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1.
Acta sci. vet. (Impr.) ; 48(suppl.1): Pub.538-4 jan. 2020. ilus
Artigo em Português | VETINDEX | ID: biblio-1458365

Resumo

Background: Rabies is an infectious disease that is important in the “One Health” worldwide with high lethality rate. The etiological agent is a neurotropic virus, genus Lyssavirus, transmitted mainly through the saliva of infected animals. For equines, the bite of hematophagous bats is the main source of infection. Piauí is an important state for equestrian sports and the increase in the number of horses with neurological clinical signs without diagnosis has increased in recent years. In this context, the aim of this study is to report to the scientific community a confirmed case of equine rabies in the Santa Luz county, Southernmost state of Piauí, Brazil. Case: A 3-year-old female non-defined breed horse, was admitted to the Hospital Veterinário da Universidade Federal do Piauí (UFPI/CPCE). The equine had difficulty walking 2 days ago, in the panoramic inspection was restless and disoriented in the paddock. Rectal temperature of 38.2°C, heart rate of 60 bpm, respiratory rate of 40 mpm, congested mucosa and dyspnea were verified. With the progression of the neurological signals, it positioned itself in a lateral decubitus with pedaling movements, hyperesthesia, dysphagia and paralysis of the hindlimbs. The clinical suspicion was rabies and the Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (ADAPI) was communicated to euthanize the animal and collect samples for diagnosis in accordance with official standards of the Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). At necropsy, there was slight brain hyperemia, with no other significant organ changes. Fragments of the cerebellum, cortex, hippocampus and spinal cord were collected and sent at a temperature of 4°C to perform the Direct Immunofluorescence (DIF) assay. Samples for histopathology were not collected because they do not include assay for confirmatory diagnosis of rabies. The DIF technique with...


Assuntos
Animais , Cavalos/virologia , Lyssavirus , Quirópteros/virologia , Raiva/epidemiologia , Raiva/veterinária , Vírus da Raiva/isolamento & purificação , Brasil , Técnica Direta de Fluorescência para Anticorpo/veterinária
2.
Acta sci. vet. (Online) ; 48(suppl.1): Pub. 538, 21 out. 2020. ilus
Artigo em Português | VETINDEX | ID: vti-765364

Resumo

Background: Rabies is an infectious disease that is important in the “One Health” worldwide with high lethality rate. The etiological agent is a neurotropic virus, genus Lyssavirus, transmitted mainly through the saliva of infected animals. For equines, the bite of hematophagous bats is the main source of infection. Piauí is an important state for equestrian sports and the increase in the number of horses with neurological clinical signs without diagnosis has increased in recent years. In this context, the aim of this study is to report to the scientific community a confirmed case of equine rabies in the Santa Luz county, Southernmost state of Piauí, Brazil. Case: A 3-year-old female non-defined breed horse, was admitted to the Hospital Veterinário da Universidade Federal do Piauí (UFPI/CPCE). The equine had difficulty walking 2 days ago, in the panoramic inspection was restless and disoriented in the paddock. Rectal temperature of 38.2°C, heart rate of 60 bpm, respiratory rate of 40 mpm, congested mucosa and dyspnea were verified. With the progression of the neurological signals, it positioned itself in a lateral decubitus with pedaling movements, hyperesthesia, dysphagia and paralysis of the hindlimbs. The clinical suspicion was rabies and the Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (ADAPI) was communicated to euthanize the animal and collect samples for diagnosis in accordance with official standards of the Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). At necropsy, there was slight brain hyperemia, with no other significant organ changes. Fragments of the cerebellum, cortex, hippocampus and spinal cord were collected and sent at a temperature of 4°C to perform the Direct Immunofluorescence (DIF) assay. Samples for histopathology were not collected because they do not include assay for confirmatory diagnosis of rabies. The DIF technique with...(AU)


Assuntos
Animais , Raiva/epidemiologia , Raiva/veterinária , Vírus da Raiva/isolamento & purificação , Cavalos/virologia , Lyssavirus , Quirópteros/virologia , Brasil , Técnica Direta de Fluorescência para Anticorpo/veterinária
3.
Ciênc. Anim. (Impr.) ; 30(4): 138-143, 2020. ilus
Artigo em Português | VETINDEX | ID: biblio-1472672

Resumo

A raiva é uma doença infecciosa, potencialmente zoonótica, de distribuição mundial que afeta mamíferos domésticos, silvestres e humanos. Na América do Sul a raiva paralítica ocorre na forma de surtos cíclicos e é transmitida por morcegos hematófagos, principalmente o Desmodus rotundus. É uma doença responsável por prejuízos econômicos na pecuária, além de apresentar importância para a saúde pública. O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso de raiva suína diagnosticado no Laboratório Regional de Diagnóstico, da Faculdade de Veterinária, da Universidade Federal de Pelotas. O caso ocorreu em uma propriedade localizada no município do Capão do Leão em um suíno, fêmea, sem raça definida, de dois anos de idade, criada em regime semiextensivo. Segundo o proprietário o animal apresentou apatia, anorexia, paralisia progressiva e decúbito lateral. Devido a evolução do quadro clínico foi realizada a eutanásia. Na necropsia não foram observadas lesões significativas. No exame histopatológico do encéfalo observou-se meningoencefalite não supurativa, manguito perivascular de linfócitos e raros eosinófilos, além de satelitose e gliose. Fragmentos do encéfalo e medula foram submetidos ao exame de Imunofluorescência Direta e prova biológica, confirmando o diagnóstico de raiva.


Rabies is a potentially zoonotic infectious disease with worldwide distribution that affects domestic, wild and human mammals. In South America, paralytic rabies occurs in the form of cyclic outbreaks and is transmitted by hematophagous bats, mainly Desmodus rotundus. It is a disease responsible for economic losses in livestock, besides of presenting importance to public health. This paper aims to report a case of swine rabies diagnosed at the Laboratório Regional de Diagnostico, Faculdade de Veterinária, Universidade Federal de Pelotas. The case occurred in a property located in the county of Capão do Leão in a female pig, twoyear-old, undefined breed, raised in a semi-extensive regime. According to the owner, the animal presented apathy, anorexia, progressive paralysis and lateral decubitus. Due to the evolution of the clinical condition, euthanasia was performed. At necropsy no significant lesions were observed. Histopathological examination of the brain showed non-suppurative meningoencephalitis, perivascular cuff of lymphocytes and rare eosinophils, as well as satelitosis and gliosis. Brain and spinal cord fragments were submitted to Direct Immunofluorescence and biological tests, confirming the diagnosis of rabies.


Assuntos
Animais , Doenças dos Suínos , Imunofluorescência/veterinária , Paralisia/veterinária , Raiva/veterinária , Zoonoses
4.
Ciênc. Anim. (Impr.) ; 30(4): 138-143, 2020. ilus
Artigo em Português | VETINDEX | ID: vti-29993

Resumo

A raiva é uma doença infecciosa, potencialmente zoonótica, de distribuição mundial que afeta mamíferos domésticos, silvestres e humanos. Na América do Sul a raiva paralítica ocorre na forma de surtos cíclicos e é transmitida por morcegos hematófagos, principalmente o Desmodus rotundus. É uma doença responsável por prejuízos econômicos na pecuária, além de apresentar importância para a saúde pública. O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso de raiva suína diagnosticado no Laboratório Regional de Diagnóstico, da Faculdade de Veterinária, da Universidade Federal de Pelotas. O caso ocorreu em uma propriedade localizada no município do Capão do Leão em um suíno, fêmea, sem raça definida, de dois anos de idade, criada em regime semiextensivo. Segundo o proprietário o animal apresentou apatia, anorexia, paralisia progressiva e decúbito lateral. Devido a evolução do quadro clínico foi realizada a eutanásia. Na necropsia não foram observadas lesões significativas. No exame histopatológico do encéfalo observou-se meningoencefalite não supurativa, manguito perivascular de linfócitos e raros eosinófilos, além de satelitose e gliose. Fragmentos do encéfalo e medula foram submetidos ao exame de Imunofluorescência Direta e prova biológica, confirmando o diagnóstico de raiva.(AU)


Rabies is a potentially zoonotic infectious disease with worldwide distribution that affects domestic, wild and human mammals. In South America, paralytic rabies occurs in the form of cyclic outbreaks and is transmitted by hematophagous bats, mainly Desmodus rotundus. It is a disease responsible for economic losses in livestock, besides of presenting importance to public health. This paper aims to report a case of swine rabies diagnosed at the Laboratório Regional de Diagnostico, Faculdade de Veterinária, Universidade Federal de Pelotas. The case occurred in a property located in the county of Capão do Leão in a female pig, twoyear-old, undefined breed, raised in a semi-extensive regime. According to the owner, the animal presented apathy, anorexia, progressive paralysis and lateral decubitus. Due to the evolution of the clinical condition, euthanasia was performed. At necropsy no significant lesions were observed. Histopathological examination of the brain showed non-suppurative meningoencephalitis, perivascular cuff of lymphocytes and rare eosinophils, as well as satelitosis and gliosis. Brain and spinal cord fragments were submitted to Direct Immunofluorescence and biological tests, confirming the diagnosis of rabies.(AU)


Assuntos
Animais , Doenças dos Suínos , Raiva/veterinária , Zoonoses , Paralisia/veterinária , Imunofluorescência/veterinária
5.
Arq. bras. med. vet. zootec. (Online) ; 70(1): 169-173, Jan.-Feb. 2018. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS, VETINDEX | ID: biblio-888091

