúteobíceps, semitendinoso e músculo semimembranoso, podendo também inervar o músculo quadríceps da coxa. O conhecimento destas [...]
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Animais , Nervo Isquiático/anatomia & histologia , Ovinos/anatomia & histologia , Pesos e Medidas Corporais/veterináriaResumo
Este trabalho teve como objetivo avaliar a variação entre diferentes raças das medidas radiográficas da articulação lombossacra. Foram utilizados 20 cães da raça Pastor Alemão, 20 cães da raça Rottweiler e 20 da raça Doberman. A articulação lombossacra foi avaliada radiograficamente com os membros pélvicos em posição neutra (N), em ventroflexão (VF) e dorsoextensão (DE). Foram mensurados os ângulos entre os processos articulares de L7 e S1 (PA), entre as epífises distal de L7 e proximal de S1 (EPIF), o ângulo lombossacro (LS), a amplitude de movimento (ROM) desses ângulos, o ponto de interseção das retas que formam esses ângulos e a respectiva ROM. Os resultados mostraram que a altura do canal vertebral em L7 é menor no Pastor Alemão (9,5mm) e maior no Rottweiler (10,5mm). O EPIF-DE foi maior no Pastor Alemão (38,03º). O PA-N foi menor no Pastor Alemão (15,98º). O LS-VF foi menor no Doberman (170,01º), e não diferiu entre o Pastor Alemão (179,17º) e o Rottweiler (176,61º). Os cães Pastores Alemães demonstraram uma maior ROM dos ângulos EPIF e LS. Concluiu-se que cães da raça Pastor Alemão apresentam maior instabilidade dessa articulação em relação às outras duas raças estudadas.(AU)
The purpose of this work was to evaluate the racial difference of radiographic measurements of canine lumbosacral joints.20 German Shepherd, 20 Rottweiler and 20 Doberman dogs were used in the study. The lumbosacral joint was assessed radiographically with the hind limbs in neutral position (N), in ventral flexion (VF) and dorsal extension (DE). We measured the angles between the L7 and S1 articular processes (PA), between the distal L7 and S1 proximal epiphysis (EPIF), the lumbosacral angle (LS), range of motion (ROM) of these angles, the intersection point of the lines that form these angles and their ROM. The results show that the height of the spinal canal in L7 is lower in German Shepherds (9.5mm) than in Dobermans (10mm) and Rottweilers (10.5 mm). The EPIF-DE was higher in the German Shepherd (38.03°). The PA-N was lower in German Shepherd (15.98 °). The LS-VF was lower in the Doberman (170.01°), and LS did not differ statistically between German Shepherd (179.17°) and Rottweiler (176.61°). The ROM of the LS and EPIF angles were greater in the German Shepherd dogs. It was concluded that the German Shepherd dogs have radiographic measurements that lead to greater instability of the lumbosacral joint.(AU)
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Animais , Cães , Articulações/diagnóstico por imagem , Região Lombossacral/anatomia & histologia , Região Lombossacral/diagnóstico por imagem , Radiografia/veterináriaResumo
Este trabalho teve como objetivo avaliar a variação entre diferentes raças das medidas radiográficas da articulação lombossacra. Foram utilizados 20 cães da raça Pastor Alemão, 20 cães da raça Rottweiler e 20 da raça Doberman. A articulação lombossacra foi avaliada radiograficamente com os membros pélvicos em posição neutra (N), em ventroflexão (VF) e dorsoextensão (DE). Foram mensurados os ângulos entre os processos articulares de L7 e S1 (PA), entre as epífises distal de L7 e proximal de S1 (EPIF), o ângulo lombossacro (LS), a amplitude de movimento (ROM) desses ângulos, o ponto de interseção das retas que formam esses ângulos e a respectiva ROM. Os resultados mostraram que a altura do canal vertebral em L7 é menor no Pastor Alemão (9,5mm) e maior no Rottweiler (10,5mm). O EPIF-DE foi maior no Pastor Alemão (38,03º). O PA-N foi menor no Pastor Alemão (15,98º). O LS-VF foi menor no Doberman (170,01º), e não diferiu entre o Pastor Alemão (179,17º) e o Rottweiler (176,61º). Os cães Pastores Alemães demonstraram uma maior ROM dos ângulos EPIF e LS. Concluiu-se que cães da raça Pastor Alemão apresentam maior instabilidade dessa articulação em relação às outras duas raças estudadas.(AU)
The purpose of this work was to evaluate the racial difference of radiographic measurements of canine lumbosacral joints.20 German Shepherd, 20 Rottweiler and 20 Doberman dogs were used in the study. The lumbosacral joint was assessed radiographically with the hind limbs in neutral position (N), in ventral flexion (VF) and dorsal extension (DE). We measured the angles between the L7 and S1 articular processes (PA), between the distal L7 and S1 proximal epiphysis (EPIF), the lumbosacral angle (LS), range of motion (ROM) of these angles, the intersection point of the lines that form these angles and their ROM. The results show that the height of the spinal canal in L7 is lower in German Shepherds (9.5mm) than in Dobermans (10mm) and Rottweilers (10.5 mm). The EPIF-DE was higher in the German Shepherd (38.03°). The PA-N was lower in German Shepherd (15.98 °). The LS-VF was lower in the Doberman (170.01°), and LS did not differ statistically between German Shepherd (179.17°) and Rottweiler (176.61°). The ROM of the LS and EPIF angles were greater in the German Shepherd dogs. It was concluded that the German Shepherd dogs have radiographic measurements that lead to greater instability of the lumbosacral joint.(AU)
