Resumo
The target cp1002_RS01850 from Corynebacterium pseudotuberculosis was used to construct a DNA and recombinant subunit vaccine against caseous lymphadenitis. Recombinant protein rCP01850 was expressed in Escherichia coli using pAE vector, and DNA vaccine was engineered with pTARGET vector. BALB/c mice were divided in five groups containing eight animals each, inoculated with: pTARGET/cp01850 as DNA vaccine (G1); rCP01850 plus Al (OH)3 as recombinant subunit vaccine (G2); pTARGET/cp01850 and a boost with rCP01850 plus Al (OH)3 (G3); pTARGET (G4); or Al (OH)3 (G5). Mice were inoculated and blood samples were collected on days 0, 21, and 42 for the analysis of total IgG, IgG1 and IgG2a by ELISA. In each group, five animals were challenged with Mic-6 C. pseudotuberculosis strain, and three were used for cytokine quantification by qPCR. Although no group has been protected by vaccines against lethal challenge, G2 showed an increase in the survival rate after challenge. Significantly higher levels of IL-4, IL-12, IFN-γ, total IgG, IgG1 and IgG2a were also detected for G2, evidencing a mixed Th1/Th2 immunological profile. In conclusion, despite no protection level provided by different vaccinal strategies using cp1002_RS01850 from C. pseudotuberculosis, G2 developed a Th1/Th2 immune response with an increase in survival rate.(AU)
O alvo cp1002_RS01850 de Corynebacterium pseudotuberculosis foi utilizado para construir uma vacina recombinante de subunidade e de DNA contra a linfadenite caseosa. A proteína recombinante rCP01850 foi expressa em Escherichia coli usando o vetor pAE, e a vacina de DNA foi construída com o vetor pTARGET. Camundongos BALB/c foram divididos em grupos de oito animais, inoculados com: pTARGET/cp01850 como vacina de DNA (G1); rCP01850 e Al (OH)3 como vacina recombinante de subunidade (G2); pTARGET/cp01850 e um boost com rCP01850 e Al (OH)3 (G3); pTARGET (G4); ou Al (OH)3 (G5). Os animais foram inoculados e amostras de sangue foram coletadas nos dias 0, 21, e 42 do experimento para a análise de IgG total, IgG1 e IgG2a por ELISA. De cada grupo, cinco animais foram desafiados com a cepa Mic-6 de C. pseudotuberculosis, e três foram usados para a quantificação de citocinas por qPCR. Apesar de nenhum grupo ter sido protegido pelas vacinas testadas contra o desafio letal, G2 apresentou taxa de sobrevida e níveis de IL-4, IL-12, IFN-γ, IgG total, IgG1 e IgG2a significativamente mais altos, evidenciando um perfil imunológico misto Th1/Th2. Conclui-se que apesar das diferentes estratégias vacinais utilizando cp1002_RS01850 de C. pseudotuberculosis não terem sido capazes de gerar proteção, G2 desenvolveu uma resposta Th1/Th2 e elevou a taxa de sobrevida.(AU)
Assuntos
Animais , Camundongos , Fosfatase Ácida , Imunização Secundária/veterinária , Corynebacterium pseudotuberculosis , Linfadenite/imunologia , Proteínas Recombinantes , Hidróxido de AlumínioResumo
The target cp1002_RS01850 from Corynebacterium pseudotuberculosis was used to construct a DNA and recombinant subunit vaccine against caseous lymphadenitis. Recombinant protein rCP01850 was expressed in Escherichia coli using pAE vector, and DNA vaccine was engineered with pTARGET vector. BALB/c mice were divided in five groups containing eight animals each, inoculated with: pTARGET/cp01850 as DNA vaccine (G1); rCP01850 plus Al (OH)3 as recombinant subunit vaccine (G2); pTARGET/cp01850 and a boost with rCP01850 plus Al (OH)3 (G3); pTARGET (G4); or Al (OH)3 (G5). Mice were inoculated and blood samples were collected on days 0, 21, and 42 for the analysis of total IgG, IgG1 and IgG2a by ELISA. In each group, five animals were challenged with Mic-6 C. pseudotuberculosis strain, and three were used for cytokine quantification by qPCR. Although no group has been protected by vaccines against lethal challenge, G2 showed an increase in the survival rate after challenge. Significantly higher levels of IL-4, IL-12, IFN-γ, total IgG, IgG1 and IgG2a were also detected for G2, evidencing a mixed Th1/Th2 immunological profile. In conclusion, despite no protection level provided by different vaccinal strategies using cp1002_RS01850 from C. pseudotuberculosis, G2 developed a Th1/Th2 immune response with an increase in survival rate.(AU)
O alvo cp1002_RS01850 de Corynebacterium pseudotuberculosis foi utilizado para construir uma vacina recombinante de subunidade e de DNA contra a linfadenite caseosa. A proteína recombinante rCP01850 foi expressa em Escherichia coli usando o vetor pAE, e a vacina de DNA foi construída com o vetor pTARGET. Camundongos BALB/c foram divididos em grupos de oito animais, inoculados com: pTARGET/cp01850 como vacina de DNA (G1); rCP01850 e Al (OH)3 como vacina recombinante de subunidade (G2); pTARGET/cp01850 e um boost com rCP01850 e Al (OH)3 (G3); pTARGET (G4); ou Al (OH)3 (G5). Os animais foram inoculados e amostras de sangue foram coletadas nos dias 0, 21, e 42 do experimento para a análise de IgG total, IgG1 e IgG2a por ELISA. De cada grupo, cinco animais foram desafiados com a cepa Mic-6 de C. pseudotuberculosis, e três foram usados para a quantificação de citocinas por qPCR. Apesar de nenhum grupo ter sido protegido pelas vacinas testadas contra o desafio letal, G2 apresentou taxa de sobrevida e níveis de IL-4, IL-12, IFN-γ, IgG total, IgG1 e IgG2a significativamente mais altos, evidenciando um perfil imunológico misto Th1/Th2. Conclui-se que apesar das diferentes estratégias vacinais utilizando cp1002_RS01850 de C. pseudotuberculosis não terem sido capazes de gerar proteção, G2 desenvolveu uma resposta Th1/Th2 e elevou a taxa de sobrevida.(AU)
Assuntos
Animais , Camundongos , Fosfatase Ácida , Imunização Secundária/veterinária , Corynebacterium pseudotuberculosis , Linfadenite/imunologia , Proteínas Recombinantes , Hidróxido de AlumínioResumo
The antibody response to rabies virus (RABV) induced by commercial vaccines in heifers was investigated. For this, 84 heifers were vaccinated twice (30 days interval) with each of four vaccines (G1 = 14 animals; G2 = 24; G3 = 22 and G4 = 24) and received a booster vaccination 360 days later. Serum samples collected at different intervals after vaccination and 30 days after booster were submitted to a virus neutralizing (VN) assay for RABV antibodies. Thirty days after the second vaccine dose, 92% of the immunized animals presented VN titers 0.5UI/mL (geometric medium titers [GMT] 1.7 to 3.8UI/mL). At the day of the booster (360 days post-vaccination); however, the percentage of animals harboring antibody titers 0.5UI/mL had dropped to 31% (0-80% of the animals, depending on the vaccine), resulting in lower GMT (0.1 to 0.6UI/mL). Booster vaccination at day 360 resulted in a detectable anamnestic response in all groups, resulting in 83% of animals (65 to 100%) harboring VN titers 0.5UI/mL thirty days later (GMT 0.6 to 4.3UI/mL). These results indicated that these vaccines were able to induce an adequate anti-RABV response in all animals after prime vaccination (and after booster as well). However, the titers decreased, reaching titers 0.5UI/mL in approximately 70% of animals within the interval before the recommended booster. Thus, booster vaccination for rabies in cattle using the current vaccines should be performed before the recommended one-year interval, as to maintain neutralizing antibodies levels in most vaccinated animals.
A resposta sorológica contra o vírus da raiva (RABV) induzida por vacinas comerciais foi investigada em bovinos. Para isso, 84 novilhas foram vacinadas duas vezes (30 dias de intervalo) com cada vacina (G1 = 14 animais; G2 = 24; G3 = 22 e G4 = 24) e receberam uma vacinação de reforço 360 dias depois. Amostras de soro coletadas em diferentes momentos após a vacinação e após o reforço vacinal foram submetidas ao teste de vírus neutralização (VN) para detecção de anticorpos contra o RABV. Trinta dias após a segunda dose vacinal, 92% dos animais apresentaram títulos neutralizantes 0,5UI/mL (GMT 1,7 a 3,8UI/mL). Porém, no dia do reforço (360 dias pós-vacinação), a porcentagem de animais que ainda apresentava títulos 0,5UI/mL havia se reduzido a 31% dos animais (0 a 80%, dependendo da vacina), resultando em baixos TMGs (0,1 a 0,6UI/mL). A vacinação de reforço no dia 360 resultou em resposta anamnéstica em todos os grupos, resultando em 83% (65 a 100%) de animais com títulos VN 0,5UI/mL trinta dias após (GMT 0,6 a 4,3UI mL-1). Esses resultados indicam que as vacinas avaliadas induzem uma resposta adequada de anticorpos anti-RABV após a vacinação (e também após o reforço). No entanto, os títulos reduzem-se, atingindo níveis 0,5UI/mL em 70% dos animais durante o intervalo antes do reforço. Assim, vacinação de reforço contra a raiva em bovinos, utilizando-se as vacinas atuais, deve ser realizada em intervalo inferior a um ano, de forma a manter os níveis de anticorpos neutralizantes na maioria dos animais.