Resumo

The wild cycle of rabies constitutes a serious challenge to epidemiological surveillance for disease control in domestic, companion or production animals, and in humans. The understanding of rabies virus circulation in the natural environment is increasingly important due to the constancy of natural reservoirs of the disease and the presence of potential vectors of the infection to humans and domestic animals. Aiming to evaluate the occurrence of rabies in the State of Sergipe a total of 935 hematophagous bats (Desmodus rotundus), 46 wild dogs (Cerdocyon thous) and 24 primates (Callithrix spp.) were analyzed from 1987 to 2014, of which 1 bat, 17 crab-eating foxes and no primates were positive. Due to the lack of positive results in hematophagous bats, the main vector of herbivorous rabies, more studies are needed to monitor cases, because from an epidemiological point of view, Sergipe is endemic for herbivorous rabies. Epidemiological surveillance of rabies virus in wild animals is primordial for the success of disease control programs in herds of domestic animals and humans.(AU)


O ciclo silvestre da raiva constitui um sério desafio para a vigilância epidemiológica no controle da doença nos animais domésticos, de companhia ou de produção, e nos seres humanos. O entendimento sobre a circulação do vírus rábico no ambiente natural é cada vez mais importante, em razão da constância de reservatórios naturais da doença e da presença de vetores potenciais da infecção aos humanos e aos animais domésticos. Com o objetivo de avaliar a ocorrência da raiva no estado de Sergipe, foram analisados 935 morcegos hematófagos (Desmodus rotundus), 46 cachorros-do-mato (Cerdocyon thous) e 24 primatas (Callithrix spp.) no período de 1987 a 2014, dos quais resultaram positivos um morcego, 17 cachorros-do-mato e nenhum primata. Em que pese a contundente falta de resultados positivos em morcegos hematófagos, principal vetor da raiva dos herbívoros, mais estudos são necessários no monitoramento dos casos, pois o estado, do ponto de vista epidemiológico, é endêmico para a raiva dos herbívoros. A vigilância epidemiológica do vírus da raiva nos animais silvestres é primordial para o sucesso dos programas de controle da doença em rebanhos de animais domésticos e em seres humanos.(AU)


Assuntos
Animais , Primatas/anormalidades , Raiva/epidemiologia , Epidemiologia Descritiva , Animais Selvagens/anormalidades , Quirópteros , Canidae
6.
Arq. bras. med. vet. zootec. (Online) ; 70(1): 169-173, jan.-fev. 2018. tab, graf
Artigo em Inglês | VETINDEX | ID: vti-18403

Resumo

The wild cycle of rabies constitutes a serious challenge to epidemiological surveillance for disease control in domestic, companion or production animals, and in humans. The understanding of rabies virus circulation in the natural environment is increasingly important due to the constancy of natural reservoirs of the disease and the presence of potential vectors of the infection to humans and domestic animals. Aiming to evaluate the occurrence of rabies in the State of Sergipe a total of 935 hematophagous bats (Desmodus rotundus), 46 wild dogs (Cerdocyon thous) and 24 primates (Callithrix spp.) were analyzed from 1987 to 2014, of which 1 bat, 17 crab-eating foxes and no primates were positive. Due to the lack of positive results in hematophagous bats, the main vector of herbivorous rabies, more studies are needed to monitor cases, because from an epidemiological point of view, Sergipe is endemic for herbivorous rabies. Epidemiological surveillance of rabies virus in wild animals is primordial for the success of disease control programs in herds of domestic animals and humans.(AU)


O ciclo silvestre da raiva constitui um sério desafio para a vigilância epidemiológica no controle da doença nos animais domésticos, de companhia ou de produção, e nos seres humanos. O entendimento sobre a circulação do vírus rábico no ambiente natural é cada vez mais importante, em razão da constância de reservatórios naturais da doença e da presença de vetores potenciais da infecção aos humanos e aos animais domésticos. Com o objetivo de avaliar a ocorrência da raiva no estado de Sergipe, foram analisados 935 morcegos hematófagos (Desmodus rotundus), 46 cachorros-do-mato (Cerdocyon thous) e 24 primatas (Callithrix spp.) no período de 1987 a 2014, dos quais resultaram positivos um morcego, 17 cachorros-do-mato e nenhum primata. Em que pese a contundente falta de resultados positivos em morcegos hematófagos, principal vetor da raiva dos herbívoros, mais estudos são necessários no monitoramento dos casos, pois o estado, do ponto de vista epidemiológico, é endêmico para a raiva dos herbívoros. A vigilância epidemiológica do vírus da raiva nos animais silvestres é primordial para o sucesso dos programas de controle da doença em rebanhos de animais domésticos e em seres humanos.(AU)


Assuntos
Animais , Primatas/anormalidades , Animais Selvagens/anormalidades , Epidemiologia Descritiva , Raiva/epidemiologia , Quirópteros , Canidae
7.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-220081

Resumo

Os quirópteros constituem um importante grupo de reservatórios de vírus de importância em saúde pública. As razões para isso são várias, tais como a ampla diversidade, extensa distribuição, longevidade, adaptação a ecossistemas alterados, grande diversidade trófica, diversidade de habitats, capacidade de voar longas distancias, e a alta interação entre espécies tanto da mesma ordem como entre outras espécies de mamíferos, incluindo os humanos. Centenas de vírus tem sido associados a morcegos, entre os quais se encontram os influenzavírus e os coronavírus. Este tipo de associação vírus-hospedeiro de longa data pode ter se originado através de processos de co-evolução. Sendo assim, a detecção precoce e caracterização destes vírus em seus hospedeiros naturais poderia ajudar a entender melhor fenômenos spillover em humanos como o que aconteceu recentemente com o SARS-CoV-2. Este estudo teve como objetivo detectar por métodos moleculares a presença de alfa influenzavírus (IAV) e coronavírus (Orthocoronavirinae) em morcegos não hematófagos coletados no estado de São Paulo, Brasil. Assim, amostras de pulmão e intestino delgado de 111 morcegos oriundos de 23 municípios do estado de São Paulo foram obtidas e identificadas em 12 espécies diferentes pela amplificação e sequenciamento de 710 pb do gene mitocondrial COI. As amostras foram processadas buscando a amplificação por RT-PCR de um fragmento de 245 pb do gene da proteína da Matriz (M) dos IAV; e amplificação por RT-nPCR de um fragmento de 602 e 440 pb do gene que codifica a RNA polimerase dependente de RNA (RpRd) dos coronavírus. O limite de detecção de cada PCR também foi determinado. Não foi observada amplificação em nenhuma das amostras testadas para coronavírus e IAV. O limite inferior de detecção das reações foi determinado em 4,59 cópias genômicas/µL para a RT-PCR de IAV, e 3,53x103 copias genômicas/µL para a RT-nPCR de coronavírus. Embora tenha se demostrado que os morcegos albergam um grande número de patógenos, os resultados do presente estudo apoiam a teoria de que a circulação de vírus em morcegos na natureza muitas vezes é baixa, e de que a nossa compreensão da complexa dinâmica infecciosa destes vírus em condições selvagens ainda é limitada.


Bats constitute an important group of virus reservoirs of public health importance. The reasons for this are several, such as wide diversity, extensive distribution, longevity, adaptation to altered ecosystems, great trophic diversity, habitat diversity, ability to fly long distances, and the high interaction between species both of the same order and among others mammal species, including humans. Hundreds of viruses have been associated with bats, including influenza viruses and coronaviruses. This type of long-standing virus-host association may have originated through co-evolution processes. Thus, early detection and characterization of these viruses in their natural hosts could help to better understand spillover phenomena in humans, such as what happened recently with SARS-CoV-2. This study aimed to detect by molecular methods the presence of alpha influenza virus (IAV) and coronavirus (Orthocoronavirinae) in non-hematophagous bats collected in the state of São Paulo, Brazil. Thus, samples of lung and small intestine from 111 bats from 23 cities in the state of São Paulo were obtained and identified in 12 different species by amplification and sequencing of 710 bp of the mitochondrial COI gene. Samples were processed seeking amplification by RT-PCR of a 245 bp fragment of the IAV Matrix (M) protein gene; and amplification by RT-nPCR of a 602 and 440 bp fragment of the gene encoding the RNA-dependent RNA polymerase (RpRd) of the coronaviruses. The detection limit of each PCR was also determined. Amplification was not observed in any of the samples tested for coronavirus and IAV. The lower limit of detection of reactions was determined as 4.59 genomic copies/µL for IAV RT-PCR, and 3.53x103 genomic copies/µL for coronavirus RT-nPCR. Although bats have been shown to harbor a large number of pathogens, the results of the present study support the theory that virus circulation in bats in the wild is often low, and that our understanding of the complex infectious dynamics of these viruses in wild conditions is still limited.