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Animais , Cães , Radiografia/veterinária , Articulação Sacroilíaca/anatomia & histologia , Intensificação de Imagem Radiográfica , Polirradiculopatia/veterinária , Região Lombossacral/anatomia & histologia , Padrões de Referência/análiseResumo
NEVES, Eduardo Cavalcante das. Universidade Federal do Acre, abril de 2019. Modelo anatômico 3D para o Ensino de Anestesia Peridural Lombrossacral Canina Entretanto, seu ensino apresenta limitações relacionadas principalmente ao uso de animais em aulas práticas. O objetivo do estudo foi desenvolver um Modelo Anatômico 3D para o Ensino de Anestesia Peridural Canina (MAP3D) e avaliar sua eficácia no processo de Ensino e Aprendizagem previamente a execução da técnica em animais vivos. A criação do MAP3D baseou- se na digitalização e impressão 3D de peças ósseas caninas de vértebras lombares (L5, L6 e L7), osso sacro e pelve. 20 discentes assistiram a um vídeo de APLC previamente ao ensaio clínico e foram distribuídos em dois grupos: Controle e MAP3D, sendo que os discentes do grupo MAP3D manipulavam o modelo proposto após a exibição do vídeo. Para o ensaio clínico 20 cães foram submetidos à anestesia geral e realização da APLC supervisionada pelo médico veterinário anestesiologista. Ao fim dos procedimentos, todos os discentes responderam um questionário que avaliou a principal dificuldade percebida durante a execução da técnica e qual o grau de dificuldade atribuído a sua realização. O MAP3D garantiu a visualização precisa das estruturas anatômicas, proporcionando a percepção da distância da agulha em relação aos túbers sacrais durante a realização da AEC. Sua mobilidade possibilitou simular o animal em estação e decúbito esternal, favorecendo o êxito. O custo total de MAP3D foi de US$ 2,77. O grupo MAP3D atribuiu menor grau de dificuldade em realizar a APLC que o grupo controle. O uso do MAP3D por discentes inexperientes possibilitou uma maior eficácia na execução da técnica em cães vivos, demonstrando um potencial uso no ensino.
NEVES, Eduardo Cavalcante das. Universidade Federal do Acre, april 2019. Anatomic 3D Model for teaching Canine Epidural Anesthesia. Advisor: Yuri Karaccas de Carvalho. Canine Peridural Anaesthesia in Dogs (CPAD) is useful as a complement to the general anesthesia and in the furthering of pre and postoperative analgesia. However, teaching CPAD shows many limitations, related to the use of animals in practical classes. The aim of our study was to build an Anatomic 3D Model (A3DM) for teaching Canine Epidural Anesthesia and to test its effectiveness in Teaching and Learning process prior to execution of the technique in live animals. The creation of A3DM was based on scanning and 3D printing canine bone parts of lumbar vertebrae (L5, L6 and L7), sacrum and pelvis. 20 students watched an CPAD video beforethe clinical trial and were randomly assigned to two groups: Control and A3DM, with the students from the A3DM group manipulating the proposed model after the video was displayed. For the clinical trial 20 dogs were submitted to general anesthesia and performing the CPAD supervised by the veterinarian anesthesiologist. At the end of the procedures, all the students answered a questionnaire that evaluated the main difficulty perceived during the execution of the technique and the degree of difficulty attributed to its accomplishment. The A3DM ensured the exact visualization of all anatomical structures, providing the real perception of distance from the needle to tubers during the technique. The A3DM mobility allowed the student to visualize and imagine the animal in station and sternal recumbency, supporting the CPAD success. A3DM The model had a total cost of US$ 2,77. The group assigned a lower degree of difficulty in performing the CPAD than the control group. The use of A3DM by inexperienced students allowed a greater efficiency in the execution of the technique in living dogs, demonstrating a potential use in teaching.
Resumo
Abstract: This study aimed to describe the topography of the conus of capuchin monkey (Sapajus libidinosus) to provide support for anesthetic procedures, as well as examinations of myelography and CSF collection, among other procedures using the epidural route. Eight animals were dissected, six males and two females, of different ages. The skin was countered for removal of the dorsal musculature for exposure of the entire spine and identification of the lumbar and sacral vertebrae. To establish the end of the spinal cord and to measure the length of the conus medullaris, we opened the lumbosacral spinal canal through side section of the vertebral arches. The dura mater was sectioned to visualize the conus and to observe the topographical relation with the vertebrae. All animals showed five lumbar vertebrae and three sacral vertebrae. The vertebrae were in general very closed with the spinous processes well developed and directed cranially. The conus of capuchin monkeys was located between the L2 and L5 vertebrae, with the base mostly in the L3 vertebra, and the peak in L4. The body length (interarcual space occiptoatlântico until sacrocaudal interarcual space) ranged from 22.9 to 31.8cm, with a mean of 27.44±3.1cm while the medullary cone length ranged from 1.70 to 3.51cm, with a mean of 2.47±0.57cm. There was no correlation between body size and length of the medullary cone (r=0.212). It is concluded that despite the variations in length and positioning of the medullary cone, its height does not exceed the lumbosacral joint, making safe access to the epidural space in this way.