Assuntos
Animais , Bovinos , Anticorpos Antivirais , Anticorpos Neutralizantes , Imunização Secundária/métodos , Imunização Secundária/veterinária , Vírus da Raiva , Testes Sorológicos/veterináriaResumo
The antibody response to rabies virus (RABV) induced by commercial vaccines in heifers was investigated. For this, 84 heifers were vaccinated twice (30 days interval) with each of four vaccines (G1 = 14 animals; G2 = 24; G3 = 22 and G4 = 24) and received a booster vaccination 360 days later. Serum samples collected at different intervals after vaccination and 30 days after booster were submitted to a virus neutralizing (VN) assay for RABV antibodies. Thirty days after the second vaccine dose, 92% of the immunized animals presented VN titers 0.5UI/mL (geometric medium titers [GMT] 1.7 to 3.8UI/mL). At the day of the booster (360 days post-vaccination); however, the percentage of animals harboring antibody titers 0.5UI/mL had dropped to 31% (0-80% of the animals, depending on the vaccine), resulting in lower GMT (0.1 to 0.6UI/mL). Booster vaccination at day 360 resulted in a detectable anamnestic response in all groups, resulting in 83% of animals (65 to 100%) harboring VN titers 0.5UI/mL thirty days later (GMT 0.6 to 4.3UI/mL). These results indicated that these vaccines were able to induce an adequate anti-RABV response in all animals after prime vaccination (and after booster as well). However, the titers decreased, reaching titers 0.5UI/mL in approximately 70% of animals within the interval before the recommended booster. Thus, booster vaccination for rabies in cattle using the current vaccines should be performed before the recommended one-year interval, as to maintain neutralizing antibodies levels in most vaccinated animals.(AU)
A resposta sorológica contra o vírus da raiva (RABV) induzida por vacinas comerciais foi investigada em bovinos. Para isso, 84 novilhas foram vacinadas duas vezes (30 dias de intervalo) com cada vacina (G1 = 14 animais; G2 = 24; G3 = 22 e G4 = 24) e receberam uma vacinação de reforço 360 dias depois. Amostras de soro coletadas em diferentes momentos após a vacinação e após o reforço vacinal foram submetidas ao teste de vírus neutralização (VN) para detecção de anticorpos contra o RABV. Trinta dias após a segunda dose vacinal, 92% dos animais apresentaram títulos neutralizantes 0,5UI/mL (GMT 1,7 a 3,8UI/mL). Porém, no dia do reforço (360 dias pós-vacinação), a porcentagem de animais que ainda apresentava títulos 0,5UI/mL havia se reduzido a 31% dos animais (0 a 80%, dependendo da vacina), resultando em baixos TMGs (0,1 a 0,6UI/mL). A vacinação de reforço no dia 360 resultou em resposta anamnéstica em todos os grupos, resultando em 83% (65 a 100%) de animais com títulos VN 0,5UI/mL trinta dias após (GMT 0,6 a 4,3UI mL-1). Esses resultados indicam que as vacinas avaliadas induzem uma resposta adequada de anticorpos anti-RABV após a vacinação (e também após o reforço). No entanto, os títulos reduzem-se, atingindo níveis 0,5UI/mL em 70% dos animais durante o intervalo antes do reforço. Assim, vacinação de reforço contra a raiva em bovinos, utilizando-se as vacinas atuais, deve ser realizada em intervalo inferior a um ano, de forma a manter os níveis de anticorpos neutralizantes na maioria dos animais.(AU)
Assuntos
Animais , Bovinos , Vírus da Raiva , Anticorpos Antivirais , Anticorpos Neutralizantes , Imunização Secundária/métodos , Imunização Secundária/veterinária , Testes Sorológicos/veterináriaResumo
As toxinas alfa (CPA), beta (CPB) e épsilon (ETX) de Clostridium perfringens são responsáveis por causar enfermidades de difícil erradicação e com potencial letalidade em animais de produção, sendo a vacinação dos rebanhos ainda a melhor estratégia de controle. Atualmente as vacinas recombinantes clostridiais apresentam resultados significativos na indução de títulos de anticorpos neutralizantes e demostram ser uma alternativa viável frente a produção convencional de toxóides clostridiais comerciais. Entretanto são necessários estudos em relação a longevidade da resposta imune humoral induzida pelas proteínas recombinantes nos animais imunizados, preferencialmente nas espécies alvo. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi mensurar a resposta imune humoral de bovinos imunizados com vacinas trivalentes contendo as proteínas recombinantes alfa (rCPA), beta (rCPB) e épsilon (rETX) de C. perfringens, produzidas em Escherichia coli, em três diferentes concentrações (100, 200 e 400 µg) de cada uma das proteínas, durante um período de 12 meses. As vacinas recombinantes contendo 200 µg (VR2) e 400 µg (VR3) foram estatisticamente semelhantes aos 56 dias e obtiveram melhor desempenho ao longo do estudo, pois induziram títulos médios de anticorpos neutralizantes mais elevados e detectáveis por até 150 e 180 dias, respectivamente. Em relação a produção de escala industrial, VR2 seria a formulação mais econômica e viável, pois atingiu resultados similares a VR3 usando metade da concentração de proteínas recombinantes em sua formulação. No entanto, nenhuma das vacinas testadas induziu a produção de títulos de anticorpos detectáveis até os 365 dias de experimento, período este de revacinação normalmente indicado nos protocolos de vacinação, reiterando a necessidade e a importância das pesquisas na área de vacinologia a fim de estabelecer maior longevidade da resposta imune humoral contra essas toxinas clostridiais nos animais, além da necessidade de discussão sobre os calendários e protocolos vacinais adotados na bovinocultura.
The alpha (CPA), beta (CPB) and epsilon (ETX) toxins of Clostridium perfringens are responsible for causing diseases that are difficult to eradicate and have lethal potential in production animals. Vaccination of herds is still the best control strategy. Recombinant clostridial vaccines have shown good success at inducing neutralizing antibody titers and appear to be a viable alternative to the conventional production of commercial clostridial toxoids. Research is still needed on the longevity of the humoral immune response induced by recombinant proteins in immunized animals, preferably in target species. The objective of this study was to measure the humoral immune response of cattle immunized with trivalent vaccines containing the recombinant proteins alpha (rCPA), beta (rCPB) and epsilon (rETX) of C. perfringens produced in Escherichia coli at three different concentrations (100, 200, and 400g) of each protein for 12 months. The recombinant vaccines containing 200 (RV2) and 400g (RV3) yielded statistically similar results at 56 days. They performed better throughout the study period because they induced higher neutralizing antibody titers and were detectable for up to 150 and 180 days, respectively. Regarding industrial-scale production, RV2 would be the most economical and viable formulation as it achieved results similar to RV3 at half the concentration of recombinant proteins in its formulation. However, none of the vaccines tested induced the production of detectable antibody titers on day 365 of the experiment, the time of revaccination typically recommended in vaccination protocols. Thus, reiterating the need for research in the field of vaccinology to achieve greater longevity of the humoral immune response against these clostridial toxins in animals, in addition to the need to discuss the vaccine schedules and protocols adopted in cattle production.
