Resumo
Abstract In the current context of emerging drug-resistant fungal pathogens such as Candida albicans and Candida parapsilosis, discovery of new antifungal agents is an urgent matter. This research aimed to evaluate the antifungal potential of 2-chloro-N-phenylacetamide against fluconazole-resistant clinical strains of C. albicans and C. parapsilosis. The antifungal activity of 2-chloro-N-phenylacetamide was evaluated in vitro by the determination of the minimum inhibitory concentration (MIC), minimum fungicidal concentration (MFC), inhibition of biofilm formation and its rupture, sorbitol and ergosterol assays, and association between this molecule and common antifungal drugs, amphotericin B and fluconazole. The test product inhibited all strains of C. albicans and C. parapsilosis, with a MIC ranging from 128 to 256 µg.mL-1, and a MFC of 512-1,024 µg.mL-1. It also inhibited up to 92% of biofilm formation and rupture of up to 87% of preformed biofilm. 2-chloro-N-phenylacetamide did not promote antifungal activity through binding to cellular membrane ergosterol nor it damages the fungal cell wall. Antagonism was observed when combining this substance with amphotericin B and fluconazole. The substance exhibited significant antifungal activity by inhibiting both planktonic cells and biofilm of fluconazole-resistant strains. Its combination with other antifungals should be avoided and its mechanism of action remains to be established.
Resumo No atual contexto de patógenos fúngicos resistentes emergentes tais como Candida albicans e Candida parapsilosis, a descoberta de novos agentes antifúngicos é uma questão urgente. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar o potencial antifúngico da 2-cloro-N-fenilacetamida contra cepas clínicas de C. albicans e C. parapsilosis resistentes a fluconazol. A atividade antifúngica da substância foi avaliada in vitro através da determinação da concentração inibitória mínima (CIM), concentração fungicida mínima (CFM), ruptura e inibição da formação de biofilme, ensaios de sorbitol e ergosterol, e associação entre esta molécula e antifúngicos comuns, anfotericina B e fluconazol. O produto teste inibiu todas as cepas de C. albicans e C. parapsilosis, com uma CIM variando de 128 a 256 µg.mL-1, e uma CFM de 512-1,024 µg.mL-1. Também inibiu até 92% da formação de biofilme e causou a ruptura de até 87% de biofilme pré-formado. A 2-cloro-N-fenilacetamida não promoveu atividade antifúngica pela ligação ao ergosterol da membrana celular fúngica, tampouco danificou a parede celular. Antagonismo foi observado ao combinar esta substância com anfotericina B e fluconazol. A substância exibiu atividade antifúngica significativa ao inibir tanto as células planctônicas quanto o biofilme das cepas resistentes ao fluconazol. Sua combinação com outros antifúngicos deve ser evitada e seu mecanismo de ação deve ser estabelecido.
Resumo
In the current context of emerging drug-resistant fungal pathogens such as Candida albicans and Candida parapsilosis, discovery of new antifungal agents is an urgent matter. This research aimed to evaluate the antifungal potential of 2-chloro-N-phenylacetamide against fluconazole-resistant clinical strains of C. albicans and C. parapsilosis. The antifungal activity of 2-chloro-N-phenylacetamide was evaluated in vitro by the determination of the minimum inhibitory concentration (MIC), minimum fungicidal concentration (MFC), inhibition of biofilm formation and its rupture, sorbitol and ergosterol assays, and association between this molecule and common antifungal drugs, amphotericin B and fluconazole. The test product inhibited all strains of C. albicans and C. parapsilosis, with a MIC ranging from 128 to 256 µg.mL-1, and a MFC of 512-1,024 µg.mL-1. It also inhibited up to 92% of biofilm formation and rupture of up to 87% of preformed biofilm. 2-chloro-N-phenylacetamide did not promote antifungal activity through binding to cellular membrane ergosterol nor it damages the fungal cell wall. Antagonism was observed when combining this substance with amphotericin B and fluconazole. The substance exhibited significant antifungal activity by inhibiting both planktonic cells and biofilm of fluconazole-resistant strains. Its combination with other antifungals should be avoided and its mechanism of action remains to be established.
No atual contexto de patógenos fúngicos resistentes emergentes tais como Candida albicans e Candida parapsilosis, a descoberta de novos agentes antifúngicos é uma questão urgente. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar o potencial antifúngico da 2-cloro-N-fenilacetamida contra cepas clínicas de C. albicans e C. parapsilosis resistentes a fluconazol. A atividade antifúngica da substância foi avaliada in vitro através da determinação da concentração inibitória mínima (CIM), concentração fungicida mínima (CFM), ruptura e inibição da formação de biofilme, ensaios de sorbitol e ergosterol, e associação entre esta molécula e antifúngicos comuns, anfotericina B e fluconazol. O produto teste inibiu todas as cepas de C. albicans e C. parapsilosis, com uma CIM variando de 128 a 256 µg.mL-1, e uma CFM de 512-1,024 µg.mL-1. Também inibiu até 92% da formação de biofilme e causou a ruptura de até 87% de biofilme pré-formado. A 2-cloro-N-fenilacetamida não promoveu atividade antifúngica pela ligação ao ergosterol da membrana celular fúngica, tampouco danificou a parede celular. Antagonismo foi observado ao combinar esta substância com anfotericina B e fluconazol. A substância exibiu atividade antifúngica significativa ao inibir tanto as células planctônicas quanto o biofilme das cepas resistentes ao fluconazol. Sua combinação com outros antifúngicos deve ser evitada e seu mecanismo de ação deve ser estabelecido.
Assuntos
Técnicas In Vitro , Candida albicans , Fluconazol , Candida parapsilosis , AntifúngicosResumo
Inga cylindrica, a tropical fruit tree of the Fabaceae family (subfamily Mimosoideae), is native to South America. The seeds from this family are an essential source of trypsin inhibitors, which display promising bioactivity for increasing host defense against pathogens. The aim of the present study was to characterize the antimicrobial and antibiofilm activities of the trypsin inhibitor extracted from I. cylindrica seeds, ICTI. ICTI demonstrated antifungal activity with a minimum inhibitory concentration (MIC) of 32.11 µmol.L-1, and a minimum fungicidal concentration (MFC) of 32.1 µmol.L-1, against Cryptococcus gattii, Candida albicans, Candida glabrata and Candida guilliermondii. Combining ICTI with Amphotericin B had a significant synergistic effect, reducing the concentration of the antibiotic by 75% for C. albicans and 94% for C. gatti. The significant increase (16 x) in activity observed with ergosterol (1.01 mol.L-1) for C. albicans and C. gatti, and the lack of activity against bacterial strains, suggests that ICTI interferes with the integrity of the fungal cell membrane. Treatment with ICTI at 10 x MIC resulted in a 51% reduction in biofilm formation and a 56% decrease in mature biofilm colonies for C. albicans. Finally, ICTI displayed no toxicity in the in vivo Galleria mellonella model. Given its antifungal and antibiofilm properties, ICTI could be a promising candidate for the development of new antimicrobial drug prototypes.