Resumo: Com este estudo objetivou-se descrever a topografia do cone medular do macaco-prego (Sapajus libidinosus) a fim de fornecer suporte para que a realização de procedimentos anestésicos, bem como exames de mielografia e coleta de líquor, dentre outros procedimentos que utilizam a via epidural. Para tanto foram dissecados oito animais, sendo seis machos e duas fêmeas, de diferentes faixas etárias. Rebateu-se a pele para retirada da musculatura da região dorsal, exposição de toda a coluna vertebral e identificação das vértebras lombares e sacrais. Para estabelecer o final da medula espinhal e medir o comprimento do cone medular, foi aberto todo o canal vertebral lombossacro, seccionando-se lateralmente os arcos vertebrais. Em seguida a duramáter foi seccionada para visualização do cone medular e observação da relação topográfica deste com as vértebras. Todos os animais apresentaram cinco vértebras lombares e três vértebras sacrais. As vértebras se apresentaram, de forma geral, muito próximas e com os processos espinhosos bem desenvolvidos e direcionados em sentido cranial. O cone medular dos macacos-prego situou-se entre as vértebras L2 e L5, com a base localizando-se com maior frequência na altura da vértebra L3, enquanto o ápice em L4. O comprimento corporal (espaço interarcual occiptoatlântico até o espaço interarcual sacrocaudal) variou de 22,9 a 31,8cm, com média de 27,44 ±3,1cm enquanto que comprimento do cone medular variou de 1,70 a 3,51cm, com média de 2,47 ±0,57cm. Não houve correlação entre o tamanho do corpo e o comprimento do cone medular (r = 0,212). Conclui-se que apesar das variações do comprimento e posicionamento do cone medular, o seu ápice não ultrapassa a articulação lombossacral, tornando seguro o acesso ao espaço epidural por esta via.
Resumo
Com este estudo objetivou-se descrever a topografia do cone medular do macaco-prego (Sapajus libidinosus) a fim de fornecer suporte para que a realização de procedimentos anestésicos, bem como exames de mielografia e coleta de líquor, dentre outros procedimentos que utilizam a via epidural. Para tanto foram dissecados oito animais, sendo seis machos e duas fêmeas, de diferentes faixas etárias. Rebateu-se a pele para retirada da musculatura da região dorsal, exposição de toda a coluna vertebral e identificação das vértebras lombares e sacrais. Para estabelecer o final da medula espinhal e medir o comprimento do cone medular, foi aberto todo o canal vertebral lombossacro, seccionando-se lateralmente os arcos vertebrais. Em seguida a duramáter foi seccionada para visualização do cone medular e observação da relação topográfica deste com as vértebras. Todos os animais apresentaram cinco vértebras lombares e três vértebras sacrais. As vértebras se apresentaram, de forma geral, muito próximas e com os processos espinhosos bem desenvolvidos e direcionados em sentido cranial. O cone medular dos macacos-prego situou-se entre as vértebras L2 e L5, com a base localizando-se com maior frequência na altura da vértebra L3, enquanto o ápice em L4. O comprimento corporal (espaço interarcual occiptoatlântico até o espaço interarcual sacrocaudal) variou de 22,9 a 31,8cm, com média de 27,44 ±3,1cm enquanto que comprimento do cone medular variou de 1,70 a 3,51cm, com média de 2,47 ±0,57cm. Não houve correlação entre o tamanho do corpo e o comprimento do cone medular (r = 0,212). Conclui-se que apesar das variações do comprimento e posicionamento do cone medular, o seu ápice não ultrapassa a articulação lombossacral, tornando seguro o acesso ao espaço epidural por esta via.(AU)
This study aimed to describe the topography of the conus of capuchin monkey (Sapajus libidinosus) to provide support for anesthetic procedures, as well as examinations of myelography and CSF collection, among other procedures using the epidural route. Eight animals were dissected, six males and two females, of different ages. The skin was countered for removal of the dorsal musculature for exposure of the entire spine and identification of the lumbar and sacral vertebrae. To establish the end of the spinal cord and to measure the length of the conus medullaris, we opened the lumbosacral spinal canal through side section of the vertebral arches. The dura mater was sectioned to visualize the conus and to observe the topographical relation with the vertebrae. All animals showed five lumbar vertebrae and three sacral vertebrae. The vertebrae were in general very closed with the spinous processes well developed and directed cranially. The conus of capuchin monkeys was located between the L2 and L5 vertebrae, with the base mostly in the L3 vertebra, and the peak in L4. The body length (interarcual space occiptoatlântico until sacrocaudal interarcual space) ranged from 22.9 to 31.8cm, with a mean of 27.44±3.1cm while the medullary cone length ranged from 1.70 to 3.51cm, with a mean of 2.47±0.57cm. There was no correlation between body size and length of the medullary cone (r=0.212). It is concluded that despite the variations in length and positioning of the medullary cone, its height does not exceed the lumbosacral joint, making safe access to the epidural space in this way.(AU)
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Animais , Cebidae/anatomia & histologia , Espaço Epidural , Medula Cervical/anatomia & histologia , Anestesia Epidural/métodos , Esqueleto/patologiaResumo