8.
Tese em Inglês | VETTESES | ID: vtt-220226

Resumo

Estima-se que 75% das doenças emergentes compreendam zoonoses, cuja maioria tem como fontes de infecção animais selvagens; destas, cerca de 22,8% são veiculadas por vetores artrópodes. Desta forma, monitorar a presença de patógenos em animais selvagens em nichos compartilhados com seres humanos se torna um importante método preventivo de infecções zoonóticas. As famílias Bartonellaceae e Anaplasmataceae englobam Alphaproteobactérias Gram-negativas, intracelulares facultativas e obrigatórias, respectivamente, que vêm sendo identificadas em uma ampla variedade de mamíferos, incluindo seres humanos. Já os micoplasmas hemotróficos são bactérias Gram-negativas sem parede celular, de localização epieritrocitária, que podem causar desde infecções assintomáticas até anemia hemolítica severa, tanto em animais como em humanos. Coxiella burnetii é o principal representante da família Coxiellaceae (Gammaproteobactérias) e é conhecida por causar a Febre Q em humanos. Apesar de ser transmitido por aerossóis, esse agente vem sendo detectado em diversos ectoparasitos que talvez possam atuar em seu ciclo de vida. Já os piroplasmas são protozoários da ordem Piroplasmida e causam principalmente anemia hemolítica em animais de produção, domésticos e, eventualmente, em seres humanos. Embora esses agentes supracitados vêm sendo cada vez mais estudados em quirópteros, ainda pouco se sabe a respeito de sua ocorrência e diversidade genética em morcegos no Brasil. Os principais ectoparasitos encontrados nesses animais são representados por moscas das famílias Streblidae e Nycteribiidae, carrapatos, e ácaros das famílias Spinturnicidae e Macronyssidae. Considerando os patógenos de interesse em Saúde Pública supracitados e a expressiva representatividade de animais da ordem Chiroptera no Brasil, objetivou-se obter informações sobre a ocorrência e diversidade genética de agentes Anaplasmataceae, Bartonellaceae, Mycoplasmataceae, Coxiellaceae e protozoários da ordem Piroplasmida em quirópteros e seus respectivos ectoparasitos coletados em área periurbana da cidade de Campo Grande, estado do Mato Grosso do Sul, no centro-oeste brasileiro. Um total de 418 amostras (135 amostras de baço, 133 de sangue e 150 ectoparasitos) foram coletados de 135 animais das famílias Phyllostomidae, Vespertillionidae e Mollossidae. Por meio de técnicas moleculares verificou-se positividade de 18,13% (34/418) para Bartonella spp. dentre todas as amostras coletadas. Dessas, 17 amostras foram clonadas para o gene gltA a fim de obter 3 clones de cada uma para acessar a diversidade genotípica dentro da mesma amostra biológica. Com os 51 gltA-clones obtidos foi possível observar 13 genótipos diferentes, sendo que pelo menos dois ocorreram dentro de uma mesma amostra. Análises filogenéticas baseadas nos genes ftsZ, rpoB e nuoG confirmaram a alta diversidade de genótipos de Bartonella spp. em quirópteros e seus ectoparasitos. Para agentes Anaplasmataceae, foi observada positividade de 1,67% (7/418), 11,96% (50/418) e 13,63% (57/418) das amostras testadas para Anaplasma spp. (16S rRNA), Ehrlichia spp. (dsb) e Neorickettsia spp. (16S rRNA), respectivamente. As sequências obtidas mostraram-se similares a Anaplasma phagocytophilum, Ehrlichia minasensis, Neorickettsia risticii, e Neorickettsia findlayensis por análise iv pelo nBLAST, e filogeneticamente relacionado a Ehrlichia ruminantium baseado no gene gltA. Trata-se da primeira evidência molecular de agentes Anaplasmataceae em quirópteros e ectoparasitos associados no Brasil. Já para hemoplasmas, positividade de 13,6% (57/418) foi observada. Dentre as 24 sequências obtidas pelo gene 16S rRNA foi possível encontrar 12 genótipos diferentes que se distribuíram pelo macroclado do grupo haemofelis. As duas sequências 23S rRNA obtidas se posicionaram próximas a Candidatus Mycoplasma haematohydrochaerus, M. haemofelis e M. haemocanis. Todas as amostras de sangue e baço dos morcegos amostrados mostraram-se negativas na qPCR para C. burnetii baseada no gene IS1111. Para piroplasmídeos, 17 dos 135 (12,6%) morcegos amostrados mostraram-se positivos para agentes da ordem Piroplasmida (gene 18S rRNA). Trata-se do primeiro relato molecular de piroplasmídeos em quirópteros no Brasil. A análise filogenética mostrou a possível ocorrência de duas novas espécies: Piroplasmid n. sp. Artibeus spp., posicionado filogeneticamente próximo a Babesia canis e B. vogeli, e Piroplasmid n. sp. P. discolor, que formou um clado monofilético. Infelizmente, as amostras de ectoparasitos não puderam ser utilizadas na detecção de piroplasmídeos e C. burnetii. Enquanto moscas Streblidae mostraram positividade nos ensaios moleculares para Bartonella spp. (11/64), Ehrlichia spp. (7/64) e Mycoplasma spp. (1/64), carrapatos Ornithodoros hasei mostraram-se positivos para Ehrlichia spp. (3/19), Anaplasma spp. (1/19) e Neorickettsia spp. (1/19); por fim, ácaros Spinturniciidae e Macronyssidae apresentaram positividade para Bartonella spp. (4/21 Macronyssidae) e Ehrlichia spp. (18/21 Macronyssidae e 6/46 Spinturnicidae). Ainda, co-positividade para os diversos agentes pesquisados foi observada no presente estudo. Como conclusão, morcegos não-hematófagos de área periurbana do centro-oeste brasileiro atuam como hospedeiros para diversos genótipos de Bartonella spp. e hemoplasmas, para Ehrlichia spp. filogeneticamente associadas a E. ruminantium e para duas possíveis novas espécies de piroplasmídeos.


It is estimated that 75% of emerging diseases comprise zoonoses, most of which have wild animals as sources of infection; of these, about 22.8% are carried by arthropod vectors. Thus, monitoring the presence of pathogens in wild animals in niches shared with humans becomes an important preventive method for zoonotic infections. Bartonellaceae and Anaplasmataceae families comprise Gram-negative, facultative and obligate intracellular Alphaproteobacteria, respectively, that have been identified in a wide variety of mammals, including humans. On the other hand, hemotrophic mycoplasmas are epierythrocytic Gram-negative bacteria lacking cell wall, which can cause from asymptomatic infections to severe hemolytic anemia, both in animals and in humans. Coxiella burnetii is the main representative of the Coxiellaceae family (Gammaproteobacteria) and is known to cause Q fever in humans. Despite being transmitted by aerosols, this agent has been detected in several ectoparasites that may act in its life cycle. Piroplasmids, on the other hand, are protozoa of the order Piroplasmida, which can cause hemolytic anemia in farm and domestic animals and, occasionally, in humans. Although the abovementioned agents have been increasingly studied in bats, little is known about their occurrence and genetic diversity in bats from Brazil. The main ectoparasites found in these animals are Streblidae and Nycteribiidae flies, soft ticks, and Spinturnicidae and Macronyssidae mites. Considering the abovementioned pathogens of interest in Public Health and the expressive representation of animals of the order Chiroptera in Brazil, this study aimed to investigate the occurrence and genetic diversity of Anaplasmataceae, Bartonellaceae, Mycoplasmataceae, Coxiellaceae agents and protozoa of the order Piroplasmida in chiropterans and their respective ectoparasites collected in a periurban area of the city of Campo Grande, state of Mato Grosso do Sul, in central-western Brazil. A total of 418 samples (135 spleen, 133 blood and 150 ectoparasites) were collected from 135 animals of the Phyllostomidae, Vespertillionidae and Mollossidae families. Based on molecular assays, positivity of 18.13% (34/418) for Bartonella spp. was found among all collected samples. Out of these, 17 samples had their amplified Bartonella gltA amplicons cloned in order to obtain 3 clones of each one aiming at assessing the genotypic diversity within the same sample. Among the 51 Bartonella gltA-clones obtained, 13 different genotypes were found, with at least two occurring within individual samples. Phylogenetic analyses based on the ftsZ, rpoB and nuoG genes confirmed the high genotype diversity of Bartonella spp. in bats and their ectoparasites. For Anaplasmataceae agents, positivity of 1.67% (7/418), 11.96% (50/418) and 13.63% (57/418) was observed for Anaplasma spp. (16S rRNA), Ehrlichia spp. (dsb) and Neorickettsia spp. (16S rRNA), respectively. The sequences obtained were closely related to Anaplasma phagocytophilum, Ehrlichia minasensis, Neorickettsia risticii, and Neorickettsia findlayensis by BLASTn analyses, and phylogenetically related to Ehrlichia ruminantium based on gltA gene. This is the first molecular evidence of Anaplasmataceae agents in bats and associated ectoparasites from Brazil. Positivity of 13.6% (57/418) for hemoplasmas was found. Among the 24 sequences obtained by the 16S rRNA gene, it was possible to find 12 different vi hemoplasma genotypes that were distributed into Haemofelis group. The two obtained 23S rRNA hemoplasma sequences were closely related to Candidatus Mycoplasma haematohydrochaerus, M. haemofelis and M. haemocanis. All bats blood and spleen samples were negative in the qPCR for C. burnetii based on the IS1111 gene. Seventeen of the 135 (12.6%) bats were positive for Piroplasmida (18S rRNA gene). This is the first molecular report of piroplasmids in bats from Brazil. Phylogenetic analysis showed the possible occurrence of two new species: Piroplasmid n. sp. Artibeus spp., which was closely related to Babesia canis and B. vogeli, and Piroplasmid n. sp. P. discolor, which formed a monophyletic clade. Unfortunately, the ectoparasite samples could not be used in the PCR assays for piroplasmids and C. burnetii. While Streblidae flies showed positivity in molecular assays for Bartonella spp. (11/64), Ehrlichia spp. (7/64) and Mycoplasma spp. (1/64), Ornithodoros hasei ticks were positive for Ehrlichia spp. (3/19), Anaplasma spp. (1/19) and Neorickettsia spp. (1/19). Spinturnicidae and Macronyssidae mites were positive for Bartonella spp. (4/21 Macronyssidae) and Ehrlichia spp. (18/21 Macronyssidae and 6/46 Spinturnicidae). Also, co-positivity for the different agents studied was observed. In conclusion, non-hematophagous bats from a periurban area of central-western Brazil act as hosts for several genotypes of Bartonella spp. and hemoplasms, Ehrlichia spp. closely related to E. ruminantium, and for two possible new species of piroplasmids.