Inga cylindrica, uma árvore frutífera tropical da família Fabaceae (subfamília Mimosoideae), é nativa da América do Sul. As sementes desta família são uma fonte essencial de inibidores de tripsina, que apresentam bioatividade promissora para aumentar a defesa do hospedeiro contra patógenos. O objetivo do presente estudo foi caracterizar as atividades antimicrobiana e antibiofilme do inibidor de tripsina extraído de sementes de I. cylindrica, ICTI. O ICTI demonstrou atividade antifúngica com concentração inibitória mínima (CIM) de 32,11 µmol.L-1 e concentração fungicida mínima (CFM) de 32,1 µmol.L-1, contra Cryptococcus gattii, Candida albicans, Candida glabrata e Candida guilliermondii. A combinação de ICTI com Anfotericina B teve um efeito sinérgico significativo, reduzindo a concentração do antibiótico em 75% para C. albicans e 94% para C. gatti. O aumento significativo (16 x) na atividade observado com ergosterol (1,01 mol.L-1) para C. albicans e C. gatti, e a falta de atividade contra cepas bacterianas, sugerem que o ICTI interfere na integridade da membrana celular fúngica . O tratamento com ICTI a 10 x MIC resultou numa redução de 51% na formação de biofilme e numa diminuição de 56% nas colónias maduras de biofilme para C. albicans. Finalmente, o ICTI não apresentou toxicidade no modelo in vivo de Galleria mellonella. Dadas as suas propriedades antifúngicas e antibiofilme, o ICTI pode ser um candidato promissor para o desenvolvimento de novos protótipos de medicamentos antimicrobianos.
Assuntos
Candida albicans , Inibidores da Tripsina , Cryptococcus gattii , Fabaceae , Anti-Infecciosos , AntifúngicosResumo
Pythium insidiosum é o agente etiológico da pitiose, sendo ele um microrganismo da classe dos oomicetos, patogênico e causador da pitiose em várias espécies animais, incluindo humanos. A doença é caracterizada por lesões no tecido cutâneo/subcutâneo, lesões gastrointestinais, vasculares, oculares, podendo se disseminar para órgãos internos. A forma cutânea gera granulomas exsudativos, sendo comum a formação de "kunkers", um material necrótico de coloração amarelada, apenas nos equídeos. O diagnóstico é feito através dos sinais clínicos e histórico do paciente, cultura e identificação do agente e alguns testes como os sorológicos (imunodifusão, ELISA, Western blot, hemaglutinação e teste imunocromatográfico), histopatológico, imunohistoquímica, testes moleculares e recentemente, análises proteômicas, como o MALDI TOF. O tratamento baseia-se na exérese cirúrgica da lesão com margens livre do patógeno, sendo apenas possível em regiões sem comprometimento de importantes estruturas anatômicas; uso de medicamentos como Anfotericina B e Iodeto de Potássio e a imunoterapia como forma de modular a resposta imune do hospedeiro. Não existe fator predisponente para a aquisição da doença, sendo o principal risco a permanência em águas estagnadas com presença de material vegetal. Dessa forma, a principal forma de infecção é evitar, quando possível, a manutenção por longos períodos de animais no interior de lagoas, rios/riachos ou açudes, bem como utilizar equipamentos de proteção individual em humanos quando necessitarem adentrar em tais ambientes.
Pythium insidiosumis the etiological agent of pythiosis. This microorganism is a pathogenic oomycete that causes disease in several animal species, such as horses, dogs, cattle, sheep, goats, cats, birds and also humans. It is a disease characterized by lesions in the cutaneous/subcutaneous tissues in the form of exudative granulomas, the formation of "kunkers" being common in horses. It can also cause damage in gastrointestinal tract, vascular, ocular, and disseminated to internal organs. The diagnostic methods are, in addition to clinical signs and patient history, culture and identification of the agent, serological tests (immunodiffusion, ELISA, Western blot, hemagglutination and immunochromatographic tests), histopathological, immunohistochemical, molecular tests and recently, proteomic analysis, like MALDI-TOF. The treatment is based on surgical exeresis of the lesion with margins free of the pathogen, and this treatment is only possible in regions without involviment of important anatomical structures; use of drugs such as Amphotericin B and Potassium Iodide and immunotherapy as a way to modulate the host immune response. There is no predisposing factor for acquiring the disease, the main risk being staying in stagnant water with the presence of plant material. Thus, the main form of infection is to avoid, when possible, keeping animals inside ponds, rivers/streams or dams for long periods, as well as using personal protective equipment on humans when they need to enter such environments.
Pythium insidiosumes el agente etiológico de la pitiosis. Este microorganismo es un oomicetopatógeno que causa enfermedad en varias especies animales, como caballos, perros, bovinos, ovinos, caprinos, felinos, aves y también humanos. Es una enfermedad caracterizada por lesiones en el tejido cutáneo/subcutáneo en forma de granulomas exudativos, siendo frecuente la formación de kunkers en los caballos. También puede causar lesiones gastrointestinales, vasculares y oculares y diseminarse a los órganos internos. Los métodos diagnósticos son, además de los signos clínicos y la historia del paciente, el cultivo e identificación del agente, las pruebas serológicas (inmunodifusión, ELISA, Western blot, hemaglutinación y prueba inmunocromatográfica), la histopatología, la inmunohistoquímica, las pruebas moleculares y, recientemente, el análisis proteómico,como el MALDI-TOF. El tratamiento se basa en la escisión quirúrgica de la lesión con márgenes libres de patógenos, y este tratamiento solo es posible en regiones sin compromiso de estructuras anatómicas importantes; uso de fármacos como la anfotericina B y el yoduro de potasio y la inmunoterapia como forma de modular la respuesta inmunitaria del huésped. No existe un factor predisponente para adquirir la enfermedad, siendo el principal riesgo permanecer en aguas estancadas con presencia de material vegetal. Así, la principal forma de infección es evitar, en lo posible, mantener a los animales dentro de estanques, ríos/arroyos o represas por períodos prolongados, así como usar equipo de protección personal en humanos cuando necesitan ingresar a dichos ambientes.
Assuntos
Oomicetos , Pythium/isolamento & purificação , Pitiose/patologiaResumo
ABSTRACT: Studies on the fungal microbiota of reptiles and amphibians are necessary to better understand of host-microbe interactions and the establishment of fungal disease in these animals. However, these studies are limited. The present researchidentified yeasts from free-ranging reptiles and amphibians from the Caatinga biome andevaluated the virulence factors production, the antifungal susceptibility in planktonic and biofilm growth and the pathogenicity of Candida famata isolates. Twenty-nine isolates of the genera Candida, Cryptococcus and Rhodotorula were identified by phenotypic and/or molecular methods and production of hydrolytic enzymes in vitro by these genera of fungi was evaluated. In addition, susceptibility of planktonic cells and biofilms to azoles and amphotericin B was evaluated. The pathogenicity of C. famata, the most prevalent yeast species isolated, was evaluated using Caenorhabditis elegans model. C. famata was the most prevalent yeast in amphibian and reptilian microbiota. Phospholipase and protease production was observed in 18/29 and 11/29 of the yeast isolates, respectively, while 100% formed biofilms. Itraconazole presented high minimal inhibitory concentrations against C. famata and C. tropicalis. Amphotericin B reduced the biomass and metabolic activity of biofilms. C. famata induced the mortality of C. elegans. In conclusion, reptiles and amphibians are colonized by yeasts capable of producing important virulence factors, especially by Candida spp. that present low susceptibility to azoles which may result from imbalances in ecosystem. Finally, C. famata isolated from these animals presented high pathogenicity, showing the importance of the study of reptile and amphibians fungal microbiota.