A estenose lombrossacra degenerativa em cães é muito similar à doença lombossacra degenerativa humana, visto que ambas afetam a cauda equina e podem causar déficits neurológicos, claudicação e dor lombar. Algumas modalidades de tratamentos cirúrgicos já foram propostas e as técnicas que promovem fusão interssomática lombar, com o uso de um cage, são as mais indicadas e utilizadas na medicina humana. Essa técnica atualmente está sendo estudada na medicina veterinária, mas não há ainda um implante específico para a articulação lombossacra de cães. Assim, os objetivos do estudo foram analisar a articulação lombossacra de cães de grande porte, procurar dentre os implantes humanos algum modelo que se adequasse ao espaço intervertebral de L7-S1 nos cães e desenvolver um cage próprio para a espécie, que possa ser utilizado para simplificar sua implantação cirúrgica. Foram utilizados dez segmentos lombossacros de cadáveres de cães entre 20-35kg, divididos em dois grupos, mensurando-se as dimensões dos corpos vertebrais e espaço intervertebral ocupado pelo disco em projeções radiográficas, planos nas tomografias computadorizadas (TC) e cortes nas peças coletadas. Não foram encontrados modelos de cage humano lombossacro com medidas adequadas para cães desse porte. Na comparação entre as medidas mensuradas não houve diferenças estatísticas entre as médias obtidas nas radiografias e tomografias comparadas às feitas nas peças, porém houve diferença estatística na comparação realizada entre a projeção ventro-dorsal radiográfica e plano dorsal tomográfico. Assim, por meio das medidas e da observação anatômica da região, foi possível desenvolver dois modelos de cage, utilizando-se um software de modelagem em 3D, com formatos diferentes, porém com medidas semelhantes, projetados para inserção via laminectomia dorsal nas porções laterais do espaço intervertebral. Na radiografia só foi possível a mensuração em duas projeções, sagital e ventro-dorsal, sendo que apenas o plano sagital permitiu boa mensuração do espaço. Já a tomografia computadorizada permitiu que vários cortes fossem realizados, facilitando o processo de desenvolvimento das próteses. Futuros estudos com os modelos desenvolvidos são necessários para indicação de sua implementação na rotina cirúrgica veterinária.
Degenerative lumbosacral stenosis in dogs is similar to the human degenerative lumbosacral disease, since both affect the cauda equina and may cause neurologic deficit, claudication, and low back pain. Some types of surgical treatment have been already proposed and the techniques that foster lumbar intersomatic fusion using cage are the ones most indicated and used in human medicine. Nowadays, there are studies to evaluate the possibility for treatment in veterinary medicine, but there is still no specific implant for the lumbosacral joint of dogs. Thus, the purpose of the present study was to analyze the lumbosacral joint of large breed dogs, to look for among the human implants some design that fit the intervertebral space of L7-S1 in the dogs and to develop a cage suitable to the species and that may be used to simplify its surgical implantation in the lumbar region. Ten lumbosacral segments of cadavers of dogs, weighing between 20-30kg, were used, and these segments were divided into two groups: one, to measure the dimensions of the vertebral bodies and the other, to measure the intervertebral space occupied by the disk in radiographic projections, planes in Computed Tomography (CT) and sections in the collected segments. No human lumbosacral cage models were found with adequate measures for these dogs. In comparison, between the measurements there was no statistical difference between the mean values of radiographs and tomografies, when compared to the measurements of the segments, but there was statistical difference in the comparison between the radiographic ventrodorsal plane and the tomographic dorsal plane. Thus, by the means of these measurements and by the anatomical observation of the lumbar region it was possible to develop two cage models of cages, using 3D modeling software, with different formats, with the same appearance. These cages have been designed to be inserted via dorsal laminectomy and in the lateral portion of the intervertebral space. Concerning the radiograph, it was only possible to get the measurements in two planes: sagittal and ventrodorsal, and only the sagittal plane permitted good measurement of space when compared to the tomography. On the other hand, the Computed Tomography (CT), with its various slice planes, makes it easier to develop prostheses. Biomechanical and in vivo studies of the developed models are required before their implementation in veterinary surgical routine may be indicated.
Resumo
O presente estudo objetivou avaliar o efeito da dexmedetomidina, associada ou não à bupivacaína, na raquianestesia de fêmeas felinas submetidas à ovariohisterectomia. Foram utilizadas 34 gatas, jovens e adultas, sem raça definida, saudáveis submetidas a anestesia inalatória com isofluorano e aos seguintes tratamentos, após distribuição aleatória: grupo bupivacaína (GB) - raquianestesia com a bupivacaína isolada (0,5 mg/kg), grupo dexmedetomidina (GD) - raquianestesia com dexmedetomidina (1 mcg/kg) e grupo de dexmedetomidina bupivacaína (GDB) - raquianestesia com dexmedetomidina (1 mcg/kg) e bupivacaína (0,5 mg/kg). Após a indução da anestesia e manutenção com isofluorano, os animais foram posicionados em decúbito lateral direito para punção subaracnoide realizada no espaço lombossacro com agulha espinhal 25G. Os animais foram mantidos em decúbito dorsal até o final do procedimento cirúrgico e os atributos fisiológicos foram avaliados no período pré, trans e por 3 horas no período pós-operatório. Nenhum animal apresentou arritmia ou hipotensão arterial. O GDB apresentou redução significativa da frequência cardíaca e incremento pressórico quando comparado ao GB (p<0,01). Não houve diferença significativa no consumo de fentanil e no requerimento de isofluorano entre os grupos durante o procedimento cirúrgico. Na dose e diluição empregadas, a bupivacaína não determinou bloqueio motor significativo. As associações utilizadas promoveram analgesia adequada no período pós-operatório. O GDB apresentou maior grau de sedação durante parte da recuperação da anestesia (90min) (p<0,05), sem aumento no tempo de extubação. A adição da dexmedetomidina à bupivacaína na raquianestesia não aumentou o bloqueio motor e sensitivo; entretanto aumentou o grau de sedação dos animais promovendo melhor qualidade na recuperação anestésica sem deflagrar complicações cardiorrespiratória ou neurológica.