Resumo
A mensuração do lactato sérico é utilizada na rotina médica como marcador prognóstico de pacientes em estado de emergência. Sua interpretação não deve ser feita de forma isolada, mas conjunta aos demais parâmetros clínicos, pois seus valores podem sofrer interferência do estresse metabólico ou ambiental, contenção física e/ ou manipulação dos pacientes. Assim, buscou-se mensurar os valores do lactato sérico e parâmetros clínicos de cães saudáveis, bem como as suas correlações, durante o atendimento clínico ambulatorial veterinário. Para isso, foram avaliados 80 cães, machos ou fêmeas, com idade de um a oito anos, atendidos para revacinação anual polivalente. Foram considerados cães saudáveis os que não apresentaram intercorrências clínicas nos últimos 60 dias e alterações nos exames físicos e nos valores de hemograma e glicemia sérica. Foram mensurados inicialmente o peso corporal, a frequência cardíaca (FC) e respiratória (FR), tempo de preenchimento capilar (TPC), coloração de mucosas, temperatura retal (TR), periférica (TP) e a diferença entre TR e a TP, o Delta T°C. Por último, realizaram-se os exames de hemograma e glicemia sérica, juntamente com a mensuração do lactato sérico, utilizando para isso um lactímetro portátil, por meio da amostra sanguínea obtida da veia cefálica. Além disso, havendo a correlação dos valores do lactato séricos com o peso corporal os cães foram divididos conforme o cálculo do 33° e 66° percentil. Os cães avaliados evidenciaram valores médios de 18,3±12,1 kg de peso corporal e 3,0±1,9 anos de idade; FC de 126,6±29,1bpm, FR de 66±24mpm, TR de 38,9±0,4°C, TP de 31,5±1,0°C, Delta TºC de 7,3±1,0°C e lactato sérico de 3,2±0,4mmol/L; com este último, evidenciando intervalo de confiança a 95% de 3,1-3,3mmol/L e correlação significativa (p<0,05) dos seus valores com o peso corporal (r=0,6) e a frequência cardíaca (r=0,4). Os valores do lactato sérico obtidos foram comparados entre os grupos de cães conforme o peso corporal, evidenciando diferenças significativas (p<0,05) entre eles. Dessa forma, pode se concluir que os valores do lactato sérico em cães hígidos sob atendimento ambulatorial é de 3,2mmol/L, com o intervalo de confiança de 3,1-3,3mmol/L, ressaltando a influência que a FC e o peso corporal podem exercer nos seus valores.(AU)
The measurement of serum lactate is used in the medical routine as a prognosis marker of emergency patients. Its interpretation should not be done disconnectedly from the other clinical parameters once metabolical or environmental stress as well as restraint and/or manipulation of patients can interfere. Thus we tried to measure the levels of serum lactate and clinical parameters of healthy dogs, as their correlation during veterinarian outpatient clinical care. For that we evaluated 80 dogs, males and females, with age ranging from one to eight years, met for polyvalent annual revaccination. We considered to be healthy those dogs that had no clinical events in the last 60 days or alteration in physical exams, blood exam values and serum glycemia. We initially measured body weight, heart rate (HR) and respiratory (RR), capillary refill time, mucosa's coloring, rectal temperature (RT), peripheral temperature (PT) and the difference between RT and PT, Delta T°C. Finally we did the blood exam and the serum glycemia, as well as the serum lactate measurement. For that we used a portable lactimeter, using the blood sample taken from the cephalic vein. Furthermore, when there was correlation between the serum lactate values and the body weight, we divided the dogs according to the calculation of 33 and 66 percentile. Evaluated dogs showed average values of 18.3±12.1 kg of body weight and 3.0±1.9 of age; with HR of 126.6±29.1bpm, RR of 66±24mpm, RT of 38.9±0.4°C, PT of 31.5±1,0°C, Delta T°C of 7.3±1.0°C and serum lactate of 3.2±0.4mmol/L; with the latter showing range of 3.1-3.3mmol/L with 95% of reliability and significant correlation (p<0.05) between its values and the body weight (r=0.6) and the heart rate (r=0.4). The serum lactate values obtained were compared between the dogs' groups according to their body weight, showing distinguished differences between them. Thereby we concluded that the serum lactate values in dogs under outpatient care is 3.2mmol/L, with a trust gap of 3.1-3.3mmol/L, highlighting the influence that HR and body weight can have on its values.(AU)
Assuntos
Animais , Cães , Hiperlactatemia/sangue , Hiperlactatemia/veterinária , Lactatos/análise , Lactatos/sangue , Diagnóstico Clínico/veterinária , Testes ImediatosResumo
A mensuração do lactato sérico é utilizada na rotina médica como marcador prognóstico de pacientes em estado de emergência. Sua interpretação não deve ser feita de forma isolada, mas conjunta aos demais parâmetros clínicos, pois seus valores podem sofrer interferência do estresse metabólico ou ambiental, contenção física e/ ou manipulação dos pacientes. Assim, buscou-se mensurar os valores do lactato sérico e parâmetros clínicos de cães saudáveis, bem como as suas correlações, durante o atendimento clínico ambulatorial veterinário. Para isso, foram avaliados 80 cães, machos ou fêmeas, com idade de um a oito anos, atendidos para revacinação anual polivalente. Foram considerados cães saudáveis os que não apresentaram intercorrências clínicas nos últimos 60 dias e alterações nos exames físicos e nos valores de hemograma e glicemia sérica. Foram mensurados inicialmente o peso corporal, a frequência cardíaca (FC) e respiratória (FR), tempo de preenchimento capilar (TPC), coloração de mucosas, temperatura retal (TR), periférica (TP) e a diferença entre TR e a TP, o Delta T°C. Por último, realizaram-se os exames de hemograma e glicemia sérica, juntamente com a mensuração do lactato sérico, utilizando para isso um lactímetro portátil, por meio da amostra sanguínea obtida da veia cefálica. Além disso, havendo a correlação dos valores do lactato séricos com o peso corporal os cães foram divididos conforme o cálculo do 33° e 66° percentil. Os cães avaliados evidenciaram valores médios de 18,3±12,1 kg de peso corporal e 3,0±1,9 anos de idade; FC de 126,6±29,1bpm, FR de 66±24mpm, TR de 38,9±0,4°C, TP de 31,5±1,0°C, Delta TºC de 7,3±1,0°C e lactato sérico de 3,2±0,4mmol/L; com este último, evidenciando intervalo de confiança a 95% de 3,1-3,3mmol/L e correlação significativa (p<0,05) dos seus valores com o peso corporal (r=0,6) e a frequência cardíaca (r=0,4). [...](AU)
The measurement of serum lactate is used in the medical routine as a prognosis marker of emergency patients. Its interpretation should not be done disconnectedly from the other clinical parameters once metabolical or environmental stress as well as restraint and/or manipulation of patients can interfere. Thus we tried to measure the levels of serum lactate and clinical parameters of healthy dogs, as their correlation during veterinarian outpatient clinical care. For that we evaluated 80 dogs, males and females, with age ranging from one to eight years, met for polyvalent annual revaccination. We considered to be healthy those dogs that had no clinical events in the last 60 days or alteration in physical exams, blood exam values and serum glycemia. We initially measured body weight, heart rate (HR) and respiratory (RR), capillary refill time, mucosa's coloring, rectal temperature (RT), peripheral temperature (PT) and the difference between RT and PT, Delta T°C. Finally we did the blood exam and the serum glycemia, as well as the serum lactate measurement. For that we used a portable lactimeter, using the blood sample taken from the cephalic vein. Furthermore, when there was correlation between the serum lactate values and the body weight, we divided the dogs according to the calculation of 33 and 66 percentile. Evaluated dogs showed average values of 18.3±12.1 kg of body weight and 3.0±1.9 of age; with HR of 126.6±29.1bpm, RR of 66±24mpm, RT of 38.9±0.4°C, PT of 31.5±1,0°C, Delta T°C of 7.3±1.0°C and serum lactate of 3.2±0.4mmol/L; with the latter showing range of 3.1-3.3mmol/L with 95% of reliability and significant correlation (p<0.05) between its values and the body weight (r=0.6) and the heart rate (r=0.4). The serum lactate values obtained were compared between the dogs' groups according to their body weight, showing distinguished differences between them. [...](AU)
Assuntos
Animais , Cães , Lactatos/análise , Lactatos/sangue , Hiperlactatemia/veterinária , Hiperlactatemia/sangue , Testes Imediatos , Diagnóstico Clínico/veterináriaResumo
Background Rabies, a zoonosis found throughout the globe, is caused by a virus of theLyssavirus genus. The disease is transmitted to humans through the inoculation of the virus present in the saliva of infected mammals. Since its prognosis is usually fatal for humans, nationwide public campaigns to vaccinate dogs and cats against rabies aim to break the epidemiological link between the virus and its reservoirs in Brazil.Findings During 12 months we evaluated the active immunity of dogs first vaccinated (booster shot at 30 days after first vaccination) against rabies using the Fuenzalida-Palácios modified vaccine in the urban area of Botucatu city, São Pauto state, Brazil. Of the analyzed dogs, 54.7% maintained protective titers (≥0.5 IU/mL) for 360 days after the first vaccination whereas 51.5% during all the study period.Conclusions The present results suggest a new vaccination schedule for dogs that have never been vaccinated. In addition to the first dose of vaccine, two others are recommended: the second at 30 days after the first and the third dose at 180 days after the first for the maintenance of protective titers during 12 months.(AU)
Assuntos
Animais , Cães , Raiva , Vacinas , Imunidade Ativa , Anticorpos , Vacina Antirrábica/administração & dosagemResumo
Rabies, a zoonosis found throughout the globe, is caused by a virus of the Lyssavirus genus. The disease is transmitted to humans through the inoculation of the virus present in the saliva of infected mammals. Since its prognosis is usually fatal for humans, nationwide public campaigns to vaccinate dogs and cats against rabies aim to break the epidemiological link between the virus and its reservoirs in Brazil. During 12 months we evaluated the active immunity of dogs first vaccinated (booster shot at 30 days after first vaccination) against rabies using the Fuenzalida-Palácios modified vaccine in the urban area of Botucatu city, São Pauto state, Brazil. Of the analyzed dogs, 54.7% maintained protective titers (≥0.5 IU/mL) for 360 days after the first vaccination whereas 51.5% during all the study period. The present results suggest a new vaccination schedule for dogs that have never been vaccinated. In addition to the first dose of vaccine, two others are recommended: the second at 30 days after the first and the third dose at 180 days after the first for the maintenance of protective titers during 12 months.(AU)
Assuntos
Animais , Rim/anatomia & histologia , Raiva/patologia , Vacinação/classificação , Zoonoses , Lyssavirus , Cães/classificaçãoResumo
A leptospirose é uma zoonose reemergente de grande impacto na saúde animal e pública, que tem como agente etiológico às espécies patogênicas do gênero Leptospira. As vacinas comerciais contra esta doença são preparações de culturas de leptospiras de sorovares patogênicos, inativadas pela ação do calor ou formol (bacterinas). Estas vacinas são sorovar específicas e estimulam predominantemente a resposta imune humoral, reforçando a necessidade de revacinação anual para manter os níveis de anticorpos protetores. Além disso, há controvérsias sobre este tipo de vacina em relação à inibição da colonização renal. Por isso, novos antígenos têm sido avaliados para compor uma vacina mais eficaz contra a leptospirose, que confira proteção contra as diversas espécies patogênicas, previna a colonização bacteriana, gere resposta imune duradoura e apresente mínimos efeitos adversos. Os candidatos vacinais mais promissores são as proteínas de superfície LigA e LigB (Leptospiral immunoglobulin-like proteins), que são expressas durante a infecção e participam dos mecanismos de adesão às células do hospedeiro. Outra proteína promissora é a LcpA (Leptospiral complement regulator-acquiring protein A), cuja função é a interação com o fator regulador C4BP, sugerindo uma estratégia das leptospiras de evasão do sistema complemento. LcpA é conservada entre as espécies patogênicas e expressa durante o curso da infecção, sugerindo um papel potencial como antígeno vacinal. Assim, o objetivo geral deste trabalho foi desenvolver uma vacina de subunidade contra a leptospirose utilizando as proteínas recombinantes LigAC (porção C-terminal da proteína LigA) e a proteína LcpA como antígenos. Com o intuito de aumentar a imunogenicidade destas proteínas, através do melhoramento da eficiência dos mecanismos de captura, processamento e apresentação do antígeno ao sistema imune, foram utilizadas duas estratégias vacinais. A primeira consistiu na fusão das proteínas ao domínio ZZ da proteína A de Staphylococcus aureus, capaz de se ligar à região Fc das imunoglobulinas; e ao domínio R da toxina diftérica (DTR), um ligante à heparam sulfato. A segunda estratégia consistiu na utilização de três adjuvantes: hidróxido de alumínio (Alum), CpG-ODN (agonista de TLR-9) e o anticorpo monoclonal anti-MHC II (clone 14.4.4S). Os resultados obtidos mostraram que a formulação vacinal contendo a proteína LcpA fusionada aos domínios ZZ e DTR mais Alum foi capaz de induzir 100% e 60% de proteção contra a morte nos desafios homólogo e heterólogo, respectivamente. A proteína LcpA não fusionada induziu proteção parcial (60%) na presença de Alum. Estes resultados sugerem que os domínios ZZ e DTR são capazes de apresentar o antígeno de maneira mais eficiente. As formulações vacinais contendo LigAC e LcpA fusionadas aos domínios, independente do adjuvante utilizado, foram capazes de induzir proteção contra a morte, mas não foram capazes de inibir a colonização renal, apesar dos altos títulos de anticorpos, direcionados principalmente à proteína LigAC. Assim, conclui-se que as proteínas LigAC e LcpA fusionadas aos domínios ZZ e DTR são candidatos vacinais promissores; e que outras estratégias vacinais utilizando essas proteínas precisam ser testadas para melhorar a imunogenicidade das mesmas e conseguir imunidade esterilizante contra a leptospirose.