9.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-222175

Resumo

Os micoplasmas hemotrópicos (hemoplasmas), bactérias gram negativas eritrocíticas e pleomórficas são responsáveis por causar uma anemia hemolítica imunomediada tanto em animais quanto em humanos. A análise da sequência do gene 16S rRNA e 23S rRNA tem impulsionado o estudo de hemoplasmas. Os gambás de orelha branca (Didelphis albiventris) assim como os morcegos, ordem Chiroptera, são importantes representantes da relação entre homem-ambiente pois são de fácil adaptação e distribuídos nas áreas urbanas e rurais. Estudos com estas espécies são importantes uma vez que são reservatórios competentes de diferentes patógenos transmitidos por vetores (DTV) e hemoplasmas, além de servirem como sentinelas para diferentes doenças tropicais. No Brasil, apenas um gambá de orelha branca foi avaliado e este foi negativo para Mycoplasma sp. por meio da PCR. Em morcegos Mycoplasma sp. foi detectado tanto em animais hematófagos quanto em não-hematófagos provenientes de cinco estados brasileiros (Mato Grosso, Pará, Paraná, São Paulo e Tocantins) e algumas sequências detectadas foram correlacionadas a Mycoplasma sp. provenientes de morcegos da América Central e do Sul. Neste contexto, o objetivo do presente estudo foi avaliar a presença de Mycoplasma sp. em gambás de orelha branca (Didelphis albiventris) e em morcegos (Chiropteros) provenientes de fragmentos florestais da região norte do Estado do Paraná, Sul do Brasil. Sete de oito gambás de orelha branca (87.50%; CI 95%: 47, 35-99, 68%) foram considerados positivos para Mycoplasma spp. O sequenciamento do fragmento do gene 16S rRNA obtido apresentou 98.97% de similaridade com sequências de Candidatus Mycoplasma haemodidelphis (AF178676) detectadas até o momento apenas nos Estados Unidos. Três gambás (37.50%; CI 95%: 8.52-75, 51%) estavam infestados por carrapatos da espécie Amblyomma dubitatum. Esse foi o primeiro relato de detecção de uma potencial nova espécie de micoplasma hemotrópico infectando gambás na América do Sul. Três espécies de morcegos foram identificadas, Artibeus lituratus (7/11, 63%), Carollia perspicillata (2/11, 18%) e Sturnira tildae (2/11, 18%). Apenas um/11 (0.9%; IC 95%) morcego (A. lituratus) foi positivo para Mycoplasma sp. O sequenciamento do fragmento do gene 16S rRNA obtido apresentou 99% de identidade com Mycoplasma sp. identificado em estudos prévios em Desmodus rotundus na América Central. Os resultados obtidos sugerem que esta potencial nova espécie de hemoplasma infecte morcegos hematófagos e não hematófagos na América Central e do Sul. Na análise do fragmento do gene 23S rRNA o Mycoplasma sp. detectado no presente estudo formou um clado com Mycoplasma sp. detectado em porcos espinhos (Sphiggurus villosus) provenientes do estado do Paraná.


Hemotropic mycoplasmas (hemoplasmas), erythrocytic and pleomorphic gram-negative bacteria are responsible for causing immune-mediated hemolytic anemia in both animals and humans. The sequence analysis of the 16S rRNA and 23S rRNA gene has driven the study of hemoplasms. White-eared possums (Didelphis albiventris) as well as bats, order Chiroptera, are important representatives of the relationship between man and the environment as they are easy to adapt and distributed in urban and rural areas. Studies with these species are important since they are competent reservoirs of different pathogens transmitted by vectors (DTV) and hemoplasms, in addition to serving as sentinels for different tropical diseases. In Brazil, only one white-eared possum was evaluated and it was negative for Mycoplasma sp. through PCR. In bats Mycoplasma sp. was detected in both hematophagous and non-hematophagous animals from five Brazilian states (Mato Grosso, Pará, Paraná, São Paulo and Tocantins) and some detected sequences were correlated to Mycoplasma sp. from bats in Central and South America. In this context, the objective of the present study was to evaluate the presence of Mycoplasma sp. in white-eared possums and in bats (Chiropteros) from forest fragments in the northern region of the State of Paraná, southern Brazil. Seven out of eight white-eared possums (87,50%; CI 95%: 47, 35-99, 68%) were considered positive for Mycoplasma spp. The sequencing of the fragment of the 16S rRNA gene obtained showed 98,97% similarity with 'Candidatus Mycoplasma haemodidelphis' (AF178676) sequences detected so far only in the United States. Three possums (37,50 %; CI 95%: 8,52-75,51%) were infested with ticks of the species Amblyomma dubitatum. This was the first report of detection of a potential new species of hemotropic mycoplasma infecting opossums in South America. Three species of bats were identified, Artibeus lituratus (7/11: 63%), Carollia perspicillata (2/11: 18%) and Sturnira tildae (2/11:18%). Only one / 11 (0,9%; CI 95%) bat (A. lituratus) was positive for Mycoplasma sp. The sequencing of the fragment of the 16S rRNA gene obtained showed 99% identity with Mycoplasma sp. identified in previous studies on Desmodus rotundus in Central America. The results obtained suggest that this potential new species of hemoplasma infects hematophagous and non-hematophagous bats in Central and South America. In the analysis of the 23S rRNA gene fragment, Mycoplasma sp. detected in the present study formed a clade with Mycoplasma sp. detected in porcupines (Sphiggurus villosus) from the state of Paraná.

10.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-222153

Resumo

A raiva é uma zoonose viral aguda, fatal, causada por vírus do gênero Lyssavirus. A doença é esporádica na região do Oeste Paulista, propícia à presença de quirópteros hematófagos e com intensa atividade pecuária. O presente estudo objetivou avaliar a dispersão espacial e ocorrência temporal dos casos de raiva animal diagnosticados pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), em municípios localizados na região Oeste do estado de São Paulo, em um período de 20 anos (1996 a 2015). Para a execução das análises foi elaborado banco de dados com 9.624 resultados de diagnósticos para raiva em diversas espécies animais oriundos de 82 municípios, dos quais 111 foram positivos. A partir dos dados foram elaborados mapas temáticos de distribuição e calculados os índices de Moran, local e geral. A ocorrência temporal da enfermidade foi avaliada pelo método da regressão segmentada. Verificou-se que nos quinquênios de 2001 a 2005 e 2006 a 2010, a raiva foi intensamente registrada no município de Teodoro Sampaio, possivelmente associada à fauna silvestre do Parque Estadual Morro do Diabo e em um núcleo composto por Álvares Machado, Narandiba, Pirapozinho, Presidente Bernardes, Presidente Prudente, Regente Feijó,Taciba e Santo Expedito, cujas luzes noturnas altamente atrativos para insetos, reconhecidos como presas dos quirópteros não hematófagos. Conclui-se que a raiva decresceu consideravelmente na região,nos últimos anos, nos últimos entretanto, o histórico regional sugere que áreas de preservação ambiental e zonas populosas oferecem risco para a ocorrência da infecção.


Rabies is an acute, fatal viral zoonosis caused by viruses of the genus Lyssavirus. The disease is sporadic in the West Paulista region, related to the presence of blood-sucking chiropterans and with intense livestock activity. The present study aimed to evaluate the spatial dispersion and temporal occurrence of cases of animal rabies diagnosed by the São Paulo Agribusiness Technology Agency (APTA), in municipalities located in the western region of the state of São Paulo, over a period of 20 years (1996 to 2015 ). For the execution of the analyzes, a database was created with 9,624 results of diagnoses for rabies in several animal species from 82 municipalities, of which 111 were positive. From the data, thematic distribution maps were performed and the Moran indices, local and general, were calculated. The temporal occurrence of the disease was assessed using the segmented regression method. It was found that in the five-year periods from 2001 to 2005 and 2006 to 2010, rabies was intensely registered in the municipality of Teodoro Sampaio, possibly associated with the wild fauna of Morro do Diabo State Park and in a nucleus composed by Álvares Machado, Narandiba, Pirapozinho, PresidenteBernardes, Presidente Prudente, RegenteFeijó, Taciba and Santo Expedito, whose night lights are highly attractive to insects, recognized as prey for non-hematophagous flies. It is concluded that rabies has decreased considerably in the region in recent years, however, the regional history suggests that areas of environmental preservation and populous zones offer risk for the occurrence of the infection.

11.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-221076

Resumo

O ciclo urbano da raiva apresenta os animais de companhia como principais transmissores e, embora os casos de raiva canina e humana transmitidas por cão tenham diminuído nos últimos anos, no Brasil, a proximidade da população humana com esses animais faz com que os mesmos se tornem importantes fontes de infecção para o ser humano. A vacinação é considerada como o método mais eficaz no controle da enfermidade e preconiza-se que onde a raiva é endêmica a mesma alcance uma cobertura de 70% e que sua eficácia seja monitorada através da quantificação de anticorpos neutralizantes produzidos pelo organismo. O município de Curuçá pertence à microrregião do Salgado paraense e é vizinha da região Bragantina, onde ocorreram casos de raiva humana transmitida por morcegos hematófagos em 2004 e 2005. A localidade apresenta relatos informais de agressão de morcegos em cães e apresenta o mesmo como principal agressor para o ser humano. Neste sentido o monitoramento da raiva canina neste município é imprescindível para um efetivo controle da doença nesse local. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo descrever os fatores epidemiológicos associados com a produção de anticorpos neutralizantes contra o vírus da raiva na população de cães e gatos de propriedade deste município. O cálculo de tamanho da amostra direcionou a busca de 352 cães, de forma aleatória. Os gatos (n=46) foram analisados nas residências que também tinham cães. Um questionário foi direcionado ao tutor do animal e uma amostra de sangue foi coletada para pesquisa de anticorpos neutralizantes A estimativa populacional de animais do município também foi calculada. Os animais eram em sua maioria machos, com idade entre 1-3 anos, que possuíam acesso irrestrito à rua. 48,8% dos cães e 32% dos gatos não foram vacinados na última campanha antirrábica e 4,7% dos cães já foram agredidos Cães por morcegos. Dentre as amostras analisadas, apenas 21,1% apresentaram titulação 0,5 UI/mL. As variáveis espécie, cuidados veterinários e participação em campanhas anuais foram consideradas como risco para a não participação na última campanha (0,46, 2,55, 15,67 OR, respectivamente). A população de animais foi estimada em 18.620 cães e 4.556 gatos. A relação homem: cão foi de 2,1:1 e homem: gato de 8,7:1. Esse estudo revelou que a estimativa de cães baseada no quantitativo da população humana está subestimado para a localidade. Foi possível quantificar pela primeira vez os cães que são agredidos por morcegos. A educação em saúde com ênfase em posse responsável e vacinação antirrábica periódica e semestral são recomendados para a região.