The present study aimed to evaluate the effect of dexmedetomidine, associated or not to bupivacaine, on spinal anesthesia in female felines submitted to ovariohysterectomy. Thirty four mixed breed healthy cats, young and adult, underwent inhalation anesthesia with isoflurane and the following treatments, after random distribution: bupivacaine group (BG) - spinal anesthesia with bupivacaine alone (0.5 mg/kg), dexmedetomidine group (DG) - spinal anesthesia with dexmedetomidine (1 mcg/kg). and dexmedetomidine/bupivacaine group (DBG) - spinal anesthesia with dexmedetomidine (1 mcg/kg) and bupivacaine (0.5 mg/kg). After anesthetic induction and maintenance with isoflurane, the animals were positioned in the right lateral recumbency for subarachnoid puncture performed in the lumbosacral space with a 25G spinal needle. The animals were kept in dorsal recumbency until the end of the surgical procedure and the physiological parameters were assessed in the pre, trans and 3 hours postoperative period. No animal presented arrhythmia or arterial hypotension. DBG presented a significant reduction in heart rate and pressure increase when compared to BG (p <0.01). There was no significant difference in fentanyl consumption and in the isoflurane requirement between groups during the surgical procedure. At the dose and dilution used, bupivacaine did not determine significant motor blockage. The associations used promoted adequate analgesia in the postoperative period. DBG had a higher degree of sedation during part of the anesthetic recovery (90min) (p <0.05), without an increase in extubation time. The addition of dexmedetomidine to bupivacaine in spinal anesthesia did not increase motor and sensory blockage; however, it increased the sedation level of the animals, promoting better quality of anesthetic recovery without triggering cardiorespiratory or neurological complications.
Resumo
O objetivo deste trabalho foi realizar a análise descritiva da cinemática e atividade eletromiográfica da coluna vertebral de equinos durante a marcha. A amostra foi composta por 5 equinos adultos, Mangalarga Marchador, livres de claudicação ou dor lombar. Para a análise tridimensional foram utilizados marcadores (retrorreflexivo, 2,6 cm de diâmetro), fixados na pele dos animais com fita adesiva dupla face hipoalergênica, nas apófises dos processos espinhosos das vértebras torácicas (T8, T12, T15, T18), lombares (L3 e L5), da 1ª (S1) vértebra sacral e 1ª (Cd1) coccígea, foram utilizadas 18 câmeras (PRIME 17w, 250Hz Optitrack System®) posicionadas ao redor do animal. O volume de aquisição foi de 16,0×4,8×3,0 metros. Foi avaliada a atividade eletromiográfica nos músculos Longuíssimo Dorsal, Oblíquo Abdominal Externo, Reto Abdominal e Glúteo Médio a partir de sensores (Delsys®) de superfície fixados sobre os mesmo. Os animais foram conduzidos na marcha ao cabresto, de forma rotineira ao exame de claudicação, pelo volume de aquisição. Cada animal realizou cinco passagens pelo volume, com três passadas completas de cada passagem utilizadas para análise. O ciclo da passada foi determinado por dois contatos consecutivos do membro torácico direto ao solo. Os ângulos estudados neste trabalho foram formados pelos marcadores T8-T12-T15 (Torácico Cranial), T12-T15-T18 (Torácico Caudal), T12T18-L5 (Toracolombar 1) ,T15-T18-L3 (Toracolombar 2), T18-L3-L5 (Lombar) e L3S1-Cd1 (Lombossacro), calculados nos planos sagital e transverso. A média e o desvio padrão da variação dos ângulos estudados foi descrita para cada animal em função do ciclo médio de uma passada (100%), e relacionada as fases de apoio e suspensão de cada membro durante este ciclo. Os animais não apresentaram grande mobilidade da coluna vertebral durante a marcha em nenhum dos planos estudados. A lateroflexão ocorreu na região torácica durante o terço médio do apoio diagonal, ipsilateral ao membro torácico apoiado; Na região toracolombar ocorreu no terço médio da fase de apoio diagonal, ipsilateral ao membro pélvico apoiado. No plano sagital o ângulo Torácico Cranial apresentou pico de extensão no terço médio dos apoio diagonais e o de flexão durante o momento de suspensão. No ângulo Torácico Caudal o pico de extensão ocorreu no terço inicial dos apoios diagonais e o de flexão ao final dos mesmos. A coluna torácica foi mantida em postura de flexão durante as trocas de apoio diagonais. Na região toracolombar a máxima extensão ocorreu durante a metade de cada apoio diagonal, com a extensão completa ocorrendo durante os mesmos, e a máxima flexão ocorreu ao final dos apoios diagonais e durante suas trocas, incluindo os apoios tripedais. A articulação lombossacra apresentou predomínio do movimento de extensão. A atividade eletromiográfica do Longuíssimo Dorsal foi ipsilateral ao membro pélvico apoiado, na metade dos apoios diagonais. No Oblíquo Abdominal Externo a atividade foi ipsilateral ao membro pélvico apoiado, no início dos apoios diagonais. O Reto Abdominal apresentou atividade bilateral, no inicio dos apoios diagonais. O Glúteo Médio apresentou atividade ipsilateral ao membro pélvico, do final da fase de suspensão até metade do apoio do mesmo.