RESUMO: Estudos sobre a microbiota fúngica de répteis e anfíbios são necessários para melhor compreender as interações hospedeiro-microrganismo e o estabelecimento de doenças fúngicas nesses animais. No entanto, esses estudos são limitados. O objetivo da presente pesquisa foi identificar leveduras isoladas de répteis e anfíbios do bioma Caatinga e avaliar a produção de fatores de virulência, a sensibilidade a antifúngicos no crescimento planctônico e de biofilme e a patogenicidade de Candida famata. Vinte e nove isolados dos gêneros Candida, Cryptococcus e Rhodotorula foram identificados por métodos fenotípicos e/ou moleculares e a produção de enzimas hidrolíticas in vitro por esses gêneros de fungos foi avaliada. Além disso, foi avaliada a suscetibilidade de células planctônicas e biofilmes a azólicos e anfotericina B. A patogenicidade de C. famata, a espécie de levedura isolada mais prevalente, foi avaliada usando Caenorhabditis elegans. C. famata foi a levedura mais prevalente na microbiota de anfíbios e répteis. A produção de fosfolipase e protease foi observada em 18/29 e 11/29 dos isolados de levedura, respectivamente, enquanto 100% formaram biofilmes. O itraconazol apresentou altas concentrações inibitórias mínimas contra C. famata e C. tropicalis. A anfotericina B reduziu a biomassa e atividade metabólica dos biofilmes. C. famata induziu a mortalidade de C. elegans. Em conclusão, répteis e anfíbios são colonizados por leveduras capazes de produzir importantes fatores de virulência, especialmente por cepas de Candida spp. que apresentam baixa suscetibilidade a azólicos que podem resultar de desequilíbrio no ecossistema. Por fim, C. famata isolados desses animais apresentaram alta patogenicidade, mostrando a importância do estudo da microbiota fúngica de répteis e anfíbios.
Resumo
La leishmaniasis visceral canina (LVC) es una zoonosis de extrema importancia en la salud pública, en todo el mundo, con el 90% de los casos registrados en Brasil. Es causada por el protozoario género Leishmania y su principal huésped es el perro doméstico y, para que se produzca la transmisión, es obligatoria la presencia del vector, el mosquito hematófago género Lutzomyia. El diagnóstico de la enfermedad es bastante difícil, ya que del 60 al 80% de los animales seropositivos son asintomáticos y las manifestaciones clínicas son muy inespecíficas. Después de los cambios realizados por el Ministerio de Salud, actualmente está permitido llevar a cabo el tratamiento de animales positivos para LVC, en el que el medicamento más aceptado es Miltefosina, sin embargo, independientemente del tratamiento, el mejor método contra LVC es la prevención. En el presente trabajo, se produjo un cuestionario a través de la plataforma Google Forms con 14 preguntas que cubren la leishmaniasis. Se recogieron 65 respuestas de veterinarios de diferentes edades y estados de Brasil. El 80% de los veterinarios dijeron que indicaban el tratamiento del animal en caso de leishmaniasis confirmada, mientras que el 3.08% todavía indica eutanasia. Aunque no se recomienda, aún se observa el uso de anfotericina B y antimoniales pentavalentes en...
The canine visceral leishmaniasis (CVL) is a zoonosis extremely important for public health, of worldwide relevance, with 90% of the cases registered in Brazil. It´s caused by the protozoan from the genus Leishmania and its main host is the domestic dog. For the successful transmission, it must have the presence of the vector, a hematophagous mosquito from genus Lutyzomia. The diagnostic from the disease is extremely difficult, seen that 60% to 80% of the seropositive animals are asymptomatic and the clinical manifestations are very nonspecific. After changes made by the Health Ministry, it actually is permitted to realize the treatment of the positive animals to CVL, in which the most accepted medicament is Miltefosine. Yet, independent of the treatment, the best method against CVL is prevention. In the present job was produced a questionnaire through the platform Google Forms with 14 questions encompassing the Leishmaniasis. Were collected 65 answers veterinarians of different ages and states of Brazil. 80% of vets said to indicate the treatment of the animal in cases of leishmaniasis confirmed, while 3.08% still indicate euthanasia. Although not recommended, the use of amphotericin B and pentavalent antimonials is still seen in the treatment protocols, however, the majority (75.4%) opts for the use of Miltefosina, recommended. Vaccination, although accept...
A Leishmaniose visceral canina (LVC) é uma zoonose de extrema importância na saúde pública, de distribuição mundial, com 90% dos casos registrados no Brasil. É causada pelo protozoário gênero Leishmania e tem como principal hospedeiro o cão doméstico. Para que ocorra a transmissão, é obrigatória a presença do vetor, mosquito hematófago Lutzomyia sp. O diagnóstico da doença é bastante difícil, já que 60 a 80% dos animais soropositivos são assintomáticos e as manifestações clínicas são muito inespecíficas. Após mudanças realizadas pelo Ministério da Saúde, atualmente é permitido realizar o tratamento dos animais positivos para LVC, no qual o medicamento mais aceito é a miltefosina, porém, independente do tratamento, o melhor método contra a LVC é a prevenção. No presente trabalho foi produzido um questionário através da plataforma Google Forms com 14 perguntas englobando a Leishmaniose. Foram coletadas 65 respostas de médicos veterinários de diferentes idades e estados do Brasil. 80% dos veterinários disseram indicar o tratamento do animal em caso de leishmaniose confirmada, enquanto 3,08% ainda indicam a eutanásia. Embora não recomendados, ainda se nota o uso de anfotericina B e antimoniais pentavalentes nos protocolos de tratamento, porém a maioria (75,4%) opta pelo uso da miltefosina, recomendada. A vacinação, embora aceita pela maioria dos veterinários (95,38%)...
Assuntos
Humanos , Animais , Cães , Leishmaniose Visceral/prevenção & controle , Leishmaniose Visceral/terapia , Leishmaniose Visceral/veterinária , Médicos Veterinários/estatística & dados numéricos , Médicos Veterinários/ética , Prática Profissional , Brasil , Eutanásia Animal/ética , Inquéritos e QuestionáriosResumo
Susceptibility testing is essential to inform the correct management of Aspergillus infections. In this study we present antifungal susceptibility profile of A. fumigatus isolates recovered from lungs of birds with and without aspergillosis. Fifty three isolates were tested for their antifungal susceptibility to voriconazole (VRC), itraconazole (ITZ), amphotericin (AMB) and caspofungin (CSP) using the M38-A2 broth microdilution reference method. Five isolates were resistant to more than one antifungal drug (CSP + AMB, VRC + ITZ and AMB + ITZ). Fifteen (28%) isolates with susceptible increased exposure (I) to ITZ were sensible to VRC. Resistance to AMB (>2µg/mL) was observed in only four isolates. Eleven (21%) A. fumigatus present resistance to ITZ (13%) and VRC (8%). Fungal isolation from respiratory samples has been regarded as being of limited usefulness in the ante mortem diagnosis of aspergillosis in birds. However, the results suggest that the detection and antifungal susceptibility profile may be helpful for monitoring of therapy for avian species and where antifungal resistance might be emerging and what conditions are associated to the event.(AU)
Os testes de suscetibilidade são essenciais para informar o correto manejo das infecções por Aspergillus. Neste estudo apresentamos o perfil antifúngico de isolados de A. fumigatus provenientes de pulmões de aves com e sem aspergilose. Cinqüenta e três isolados foram testados quanto à susceptibilidade antifúngica ao voriconazol (VRC), itraconazol (ITZ), anfotericina B (AMB) e caspofungina (CSP) pelo método de referência de microdiluição do caldo M38-A2. Cinco isolados foram resistentes a mais de um antifúngico (CSP + AMB, VRC + ITZ e AMB + ITZ). Quinze (28%) isolados suscetíveis - com exposição aumentada (I) ao ITZ foram sensíveis ao VRC. A resistência ao AMB (>2µg/mL) foi observada em apenas quatro isolados. Onze (21%) A. fumigatus apresentaram resistência a ITZ (13%) e VRC (8%). O isolamento de fungos de amostras respiratórias tem sido considerado de utilidade limitada no diagnóstico ante mortem de aspergilose em aves. No entanto, os resultados sugerem que a detecção e o perfil de suscetibilidade a antifúngicos podem ser úteis para o monitoramento da terapia de espécies aviárias, assim como a emergência da resistência antifúngica e quais condições podem estar associadas ao evento.(AU)
Assuntos
Animais , Doenças das Aves Domésticas , Aspergilose/tratamento farmacológico , Aspergilose/veterinária , Aspergillus fumigatus/isolamento & purificação , Aspergillus fumigatus/efeitos dos fármacos , Galinhas , Farmacorresistência Fúngica/efeitos dos fármacos , Antifúngicos/uso terapêuticoResumo
A analgesia com opioides é limitada ou indefinida em ruminantes. Neste trabalho, objetivou-se a realização de um estudo comparativo entre dois analgésicos opioides: a morfina e o tramadol, com base nas avaliações clínica e pedométrica de animais submetidos a artrite e sinovite experimental transitórias, desenvolvidas na articulação interfalângica distal, após administração intra-articular de anfotericina B. Utilizou-se seis animais, em dois tratamentos distintos, com morfina, na dose de 0,5 mg/kg e 20 dias depois com tramadol, na dose de 1,8 mg/kg, ambos via intramuscular. Os animais foram avaliados em intervalos de três horas, num total de 27 horas, observando-se parâmetros fisiológicos, deambulação e atividade pedométrica. Claudicação e alterações pedométricas foram observadas para ambos os fármacos. Por meio das variáveis da atividade pedométrica, observou-se um padrão de inquietação compatível com nocicepção podal, não havendo a interferência dos fármacos sobre a claudicação. Concluiu-se que a morfina e o tramadol, nas doses testadas, foram incapazes de interferir na atenuação do grau de claudicação no momento de máxima estimulação dolorosa, frente ao modelo experimental de dor ortopédica.