Rabies urban cycle presents companion animals as the main transmitters and, although cases of canine and human rabies transmitted by dogs have decreased in recent years in Brazil, the proximity of the human population to these animals makes them important sources of infection for humans. Vaccination is considered as the most effective method in the control of the disease. A coverage of 70% is recommended where rabies is endemic and its effectiveness is monitored by the neutralizing antibodies (NAbs) quantification. The municipality of Curuçá is in Salgado microregion of Pará state and is a neighbor of the Bragantina region, where there were cases of human rabies transmitted by hematophagous bats in 2004 and 2005. There are informal reports of bat aggression in dogs, and the same are the main aggressor for humans in this locality. In this sense, the monitoring of canine rabies in this municipality is essential for an effective control of the disease. Thus, the present study aimed to describe the epidemiological factors associated with the production of rabies virus neutralizing antibodies in the population of owned dogs and cats in this municipality. The sample size calculation directed the search for 352 dogs, at random. Cats (n=46) were analyzed in homes that also had dogs. A questionnaire was directed to the animal's guardian and a blood sample was collected for NAbs search. Animals population size was also estimated. The animals were mostly males, aged between 1- 3 years old, who had unrestricted access to the street. 48.8% of the dogs and 32% of the cats were not vaccinated in the last anti-rabies campaign and 4.7% of the dogs were already aggressed by bats. Among the analyzed samples, only 21.1% presented NAbs titers 0.5 IU/mL. The variables specie, veterinary care andparticipation in annual campaigns were considered as risk factors for non-participation in vaccination campaigns (0,46, 2,55, 15,67 OR, respectively). Animal population was estimated at 18,620 dogs and 4,556 cats. The man: dog relationship was 2.1:1 and man: cat was 8.7:1. This study revealed that estimation of dogs based on human population is underestimated for this community. It was possible to quantify for the first-time dogs that are attacked by bats. Health education with an emphasis on responsible ownership and periodic and semiannual rabies vaccination are recommended for the region.

12.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-207784

Resumo

A raiva é uma doença viral infecciosa aguda, de caráter zoonótico, que atinge todas as espécies de mamíferos. No meio urbano, os cães e os morcegos, em especial os insetívoros e os frugívoros, são vistos como principais agentes transmissores da enfermidade, e ao pensar na sua interação com os seres humanos, os cuidados se intensificam, tendo em vista o risco de propagação da doença. O avanço nos estudos epidemiológicos baseados na análise molecular do vírus da raiva, nas últimas décadas, permitiu a identificação de reservatórios e a distribuição geográfica das variantes. No entanto, dada a constante adaptação genética do vírus aos seus hospedeiros, o presente estudo objetivou realizar uma análise filogenética e filogeográfica do vírus da raiva (RABV) de amostras provenientes de diferentes estados do Brasil, identificados como positivos pelo Instituto Pasteur, São Paulo/SP. Para tanto, foram analisadas sequências parciais do gene codificador da nucleoproteína de 71 amostras de Sistema Nervoso Central (SNC) de morcegos insetívoros Nyctinomops spp. Observou-se na análise filogenética que 65 das 71 amostras agruparam-se em um mesmo clado juntamente com amostras de morcegos insetívoros do banco de dados, representando uma variante específica desse gênero de quiróptero. As outras seis amostras dividiram-se em outros clados mostrando haver proximidade genética entre isolados de morcegos hematófagos e não hematófagos e também entre estes e outros mamíferos silvestres. Ainda foi possível encontrar um morcego proveniente do Município de Tabuleiro do Norte/RN com RABV pertencente à variante relacionada ao cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), indicando ser esse um primeiro relato dessa transmissão. Na filogeografia, observou-se a importância que a localização geográfica e as características de relevo exercem na distribuição das variantes do RABV, havendo predomínio de relação genética em localidades próximas e com altitudes semelhantes. As características biológicas do morcego Nyctinomops também influenciam na distribuição do vírus entre seus exemplares, pois, por ser tratar de uma espécie não migratória e que se adaptou facilmente ao ambiente urbano, nota-se uma tendência de uma linhagem do vírus circular em uma mesma região por um longo tempo. Dessa forma, as análises filogenética e filogeográfica são importantes ferramentas para ajudar a compreender a origem, a distribuição e a transmissão das diferentes variantes do RABV no Brasil, especialmente entre morcegos não hematófagos, cada vez mais importantes como reservatórios da raiva na área urbana. Assim, com esses resultados é possível auxiliar nas medidas de controle e prevenção da raiva em centros urbanos, reforçar as medidas educativas que mostrem para a população os riscos envolvidos na interação com quirópteros e outros mamíferos silvestres, fornecer subsídios para os Serviços de Vigilância Epidemiológica dos diferentes municípios e colaborar com as atividades do Laboratório de Biologia Molecular do Instituto Pasteur em São Paulo/SP, referência em diagnóstico e em estudos sobre a raiva no Brasil.


Rabies is an acute infectious viral disease of a zoonotic character that affects all the mammalian species. In the urban area, dogs and bats, especially the insetivorous and frugivorous, are seen as the main transmitters of the disease, and when their interaction with humans is analyzed, care is intensified according to the risk of rabies propagation. Advances in epidemiological studies based on the molecular analysis of the rabies virus in recent decades have allowed the identification of reservoirs and the geographical distribution of variants. However, given the constant genetic adaptation of the virus to the hosts, the present study aimed to perform a phylogenetic and phylogeographic analysis of rabies virus (RABV) from different states of Brazil, identified as positive by Pasteur Institute, São Paulo/SP. For this, partial sequences of the nucleoprotein gene of 71 samples from insectivorous bats Nyctinomops spp were analyzed. It was observed in the phylogenetic analysis that 65 of the 71 samples were grouped in the same cluster with samples of insectivorous bats from the GenBank database, representing a specific variant of this bat genus. The other six samples were divided into other clusters showing genetic proximity between hematophagous and non-hematophagous bats isolates and also between these and other wild mammals. It was possible to find a bat from the municipality of Tabuleiro do Norte/RN with RABV belonging to a variant related to crab-eating foxes (Cerdocyon thous), indicating that this result can be a first report of this transmission. In phylogeography, it was observed the importance that the geographical location and the relief characteristics have in the distribution of RABV variants, with a predominance of genetic relation in nearby localities with similar altitudes. The biological characteristics of the Nyctinomops bat also influence the distribution of the virus among its specimens because it is a non-migratory species and easily adapted to the urban area, which causes a tendency of a virus lineage to circulate in the same region for a long time. Thus, phylogenetic and phylogeographic analyzes showed to be important tools to help understand the origin, distribution and transmission of different variants of RABV in Brazil, especially among non-hematophagous bats, which are increasingly important as hosts of rabies in the urban area. The results allow to assist in measures of control and prevention of rabies in urban areas; to reinforce educational activities that show to the population the risks involved in interacting with bats and other wild mammals; to provide subsidies for the Epidemiological Surveillance Services from different Brazilian municipalities and to collaborate with the activities of the Molecular Biology Laboratory from Pasteur Institute, São Paulo/SP, reference in diagnosis and rabies studies in Brazil.

13.
Rev. Educ. Contin. CRMV-SP (Impr.) ; 9(3): 20-29, 20110000.
Artigo em Português | VETINDEX | ID: biblio-1488983

Resumo

O objetivo principal deste manuscrito é fornecer informações técnicas e científicas sobre a raiva aos estudantes de medicina veterinária, veterinários e outros profissionais relacionados à saúde. Embora conhecida desde a antiguidade, atualmente ela é definida como uma zoonose negligenciada e permanece endêmica, especialmente em países em desenvolvimento, por causa de limitações financeiras e problemas de infraestrutura. Os morcegos hematófagos foram relatados como novos reservatórios da raiva na América Latina e no Caribe no início do século XX, causando prejuízos econômicos na pecuária e mortes humanas, no entanto o mundo ainda está surpreso por causa dos lissavírus em morcegos não hematófagos na África, Oceania e Eurásia. Os vírus da raiva e os vírus relacionados à raiva, coletivamente denominados de lissavírus, podem ser distinguidos pela caracterização molecular em vários genótipos distintos, no entanto somente os vírus do genótipo 1 são costumeiramente referidos como vírus da raiva, enquanto todos os outros são chamados de lissavírus. Na taxonomia viral, o uso de técnicas moleculares disponíveis na atualidade possibilitou a inclusão de novas espéciesmembros no gênero Lyssavirus e revelou a existência de variantes distintas dos vírus da raiva distribuídas entre diferentes espécies animais em diferentes regiões do mundo. A colonização europeia da África, Ásia e do Novo Mundo teve papel importante na disseminaçãoda linhagem cosmopolita do vírus da raiva através de cãesque viajavam com os conquistadores e colonizadores. O vírus, uma vez estabelecido nas populações de cães, subsequentemente pode ter sido transmitido para novas espécies de reservatórios silvestres e evoluiu para distintas linhagens devido às mutações acumuladas ao longo dos séculos. Os hospedeiros reservatórios da raiva no mundovariam conforme as localizações geográficas.