Leptospirosis is a reemerging zoonosis of great impact in animal and public health, which has the pathogenic species of genus Leptospira as its etiological agent. Commercial vaccines against this disease consist of leptospiral culture preparations from pathogenic serovars, inactivated by heat or formaldehyde (bacterins). These vaccines are serovar specific and stimulate predominantly humoral immune response, reinforcing the need for annual revaccination to maintain the protective antibody levels. Moreover, there is controversy about these type of vaccines regarding inhibition of renal colonization and bacterial dissemination. Thus, new antigens have been evaluated to compose an effective vaccine against leptospirosis that confers protection against different pathogenic species, prevents bacterial colonization, generates long-lasting immune responses, and exhibits minimum adverse effects. The most promising vaccine candidates are surface proteins LigA and LigB (Leptospiral immunoglobulin-like), which are expressed during infection and play a role in the mechanisms of adhesion to the host cells. Another promising protein is LcpA (Leptospira complement regulator-acquiring protein), which interacts with the regulator factor C4BP, suggesting leptospires´ strategy for evading the complement system. LcpA is conserved among pathogenic species and expressed during infection, suggesting a potential role as a vaccine antigen. Therefore, this work aimed to develop a subunit vaccine against leptospirosis, using recombinant leptospiral proteins LigAC (C-terminal region of protein LigA) and LcpA, as antigens. Two strategies were used for increasing the immunogenicity of these proteins, through improvement of the efficiency of antigen capture, processing, and presentation to the immune systems mechanisms. The first consisted of fusion of proteins to domain ZZ of protein A of Staphylococcus aureus, capable of binding to the Fc region of immunoglobulins; and to R domain of diphtheria toxin (DTR), which is a ligand of heparan sulfate. The second strategy consisted of testing three adjuvants: aluminium hydroxide (Alum), CpG-ODN and monoclonal antibody anti- MHC II (14.4.4S). Results obtained showed that the vaccine formulation containing LcpA protein fused to domains ZZ and DTR plus Alum was capable of inducing 100% and 60% of protection against death in both homologous and heterologous challenge, respectively. Protein LcpA not fused induced partial protection (60%) in presence of Alum. These results suggest that domains ZZ and DTR are capable of presenting antigens in a much efficient manner. Vaccine formulations consisting of LigAC and LcpA fused to domains, independently of the adjuvant used, were able to induce protection against death caused by leptospirosis in hamsters, but they were not capable of inhibiting renal colonization, despite the high antibody titers directed to the LigAC protein. Thus, it can be concluded that proteins LigAC and LcpA fused to domains ZZ and DTR are promising vaccine candidates; and that other vaccines strategies, using these proteins need to be tested to enhance their immunogenicity and achieve sterilizing immunity agains leptospirosis.
Resumo
Rabies, a zoonosis found throughout the globe, is caused by a virus of the Lyssavirus genus. The disease is transmitted to humans through the inoculation of the virus present in the saliva of infected mammals. Since its prognosis is usually fatal for humans, nationwide public campaigns to vaccinate dogs and cats against rabies aim to break the epidemiological link between the virus and its reservoirs in Brazil. During 12 months we evaluated the active immunity of dogs first vaccinated (booster shot at 30 days after first vaccination) against rabies using the Fuenzalida-Palácios modified vaccine in the urban area of Botucatu city, São Pauto state, Brazil. Of the analyzed dogs, 54.7% maintained protective titers (≥0.5 IU/mL) for 360 days after the first vaccination whereas 51.5% during all the study period. The present results suggest a new vaccination schedule for dogs that have never been vaccinated. In addition to the first dose of vaccine, two others are recommended: the second at 30 days after the first and the third dose at 180 days after the first for the maintenance of protective titers during 12 months.
Assuntos
Animais , Lyssavirus , Raiva/patologia , Rim/anatomia & histologia , Vacinação/classificação , Zoonoses , Cães/classificaçãoResumo
Na atualidade, o sorovar Copenhageni é o representante do sorogrupo Icterohaemorrhagiae, mantido por roedores sinantrópicos, que tem prevalecido nos cães e seres humanos das grandes metrópoles brasileiras. A despeito de alguns autores sugerirem a existência de proteção cruzada entre sorovares incluídos em um mesmo sorogrupo esta condição ainda não foi suficientemente esclarecida para os sorovares Icterohaemorrhagiae e Copenhageni. No presente trabalho cães adultos com dois a seis anos de idade primo-vacinados com três doses intervaladas de 30 dias a partir dos 60 dias de idade e revacinados anualmente com vacina anti-leptospirose polivalente contendo os sorovares Canicola, Icterohaemorrhagiae, Grippotyphosa e Pomona foram revacinados com a mesma vacina e aos 30 dias da revacinação foram submetidos aos testes de soroaglutinação microscópica (SAM) e de inibição do crescimento de leptospiras in vitro (TICL), para avaliação comparativa dos níveis de anticorpos produzidos para os sorovares Canicola, Icterohaemorrhagiae e Copenhageni. Os resultados obtidos indicaram que a imunidade conferida pela vacina para o sorovar Icterohaemorrhagiae é mais duradoura que a observada para o sorovar Canicola, já que títulos de anticorpos neutralizantes >1,0 log10 foram observados antes do reforço vacinal não havendo substancial aumento após a revacinação. Quanto ao sorovar Canicola, a revacinação resultou em considerável aumento do título de anticorpos neutralizantes quando comparado ao momento anterior a revacinação (p=0,001). A análise dos valores encontrados após a revacinação demonstrou claramente que cães revacinados com bacterina produzida com o sorovar Icterohaermorrhagiae não apresentam aumento do título de anticorpos inibidores do crescimento contra o sorovar Copenhageni, em nível suficiente para inibir o crescimento de leptospiras. Apesar disso, os títulos de anticorpos inibidores de crescimento anti-Copenhageni encontrados antes e após a revacinação demonstraram que, pelo menos certo grau de proteção contra a infecção por esse sorovar pode ser esperado para os cães vacinados com bacterinas do sorovar Icterohaemorrhagiae, não sendo, no entanto, uma proteção cruzada completa.(AU)
Currently, the serovar Copenhageni is the representative of serogroup Icterohaemorrhagiae maintained in synanthropic rodents found most frequently in dogs and humans in metropolitan areas of Brazil. Despite some authors have suggested the existence of cross-protection between serovars included in the same serogroup, this condition has not yet been sufficiently clarified for serovars Icterohaemorrhagiae and Copenhageni. In the present work, 2 to 6-year-old dogs, vaccinated at 60, 90 and 120 days of age and thereafter, revaccinated annually with commercial vaccine containing Canicola, Icterohaemorrhagiae, Grippotyphosa and Pomona bacterins were evaluated as to the immune status against leptospirosis before and 30 days after revaccination. Mycroscopic agglutination test (MAT) and in vitro growth inhibition test (GIT) were performed to search for agglutinating anti-Leptospira antibodies and neutralizing anti-Leptospira antibodies, respectively for serovars Canicola and Icterohaemorrhagiae, and additionally, for serovar Copenhageni, not included in the vaccine. The results showed that the immunity conferred by the vaccine to serovar Icterohaemorrhagiae is more lasting than that observed for serovar Canicola, since neutralizing antibody titers >1.0 log10 were observed before the booster vaccination with no substantial increase after revaccination. As for the serovar Canicola, revaccination resulted in a considerable increase in neutralizing antibody titer when compared to the one observed previously to the revaccination (p=0.001). The analysis of the data obtained by GIT allowed us to conclude that dogs given vaccine containing Icterohaemorrhagiae bacterin did not produce neutralizing antibodies against serovar Copenhageni enough to inhibit leptopiral growth at the same level as occurred for the homologous serovar. Despite this, the GIT titer found for serovar Copenhageni before and after revaccination showed that at least, some level of protection could be expected for dogs vaccinated with serovar Icterohaemorrhagiae bacterin, not a complete cross protection.(AU)