The use of opioids for analgesia is limited or undefined in ruminants. The aim of this study was to compare two analgesics opioids, morphine and tramadol, based on the clinical and pedometric evaluations of animals submitted to a temporary experimental arthritis and synovitis, developed at the distal interphalangeal joint after an intra-articular administration of amphotericin B. Six animals were used in two different treatments, using morphine, dose of 0,5 mg/kg, and twenty days later, tramadol, dose of 1,8 mg/kg, both intramuscularly. The animals were evaluated at 3-hour intervals for a total of 27 hours, observing the physiological parameters, ambulation and pedometer activity. Lameness and pedometer variations were observed in both treatments. Based on the variables of pedometric activity, a pattern of restlessness compatible with podal nociception was observed, and there was no interference of any of the drugs on lameness. It was concluded that morphine and tramadol, at the tested doses, were incapable of interfering in the lameness attenuation during the maximum painful stimulation moment in this experimental protocol of orthopedic pain.
Assuntos
Animais , Bovinos , Anfotericina B/administração & dosagem , Anfotericina B/análise , Anfotericina B/uso terapêutico , Artrite/veterinária , Manejo da Dor , Sinovite/veterináriaResumo
Abstract Amphotericin B is a fungicidal substance that is treatment of choice for most systemic fungal infections affecting immunocompromised patients. However, severe side effects have limited the utility of this drug. The aim of this study was to evaluate the antifungal effect of the combination of amphotericin B with black tea or white tea and protective of citotoxic effect. The present study shows that white and black teas have additive effects with amphotericin B against some species Candida. In addition, the combination of white and black tea with amphotericin B may reduce the toxicity of amphotericin B to red blood cells. Our results suggest that white and black tea is a potential agent to combine with amphotericin for antifungal efficacy and to reduce the amphotericin dose to lessen side effects.
Resumo A anfotericina B é o tratamento de escolha para a maioria das infecções fúngicas sistémicas que afetam os doentes imunocomprometidos. No entanto, efeitos secundários graves têm limitado a utilidade desta droga. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito antifúngico da combinação de anfotericina B com chá preto ou chá branco, bem como o efeito citotóxico desta combinação sobre hemáceas. O presente estudo demonstra que o chá branco e preto de Camellia sinensis têm efeitos aditivos com anfotericina B contra algumas espécies de Candida sp. Além disso, a combinação de chá branco e preto com anfotericina B pode reduzir a toxicidade da anfotericina B em hemáceas. Nossos resultados sugerem que o chá branco e preto são agentes potenciais para associação com anfotericina B contribuindo para eficácia antifúngica, bem como redução de toxicidade.
Assuntos
Humanos , Candida/efeitos dos fármacos , Anfotericina B/farmacologia , Camellia sinensis/efeitos adversos , Eritrócitos/efeitos dos fármacos , Antifúngicos/farmacologia , Anfotericina B/efeitos adversos , Hemólise/efeitos dos fármacos , Antifúngicos/efeitos adversosResumo
Background: Histoplasmosis is a systemic mycosis whose etiologic agent is the fungus Histoplasma capsulatum. This fungal infection, which is the second most frequent systemic mycotic fungal disease in felines in the United States, has rarely been found in cats in Brazil. This paper reports on a case of acute pulmonary histoplasmosis in a domestic cat treated with oral itraconazole associated with amphotericin B administered subcutaneously. This treatment resulted in clinical remission of the patients symptoms, as evidenced by radiographic follow-ups.Case: A domestic cat suffering from acute dyspnea was taken to a veterinary clinic. The animal was subjected to emergency oxygen therapy, and kept at rest through sedation with midazolam. A physical examination revealed normally colored mucosa, 8% dehydration, bristly fur, body condition score 2/9, tachypnea with respiratory rate of 100 breaths per minute and expiratory dyspnea. The radiographic examination showed marked opacification of all the pulmonary fields, with a mixed pattern (interstitial and alveolar) of heterogeneous appearance and diffuse distribution, which are changes consistent with an inflammatory infectious process (pneumonia). A cytological analysis of the pleural fluid revealed round to oval-shaped intracytoplasmic structures, varying in size from 2 to 4 μm, inside foamy macrophages, consistent with Histoplasma capsulatum. Based on the diagnosis of pulmonary histoplasmosis, and in view of the patients acute respiratory distress, it was decided to treat the cat using itraconazole associated with amphotericin B. Itraconazole was administered orally at a dose of 100 mg/cat every 24 h, while amphotericin B was administered subcutaneously at a dose of 0.5 mg/kg, combined with 100 mL of sodium chloride 0.9% and 100 mL of 5% glycated serum, with monitoring of serum concentrations of symmetric dimethylarginine (SDMA).[...]