The main objective of this manuscript is to provide students of veterinary medicine, veterinarians and other health-related professionals with scientific and technical information on rabies. Although the disease is known since antiquity, it is now defined as a neglected zoonosis and it remains endemic especially in developing countries, because of financial limitations and problems of infrastructure. The vampire bats were reported as new reservoirs of rabies in Latin America and Caribbean islands in the early 20th century provoking economic losses in livestock and human deaths, but still the world is astonished because of the lyssaviruses in non hematophagous bats in Africa, Oceania, and Eurasia. Rabies and the rabiesrelated viruses, collectively known as lyssaviruses, can be distinguished by molecular characterization into several distinct genotypes but only the genotype 1 viruses are customarily known as rabies viruses, whereas all others are referred to as lyssaviruses. In virus taxonomy, the use of the molecular techniques now available has augmented the species members of the genus Lyssavirus and revealed the existence of distinct variants of rabies viruses distributed among different animal species in different regions of the world. The European colonization of Africa, Asia and the New World played a significant role in the dispersion of the cosmopolitan lineage of the rabies virus through infected dogs traveling with the conquerors and colonizers. Rabies virus, once established in the dog populations, may then have been transmitted into new wildlife host reservoirs and evolved into distinct strains due to accumulated mutations through centuries. The reservoir hosts of rabies in the world differ according to the geographic locations.


Assuntos
Animais , Raiva/diagnóstico , Raiva/história , Raiva/veterinária
14.
R. Educ. contin. Med. Vet. Zoot. ; 9(3): 20-29, 20110000.
Artigo em Português | VETINDEX | ID: vti-615

Resumo

O objetivo principal deste manuscrito é fornecer informações técnicas e científicas sobre a raiva aos estudantes de medicina veterinária, veterinários e outros profissionais relacionados à saúde. Embora conhecida desde a antiguidade, atualmente ela é definida como uma zoonose negligenciada e permanece endêmica, especialmente em países em desenvolvimento, por causa de limitações financeiras e problemas de infraestrutura. Os morcegos hematófagos foram relatados como novos reservatórios da raiva na América Latina e no Caribe no início do século XX, causando prejuízos econômicos na pecuária e mortes humanas, no entanto o mundo ainda está surpreso por causa dos lissavírus em morcegos não hematófagos na África, Oceania e Eurásia. Os vírus da raiva e os vírus relacionados à raiva, coletivamente denominados de lissavírus, podem ser distinguidos pela caracterização molecular em vários genótipos distintos, no entanto somente os vírus do genótipo 1 são costumeiramente referidos como vírus da raiva, enquanto todos os outros são chamados de lissavírus. Na taxonomia viral, o uso de técnicas moleculares disponíveis na atualidade possibilitou a inclusão de novas espéciesmembros no gênero Lyssavirus e revelou a existência de variantes distintas dos vírus da raiva distribuídas entre diferentes espécies animais em diferentes regiões do mundo. A colonização europeia da África, Ásia e do Novo Mundo teve papel importante na disseminaçãoda linhagem cosmopolita do vírus da raiva através de cãesque viajavam com os conquistadores e colonizadores. O vírus, uma vez estabelecido nas populações de cães, subsequentemente pode ter sido transmitido para novas espécies de reservatórios silvestres e evoluiu para distintas linhagens devido às mutações acumuladas ao longo dos séculos. Os hospedeiros reservatórios da raiva no mundovariam conforme as localizações geográficas.(AU)


The main objective of this manuscript is to provide students of veterinary medicine, veterinarians and other health-related professionals with scientific and technical information on rabies. Although the disease is known since antiquity, it is now defined as a neglected zoonosis and it remains endemic especially in developing countries, because of financial limitations and problems of infrastructure. The vampire bats were reported as new reservoirs of rabies in Latin America and Caribbean islands in the early 20th century provoking economic losses in livestock and human deaths, but still the world is astonished because of the lyssaviruses in non hematophagous bats in Africa, Oceania, and Eurasia. Rabies and the rabiesrelated viruses, collectively known as lyssaviruses, can be distinguished by molecular characterization into several distinct genotypes but only the genotype 1 viruses are customarily known as rabies viruses, whereas all others are referred to as lyssaviruses. In virus taxonomy, the use of the molecular techniques now available has augmented the species members of the genus Lyssavirus and revealed the existence of distinct variants of rabies viruses distributed among different animal species in different regions of the world. The European colonization of Africa, Asia and the New World played a significant role in the dispersion of the cosmopolitan lineage of the rabies virus through infected dogs traveling with the conquerors and colonizers. Rabies virus, once established in the dog populations, may then have been transmitted into new wildlife host reservoirs and evolved into distinct strains due to accumulated mutations through centuries. The reservoir hosts of rabies in the world differ according to the geographic locations.(AU)


Assuntos
Animais , Raiva/diagnóstico , Raiva/história , Raiva/veterinária
15.
Arq. ciênc. vet. zool. UNIPAR ; 13(1): 33-36, jan-jul. 2010.
Artigo em Português | VETINDEX | ID: vti-2727

Resumo

A raiva é uma enfermidade causada por um vírus RNA pertencente à família Rhabdoviridae e gênero Lyssavirus e está entre as viroses mais importantes para a saúde pública, pois pode acometer todas as espécies de mamíferos e ser transmitida ao ser humano caso haja agressão por parte do animal infectado. A primeira descrição de raiva confirmada em morcegos não-hematófagos foi feita em 1931, desde então, na América Latina esta doença foi diagnosticada em mais de 50 espécies de morcegos não-hematófagos e, no Brasil, em cerca de 30 espécies. O presente trabalho teve por objetivo investigar a ocorrência de raiva em quirópteros no município de Japurá, Paraná, a partir do diagnóstico em animais moribundos ou recém mortos. Utilizaram-se 16 animais, coletados pela população do município durante o mês de abril de 2007. Do total de espécimes analisados, nenhum apresentou resultado positivo para o vírus rábico. Esses resultados contribuem com as informações acerca do panorama da raiva no noroeste do Paraná e sugerem a necessidade de novos estudos contemplando uma maior amostra de morcegos no município.(AU)


Rabies is a disease caused by a RNA virus belonging to the Rhaboviridae family, Lyssavirus genus. It is among the most important viroses for the public health, since it may infect all mammalian species and may be transmitted to humans in case of aggression by an infected animal. The first description of confirmed rabies in non-hematophagous bats was made in 1931, and since then, in Latin America, the disease was diagnosed in more than 50 species of non-hematophagous bats and, in Brazil, in about 30 species. The present work aimed at investigating the occurrence of rabies in chiropterans in city of Japurá, Paraná, Brazil, in very sick or recently killed animals. 16 animals were used. The animals were collected by the population of the city during the month of April, 2007. From the specimens analyzed, none presented a positive result for rabies virus. These results contribute with information about the rabies panorama in the northwest of Paraná and suggest the need for new studies, using a greater sample of bats in the city.(AU)


La rabia es una enfermedad causada por un virus RNA perteneciente a la familia Rhabdoviridae y género Lyssavirus, y está entre las virosis más importantes para la salud pública, pues puede acometer todas las especies de mamíferos y ser transmitida al ser humano caso haya agresión por parte del animal infectado. La primera descripción de rabia confirmada en murciélagos no-hematófagos se hizo en 1931, desde entonces, en América Latina esta enfermedad se diagnosticó en más de 50 especies de murciélagos no-hematófagos y, en Brasil, cerca de 30 especies. Esta investigación tuvo por objetivo estudiar la ocurrencia de rabia en quirópteros en el municipio de Japurá, Paraná, a partir del diagnóstico en animales moribundos o recién muertos. Se utilizó 16 animales, colectados por la población del municipio durante el mes de abril de 2007. Del total de especímenes analizados, ninguno presentó resultado positivo para el virus rábico. Esos resultados contribuyen con las informaciones acerca del panorama de la rabia en el noroeste de Paraná y sugieren necesidad de nuevos estudios contemplando una mayor muestra de murciélagos en el municipio.(AU)


Assuntos
Animais , Masculino , Feminino , Raiva/epidemiologia , Quirópteros/parasitologia , Raiva/transmissão , Vírus da Raiva/patogenicidade
16.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-204497