The aim of this study was to perform a descriptive analysis of kinematics and electromyographic activity of the spinal column of horses during the gait marcha. Five healthy Mangalarga Marchador horses (without lameness and back pain) were analyzed. For the acquisition of three-dimensional coordinates of the markers (retrorreflexive, 2.6 cm diameter), fixed on the skin with double-sided hypoallergenic tape, over the apophyses of the spinous processes of the thoracic vertebrae (T8, T12, T15, T18), lumbar (L3 and L5), 1st (S1) sacral vertebra and 1st (Cd1) coccygeal, were used eighteen OptiTrack Prime 17W cameras (250Hz) were positioned around the animals and an acquisition volume of 16×4.8×3 meters was used. Electromyographic activity was assessed in the longissimus dorsi, Oblique External Abdominal, rectus abdominis and gluteus medius from fixed surface sensors on the same. The animals were conducted from the acquisition volume at gait marcha, routinely the examination of lameness. Each animal held five passages by volume, with three complete steps of each passage used for analysis. The cycle of the step was determined by two consecutive contacts right forelimb to the ground. Angles studied in this work were formed by markers T8-T12-T15 (Thoracic Cranial), T12-T15-T18 (thoracic flow), T12-T18-L5 (thoracolumbar 1), T15-T18-L3 (thoracolumbar 2), T18 -L3-L5 (lumbar) and L3-S1-Cd1 (lumbosacral), calculated in the sagittal and transverse planes. The mean and standard deviation of the variation of angles studied described for each animal according to the one step cycle (100%) and the related phase support and each suspension member during this cycle. The animals showed no great mobility of the spine during gait in any of the studied plans. The lateral flexion occurred in the thoracic region during the middle third of the diagonal support, on the ipsilateral forelimb supported; In the thoracolumbar region occurred in the middle third of the diagonal support phase, on the ipsilateral hindlimb supported. In the sagittal plane the Thoracic Cranial angle presented extension peak in the middle third of the diagonal support and bending during the time of suspension. The Cranial Thoracic angle extension peak occurred in the first third of the diagonal support and bending the end of the same. The thoracic spine was kept bending posture during the exchange of diagonal support. In the region thoracolumbar maximum extension occurred during half of each diagonal support, as occurring during the full extension thereof, and the maximum bending occurred at the end of the diagonal support and during their exchanges, including tripedal support. The lumbosacral joint showed a predominance of the extension movement. The electromyographic activity of the longissimus dorsi was ipsilateral to the pelvic limb resting in the middle of the diagonal support. The Oblique External Abdominal activity was ipsilateral to the pelvic limb supported at the beginning of the diagonal support. The rectus abdominis showed bilateral activity at the beginning of the diagonal support. The gluteus medius activity showed ipsilateral to the pelvic limb, the end of the suspension phase to half the support of the same.
Resumo
O termo síndrome da cauda equina (SCE) define as manifestações clínicas oriundas da disfunção sensorial e/ou motora causada pela lesão das raízes nervosas que formam a porção terminal da medula espinhal. A estenose lombossacra é a causa mais comum, correlacionando-se à salterações das partes moles e/ou tecidos ósseos neste segmento. Este estudo teve por objetivo realizar uma análise crítica da contribuição dos métodos de imagem, quais sejam exames: radiográfico simples e tomográfico, para avaliação do segmento lombossacro em 30 cães daraça Pastor Alemão. Sendo treze animais pertencentes ao grupo (A) sem manifestações clínicas e alterações radiográficas no segmento lombosacro; doze animais pertencentes ao grupo (B) sem manifestações clínicas com alterações radiográficas no segmento lombossacro e cinco animais pertencentes ao grupo (C) com manifestações clínicas e portadores de alterações radiográficas no segmento lombossacro. Todos os exames foram submetidos a um protocolo de avaliação. O exame tomográfico mostrou-se superior na avaliação do canal vertebral, foramens intervertebrais e processos articulares, os quais puderam ser avaliados com maior riqueza de detalhes. Concluiu-se com esta pesquisa que as duas modalidades de imagem se complementam, constituindo ferramentas importantes na avaliação clínico-cirúrgica do segmento lombossacro, auxiliando no diagnóstico, estabelecimento do prognóstico e da terapêutica a ser adotada.(AU)
The name cauda equina syndrome defines the clinical signs that come from the sensory and or motor neural dysfunction caused by the terminal part of the spinal cord and adjacent nerve roots damages.The stenosis lumbosacral is the most frequent cause, correlating to the alterations of the soft tissues and/ or the bone tissues in the lumbosacral segment. The aim of this study was to analyze critically the real contribution of diagnostic imaging (X-Ray and CT), of the lumbosacral region of 30 German shepherd dogs. There were thirteen animals that belonged to the group (A) without clinical signs and X Ray alterations in the lumbosacral segment; twelve animals belongedto the group (B) without clinical signs, with X-Ray alterations in the lumbosacral segment; five animals belonged to the group (C) with clinical signs and they had X-Ray alterations in the lumbosacral segment. All exams were submitted to one evaluation report. The CT examination showed being superior in the evaluation of the vertebral canal, intervertebral foramen and the articular processes, which could be evaluated with a greater number of details. It was concluded with this research that the two modalities of images complement each other, becoming important tools in the clinical-surgical evaluation in the lumbosacral segment, helping in the diagnosis, prognostic and therapeutic to be adopted.(AU)