Assuntos
Feminino , Animais , Gatos , Anfotericina B/administração & dosagem , Histoplasmose/diagnóstico por imagem , Histoplasmose/tratamento farmacológico , Histoplasmose/veterinária , Itraconazol/administração & dosagem , Pneumopatias Fúngicas/diagnóstico por imagem , Pneumopatias Fúngicas/tratamento farmacológico , Pneumopatias Fúngicas/veterináriaResumo
Abstract Yeast infections have acquired great importance due to increasing frequency in immunocompromised patients or patients undergoing invasive diagnostic and therapeutic techniques, and also because of its high morbidity and mortality. At the same time, it has been seen an increase in the emergence of new pathogenic species difficult to diagnose and treat. The aim of this study was to determine the in vitro susceptibility of 89 yeasts from different sources against the antifungals amphotericin B, voriconazole, fluconazole and flucytosine, using the VITEK® 2 Compact system. The antifungal susceptibility was performed automatically by the Vitek® 2 Compact system. The origin of the yeasts was: Group 1 - microbiota of wild animals (W) (26/89), 2 - cow's milk with subclinical mastitis (M) (27/89) and 3 - hospital enviorment (H) (36/89). Of the 89 yeasts submitted to the Vitek® 2 test, 25 (20.9%) were resistant to fluconazole, 11 (12.36%) to amphotericin B, 3 (3.37%) to voriconazole, and no sample was resistant to flucytosine. Regarding the minimum inhibitory concentration (MIC), fluconazole showed an MIC between 1 and 64 mg/mL for the three groups, voriconazole had an MIC between 0.12 and 8 mg/mL, amphotericin B had an MIC between 0.25 and 4 mg/mL for group H and group W respectively, between 0.25 and 16 mg/mL for group M and flucytosine had an MIC equal to 1μg/mL for all groups. The yeasts isolated from the H group showed the highest resistance to fluconazole 12/89 (13.49%), followed by group W (7.87%) and group M (5.62%). The more resistant group to voriconazole was followed by the M and H groups, the W group showed no resistance to this antifungal. Group H was the least resistant (2.25%) to amphotericin.
Resumo As infecções por leveduras têm adquirido grande importância, devido ao aumento da sua frequência em pacientes imunocomprometidos ou pacientes submetidos a técnicas diagnosticas e terapêuticas agressivas, e devido sua alta morbidade e mortalidade. Paralelamente tem-se observado um incremento na aparição de novas espécies patógenas difíceis de diagnosticar e tratar. O objetivo desse estudo foi avaliar a suscetibilidade in vitro de 89 leveduras de diferentes origens frente aos antifúngicos Anfotericina B, Voriconazol, Fluconazol e Fluocitocina pelo Sistema Vitek® 2. O antifungigrama foi realizado automaticamente pelo Vitek® 2 Compact. A origem das leveduras foi: Grupo 1- Microbiota de Animais Silvestres (S) (26/89), 2- Leite com mastite bovina subclínica (L) (27/89) e 3- Ambiente Hospitalar (H) (36/89). Das 89 leveduras submetidas à carta Vitek®, 25 (20.09%) foram resistentes ao fluconazol, oito (8.99%) à anfotericina B, três (3.37%) ao voriconazol, e nenhuma amostra mostrou-se resistente a fluocitosina. O grupo três (H) foi mais resistente ao fluconazol que os demais, já o dois (L) foi mais resistente ao voriconazol e a anfotericina B que os outros dois. O fluconazol pode ter apresentado maior número de resistências devido ser um fármaco comumente usado principalmente em humanos. As leveduras isoladas de humanos apresentaram maior número de resistências aos fármacos testados do que as leveduras isoladas de animais silvestres. O que pode ocorrer devido a uma maior exposição dos humanos aos fármacos em relação aos animais que vivem isolados em ambientes selvagens e na maioria dos casos nunca teve contato com fármacos de qualquer origem.
Assuntos
Animais , Leveduras/isolamento & purificação , Leveduras/efeitos dos fármacos , Leite/microbiologia , Mastite Bovina/microbiologia , Antifúngicos/farmacologia , Bovinos , Testes de Sensibilidade Microbiana , Infecções Assintomáticas , Animais SelvagensResumo
La leishmaniasis son un grupo de enfermedades infecciosas que afectan a los seres humanos, animales domésticos (perros y gatos) y salvajes causadas por protozoos del género Leishmania. La transmisión se produce a través de la picadura del mosquito género Phlebotomus en el Viejo Mundo, y Lutzomyia en el Nuevo Mundo. La Leishmaniasis Visceral Canina (LVC), es la causa más agresiva, y más frecuente de la enfermedad clínica en perros, y gatos de vez en cuando. Sus depósitos varían según la región y pueden ser animales domésticos o salvajes. Leishmania (leishmania) infantum está presente en el sur de México hasta América del Sur. En el caso de la LVC, la recomendación del Consejo Federal de Medicina Veterinaria es la eutanasia y el tratamiento se consideraba ilegal hasta 2013, cuando se produjo la autorización del tratamiento por el Tribunal Regional 3ª Región Federal en todo el país, desde que no se utilizan fármacos para el tratamiento de la leishmaniasis humana. Tratar o no, indicar o no la eutanasia es tema polémico para los veterinarios porque el tratamiento no elimina totalmente la carga parasitaria de los animales, y es una zoonosis. En Brasilia, la leishmaniasis visceral se considera endémica, teniendo en cuenta el comportamiento epidemiológico y la confirmación de los casos humanos autóctonos. En este estudio, se aplicó un cuestionario para evaluar la práctica del tratamiento de esta enfermedad en nueve clínicas veterinarias para pequeños animales en Brasilia. Cinco clínicas realizán el tratamiento de LVC. Todas recomiendan alopurinol, cuatro miltefosina, tres marbofloxacinam, dos anfotericina B y antimonio pentavalente. Dos clínicas se negaron a contestar el cuestionario, y dos no realizaron el tratamiento, recomendando la eutanasia.
The leishmaniasis are a group of infectious diseases that affect humans, dogs, cats and wild animals worldwide. It is caused by protozoa of the genus Leishmania. The infection is transmitted by sandflies of the genus Phlebotomus in the Old World and Lutzomyia in the New World. The Canine Visceral Leishmaniasis (CVL), the most severe disease form, is a frequent cause of clinical illness in dogs depending on the region, being less common in cats. The Brazilian Federal Counsel of Veterinary Medicine recommendation for the CVL illness is euthanasia, being illegal to treat until 2013, when the Third Region Federal Court authorized it all over the Country, as long as the medication isnt the same used in humans. Whether to treat or not and sacrifice the animal is a polemic veterinary issue, since the treatment does not eliminate the entire parasite load, and it is a zoonosis. In Brasilia, Visceral Leishmaniasis is endemic, considering its epidemiological behavior and the confirmation of autochthony of human cases. In this study, small animal veterinarians were questioned about the treatment of Canine Visceral Leishmaniosis in Brasilia, DF, Brazil to evaluate the treatment practice of the CVL. Five out of nine do the treatment. All of the clinicians use alupurinol, four use miltefosin, three of them use marbofloxacin, two use pentavalents antimonial and anfotericin B. However, two veterinary clinics do not treat and recommend euthanasia, two clinics didn't want to discuss their protocol.
As leishmanioses são um grupo de doenças infecciosas que afetam humanos, animais domésticos (cães e gatos) e silvestres, causadas por protozoários do gênero Leishmania. A transmissão ocorre pela picada do mosquito do gênero Phlebotomus no Velho Mundo e Lutzomyia no Novo Mundo. A Leishmaniose Visceral Canina (LVC), a forma mais agressiva, é causa frequente de doença clínica em cães e, ocasionalmente em gatos. Seus reservatórios variam de acordo com a região, podendo ser animais domésticos ou silvestres. Leishmania infantum está presente do sul do México até a América do Sul. No caso da LVC, a recomendação do Conselho Federal de Medicina Veterinária é a eutanásia. O tratamento era considerado ilegal até 2013, quando houve autorização do tratamento pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região em todo País, desde que não se utilizassem medicamentos para o tratamento da leishmaniose humana. Tratar ou não, indicar ou não eutanásia é questão polêmica para os clínicos veterinários, pois o tratamento não elimina totalmente a carga parasitária dos animais, e trata-se de uma zoonose. Em Brasília, a leishmaniose visceral é considerada endêmica, considerando o comportamento epidemiológico e a confirmação da autoctonia dos casos humanos. No presente estudo, foi aplicado questionário para se avaliar a prática do tratamento dessa enfermidade, em clínicas veterinárias de pequenos animais de Brasília. Cinco delas realizam o tratamento da LVC. Todas recomendam o alopurinol, quatro a miltefosina, três a marbofloxacina e duas a anfotericina B e antimoniais pentavalentes. Duas clínicas se recusaram a responder o questionário, e outras duas não realizam o tratamento, recomendando eutanásia.