Assuntos
Animais , Cães , Cães , Leptospira interrogans serovar icterohaemorrhagiae/isolamento & purificação , Leptospira interrogans serovar canicola/isolamento & purificação , Formação de Anticorpos , Vacinação/veterinária , Leptospira interrogans serovar pomonaResumo
O Parapoxvirus ovis (PPVO) ou vírus da orf (ORFV) é o agente do ectima contagioso (ou orf), uma enfermidade mucocutânea que afeta principalmente ovinos e caprinos. O ORFV pertence à família Poxviridae, subfamília Chordopoxvirinae e gênero Parapoxvirus. Os vírions possuem envelope e o genoma consiste de uma molécula de DNA linear e de fita dupla, com aproximadamente 138 quilobases (kb) e contém pelo menos 131 genes. O ORFV possui várias propriedades biológicas e genômicas que o tornam um atraente candidato a vetor vacinal. Por isso, tem sido proposto como plataforma vacinal para vetorar genes heterólogos de interesse veterinário. Em um primeiro estudo, descreve-se a construção e caracterização de dois recombinantes do ORFV, a partir da cepa parental ORFV IA82, que expressam a glicoproteína G do vírus da raiva (RABV-G) nos loci dos genes ORFV024 ou ORFV121, respectivamente, e a avaliação da sua imunogenicidade em suínos e bovinos. A caracterização in vitro demonstrou que os recombinantes ORFV024RABV-G e ORFV121RABV-G não apresentaram alterações na capacidade replicativa em cultivo celular, comparando-se ao vírus parental. Foi demonstrado que os recombinantes expressam a RABV-G com eficiência, mesmo após 10 passagens em cultivo celular, demonstrando a estabilidade dessas inserções. A imunização de suínos e bovinos com o ORFV024RABV-G e ORFV121RABV-G resultou em resposta robusta de anticorpos neutralizantes contra o vírus da raiva (RABV). Os títulos de anticorpos induzidos pelo recombinante ORFV121RABV-G em suínos e bovinos foram superiores aos induzidos pelo ORFV024RABV-G, indicando uma maior eficiência do recombinante ORFV121 como vetor nessas espécies. Em um segundo estudo, mutantes do ORFV com deleções individuais nos genes ORFV112, ORFV117 ou ORFV127 foram construídos, caracterizados in vitro e inoculados experimentalmente em cordeiros. Quando caracterizados in vitro, os mutantes de deleção replicaram em células de corneto etmoidal ovino (OFTu) com a mesma eficiência do vírus parental, sem alterações na cinética de replicação, tamanho e morfologia de placas virais. A inoculação experimental de cordeiros na junção mucocutânea da comissura oral demonstrou que as deleções individuais dos genes ORFV112, ORFV117 ou ORFV127 não resultaram em alterações evidentes de virulência, pois os mutantes produziram lesões tão severas quanto as induzidas pelo vírus parental. No entanto, a resolução das lesões aparentemente ocorreu de forma mais rápida nos animais inoculados com os vírus mutantes do que naqueles inoculados com o vírus parental. Além disso, os vírus mutantes foram excretados das lesões em títulos inferiores aos do vírus parental. Estes resultados demonstraram que os genes ORFV112, ORFV117 e ORFV127 não são essenciais para a viabilidade do ORFV in vitro ou in vivo e interferem apenas parcialmente na virulência em ovinos. Um terceiro estudo foi conduzido para comparar a magnitude e duração da resposta sorológica induzida em bovinos por quatro vacinas comerciais contra o RABV. Após duas vacinações com intervalo de 30 dias, os animais receberam reforço vacinal um ano após, sendo submetidos a pesquisa e quantificação de anticorpos neutralizantes a diferentes intervalos após a vacinação e reforço. Verificou-se que as quatro vacinas são adequadamente imunogênicas, ou seja, induziram altos títulos de anticorpos neutralizantes nos animais após a primovacinação. Porém, verificou-se um decréscimo acentuado nos níveis de anticorpos antes do reforço, de forma que vários animais já não apresentavam níveis adequados de anticorpos por ocasião do reforço. Assim, recomenda-se que os protocolos de revacinação anual sejam revistos, antecipando-se a data prevista para reforçar a vacinação. Em resumo, os experimentos apresentados na presente tese demonstram que o ORFV representa uma plataforma promissora para vetorar antígenos vacinais em suínos e bovinos e que, além dos genes ORFV024 e ORFV121, os loci ORFV112, ORFV117 e ORFV127 também podem ser utilizados para a inserção de genes heterólogos de interesse.
Parapoxvirus ovis (PPVO) or orf virus (ORFV) is the causative agent of contagious ecthyma (or orf), a mucocutaneous disease that affects mainly sheep and goats. The ORFV belongs to the family Poxviridae, subfamily Chordopoxvirinae and genus Parapoxvirus. The virions are enveloped and their genome consist of a linear, double stranded DNA molecule of approximately 138 kb and contains at least 131 genes. ORFV has several biological and genomic properties that make it an attractive candidate for a vaccine vector. Therefore, it has been proposed as a vaccine platform to carry heterologous genes of veterinary interest. The first study reports the construction and characterization of two ORFV recombinants out of the parental strain ORFV IA82, expressing the rabies virus glycoprotein G (RABVG) at the loci of ORFV024 or ORFV121 genes, respectively, and an evaluation of their immunogenicity in swine and cattle. The in vitro characterization showed that the recombinants ORFV024RABV-G and ORFV121RABV-G retained their replicative capacity in cell culture, compared to the parental virus. The recombinant viruses expressed RABV-G efficiently even after 10 passages in cell culture, demonstrating the stability of the inserts. Immunization of swine and cattle with ORFV024RABV-G and ORFV121RABV-G resulted in a robust neutralizing antibody response against the rabies virus (RABV). The neutralizing antibodies titers induced by ORFV121RABV-G in swine and cattle were higher than those induced ORFV024RABV-G, indicating a higher efficiency of ORFV121 as a vector in these species. In a second study, ORFV mutants with individual deletions of genes ORFV112, ORFV117 or ORFV127 were constructed, characterized in vitro and inoculated experimentally in lambs. When characterized in vitro, the deletion mutants replicated in ovine fetal turbinate (OFTu) cells with the same efficiency of the parental virus, with no changes in replication kinetics, plaque size and morphology. Experimental inoculation of lambs at the mucocutaneous junction of the oral commissure demonstrated that individual deletions of ORFV112, ORFV117 or ORFV127 genes did not result in obvious changes in virulence, since the mutants produced lesions as severe as those induced by the parental virus. However, resolution of the lesions apparently occurred more rapidly in the animals inoculated with the mutant virus than in those inoculated with the parental virus. In addition, the mutant viruses were excreted from the lesions in lower titers than those of the parental virus. These results demonstrated that genes ORFV112, ORFV117 and ORFV127 are not essential for viability of ORFV in vitro and interfere only partially in ORFV virulence in lambs. A third study was conducted to compare the magnitude and duration of the serological response induced in cattle by four commercial vaccines against RABV. After two vaccinations 30-days apart, the animals received a booster vaccination one year later, and were subjected to serological tests for virus neutralizing (VN) antibodies at different intervals after vaccination and booster. The four vaccines were found to be suitably immunogenic, e.g., induced high titers of VN antibodies in the animals after primary vaccination. However, a marked decrease in antibody levels was observed prior to the annual booster. Therefore, it is recommended that annual revaccination protocols be reviewed, since part of the vaccinated animals no longer have adequate antibodies levels one year after vaccination. In summary, the experiments presented in this thesis demonstrate that ORFV represents a promising platform for vectoring vaccine antigens in swine and cattle and that, in addition to the ORFV024 and ORFV121 genes, loci ORFV112, ORF117 and ORFV127 can also be used for heterologous gene insertion.