Assuntos
Animais , Cauda Equina , Plexo Lombossacral , Tomografia/métodos , CãesResumo
Foram realizados estudos empregando-se analgésicos por via epidural e subcutânea em cadelas de diferentes raças e idades, submetidas à castração mediante celiotomia. Vinte animais foram tranquilizados e anestesiados com tiletamina-zolazepam, e aleatoriamente distribuídos em quatro grupos (n=5), de acordo com o fármaco e a via de administração. Os do grupo morfina (GM) foram submetidos à anestesia epidural no espaço lombossacro, com morfina (0,1mg/kg) associada ao cloreto de sódio a 0,9 por cento. Aos do grupo xilazina (GX), foram administrados xilazina (0,2mg/kg) e cloreto de sódio a 0,9 por cento. Os do grupo meloxicam (GME) receberam 0,2mg/kg do anti-inflamatório meloxicam associado ao cloreto de sódio a 0,9 por cento, injetado pela via subcutânea. Os do grupo-controle (CG) receberam apenas cloreto de sódio a 0,9 por cento. O volume final para as injeções epidurais foi padronizado para 0,3mL/kg. A mensuração inicial da concentração de cortisol plasmático, do ritmo cardíaco, da frequência respiratória e os parâmetros comportamentais foram registrados imediatamente antes do procedimento cirúrgico (M1). Registros adicionais foram apresentados às 2, 6, 12 e 24 horas após o procedimento cirúrgico (M2, M3, M4 e M5, respectivamente). As variáveis comportamentais foram avaliadas por meio de sinais clínicos e seus respectivos escores. Em GX foram observadas depressão respiratória, bradicardia e concentração de cortisol mais alta do que o registrado no GM. A analgesia obtida pelo meloxicam foi considerada ineficiente. É possível concluir que a morfina, via epidural, promoveu menor incidência de efeitos colaterais e melhor analgesia e bem-estar animal.(AU)
The use of analgesics by epidural and subcutaneous way in bitches submitted to surgical sterilization by laparotomy was evaluated. Twenty females dogs of different ages and breeds were sedated and anesthetized with a combination of tiletamine-zolazepam and randomly distributed into four experimental groups of five animals each. Through the epidural space, the animals of each group received 0.1mg/kg of morphine (MG) or 0.2mg/kg of xylazine (XG); while the control group (CG) received a 0.9 percent solution of chloride sodium. The final volume stabilished for lumbosacral epidural injections was 0.3mL/kg. The dogs of meloxicam group (MEG) subcutaneously received 0.2mg/kg of the drug. The initial measurement of plasmatic cortisol concentration, heart and respiratory rates, and behaviour parameters were evaluated as soon as the surgical procedure had finished (M1). These evaluations were repeated after 2, 6, 12, and 24 hours of the post-operative period (M2, M3, M4, and M5 respectively). The behaviour parameters were evaluated by clinical signs and respective scores. Values of cortisol concentration were higher in the xylazine group than the ones registered in the morphine group. Meloxicam failed to provide pain control. Epidural use of morphine guaranteed fewer side effects and better pain control.(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Anti-Inflamatórios , Dor , Cuidados Pós-Operatórios , Bem-Estar do Animal , Castração , Morfina/administração & dosagem , Xilazina/administração & dosagem , Histerectomia/métodos , CãesResumo
A utilização da ultrassonografia vem se tornando cada vez mais frequente na prática da anestesia regional raquidiana e peridural em pacientes humanos, pois oferece maior segurança e eficácia em relação às técnicas convencionais. Até o presente momento, publicações científicas a cerca do emprego desta modalidade diagnóstica como método de imagem auxiliar em bloqueios de neuroeixo são escassos na medicina veterinária. Objetivou-se com este estudo: padronizar a imagem ultrassonográfica do espaço intervertebral lombossacro em cães quanto à topografia, ecogenicidade, ecotextura e interrelações entre as estruturas visibilizadas; avaliar a confiabilidade da ultrassonografia em predizer a profundidade do espaço peridural, por meio da mensuração da distância entre a pele e a porção ventral do ligamento amarelo, e avaliar efeito da idade, peso e escore corporal na qualidade das imagens ultrassonográficas. Procedeu-se a varredura ultrassonográfica do espaço intervertebral lombossacro em 19 cães, em cortes longitudinal mediano, longitudinal paramediano e transversal. Foi possível identificar as estruturas anatômicas nestes diferentes planos de imagem, e as médias e os desvios padrão das medidas obtidas por meio da ultrassonografia em corte longitudinal e transversal, e da medida obtida pós-punção peridural foram, respectivamente, 2,66 ± 1,09cm, 2,75 ± 1,11cm e 2,81 ± 1,27cm. Concluiu-se que a ultrassonografia é uma técnica eficaz quanto à localização e identificação das estruturas anatômicas lombossacras, e permite determinar com precisão a profundidade do espaço peridural. O plano longitudinal paramediano possibilita a avaliação das estruturas anatômicas enquanto o plano mediano permite a localização do espaço intervertebral lombossacro. Para determinar a profundidade do espaço peridural é recomendado...