Assuntos
Humanos , Animais , Administração da Prática da Medicina Veterinária , Hospitais Veterinários , Leishmaniose Visceral/tratamento farmacológico , Leishmaniose Visceral/veterinária , Eutanásia Animal , Inquéritos e QuestionáriosResumo
Abstract Amphotericin B is a fungicidal substance that is treatment of choice for most systemic fungal infections affecting immunocompromised patients. However, severe side effects have limited the utility of this drug. The aim of this study was to evaluate the antifungal effect of the combination of amphotericin B with black tea or white tea and protective of citotoxic effect. The present study shows that white and black teas have additive effects with amphotericin B against some species Candida. In addition, the combination of white and black tea with amphotericin B may reduce the toxicity of amphotericin B to red blood cells. Our results suggest that white and black tea is a potential agent to combine with amphotericin for antifungal efficacy and to reduce the amphotericin dose to lessen side effects.
Resumo A anfotericina B é o tratamento de escolha para a maioria das infecções fúngicas sistémicas que afetam os doentes imunocomprometidos. No entanto, efeitos secundários graves têm limitado a utilidade desta droga. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito antifúngico da combinação de anfotericina B com chá preto ou chá branco, bem como o efeito citotóxico desta combinação sobre hemáceas. O presente estudo demonstra que o chá branco e preto de Camellia sinensis têm efeitos aditivos com anfotericina B contra algumas espécies de Candida sp. Além disso, a combinação de chá branco e preto com anfotericina B pode reduzir a toxicidade da anfotericina B em hemáceas. Nossos resultados sugerem que o chá branco e preto são agentes potenciais para associação com anfotericina B contribuindo para eficácia antifúngica, bem como redução de toxicidade.
Resumo
Abstract Yeast infections have acquired great importance due to increasing frequency in immunocompromised patients or patients undergoing invasive diagnostic and therapeutic techniques, and also because of its high morbidity and mortality. At the same time, it has been seen an increase in the emergence of new pathogenic species difficult to diagnose and treat. The aim of this study was to determine the in vitro susceptibility of 89 yeasts from different sources against the antifungals amphotericin B, voriconazole, fluconazole and flucytosine, using the VITEK® 2 Compact system. The antifungal susceptibility was performed automatically by the Vitek® 2 Compact system. The origin of the yeasts was: Group 1 - microbiota of wild animals (W) (26/89), 2 - cows milk with subclinical mastitis (M) (27/89) and 3 - hospital enviorment (H) (36/89). Of the 89 yeasts submitted to the Vitek® 2 test, 25 (20.9%) were resistant to fluconazole, 11 (12.36%) to amphotericin B, 3 (3.37%) to voriconazole, and no sample was resistant to flucytosine. Regarding the minimum inhibitory concentration (MIC), fluconazole showed an MIC between 1 and 64 mg/mL for the three groups, voriconazole had an MIC between 0.12 and 8 mg/mL, amphotericin B had an MIC between 0.25 and 4 mg/mL for group H and group W respectively, between 0.25 and 16 mg/mL for group M and flucytosine had an MIC equal to 1g/mL for all groups. The yeasts isolated from the H group showed the highest resistance to fluconazole 12/89 (13.49%), followed by group W (7.87%) and group M (5.62%). The more resistant group to voriconazole was followed by the M and H groups, the W group showed no resistance to this antifungal. Group H was the least resistant (2.25%) to amphotericin.
Resumo As infecções por leveduras têm adquirido grande importância, devido ao aumento da sua frequência em pacientes imunocomprometidos ou pacientes submetidos a técnicas diagnosticas e terapêuticas agressivas, e devido sua alta morbidade e mortalidade. Paralelamente tem-se observado um incremento na aparição de novas espécies patógenas difíceis de diagnosticar e tratar. O objetivo desse estudo foi avaliar a suscetibilidade in vitro de 89 leveduras de diferentes origens frente aos antifúngicos Anfotericina B, Voriconazol, Fluconazol e Fluocitocina pelo Sistema Vitek® 2. O antifungigrama foi realizado automaticamente pelo Vitek® 2 Compact. A origem das leveduras foi: Grupo 1- Microbiota de Animais Silvestres (S) (26/89), 2- Leite com mastite bovina subclínica (L) (27/89) e 3- Ambiente Hospitalar (H) (36/89). Das 89 leveduras submetidas à carta Vitek®, 25 (20.09%) foram resistentes ao fluconazol, oito (8.99%) à anfotericina B, três (3.37%) ao voriconazol, e nenhuma amostra mostrou-se resistente a fluocitosina. O grupo três (H) foi mais resistente ao fluconazol que os demais, já o dois (L) foi mais resistente ao voriconazol e a anfotericina B que os outros dois. O fluconazol pode ter apresentado maior número de resistências devido ser um fármaco comumente usado principalmente em humanos. As leveduras isoladas de humanos apresentaram maior número de resistências aos fármacos testados do que as leveduras isoladas de animais silvestres. O que pode ocorrer devido a uma maior exposição dos humanos aos fármacos em relação aos animais que vivem isolados em ambientes selvagens e na maioria dos casos nunca teve contato com fármacos de qualquer origem.