Resumo
As doenças causadas pelas bactérias pertencentes ao gênero Clostridium estão entre as mais importantes enfermidades que causam efeitos deletérios e prejuízos aos produtores de rebanho de ovinos, caprinos e bovinos. Entre estas se destaca a enterotoxemia, causada pela toxina épsilon de Clostridium perfringens tipo D. Devido ao rápido curso dessa doença é preconizado a vacinação com a toxina épsilon inativada como o método mais indicado para a sua prevenção. Entretanto é reconhecida a baixa capacidade de manutenção dos anticorpos neutralizantes persistentes a partir das vacinas comerciais para a espécie caprina e pouca evidência do comportamento da duração da imunidade em bovinos. Com isso, o presente trabalho objetivou: (a) produzir, concentrar e purificar a toxina épsilon (ETX) de C. perfringens tipo D para a produção do seu respectivo toxoide na forma ultrafiltrada (EToX-U) e ultrafiltrada, dialisada e purificada em cromatografia de troca iônica (EToX-UC); (b) produzir vacinas utilizando os referidos toxoides em formulações do tipo microemulsão (ME), adsorvidos em micropartícula de quitosana (MQ), em nanopartículas de sílica mesosporosa (NSM), em nanopartículas de hidroxiapatita (HANP) e em hidróxido de alumínio (HA); (c)triagem das melhores formulações em imunizações de coelhos observando-se o título de anticorpos neutralizantes obtido pós vacinação segundo diretrizes da normativa oficial do MAPA com leitura da soroneutralização in vitro realizada em monocamada de células Madin Darby Canine Cells (MDCK); (d) avaliar as opções vacinais selecionadas em coelhos nas espécies alvos caprinos e bovinos por meio do acompanhamento da cinética da resposta humoral antitoxina épsilon nestas espécies pelo período de um ano. Além disso, avaliar o comportamento da curva de anticorpos em caprinos após a aplicação de uma terceira dose vacinal na semana 52 pós primovacinação. A produção da toxina épsilon de C. perfringens tipo D permitiu obter antígeno ETX-U e ETX-UC em qualidade e quantidade suficiente para as formulações pretendidas, bem como seus respectivos toxoides oriundos da inativação pelo formaldeído (EToX-U e EToX-UC). As vacinas formuladas à base de HA, MQ, NSM e HANP administradas em duas doses (t=0 e 21 dias) obtiveram títulos sorológicos médios superiores ou igual ao índice mínimo de aprovação de 2UI/mL na triagem inicial em coelhos, tornando-se opções viáveis de proteção imunológica frente à enterotoxemia causada pela toxina épsilon de C. perfringens tipo D. Por outro lado as vacinas à base de MQ, NSM e HANP administradas em dose única (t=0) não obtiveram títulos médios iguais ou acima do índice de aprovação, sugerindo que nas condições formuladas tais vacinas não seriam recomendados em esquema vacinal single shot. De forma similar, as vacinas em ME formuladas neste trabalho não lograram êxito na geração de título detectável nos coelhos, administrando-se tanto duas doses quanto dose única. Frente aos resultados obtidos em coelhos, as vacinas selecionadas para teste em espécie alvo foram: EToX-UC e EToX-U adsorvidos em hidróxido de alumínio e EToX-U adsorvido em micropartícula de quitosana cujos títulos médios de antitoxina épsilon em coelhos foram 10,24 UI/mL, 7,45 UI/mL e 6,03 UI/mL respectivamente. Quando avaliados nas espécies alvo, observou-se que os mais elevados títulos tanto no grupo de caprinos quanto bovinos foram aos 60 dias pós primovacinação, correspondendo a 10,5 UI/mL, 11,5 UI/mL e 6,9 UI/mL para as vacinas EToX-U HA, EToX-UC HA e EToX-UC MQ respectivamente em bovinos e 1,1 UI/mL, 3,9 UI/mL e 2,1 UI/mL para as vacinas EToX-U HA, EToX-UC HA e EToX-UC MQ respectivamente em caprinos. O estudo da concordância entre os títulos obtidos nos grupos animais neste experimento corrobora fortemente o fato do coelho representar um excelente modelo animal para a resposta em bovinos nas formulações à base de hidróxido de alumínio, 22 corroborando a indicação deste nos testes oficiais, porém com fraca concordância com caprinos para formulações com épsilon não purificado. O estudo de duração de imunidade com as formulações avaliadas em caprinos corroborou a necessidade de revacinação de três a quatro meses referendada por outros autores. Em relação aos bovinos, apesar de não existirem trabalhos na literatura que estabeleçam a duração de imunidade para a espécie, o resultado do título de antitoxina épsilon, apesar de limítrofe, conferiu proteção pelo período de um ano em acordo com as recomendações das vacinas comerciais de revacinação anual.
The diseases caused by bacterial belonging to the genus Clostridium are among the most important diseases that cause deleterious and loss effects to sheep, goat and cattle herds producers. Among these stand out the enterotoxemias, caused by Clostridium perfringens type D toxin. Because rapid course of this disease it is recommended vaccination with inactivated epsilon toxin as the most appropriate method for its prevention. However, the low maintenance capacity of persistent neutralizing antibodies from commercial vaccines in goat and the little evidence of the duration of immunity in cattle is recognized. The aim of the present work was to: (a) produce, concentrate and purify epsilon toxin (ETX) of C. perfringens type D for the production of its toxoid in the ultrafiltered form (EToX-U) and ultrafiltered, dialyzed and purified in chromatography (EToX-UC); (b) produce vaccines using toxoids in microemulsion (ME) -type formulations, adsorbed on microparticles of chitosan (MQ), mesosporous silica nanoparticles (NSM), hydroxyapatite nanoparticles (HANP) and aluminum hydroxide ); (c) screening the best formulations in rabbits by observing the titre of neutralizing antibodies obtained after vaccination according to guidelines of the official MAPA standard with in vitro seroneutralization readings performed on a monolayer of Madin Darby Canine Cells (MDCK) cells; (d) evaluate the selected vaccine options in rabbits in the caprine and bovine target species by monitoring the kinetics of the humoral epsilon antitoxin response in these species for a period of one year. In addition, to evaluate the antibody of profile curve in goats after the inoculation of a third vaccine dose at week 52 post-vaccination. The C. perfringens type D epsilon toxin production allowed to obtain ETX-U and ETX-UC antigen in sufficient quality and quantity for the desired formulations and their respective toxoids from inactivation by formalin (EToX-U and EToX-UC). The HA, MQ, NSM and HANP formulated vaccines administered at two doses (t = 0 and 21 days) produced high titers over 2UI/mL at initial screening in rabbits, making them viable options for immunological protection against enterotoxemia caused by the epsilon toxin of C. perfringens type D. On the other hand, MQ, NSM and HANP vaccines administered in a single dose (t = 0) did not obtain high titres suggesting that under formulated conditions such vaccines would not be recommended in a single shot vaccine scheme. Similarly, the ME vaccines formulated in this work did not succeed in generating detectable titer of antibodies in rabbits both when given two doses and a single dose. Based on the results obtained in rabbits, the best vaccines were: EToX-UC and EToX-U adsorbed on aluminum hydroxide and EToX-U adsorbed on microparticles of chitosan whose mean efficacy of epsilon antitoxin in rabbits was 10.24 IU / mL, 7.45 IU / mL and 6.03 IU / mL respectively. When evaluated in the livestock animals it was observed that the highest titers in both the goat and bovine groups were 60 days post-vaccination corresponding to 10.5 IU / mL, 11.5 IU / mL and 6.9 IU / mL for the the EToX-U HA, EToX-UC HA and EToX-UC MQ vaccines respectively in cattle and, 1.1 IU / mL, 3.9 IU / mL and 2.1 IU / mL for the EToX-U HA, EToX-UC HA and EToX-UC MQ respectively in goats. The study of the concordance between the titers obtained in the animal groups in this experiment corroborates strongly with the fact that rabbits represents an excellent animal model for the response bovines immune response in the formulations based on aluminum hydroxide corroborating with the indication of this one in the official tests, but with weak agreement with goats for formulations with unpurified epsilon. The study of duration of immunity with the formulations evaluated in goats showed the need of revaccination of three to four months as recommended by other authors. Regarding cattle, although there are no studies in the 24 literature that establish the duration of immunity for the species, the result of the epsilon antitoxin titer, although borderline, conferred protection for a period of one year
Resumo
An experimental inactivated vaccine against bovine herpesvirus-1 (BoHV-1) was produced aiming to evaluate the systemic and local antibody responses in 12 seronegative heifers, after vaccination and revaccination. Serum samples were submitted to virus neutralization assay and to ELISA test for detection of IgG1 and IgG2 isotypes. Nasal secretion samples were submitted to the same ELISA test for detection of IgG1 and IgG2 isotypes. The results showed that moderate to high neutralizing titres and IgG1 and IgG2 antibody responses were induced after the second vaccination in the serum and in nasal secretions up to 114 days post vaccination. IgG2 antibodies were the prevalent isotype for most of the post-vaccination period. The results indicate that BoHV-1 experimental inactivated vaccine elicited potentially protective IgG1 and IgG2 antibody levels, both in the systemic and mucosal compartments.
Uma vacina experimental inativada contra o herpesvírus bovino tipo 1 (BoHV-1) foi produzida com o objetivo de se avaliar a resposta imune humoral local e sistêmica contra o BoHV-1, em 12 novilhas soronegativas, após a vacinação e a revacinação. Os soros foram submetidos à prova de vírus-neutralização para quantificação do título de anticorpos neutralizantes e a um ELISA para detecção de IgG1 e IgG2. Os swabs nasais também foram submetidos ao ELISA para detecção de IgG1 e IgG2 na secreção nasal. Os resultados demonstraram que títulos de anticorpos neutralizantes foram induzidos após a revacinação, em níveis moderados a altos, permanecendo em níveis significativos no soro sanguíneo e na secreção nasal até o dia 114 pós-vacinação. O IgG2 foi o isótipo predominante na maior parte do período pós-vacinação, tanto na secreção nasal, como no compartimento sistêmico. A vacina experimental inativada contra o BoHV-1 estimulou níveis de anticorpos potencialmente protetores dos isótipos IgG1 e IgG2, tanto no compartimento sistêmico, como nas mucosas.
Resumo
An experimental inactivated vaccine against bovine herpesvirus-1 (BoHV-1) was produced aiming to evaluate the systemic and local antibody responses in 12 seronegative heifers, after vaccination and revaccination. Serum samples were submitted to virus neutralization assay and to ELISA test for detection of IgG1 and IgG2 isotypes. Nasal secretion samples were submitted to the same ELISA test for detection of IgG1 and IgG2 isotypes. The results showed that moderate to high neutralizing titres and IgG1 and IgG2 antibody responses were induced after the second vaccination in the serum and in nasal secretions up to 114 days post vaccination. IgG2 antibodies were the prevalent isotype for most of the post-vaccination period. The results indicate that BoHV-1 experimental inactivated vaccine elicited potentially protective IgG1 and IgG2 antibody levels, both in the systemic and mucosal compartments.
