Resumo
This study evaluated the use of microbiological culture of milk from cows with clinical mastitis (CM), and the performance and economic results after implementing this procedure. The 18-month data were obtained from a farm in Minas Gerais State, Brazil, with an average daily production of 23.1 L of milk from cows milked twice daily under a semi-intensive regime. After a case of CM was identified, a milk sample from the affected quarter was collected and sent to the farm's laboratory. First, a bi-plate containing selective growth medium was used for isolation of Gram-positive and negative bacteria (Plate 1). Subsequently, a tri-plate with selective growth medium was used for isolation of Gram-positive and negative bacteria, and bacteria of the genus Streptococcus (Plate 2). Finally, a tri-plate containing three chromogenic culture media capable of identifying 18 bacterial species was used (Plate 3). Clinical cases of mastitis were treated once a day based on the results of the microbiological culture. Two economic scenarios were evaluated (scenarios 1 and 2). Scenario 1 compared the situation if all cases of CM were treated (not using on-farm culture) vs. the use of on-farm culture (real data) and the generated savings for one year. Data from 1,582 lactations of 1,227 cows were evaluated, with 1,917 cases of CM from 636 cows recorded. The average annual incidence of CM was 48.2%. Of all cases evaluated, 76.8% were classified as grade 1 mastitis; 20% as grade 2, and 3.2% as grade 3. The incidence of new clinical cases of mastitis was 4.17% per month. From the samples analyzed on the three plates, 27.8% of the cases received a recommendation to not be treated and 72.2% received a recommendation of treatment. However, only 18.6% were not treated, making a total of 81.4% treated cases. Of the clinical cases that did not receive intramammary antibiotic therapy, 84.3% had a clinical cure. Conversely, the clinical cure rate reached 84% for the cases that received intramammary antibiotic therapy. In scenario 1, the total operational cost of the clinical case decreased by 10.3% after the implementation of the on-farm culture, with an 18.4% reduction in the use of antibiotics. In scenario 2, there was a 5.5% reduction in the cost of the clinical case and an 11.8% reduction in the use of antibiotics. Thus, the implementation of on-farm culture and the applied methodology, enhanced treatment accuracy of CM cases, reducing the total operating cost of the case and the use of antibiotics on the farm.
O objetivo deste estudo foi avaliar a utilização da cultura microbiológica de leite de vacas com mastite clínica (MC), os resultados zootécnicos e econômicos após implementação desse procedimento. Dados de 18 meses foram obtidos em uma fazenda em Minas Gerais com produção média de 23,1 L de leite/vaca/dia, em duas ordenhas diárias em regime semi-intensivo. Após a identificação da MC, uma amostra de leite do quarto afetado foi coletada e encaminhada para laboratório da fazenda. Primeiramente foi utilizada placa bipartida em meio de cultura seletivo para crescimento de bactérias Gram-positivas e negativas (Placa 1), seguindo-se para a utilização da placa tri-partida com meios de cultura seletivos para crescimento de bactérias Gram-positivas e negativas e bactérias do gênero Streptococcus (Placa 2) e posteriormente para placa tripartida, contendo três meios de cultura cromogênicos, capazes de identificar 18 espécies bacterianas (Placa 3). Foram avaliados dados de 1.227 vacas em 1.582 lactações, sendo registrados 1.917 casos de MC. Os casos clínicos de mastite foram tratados uma vez ao dia com base nos resultados da cultura microbiológica. Foram realizadas duas avaliações financeiras (cenário 1 e 2). O cenário 1 comparou a situação se todos os casos de MC fossem tratados (ausência de cultura na fazenda), comparado com a utilização da cultura na fazenda (dados reais) e as economias de recursos geradas durante o período de um ano. O cenário 2 utilizou os resultados reais após a economia de recursos gerados pela cultura, seguindo a recomendação ideal de tratamento. Foram avaliados 1.917 casos de MC (636 animais), totalizando incidência média anual de 48,2%. Do total dos casos avaliados, 76,8% foram classificados como mastite grau 1; 20% grau 2 e 3,2% grau 3. A incidência de novos casos clínicos de mastite foi de 4,17% ao mês. Das amostras analisadas nas três placas, 27,8% dos casos receberam a recomendação de não serem tratados e 72,2% de tratamento. Entretanto, apenas 18,6% realmente não foram tratados, totalizando 81,4% de tratamentos. Dos casos clínicos que não receberam antibioticoterapia intramamária, 84,3% apresentaram cura clínica. Já os casos que passaram por antibioticoterapia intramamária, a taxa de cura clínica foi de 84,0%. No primeiro cenário, após a implementação da cultura na fazenda, o custo operacional total do caso clínico reduziu em 10,3%, com redução de 18,4% de utilização de antibióticos. Já no segundo cenário, houve redução de 5,5% no custo do caso clínico e redução de 11,8% na utilização de antibióticos. A implementação da cultura na fazenda e a metodologia aplicada, promoveu maior assertividade dos tratamentos dos casos de MC, com redução do custo operacional total do caso e da utilização de antibióticos na propriedade.