Resumo
O tratamento atual para Leishmaniose Tegumentar Americana é realizado com antimoniais pentavalentes como tratamento padrão, e as drogas de segunda escolha incluem pentamidina e anfotericina B, mas essas terapias apresentam efeitos colaterais e requerem administração parenteral. O objetivo deste trabalho foi avaliar formulações tópicas contendo isetionato de pentamidina comercial (IP) no tratamento da leishmaniose cutânea experimental (LC). Hamsters dourados foram infectados no focinho com Leishmania (Leishmania) amazonensis. Grupos de seis animais receberam tratamento tópico com cremes anidro ou emulsões hidratantes, num máximo de 10 dias, com aplicação de 50 mg dia-1. Amostras de tecido de lesões tratadas foram avaliadas por histologia, microscopia eletrônica de transmissão (MET) e cultivo de biópsia. Comparado ao grupo sem tratamento, o tratamento tópico com emulsão hidratante com 10% de IP e ácido úsnico (ACE5AU) mostrou diminuição significativa (P=0,028) nas medidas de lesões, 20 dias após o final do tratamento e 27,37% de redução. O tratamento tópico com emulsão anidra com 10% de IP e ácido úsnico (ACPU) mostrou redução a carga parasitária em Golden hamsters. Este estudo demonstrou a possibilidade de utilizar o tratamento tópico para reduzir o número de parasitas e que este poderia ser associado a outras drogas para tratamento mais rápido e eficaz da leishmaniose cutânea.(AU)
Assuntos
Pentamidina , Terapêutica , Modelos Animais , LeishmaniaResumo
No Brasil, o estado do Tocantins é considerado área endêmica para as formas cutânea e visceral da leishmaniose, o que estimulou o desenvolvimento deste estudo, com o objetivo de compreender os fatores associados à coinfecção leishmaniose/HIV-AIDS em indivíduos assistidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no norte do estado. Foi realizado um estudo transversal retrospectivo utilizando dados obtidos em prontuários de pacientes atendidos no Hospital de Doenças Tropicais da Universidade Federal do Norte do Tocantins no período de 2010 a 2020, complementados por dados obtidos na Secretaria Municipal de Saúde de Araguaína-TO. Os dados foram organizados em um formulário estruturado e as associações foram testadas por meio de análise univariada utilizando o teste qui quadrado de Mantel Hanzel. Variáveis com p<0,10 foram submetidas à análise multivariada por meio de regressão logística. O teste de Mann-Whitney foi utilizado para análise das variáveis quantitativas. Foram incluídos no estudo registro de 53 indivíduos com coinfecção leishmaniose/HIV-AIDS, 106 indivíduos com infecção somente por HIV-AIDS e 106 indivíduos com infecção por leishmaniose, totalizando 265 participantes de qualquer gênero, raça/etnia, estado civil, grau de escolaridade e profissão, com faixa etária acima de 15 anos, provenientes de municípios da região norte do Tocantins. A maioria dos casos de coinfecção leishmaniose/HIV-AIDS foi de indivíduos do sexo masculino (71,7%), entre 15 e 39 anos (60,38%), solteiro (75,47%), pardo (92,45%) e com baixa escolaridade (52,83%). Febre, esplenomegalia, hepatomegalia, emagrecimento e fraqueza foram os sintomas mais frequentes na coinfecção. Os exames laboratoriais mais utilizados foram os testes sorológicos e a principal medicação utilizada no tratamento foi a anfotericina B lipossomal (58,49%), com evolução para cura, na grande maioria dos casos tratados para leishmaniose (88,68%). Ao se comparar os indivíduos com a coinfecção leishmaniose/HIV-AIDS com os HIV positivo, observou-se maior chance de apresentar esplenomegalia (OR: 18,55) e hepatomegalia (OR: 4,58) em coinfectados HIV-AIDS, enquanto na comparação com indivíduos infectados somente por Leishmania a variável inapetência se apresentou como fator de risco (OR: 3,80), no entanto a escolaridade baixa (OR: 0,319) e a presença de febre (OR: 0,260) foram associadas como fator de proteção para a coinfecção, quando submetida a análise multivariada. Os resultados deste estudo apontam que as características individuais pouco interferiram nas chances de coinfecção leishmaniose/HIVAIDS e demonstram que em indivíduos coinfectados características clínicas da leishmaniose podem apresentar-se com frequência significativamente maior. Sugere-se que em áreas endêmicas para leishmaniose visceral e HIV/AIDS o diagnóstico clínico e laboratorial de ambas as doenças seja priorizado, visando minimizar os impactos do reconhecimento tardio da coinfecção.
In Brazil, the state of Tocantins is considered an endemic area for both cutaneous and visceral forms of leishmaniasis, which encouraged the study development with the purpose of understanding the factors related to leishmaniasis/HIV-AIDS coinfection affecting individuals that are assisted by the brazilian health system in the northern state. A retrospective crosssectional study has been conducted by collecting data from medical records of individuals treated at the Hospital of Tropical Diseases of the Federal University at North of Tocantins from 2010 to 2020, supplemented by data obtained from Municipal Health Department of AraguainaTO. Information was obtained using a structured form, and associations were tested through univariate analysis using Mantel-Hanzel chi squared test. Variables presenting p<0,10 were submitted to multivariate analysis using logistic regression. Mann-Whitney test was used to analyze quantitative variables. Were include 53 records of individuals with leishmaniasis/HIVAIDS coinfection, 106 subjects with HIV-AIDS infection and 106 subjects with leishmaniasis infection, totalizing 265 participants of any gender, race/ethnicity, marital status, education level and profession, with age group above 15 years-old, from the municipalities of northern region of Tocantins. Most cases of leishmaniasis/HIV-AIDS coinfection comprised males (71,7%), between 15 and 39 years (60,38%), single (75,47%), brown (92,45%) and with poor education (52,83%). Fever, splenomegaly, hepatomegaly, weight loss and weakness were the most common symptoms in coinfection. The most frequently performed laboratory exams were the serological tests and the medication more prescribed was the liposomal amphotericin B (58,49%), evolving for the cure, in the majority of cases treated for leishmaniasis (88,68%). When comparing individuals with leishmaniasis/HIV-AIDS co-infection with HIV positive individuals, there was a greater chance of having splenomegaly (OR: 18.55) and hepatomegaly (OR: 4.58) in HIV-AIDS coinfected, while in comparison with individuals infected only by Leishmania, inappetence was presented as a risk factor (OR: 3,80), however low schooling (OR: 0.319) and the presence of fever (OR: 0.260) were associated as a protective factor for coinfection, when submitted to multivariate analysis. The results obtained by this study showed that individual characteristics little interfered with the chances of leishmaniasis/HIV-AIDS occurrence, and demonstrated that leishmaniasis clinical characteristics are significantly higher in this group. It is suggested that in visceral leishmaniasis and HIV-AIDS endemic areas the clinical and laboratorial diagnostic be prioritized, aiming to minimize the impacts of late recognition of coinfection.
Resumo
Pitiose cutânea equina (PCE) é uma enfermidade descrita em todo território brasileiro, no entanto são escassas as informações quanto ao tratamento e procedimento cirúrgico em éguas gestantes. Descreve-se um caso de PCE em uma égua com nove meses de gestação com histórico de trauma no membro pélvico esquerdo que evoluiu para lesão ulcerativa granulomatosa com presença de kunkers. Foi realizada excisão cirúrgica, seguida da cauterização e perfusão regional intravenosa (PRI) com 50 mg de anfotericina B (10 ml) diluído em solução dimetilsulfóxido (DMSO) 10% (6 ml DMSO em 44 ml de Ringer com Lactato). Após 14 dias da intervenção cirúrgica, nova PRI foi realizada. O diagnóstico de PCE foi confirmado através da avaliação histopatológica e imuno-histoquímica. A égua pariu um potro saudável após dois meses da intervenção cirúrgica e recebeu alta após a completa epitelização da ferida.