Uma vacina experimental inativada contra o herpesvírus bovino tipo 1 (BoHV-1) foi produzida com o objetivo de se avaliar a resposta imune humoral local e sistêmica contra o BoHV-1, em 12 novilhas soronegativas, após a vacinação e a revacinação. Os soros foram submetidos à prova de vírus-neutralização para quantificação do título de anticorpos neutralizantes e a um ELISA para detecção de IgG1 e IgG2. Os swabs nasais também foram submetidos ao ELISA para detecção de IgG1 e IgG2 na secreção nasal. Os resultados demonstraram que títulos de anticorpos neutralizantes foram induzidos após a revacinação, em níveis moderados a altos, permanecendo em níveis significativos no soro sanguíneo e na secreção nasal até o dia 114 pós-vacinação. O IgG2 foi o isótipo predominante na maior parte do período pós-vacinação, tanto na secreção nasal, como no compartimento sistêmico. A vacina experimental inativada contra o BoHV-1 estimulou níveis de anticorpos potencialmente protetores dos isótipos IgG1 e IgG2, tanto no compartimento sistêmico, como nas mucosas.
Resumo
As vacinas de Brucella abortus B19 e RB51 têm sido utilizados com sucesso para controlar a brucelose bovina em todo o mundo, no entanto, no presente, a maior parte do nosso entendimento da resposta imunológica protetora induzida pela vacinação vem de estudos realizados em camundongos. Assim, o objetivo deste estudo foi caracterizar e comparar as respostas imunes induzidas em bovinos primo imunizados com B. abortus B19 ou RB51 e revacinados com RB51. Bezerras comidades entre 4 a 8 meses foram imunizados com as vacinas B19 ou RB51, no dia 0, e revacinados com RB51 no dia 365 do experimento. A caracterização da resposta imunológica foi realizada utilizando soro e as células mononucleares do sangue periférico. As amostras de sangue foram coletadas nos dias 0, 28, 210, 365, 393 e 575 após-imunização. Os resultados mostraram que a vacinação com B19 e RB51 induziu uma resposta imune caracterizada pela proliferação de células T CD4+ e células T CD8+; produção de IFN- e IL-17A por células T CD4+; indução de células T citotóxicas CD8+; secreção de IL-6; indução de células de memória T CD4+ e CD8+; indução de imunoglobulinas da classe IgG1; e expressão dos fenótipos de ativação nas células T. As diferenças na resposta imune estimulada por B19 em comparação com RB51 forama maior persistência de IFN- e células T CD4+ de memória, a indução de células CD21+ dememória e maior secreção de IL-6. Após a revacinação com RB51, a resposta imunológica foi caracterizada principalmente por aumento da expressão de IFN-, proliferação de células T CD4+ e células T CD8+ antígeno específicas, células T CD8+ citotóxicas e diminuição de IL-6 em ambos os grupos. No entanto, uma polarização diferente da resposta imune, CD4 ou CD8-dominante, foi observado após o reforço com RB51, em animais primo vacinados com RB51 e B19, respectivamente. Os nossos resultados indicam que após a primeira vacinação, ambas as estirpes de vacina (B19 e RB51) induziram uma resposta imune forte e complexa dominada por um perfil Th1, embora após a revacinação RB51 as diferenças entre os perfis imunológicos induzidos pela primo vacinação tornaram-se mais acentuadas.
Brucella abortus S19 and RB51 have been successfully used to control bovine brucellosis worldwide, however, at the present, most of our understanding of the protective immune response induced by vaccination comes from studies in mice. Therefore, the aim of this study was to characterize and compare the immune responses induced in the cattle prime immunized with B. abortus S19 or RB51 and RB51 revaccination. Calves aged 4 to 8 months were immunized with either vaccine S19 or RB51 on day 0, and revaccinated with RB51 on day 365 of the experiment. The characterization of the immune response was performed using serum and peripheral blood mononuclear cells. The blood samples were collected on days 0, 28, 210, 365, 393 and 575 post-immunization. Results showed that S19 and RB51 vaccination induced an immune response characterized by proliferation of CD4+ and CD8+ T-cells; IFN- and IL-17A production by CD4+ T-cells; cytotoxic CD8+ T-cells; IL-6 secretion; CD4+ and CD8+ memory cells; immunoglobulins of IgG1 class; and expression of the phenotypes of activation in T-cells. The differences in the immune response stimulated by S19 compared to RB51 were the higher persistency of IFN- and CD4+ memory cells, induction of CD21+ memory cells and higher secretion of IL-6. After RB51 revaccination, the immune response was chiefly characterized by increase in IFN- expression, proliferation of antigen-specific CD4+ and CD8+ T-cells, cytotoxic CD8+ T-cells and decrease in IL-6 production in both groups. However, a different polarization of the immune response, CD4- or CD8- dominant, was observed after the booster with RB51, for S19 and RB51 prime vaccinated animals, respectively. Our results indicate that after first vaccination both vaccine strains (S19 and RB51) induce a strong and complex immune response dominated by Th1 profile, though after RB51 revaccination the differences between immune profiles induced by prime vaccination become more accentuated.
Resumo
The vaccinal antibodies interference represents one of the Microscopic Agglutination test - MAT limitation in the animal leptospirosis serum diagnosis. Prospective studies showing the dimensions of this effect are rare in buffaloes. This study aimed to determine the anti-Leptospira serum agglutinin profile in vaccinated female buffaloes using two types of commercial vaccines against leptospirosis: bacterin (whole bacterial cell) and purified outer membrane and to evaluate the vaccinal interference on serum diagnosis. Three groups of 11 adult buffalo females were established: G1-control, non-vaccinated, G2- vaccinated with bacterin vaccine with six serovars, G3- outer membrane purified vaccine with five serovars. A booster dose was administrated 30 days after the first vaccination (dpv) and two re-vaccinations six months a part (210 and 390 dpv). Serum samples were collected on days 0, 15, 40, 45, 60 and every 30 days until 540 dpv. G1, G2 and G3 serum samples were submitted to MAT with the serovars present in the vaccines. G1 remained always negative. Both vaccines induced serologic responses in MAT at 150 dpv against all serovars and they revealed maximum titers around 45 and 60dpv as follows: Pomona: G2 (1600) and G3 (3200); Hardjo: G2 and G3 (1600); Wolffi: G2 (800) and G3 (1600); Icterohaemorrhagiae: G2 and G3 (800); Grippotyphosa: G2 and G3 (200) and Canicola: G2 (NR) and G3 (400). Even though, the Wolffi serovar is not present in the purified outer membrane vaccine, G3 showed a response to that serovar, probably due to cross reaction to the serovar Hardjo. The G3 titers were higher and appeared earlier than in G2, but with similar serologic profiles. At the re-vaccination there was an increase on agglutinin levels, but of less intensity than those previously observed. After six months from the second revaccination (540 dfv), G2 and G3 were almost negative, which demonstrated the short diagnostic interference.
A persistência de anticorpos vacinais representa um dos entraves para o sorodiagnóstico da leptospirose. Raros estudos dimensionam prospectivamente esse efeito na espécie bubalina. O presente trabalho objetivou traçar o perfil de aglutininas séricas anti-Leptospira spp.em búfalas vacinadas contra leptospirose com dois tipos de vacina comercial : bacterina e de membrana externa purificada e avaliar a interferência temporal dos títulos vacinais no sorodiagnóstico. Três grupos de 11 fêmeas bubalinas adultas: G1- controle não vacinado, G2 -vacinado com bacterina contendo seis sorovares e G3- recebeu vacina com membrana externa purificada de cinco sorovares, receberam reforço 30 dias pós primo vacinação (dpv) e duas revacinações semestrais nos dias 210 e 390. Foram colhidas amostras sorológicas nos dias 0, 15, 30, 45, 60 e a cada 30 dias até 540 dpv e analisadas pela reação de Soroaglutinação Microscópica-SAM frente aos sorovares presentes nas vacinas. G1 manteve-se sempre negativo. Ambas vacinas induziram resposta sorológica na SAM aos 15º dpv para todos os sorovares e revelaram títulos máximos ao redor do 45º e 60º dpv.: Pomona: G2 (1600) e G3 (3200); Hardjo: G2 e G3 (1600); Wolffi: G2 (800) e G3 (1600), Icterohaemorrhagiae: G2 e G3 (800), Grippotyphosa: G2 e G3 (200) e Canicola: G2 (NR) e G3 (400). Apesar da vacina de membrana externa não possuir o sorovar Wolffi, G3 revelou resposta para este sorovar, provavelmente pelo sorovar Hardjo vacinal. Os perfis sorológicos representados graficamente pela média geométrica dos títulos de aglutininas foram semelhantes, porém em G3 mais precoces e mais elevados que G2. Na revacinação houve aumento do nível de aglutininas, porém de menor intensidade que o anterior; e ao final de seis meses da segunda revacinação (540 dpv) eram quase nulos, demonstrando curta duração da interferência ao diagnóstico.