The ultrasonography has been spreadly used in the practice of spinal and epidural regional anesthesia in human patients because it offers greater safety and efficacy compared to conventional techniques. To date, studies about the use of this method as a imaging diagnostic tool in neuraxial blocks are scarce in veterinary medicine. The aim of this study was to standardize the ultrasound image of the lumbosacral intervertebral space in dogs, regarding the topography, echogenicity, echotexture and the relations among its structures; to evaluate the ultrasound accuracy in predicting the depth of the epidural space, by measuring the distance between the skin and the ventral portion of the ligamentum flavum and to evaluate the effects of age, body weight and body condition on the quality of ultrasound images. Ultrasound evaluation of lumbosacral intervertebral space was performed in 19 dogs in three planes, such as median longitudinal, paramedian longitudinal and transverse. It was possible to identify anatomic structures in these different image planes. The means and standard deviations of the measurements obtained by ultrasonography in both longitudinal and transversal planes, and the measurement obtained after epidural puncture were, respectively, 2,66 ± 1,09cm, 2,75 ± 1,11cm and 2,81 ± 1,27cm. In conclusion, ultrasonography is an effective technique to locate and to identify the anatomic lombossacral structures, and it is valuable to accurately determine the depth of the epidural space. The paramedian longitudinal plane enables the assessment of anatomical structures while the median plane allows the location of the lumbosacral intervertebral space. The transverse plane is recommended to determine the depth of the epidural space. In this study, it was also noticed that there is no effect of age on the quality of ultrasound...
Resumo
A anestesia epidural tem sido utilizada, freqüentemente, pela possibilidade do emprego de doses menores de fármacos que as administradas por outras vias, com menores efeitos adversos e sua associação com a neuroleptoanalgesia pode garantir uma anestesia com profunda sedação e analgesia. Objetivou-se descrever a neuroleptoanalgesia associada à anestesia epidural com xilazina e lidocaína em cutias, utilizando-se seis animais escolhidos aleatoriamente entre machos e fêmeas. Os animais receberam como neuroleptoanalgesia, na mesma seringa fentanil (0,02mg/Kg) e droperidol (2mg/Kg) por via intramuscular. Após 25 minutos, foi feita a injeção epidural no espaço lombossacro com lidocaína (7mg/Kg) e xilazina (0,5mg/Kg) ambos na mesma seringa aplicados durante um minuto. Foram avaliados a freqüência cardíaca, freqüência respiratória, temperatura retal e saturação de oxigênio nos momentos: M0 (antes da neuroleptoanalgesia), M1 (25 minutos após a neuroleptoanalgesia), M2 (logo após a aplicação da anestesia epidural) e posteriormente a cada dez minutos até o M8 (sessenta minutos após a aplicação da epidural). A utilização de xilazina/lidocaína por via epidural pode ser utilizada para a realização de cirurgias pré-umbilicais; a utilização de fentanil associado ao droperidol nas doses utilizadas não foram suficientes para produzir sedação nos animais a ponto de realizar a anestesia epidural co
Resumo
Uma das dificuldades no manejo de animais selvagens encontra-se na pouca informação existente sobre anestesia segura, principalmente em roedores, como a cutia. Diversos protocolos anestésicos foram testados sem sucesso na obtenção de analgesia cirúrgica, mesmo com o uso de pré-medicação com azaperone (4 mg/kg) e meperidina (4 mg/kg) e altas doses de xilazina (0,8 mg/kg) e cetamina (42 mg/kg). Depois de alguns ensaios, observou-se que o uso de doses menores dos anestésicos junto com a técnica de anestesia epidural com lidocaína abolia a resposta voluntária a estímulos dolorosos somáticos. Assim, sete machos, adultos, pertencentes ao Zoológico Municipal de Catanduva, SP, foram tranqüilizados com azaperone (4 mg/kg) e meperidina (4 mg/kg). Quinze minutos depois foram administradas cetamina (20 mg/kg) e xilazina (0,4 mg/kg), também pela via intra-muscular. Posteriormente, foi injetada lidocaína no espaço lombossacro, na dose de 5 mg/kg. Foram avaliados o período de latência da associação anestésica (3,86±1,87 minutos); período de latência da lidocaína epidural (6,86±2,85 minutos); o tempo hábil de analgesia (80,86±16,1 minutos); e a temperatura retal, a qual diminuiu, em média, 1,76±0,53 graus centígrados desde o começo da anestesia até o final do período hábil de analgesia. Todos os animais se recuperaram de forma satisfatória, sem apresentar sinais de excitação e não foram observ