Resumo

A raiva é uma encefalite causada por vírus do gênero Lyssavirus, que pode acometer todos os mamíferos. Anualmente ocorrem cerca de 61.000 óbitos humanos por raiva, principalmente em países da Ásia e da África, nos quais a espécie canina é a principal transmissora. Nos países desenvolvidos os animais silvestres são os responsáveis pela manutenção do ciclo de transmissão do vírus rábico, com ocorrência esporádica de casos de raiva em humanos. No Brasil, a raiva canina vem sendo controlada com sucesso. No entanto, espécies de quirópteros, saguis e canídeos silvestres vêm se destacando na epidemiologia da transmissão do vírus para humanos, exigindo adequação das ações de prevenção. Estudos epidemiológicos e moleculares são necessários para elucidar a diversidade genética e a distribuição espacial do vírus rábico circulante, enquanto que as ferramentas de comunicação em saúde são fundamentais à atualização da população sobre as medidas preventivas. O presente trabalho caracterizou geneticamente o vírus rábico detectado em 55 amostras biológicas de animais do estado da Bahia, diagnosticados no período de 2007 a 2009, e realizou levantamento das matérias sobre a raiva publicadas de 1970 a 2009 por um periódico de ampla circulação estadual. Foram incluídas na análise genética amostras de um asinino; um quiróptero não hematófago da espécie Phyllostomus elongatus; dois canídeos silvestres da espécie Cerdocyon thous; oito quirópteros hematófagos Desmodus rotundus e 43 bovinos. Todas as amostras foram positivas nas técnicas de imunofluorescência direta (IFD), inoculação intracerebral em camundongos (IIC) e reação em cadeia da polimerase por transcrição reversa (RT-PCR), seguida do sequenciamento nucleotídico e análise filogenética. A filogenia identificou duas clades principais, uma associada ao vírus de quiróptero e outra ao de canídeos, e sugere distinção entre os vírus circulantes em Desmodus rotundus, com nove sub-clades associadas a essa espécie. A filogenia revelou ainda a presença de variante viral de canídeos em duas amostras provenientes de bovinos. Na pesquisa de mídia impressa foram identificadas 1.381 matérias publicadas sobre a raiva ao longo de quatro décadas, algumas abordando mais de um aspecto avaliado nesse trabalho: 360 matérias abordaram a raiva em humanos; 662 em animais de companhia; 415 em herbívoros; 162 em morcegos; 34 em outras espécies silvestres; e 166 citaram a raiva em um contexto amplo. A análise filogenética expõe uma complexidade epidemiológica que carece de maior elucidação para o aprimoramento das medidas de controle da raiva e a abordagem na mídia sobre a importância das espécies silvestres na epidemiologia da doença foi relativamente reduzida, especialmente quanto ao papel dos quirópteros na transmissão da raiva.


Rabies is an encephalitis caused by viruses of the genus Lyssavirus, which can affect all mammals. Annually there are about 61,000 human deaths caused by rabies, mostly in Asia and Africa, where the canine species is the main transmitter. In developed countries, the wild animals are responsible for maintaining the transmission of rabies virus cycle, with sporadic cases of rabies in humans. In Brazil, the canine rabies has been successfully controlled. However, an increase in the importance of bats, marmosets and wild canids in the epidemiology of vírus transmission to humans has been observed, and this requires an adjustment in prevention actions. Epidemiological and molecular studies are needed to elucidate the genetic diversity and spatial distribution of current rabies virus, while health communication tools are critical to update the population about preventive measures. This study aimed to genetically characterize rabies virus strains detected in biological samples from 55 laboratory-confirmed rabies positive animals in the state of Bahia between the years 2007 and 2009, and conducted a survey of reports on rabies published from 1970 to 2009 by the main newspaper in state. Genetic analysis was performed in samples from one asinine, one non-hematophagous bat (Phyllostomus elongatus), two foxes (Cerdocyon thous), eight vampire bats (Desmodus rotundus) and 43 bovines. All samples were positive in the direct immunofluorescence test (DIF), inoculation into suckling mice (IIM) and the polymerase chain reaction by reverse transcription (RT-PCR), followed by nucleotide sequencing and phylogenic analysis. The phylogeny presented two viral clades, one bat-specific and one carnivore-specific, with existence of nine sub-clusters associated the D. rotundus and infection of bovines with the carnivore-specific strain. The survey of reports revealed 1,381 articles published in the period, some covering more than one aspect assessed in this study: 360 of rabies in humans; 662 in pets; 415 in herbivores; 162 at bats; 34 other wild species; and 166 the rabies was mentioned in a generic context Phylogenetic analysis exposes a complex epidemiology that needs further elucidation for the improvement of control measures for rabies and approach in the media about the importance of wild species in the epidemiology of the disease was relatively low, especially about the role of bats in the transmission of rabies.

17.
Artigo em Inglês | VETINDEX | ID: vti-443224

Resumo

Bats are very interesting animals: they are the unique flying mammals, have developed a highly sophisticated echolocation system, and have become specialized to eat different types of diets. Hematophagous (vampire) bats are those specialized to feed solely on blood and have served as a source of inspiration for researchers as well as for writers. Vampire bat attacks on humans have moved from the realm of science fiction to reality in Latin America and bats (including non-hematophagous ones) have assumed an important role in the transmission of rabies virus to humans. This article discusses the emerging role of bats as rabies virus transmitters, with particular emphasis on the role of hematophagous bats in the epidemiology of human rabies in Latin America. Possible reasons associated with the increasing risk of exposure to bats in this region are also discussed.

18.
Arq. ciênc. vet. zool. UNIPAR ; 11(2): 171-174, jul.-dez. 2008. mapas, tab
Artigo em Português | VETINDEX | ID: vti-2844

Resumo

No Paraná poucos estudos foram realizados sobre a presença do vírus rábico em morcegos, sendo a maioriadas pesquisas feitas nos grandes centros urbanos e em parques próximos às cidades. O presente trabalho teve como objetivo detectar a presença do vírus rábico em filostomídeos não hematófagos, coletados em um fragmento florestal na região de Porto Rico, Paraná. O estudo foi realizado no mês de março de 2006 e foram coletados exemplares de Carollia perspicillata, Artibeus lituratus, A. jamaicensis e Sturnira lilium. Amostras de encéfalo dos morcegos foram extraídas e encaminhadas para análise no Laboratório Central de Saúde Pública do Paraná (LACEN/ PR) onde foram empregadas as técnicas de imunoflorescência direta e prova biológica em camundongos. Das 16 amostras encaminhadas, todas apresentaram resultados negativos, indicando, assim, sanidade dos morcegos amostrados para o vírus rábico na região de Porto Rico, o que sugere a necessidade de novos estudos, a fim de conferir um panorama maior e mais preciso sobre a contaminação de quirópteros por tal enfermidade.(AU)


A few studies have been conducted in the state of Paraná respect to rabies virus in bats most of the researches were conducted in large cities and in parks next to the cities. This study has the purpose of identifying the occurrence of rabies virus in non-hematophagous phyllostomideos collected in a forest segment in the region of Porto Rico, Paraná. It was carried out in March, 2006 and samples of Carollia perspicillata, Artibeus lituratus, A. jamaicensis and Sturnira lilium were collected. Their encephalus were removed and analyzed at the Laboratório Central de Saúde Pública do Paraná (LACEN/ PR), where direct immunofluorescense and biological proof in mice were conducted. All 16 samples presented negative results,thus indicating sanity for the bats sampled for rabic virus in the region of Porto Rico, what suggests the need for new studies in order to establish a broader and more precise overview with respect to the contamination of chiroptera by such disease.(AU)


En Paraná pocos estudios fueron realizados sobre la presencia del virus rábico en murciélagos, siendo la mayoríade las investigaciones hechas en los grandes centros urbanos y en parques próximos a las ciudades. Esta investigación tuvo como objetivo detectar la presencia del virus rábico en filostomídeos no hematófagos, colectados en un fragmento forestalen la región de Porto Rico - Paraná. El estudio fue realizado en el mes de marzo de 2006 y fueron colectados ejemplares de Carollia perspicillata, Artibeus lituratus, A. jamaicensis y Sturnira lilium. Muestras de encéfalos fueron extraídas y encaminadas para análisis en el Laboratorio Central de Salud Pública del Paraná (LACEN/ PR), donde fueron utilizadas las técnicas de inmunoflorescencia directa y prueba biológica en ratas. De las 16 muestras encaminadas, todas presentaron resultados negativos, indicando, así, la sanidad de los murciélagos pesquisados para el virus rábico en la región de Porto Rico, lo que sugiere la necesidad de nuevos estudios, a fin de conferir un panorama mayor y más preciso sobre la contaminación de quirópteros por tal enfermedad.(AU)


Assuntos
Animais , Vírus da Raiva/isolamento & purificação , Medidas de Ocorrência de Doenças , Quirópteros
19.
São Paulo; s.n; 27/04/2011.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-6858

Resumo

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que a raiva é um problema de saúde pública podendo acarretar sérios prejuízos ambientais e econômicos, a despeito da existência de vacinas eficazes de uso humano e veterinário. Segundo seu último informe, estima-se que no mundo em torno de 55.000 pessoas por ano morrem de raiva. O cão permanece como principal transmissor da raiva para o homem e também como principal vítima da doença. Nos países que conseguiram controlar a raiva em animais domésticos, o vírus se mantém circulante na natureza por meio dos animais silvestres, sendo os morcegos apontados como a segunda espécie transmissora da raiva a humanos. Os Lyssavirus têm sido detectados em morcegos, em diversos continentes, sendo identificados como transmissor em dez das onze espécies de Lyssavirus. Fósseis de morcego mostram sua presença há 50 milhões de anos. Mas somente em 1911, Carini relacionou pela primeira vez a raiva aos morcegos, levantando a hipótese destes serem os transmissores da doença a outros animais. Há registros de que o vírus da raiva foi isolado em pelo menos 41 das 167 espécies de morcegos brasileiras, sendo que a maioria dessas espécies está relacionada a atividades humanas com a presença destes animais próximos ao local de trabalho e moradia das pessoas. Os morcegos hematófagos Desmodus rotundus são encontrados do norte do México até a costa norte do Chile, região central da Argentina e costa do Uruguai e com exceção do Chile. Esta espécie de morcego tem sido apontada como reservatório natural do vírus da raiva nesta região. Alguns pesquisadores observaram que a raiva em morcegos não hematófagos precede a raiva bovina e em animais de estimação, sugerindo que os morcegos não hematófagos podem ser o elo entre a raiva silvestre e a raiva urbana e o fato de se detectar a variante mantida por morcegos hematófagos Desmodus rotundus em cães e gatos mostra que o papel deste morcego no ciclo da raiva não está limitado à raiva silvestre. As características dos Lyssavirus adaptados a morcegos têm mostrado diferenças quando comparadas à raiva relacionada aos carnívoros, confirmando a necessidade do desenvolvimento de metodologias que permitam estudos complementares mais precisos a respeito da biologia e epidemiologia da raiva em quirópteros. A escassez de dados na literatura, até o momento, a respeito do genoma completo da variante do vírus da raiva mantida por populações de morcegos hematófagos Desmodus rotundus, deixa uma lacuna no entendimento da epidemiologia molecular deste vírus. A importância epidemiológica desta espécie na transmissão da raiva é inquestionável. Neste estudo foi sequenciado e analisado, o genoma da variante do vírus da raiva mantido por populações de morcego hematófago Desmodus rotundus isolado de um morcego hematófago Desmodus rotundus. A amostra, procedente de área endêmica no Estado de São Paulo, foi filogeneticamente comparada com o genoma da amostra padrão para a espécie viral 1 - Rabies virus e outras amostras pertencentes ao ciclo aéreo ou terrestre de transmissão, disponíveis no GenBank, identificando possíveis padrões de diferenciação, próprios do ciclo aéreo, e em alguns casos relacionados somente à variante estudada