Resumo
Candida albicans faz parte da microbiota normal e está presente em mucosas do trato digestivo, sistema reprodutor e na boca. Esses microrganismos se tornam patogênicos quando há alterações no mecanismo de defesa, quando há resistência imunológica baixa, ou por alterações em fatores hormonais, causando a candidíase, muitas vezes pela presença de leveduras resistentes a tratamentos convencionais. Por isso, há a necessidade de se introduzir novos fármacos antifúngicos, e a natureza é uma importante fonte de novos produtos. Método: Neste projeto, 2.240 extratos foram pesquisados quanto às suas propriedades antifúngicas, a partir de técnicas de disco difusão em ágar (DDA), microdiluição em caldo (MDC), difusão em bioautografia (DeB) e a toxicidade dos extratos ativos foi verificada pelo ensaio de toxicidade a artêmia (TAS). Resultados: A partir da DDA, foram identificados seis extratos ativos que apresentaram halos de inibição entre 8,32 mm e 14,90 mm (e anfotericina B, halo de inibição de 16,05 mm de diâmetro (anfotericina B>NC>NA>NDNE=NB=NF). NA, NB e ND apresentaram atividade inibitória em DeB nos volumes de 2 µL, 5 µL e 10 µL, tomados de uma solução a 100 mg/mL. A concentração fungicida mínima (CFM) mais baixa foi dos extratos NA e NC, que correspondeu ao mesmo valor da anfotericina B, de 3,91x10-2 mg/mL. A toxicidade à artêmia dos extratos selecionados foi NA
Candida albicans is part of the normal microbiota and is present in mucous membranes of the digestive tract, reproductive system and in the mouth. These microorganisms become pathogenic when there are changes in the defense mechanism, When there is low immune resistance, or by changes in hormonal factors, causing candidiasis, often due to the presence of yeast resistance to conventional treatments. Therefore, there is a need to introducing new antifungal drugs, and nature is an important source of new products. In this projetct, 2,240 extracts for their antifungal properties, using disk agar diffusion (DDA), broth microdilution (MDC), bioautography diffusion (DeB) techniques, and the toxicity of the active extracts was verified by the Artemia toxicity (TAS). From the DDA, six active extracts were identified that presented inhibition halos between 8.32 mm and 14.90 mm and amphotericin B, 16.05 mm diameter inhibition halo (amphotericin B>NC>NA>ND NE=NB=NF) NA, NB and ND showed inhibitory activity in DeB in the volumes of 2 µL, 5 µL and 10 µL, taken from a 100 mg / mL solution, the lowest minimum fungicidal concentration (CFM) was NA and NC extracts, which corresponded to the same value of amphotericin B, of 3.91x10-2 mg/mL. The artemia toxicity of the selected extracts was NA
Resumo
Cryptococcus spp. são agentes etiológicos da criptococose. Para estabelecer a infecção, essas leveduras expressam fatores de virulência como a melanina e o biofilme. Esta tese foi dividida em três objetivos: 1. Avaliar os efeitos dos inibidores da bomba de prótons (IBPs) sobre o crescimento e a produção de melanina de Cryptococcus spp.; 2. Investigar a produção de melanina pelo complexo de espécies C. neoformans/C. gattii na presença de diferentes precursores da melanogênese, avaliando o efeito da melanização na sensibilidade antifúngica; 3. Avaliar a atividade de paraquat (PQ) contra Cryptococcus spp. nas formas planctônica e biofilme, bem como o efeito protetor de agentes antioxidantes sobre essa atividade. Buscou-se avaliar ainda a cinética da produção de melanina diante o PQ. As concentrações inibitórias mínimas (CIMs) de IBPs foram determinadas por microdiluição. O efeito dos IBPs na produção de melanina foi avaliado na presença de sulfato de cobre ou glutationa. Foram utilizados como substratos para a melanogênese, a epinefrina, norepinefrina, dopamina, ácido cafeico e L-dopa, sendo em seguida avaliada a sensibilidade in vitro. A atividade da anfotericina B em cepas melanizadas foi investigada no ensaio de time kill. A sensibilidade ao PQ foi avaliada e, em seguida, as cepas expostas ao PQ foram cultivadas em meio com ou sem ácido ascórbico (AA) e glutationa (GSH). Ademais, a produção de melanina foi avaliada na presença de L-dopa + PQ. Os IBPs mostraram CIMs variando de 125-1000 g/mL e redução da melanização em células de Cryptococcus. O sulfato de cobre e a glutationa restauraram a melanogênese das cepas na presença de IBPs. Adicionalmente, a presença de IBPs diminuiu a toxicidade do sulfato de cobre (1 mM). As cepas produziram melanina, em escalas diferenciada, de acordo com o substrato testado. As células melanizadas foram mais tolerantes à anfotericina B. No tocante ao efeito do PQ, observou-se CIM variando de 8-256 g/mL e uma inibição na formação do biofilme. O efeito inibitório planctônico foi restaurado por AA e GSH. Além disso, L-dopa + PQ alterou a cinética da produção de melanina. Em conclusão, observou-se que IBPs inibem o crescimento planctônico e a melanogênese em Cryptococcus spp., sendo este último efeito dependente da quelação do cobre ou inibição do transporte de cobre ATPase. Ademais, os dados em conjunto, evidenciaram que a melanina contribui para a maior resiliência de Cryptococcus spp. a drogas antifúngicas, como a anfotericina B, e agentes agressores ambientais, como o paraquat.
Cryptococcus spp. are etiological agents of cryptococcosis. To establish infection, these yeasts produce virulence factors such as melanin and biofilm. This thesis was divided into three aims: 1. Evaluate the effects of proton pump inhibitors (PPIs) on growth and melanin production by Cryptococcus spp.; 2. Investigate the production of melanin by the C. neoformans/C. gattii species complex in the presence of different precursors of melanogenesis, evaluating the effect of melanization on antifungal susceptibility. 3. Evaluate the activity of paraquat (PQ) against Cryptococcus spp. in planktonic and biofilm forms, as well as the protective role of antioxidant agents against PQ. We also sought to evaluate the kinetics of melanin production in the presence of PQ. Minimum inhibitory concentrations (MICs) of PPIs were determined by microdilution. The effect of PPIs on melanin production was evaluated in the presence of copper sulfate or glutathione. As substrates for melanogenesis, epinephrine, norepinephrine, dopamine, caffeic acid and L-dopa were used, then, in vitro susceptibility was evaluated. Amphotericin B activity against melanized strains was investigated by the time kill assay. The susceptibility to PQ was evaluated and the strains exposed to the PQ were cultivated in medium with or without ascorbic acid (AA) and glutathione (GSH). Furthermore, melanin production was evaluated in the presence of L-dopa + PQ. PPIs showed MICs ranging from 125-1000 g/mL and reduced melanization of Cryptococcus cells. Copper sulfate and glutathione restored the melanogenesis of the strains in the presence of PPIs. Additionally, the presence of PPIs decreased copper sulphate toxicity (1 mM). The strains produced melanin, at different levels, according to the tested substrate. Melanized cells were more tolerant to amphotericin B. Regarding the effect of PQ, MICs ranged from 8-256 g/mL and biofilm formation was inhibited. The inhibitory effect of PQ was hampered by AA and GSH. Furthermore, L-dopa + PQ altered the kinetics of melanin production. In conclusion, it was observed that PPIs inhibit planktonic growth and melanogenesis of Cryptococcus spp., with the latter being dependent on copper chelation or inhibition of copper ATPase transport. Furthermore, altogether, the data showed that melanin contributes to reduced susceptibility of Cryptococcus spp. to the antifungal drug amphotericin B, and the environmental aggressor paraquat.
Resumo
Pitiose cutânea equina (PCE) é uma enfermidade descrita em todo território brasileiro, no entanto, são escassas as informações quanto ao tratamento e procedimento cirúrgico em éguas gestantes. Descreve-se um caso de PCE em uma égua com nove meses de gestação com histórico de trauma no membro pélvico esquerdo que evoluiu para lesão ulcerativa granulomatosa com presença de "kunkers". Foi realizada excisão cirúrgica, seguida da cauterização e perfusão regional intravenosa (PRI) com 50 mg de anfotericina B (10 ml) diluído em solução dimetilsulfóxido (DMSO) 10% (6 ml DMSO em 44 ml de Ringer com Lactato). Após 14 dias da intervenção cirúrgica, nova PRI foi realizada. O diagnóstico de PCE foi confirmado através da avaliação histopatológica e imuno-histoquímica. A égua pariu um potro saudável após dois meses da intervenção cirúrgica e recebeu alta após a completa epitelização da ferida.
Equine cutaneous pythiosis (ECP) is a disease described throughout the Brazilian territory, however there is little information regarding the medical treatment and surgery in pregnant mares. We describe a case of ECP in a mare with nine months of gestation with a history of trauma to the left pelvic limb that evolved into ulcerative granulomatous lesion with presence of "kunkers". Surgical excision was performed, followed by cauterization and intravenous regional perfusion (IRP) with 50 mg amphotericin B (10 mL) solution diluted in 10% dimethyl sulfoxide (DMSO) (6 mL DMSO in 44 ml of Ringer's lactate). 14 days after the surgery, a new IRP was performed. The diagnosis of ECP was confirmed by histopathological and immunohistochemical evaluation. The mare gave birth to a healthy foal two months after the surgery and was discharged after complete epithelization of the wound.