Resumo
Este estudo teve como objetivo avaliar a imunidade ativa e passiva contra rotavirose bovina induzida por vacina comercial em vacas e seus respectivos bezerros, oriundos de propriedade no município de Cravinhos, Estado de São Paulo. Foram realizadas análises dos níveis séricos das imunoglobulinas IgG, IgG1, IgG2, IgM e IgA anti-rotavírus das vacas antes da vacinação (aproximadamente 60 dias antes do parto), antes da revacinação (aproximadamente 30 dias antes do parto) e no momento do parto, pela técnica de ELISA indireto. Os níveis colostrais das imunoglobulinas IgG, IgG1, IgG2 IgM e IgA no dia do parto foram avaliados pela mesma técnica. Os níveis de imunoglobulinas dos bezerros, nascidos das vacas vacinadas e não vacinadas alimentados com seus respectivos colostros, foram avaliados no dia do nascimento (D0) antes da mamada do colostro e 1, 7, 14, 21 e 28 dias após o nascimento. A excreção de rotavírus nas fezes dos bezerros foi avaliada por SDS-PAGE. Neste estudo os níveis séricos de IgM e IgA foram significativamente maiores nas vacas que não foram vacinadas, o que refletiu no aumento da IgM no primeiro dia de vida dos bezerros nascidos destas vacas. O grupo das vacas vacinadas tiveram níveis séricos de IgG1 e níveis colostrais de IgG2 aumentados em relação às vacas do grupo controle, mas não houve diferenças significativas nos níveis de imunoglobulinas dos bezerros nascidos de vacas vacinadas ou não vacinadas. Em ambos os grupos houve excreção de rotavírus nas fezes, e, apesar de baixa ocorrência, um bezerro nascido de vaca vacinada excretou rotavírus posteriormente (aos 21 dias) aos dois bezerros nascidos de vacas não vacinadas (7 e 14 dias). Os resultados deste estudo demonstraram que a vacinação materna no terço final de gestação com vacina inativada retardou, mas não evitou a ocorrência da rotavirose
The aim of this study was evaluated the active and passive immunity against rotavirus induced by vaccination with an inactive commercial vaccine in cows and their respective calves from a farm of Cravinhos, state of São Paulo. The analysis of IgG, IgG1, IgG2 , IgM and IgA were done in serum 60 days before calving (before vaccination); 30 days before calving (before revaccination) and in the day of calving, with indirect ELISA. The levels of IgG, IgG1, IgG2, IgM and IgA in colostrum were evaluated in the day of calving, with the same technique. The levels of calves? immunoglobulin were evaluated in the day of born and 1, 7, 21 and 28 days of age. The secretion of rotavirus was evaluated in fecal samples of calves by SDS-PAGE. In this study, levels of IgM and IgA were increased in cows that were not vaccinated, and their calves, fed their colostrums, have levels of IgM increased one day after born. Vaccinated cows have serum IgG1 and colostral IgG2 higher than non vaccinated cows but statistics differences in levels of immunoglobulin were not found in calves. In both groups, was detected rotavirus in feces of calves, and besides the low occurrence in this study, one calf of vaccinated cow excreted rotavirus in day 21, while two calves born of non vaccinated cows excreted rotavirus with 7 and 14 days. In conclusion, the vaccination of cows with a commercial inactivated vaccine did not prevent the rotaviruses in calves
Resumo
O controle da eficiência de bacterinas antileptospirose de uso animal é o teste de potência com desafio em hamsters, contudo, na atualidade, tem sido estimulada a busca de alternativas que dispensem o uso de animais de laboratório. O teste de inibição de crescimento de leptospiras in vitro (ICLIV) tem sido proposto como possível alternativa. O presente trabalho empregou os testes de ICLIV, soroaglutinação microscópica (SAM) e ELISA anti IgG para avaliar a intensidade e a duração da imunidade passiva em leitões em aleitamento e ativa em matrizes suínas e leitões desmamados imunizados com bacterina experimental antileptospirose aprovada no teste de potência em hamster. Foi produzida uma bacterina experimental antileptospirose com estirpe patogênica de Leptospira interrogans, sorovar Kennewicki, estirpe Pomona Fromm (LPF), padronizada para conter 109 leptospiras por mL e associada ao adjuvante de hidróxido de alumínio na proporção de 10% do volume da dose final. Para a avaliação da eficácia da concentração mínima de leptospiras a ser utilizada na bacterina, diluições seriadas de razão dez de cultivo de leptospiras variando de 105 a 109 leptospiras/mL, foram submetidas ao teste de potência com desafio em hamsters (Experimento A), apenas a bacterina produzida na concentração de 109 leptospiras/mL foi capaz de proteger os hamsters contra a infecção induzida pela estirpe LPF, quando a vacina foi testada na diluição de 1:800, critério internacional de aprovação. A bacterina na concentração de 109 leptospiras/mL foi submetida ao teste de potência em hamsters (Experimento B), imunizados com a vacina pura e em diluições seriadas de razão dois (200 a 25600). A bacterina foi aprovada no teste de desafio em hamster até a diluição de 1:6400. O controle do inóculo de desafio foi constituído por 100 DL50. Fêmeas suínas que nunca haviam sido vacinadas contra a leptospirose e que foram não reagentes no teste de soroaglutinação microscópica aplicado a leptospirose efetuado com 24 estirpes de referência e no teste ICLIV com a estirpe LPF (Experimento 1), receberam duas aplicações intervaladas de 30 dias e um reforço aos 210 da primeira dose da bacterina pura e em diluições seriadas de razão dois (400 a 3200). Estes animais foram 16 monitorados com colheitas de sangue efetuadas a cada 30 dias. Os picos máximos de anticorpos avaliados pelos testes de SAM e de ICLIV foram observados aos 30 dias da segunda aplicação da vacina, com maior magnitude para a vacina pura, contudo aos 120 dias da segunda aplicação da vacina houve um declínio acentuado nos níveis de anticorpos. Para encontrar um melhor intervalo entre as imunizações (Experimento 2), fêmeas suínas receberam duas aplicações da bacterina pura intervaladas de 30 dias e o reforço aos 150 da primeira dose. A redução do intervalo de revacinação após as duas doses iniciais determinou a persistência dos títulos de aglutininas e de anticorpos neutralizantes com níveis sempre superiores a 0,4 log. Nos leitões em aleitamento filhos das matrizes imunizadas com bacterina na concentração de 109 leptospiras/mL foi constatada a transferência de imunidade passiva, confirmada pelos títulos de anticorpos aglutinantes detectáveis no quinto dia de vida e de neutralizantes no quinto e décimo dia de vida. Nos ensaios realizados em leitões desmamados imunizados com uma série de diluições de razão dez variando de a 109 leptospiras/mL os picos máximos de anticorpos foram observados aos 30 dias da segunda imunização, com maior magnitude para a bacterina testada na concentração de 109 leptospiras/mL. Os parâmetros finalmente obtidos foram que matrizes suínas e leitões desmamados, primovacinados com duas aplicações intervaladas de 30 dias da bacterina aprovada no teste de potência com desafio em hamster, apresentaram no teste de ICLIV efetuado aos 60 dias da primo-vacinação, intervalos de títulos de anticorpos (95%) expressos em log variando, respectivamente de (0,87 a 1,35) e de (1,22 a 1,58). Os valores máximos (12.800) para o teste de ELISA anti IgG das matrizes suínas foram obtidos após o reforço efetuado aos 210 dias
The potency of antileptospirosis bacterins is controlled by in vivo experimental assay performed in hamsters; however, nowadays the search for in vitro methodologies that could replace the use of laboratory animals has been stimulated. For this purpose, the In vitro leptospiral growth inhibition test (IVLGIT) has been proposed as an alternative test. In this work, the intensity and duration of the passive immunity in suckling piglets and active immunity in weaned piglets and adult sows were evaluated, after vaccination with an experimental leptospirosis bacterin, which had been approved previously on the potency test in hamsters. The in vitro tests applied to swine sera were the growth inhibition test (IVLGIT), microscopic agglutination (MAT) and anti-IgG ELISA. The bacterin was produced with a pathogenic Leptospira interrogans serovar Kennewicki strain identified as Pomona Fromm (LPF), and added with aluminum hydroxide as adjuvant at a concentration of 10% of the final volume dose. In order to evaluate the efficacy of the minimum concentration of the leptospires to be used in the bacterin, ten-fold serial dilutions of a culture of leptospira varying from 105 to 109 leptospires/mL were submitted to potency-challenge test in hamsters (Trial A). Only the bacterin produced at the concentration of 109 leptospires/mL protected the hamsters against the infection by LPF strain, when the vaccine was tested at the dilution of 1:800, which is the international criterion for the approval. The bacterin at the concentration of 109 leptospires/mL was submitted to the potency test in hamsters (Trial B), which had been immunized with an undiluted and with two-fold serially diluted bacterin (from 1:200 to 1:25,600). In the challenge test in hamsters, the bacterin has passed till the dilution of 1:6,400. The control of the challenge inoculum presented a titer of 100 LD50. Adult sows, never been vaccinated against leptospirosis, and that showed negative MAT results using 24 reference serovars and with negative IVLGIT with the LPF strain (Trial 1) had administered two doses of bacterin with 30 day interval and a booster dose at 210th day after the first application of the undiluted bacterin and the two-fold diluted ones (1:400 to :3,200). The animals were 18 monitored with bleeding performed each 30 days. The levels of antibodies evaluated by MAT and IVLGIT showed the maximum peak at the 30th day after the second vaccination of the bacterin, with high magnitude found with the undiluted bacterin, however, at the 120th day after the second vaccination there were found a marked decline in antibodies levels. To find a better immunization scheme (Trial 2), the sows received two doses of undiluted bacterin with 30 day interval and the booster dose at the 150th day after the first dose. The reduction on the interval of revaccination after the two initial doses determined the persistence of a higher levels agglutinins and neutralizing antibodies with titers 0.4 log. In suckling piglets born from sows immunized with the bacterin at the concentration of 109 leptospires/mL, the passive transference of antibodies was confirmed by MAT titers detected on the fifth day, and by IVLGIT titers, at the fifth and tenth days after birth. In the study of weaned piglets immunized with the bacterin at the concentrations of 106, 107, 108 and 109 leptospires/mL (Trial 3), the highest antibodies levels were observed at the 30th day after the second immunization, with greater magnitude for the bacterin tested at the concentration of 109 leptospires/mL. The final results indicate that sows and weaned piglets, primo-vaccinated and revaccinated with 30 day interval with bacterin that had passed in the potency-challenge test in hamsters, presented the IVLGIT results varying (95% CI) from 0.87 log to 1.35 log for sows and 1.22 to 1.58 log for weaned piglets, at the 60th day after the first vaccination. In adult sows the highest anti-IgG ELISA titer reached 12,800, obtained after the booster vaccine dose performed at 210th day from the first vaccination