Data from the World Health Organization (WHO) show that rabies is a public health problem which can cause serious environmental and economic damage, despite the existence of effective vaccines for human and veterinary use. According to WHO latest report, estimated that worldwide around 55,000 people per year died of rabies. The dog remains the main transmitter of rabies to humans as well as the main victim of the disease. In countries that were successful in controlling rabies in domestic animals, the virus is still circulating in nature by wild animals and the bats are seen as the second species transmitting rabies to humans. The Lyssavirus have been detected in bats in several continents and is identified as a transmitter in ten of eleven species of Lyssavirus. Bat fossils show their presence for 50 million years. But only in 1911, in the first time Carini related to rabies at bats, raising the possibility of these being the transmitters of the disease to other animals. Reports show that the Rabies virus was isolated in at least 41 of the 167 species of bats in Brazil, with the majority of these species is related to human activities with the animals living near the local job and houses of people. The vampire bat Desmodus rotundus is found from northern Mexico to northern Chile coast, central coast of Argentina and Uruguay and with the exception of Chile. This bat species has been identified as a natural reservoir of the Rabies virus in this region. Some researchers observed that rabies into non-hematophagous bats precedes the bovine rabies and in pets, suggesting that the non-hematophagous bats may be the link between wildlife rabies and urban rabies and the fact that detect the variant maintained by vampire bats Desmodus rotundus in dogs and cats shows that the role of bat rabies in the cycle is not limited to wildlife rabies. The characteristics of Lyssavirus bat adapted have been shown differences when compared to rabies related to the carnivores, confirming the need to develop methods that enable more accurate follow-up studies about the biology and epidemiology of rabies in bats. The paucity of data in the literature to date about the complete genome of the Rabies virus variant maintained by populations of vampire bats Desmodus rotundus leaves a gap in understanding the molecular epidemiology of this virus and the epidemiological importance of this species in the transmission of Rabies virus is unquestionable. In this study we sequenced and analyzed the genome of the Rabies virus variant maintained by populations of bat Desmodus rotundus isolated from a bat Desmodus rotundus. The sample, coming from an endemic area in São Paulo, was phylogenetically compared with the genome of the standard sample for spcies 1 - Rabies virus and other samples belonging to the Terrestrial and Aerial cycles of transmission, available in GenBank, to identify possible patterns of differentiating themselves Aerial cycle and in some cases linked only to variant studied

20.
São Paulo; s.n; 11/12/2009.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-5649

Resumo

O isolamento do vírus da raiva (genótipo 1) a partir de morcegos não hematófagos está se tornando cada vez mais freqüente nas grandes cidades do Brasil. Este trabalho foi delineado para investigar a patogenicidade de um isolado do vírus da raiva, do morcego insetívoro Lassiurus ega, procedente do município de Presidente Prudente SP, em comparação ao vírus fixo da raiva, amostra CVS/32 (Challenge Vírus Standard). Os vírus foram reativados por meio de inoculação intracerebral em camundongos e os experimentos de patogenicidade foram realizados em camundongos e hamsters, desafiando-os pelas vias intramuscular (IM), intradérmica (ID), intranasal (IN) e abrasão superficial da pele (AP). A presença do vírus nos cérebros de animais que haviam manifestado sinais compatíveis à raiva, foi confirmada mediante a prova de imunofluorescência direta. Foram considerados para a avaliação da patogenicidade o quadro clínico, proporção de mortos, e a duração dos períodos de incubação (PI) e clínicos (PC) em dias. Em hamsters, o isolado de L. ega exibiu um quadro furioso, com proporção total de mortos de 2.60%; assim discriminada: 2.08% IM (PI: 11 dias; PC: 6 dias) e 8.33% IN (PI:10.66 ± 1.15 e PC: 7.33 ± 1.54). A presença do vírus no SNC foi detectada apenas em animais inoculados por essas vias. Por outro lado, o vírus CVS produziu um quadro paralítico com mortalidade total de 39.84%, com a seguinte distribuição: 62.50% IM (PI 7.50 ± 2.33; PC: 5.13 ± 1.89) 78.12% ID (PI 9.13 ± 2.23; PC 3.88 ± 2.23) 18.75% IN (PI 12.00 ± 2.77; PC 7.14 ± 2.54). Em camundongos, o isolado do L. ega manifestou sinais de agressividade e a raiva foi confirmada em animais inoculados IM e IN. A proporção de mortos observados em camundongos foi de 50.00% (PI 16.80 ± 2.20; PC 1.4 ± 0.54) e 30% (PI 14 ± 4.35; PC: 2.66 ± 0.57) respectivamente e o vírus CVS produziu mortalidade de 45.00% (PI: 6.30 ± 0.67; PC: 1.5 ± 0.70), 70% (PI: 7.14 ± 1.34; PC 2.28 ± 1.25) e 30% (PI:10.00; PC:1) pelas vias mencionadas acima, com quadro clínico de paralisia. O isolado de L. ega mostrou diferenças na proporção de mortos e quadro clínico furioso quando comparado com o CVS nos dois modelos animais. Os resultados sugerem que o contato com os morcegos insetívoros infectados pelo vírus da raiva representa um risco de transmissão da doença, por meio de ferimentos superficiais da pele provocadas pelas mordeduras ou ainda pela via respiratória, supostamente por meio de aerossóis. Pelo sequenciamento completo da proteína G viral do isolado do L. ega, foram observadas substituições na seqüência de aminoácidos nos sítios antigênicos AI, AII, assim como no domínio de fusão dependente de baixo pH. Os resultados obtidos, sugerem que as diferenças no comportamento biológico podem estar associadas às substituições encontradas na sequencia de aminoácidos da proteína G


The isolation of rabies virus (genotype 1) from the non-hematophagous bats is becoming frequent in heavy urbanized areas in Brazil. This work intended to investigate the pathogenicity of a Brazilian rabies virus isolate from the insectivorous bat Lassiurus ega, from PresidentePrudente-SP, comparing with the CVS/32 (Challenge Virus Standard) fixed rabies virus strain. The viruses were reactivated through intracerebral inoculation into mice and the pathogenicity experiments were made in hamsters and mice, challenged by intramuscular (IM), intradermal (ID) and intranasal (IN) routes and by superficial abrasion of skin. The presence of virus in the brain of animals manifesting the signs compatible with rabies was confirmed by the direct immunofluorescence test. For the evaluation of the pathogenicity, the clinical manifestations, incubation (IP) and clinical (CP) periods in days and the mortality were considered. In hamsters, the isolate of L. ega exhibited a furious form of rabies with total mortality rate of 2.60%, with following distribution: 2.08% IM (IP: 11 days; CP: 6 days) and 8.33% IN (IP: 10.66 ± 1.15 and PC: 7.33 ± 1.54). The presence of rabies virus in the CNS was detected only in animals inoculated through IM and IN routes. The CVS strain has provoked paralytic disease with a total mortality rate of 39.84% as the follow: 62.50% IM (IP 7.50 ± 2.33; CP: 5.13 ± 1.89), 78.12% ID (IP 9.13 ± 2.23; CP 3.88 ± 2.23) and 18.75% IN (IP 12.00 ± 2.77; CP 7.14 ± 2.54). In mice, the isolate of L. ega manifested signs of aggressiveness and rabies was confirmed in animals that were inoculated intramuscularly and intranasally. The total mortality rate observed in mice was 20%, by the IM route was 50% (IP 16.80 ± 2.20; CP 1.4 ± 0.54) and 30% by the intranasal route (IP 14.00 ± 4.35; CP: 2.66 ± 0.57) respectively. The CVS strain showed a total mortality rate of 45.00% and by the IM route, 100% (PI: 6.30 ± 0.67; CP: 1.5 ± 0.70), by the ID route, 70% (IP: 7.14 ± 1.34; CP 2.28 ± 1.25) and by IN, 30% (IP: 10, 00; C: 1.00) showing signs of paralysis. Compared to the CVS strain, the isolate of L. ega showed difference in mortality rate and signs of aggressiveness were found both in hamster and mouse model. The results suggest that the contact with the insectivorous bats infected with rabies virus would represent a risk of disease transmission, by means of superficial wounds of the skin inflicted by bites or by inhalation of aerosols. By the complete sequencing of the viral G protein of the isolate of L. ega, sequencings of amino acids substitutions were observed at antigenic sites AI, AII, as well as the in domain of fusion dependent on low pH. According to the results, differences in the biological behavior may be associated to the substitutions found in the amino acids sequence of the G protein

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