Assuntos
Animais , Feminino , Bovinos , Leite/economia , Leite/microbiologia , Glândulas Mamárias Animais/microbiologia , Técnicas Bacteriológicas/veterináriaResumo
Buffaloes are one of the important farm animals in the south of Iraq and play an essential economical role mainly acting as dairy, meat, and draft animals. This study intended to diagnose buffalo mycotic eye infections in Thi-Qar province/Iraq. Some 250 buffaloes in the herd of 3,700 animals suffered from eye infections from December 2017 to November 2018. Eye swabs were collected from each infected eye of the affected buffaloes of both sexes before treatment. The animals were in different age groups. All samples were transferred to the laboratory in transfer media, and cultured on Sabouraud dextrose (SDA) agar with and without 0.05 g/mL and 0.4 g/mL chloramphenicol and cycloheximide, respectively. Later, the agars were incubated at 25oC and 37oC. The total percentage of eye infection was (6.75%), constituting (49.2%) mycotic infections. The predominant clinical manifestations that appeared on the infected buffaloes were eye inflammation represented by congestion, lacrimation, the opacity of cornea and edema, and reduced productivity of the infected animals. Different fungal isolates were identified from the samples including Aspergillus fumigates, Aspergillus flavus, Aspergillus niger, Penicillium spp., Alternaria spp., Fusarium spp., Candida spp., Cladosporium spp., Rhodotorula spp., Mucor spp. and Rhizopus spp. Calves buffaloes below one-year-old were more prone to mycotic infection than one-year-old or more. Additionally, male buffaloes were more susceptible to infection than females. In conclusion, this study isolated various types of fungus from the inflamed eyes of buffaloes. Fungal eye infection and the potential risk factors for fungal keratitis in buffaloes were also investigated. The study also approved the rapid diagnosis of fungi by direct microscopic detection and culture. The author recommends future studies including large numbers of the buffalo herd in Iraq to determine the epidemiology of this condition in the country.(AU)
Os búfalos são um dos animais de fazenda mais importantes no sul do Iraque e desempenham um papel econômico essencial, atuando principalmente na produção de leite, carne e como animal de tração. Este estudo objetivou diagnosticar infecções oculares micóticas em búfalos na província de Thi-Qar, Iraque. 250 búfalos no rebanho de um total de 3700 animais apresentaram infecção ocular durante o período compreendido entre dezembro de 2017 e novembro de 2018. Os esfregaços oculares foram colhidos dos olhos infectados dos búfalos afetados de ambos os sexos antes do tratamento. Os animais estavam em diferentes faixas etárias. Todas as amostras foram transferidas para o laboratório por meio de transferência e cultivadas em Ágar Sabouraud e Dextrose (SDA) com e sem 0,05 g/mL e 0,4 g/mL de cloranfenicol e cicloheximida, respectivamente. Posteriormente, os ágares foram incubados a 25ºC e 37ºC. A porcentagem total de infecção ocular foi de 6,75%, representando 49,2% de infecção micótica. As manifestações clínicas predominantes nos búfalos infectados foram inflamação ocular com congestão, lacrimejamento, opacidade da córnea e edema. Os animais acometidos também apresentaram redução de produtividade. Diferentes isolados de fungos foram identificados a partir das amostras, incluindo Aspergillus fumigatus, Aspergillus flavus, Aspergillus niger, Penicillium spp., Alternaria spp., Fusarium spp., Candida spp., Cladosporium spp., Rhodotorula spp., Mucour spp. e Rizopus spp. Búfalos com menos de um ano de idade foram mais propensos a infecções micóticas do que com um ano ou mais. Além disso, os búfalos machos foram mais suscetíveis a infecção do que as fêmeas. Em conclusão, este estudo registrou o isolamento de vários tipos de fungos em olhos inflamados de búfalos. Além disso, a infecção ocular por fungos e os fatores de risco potenciais para ceratite fúngica em búfalos também foram observados. O estudo também aprovou o diagnóstico rápido de fungos por detecção microscópica direta e cultura. O autor recomenda outro estudo futuro, incluindo um grande número de rebanhos de búfalos no Iraque para determinar a epidemiologia desta condição no país.(AU)
Assuntos
Animais , Aspergillus flavus , Búfalos/anatomia & histologia , Infecções Oculares FúngicasResumo
Buffaloes are one of the important farm animals in the south of Iraq and play an essential economical role mainly acting as dairy, meat, and draft animals. This study intended to diagnose buffalo mycotic eye infections in Thi-Qar province/Iraq. Some 250 buffaloes in the herd of 3,700 animals suffered from eye infections from December 2017 to November 2018. Eye swabs were collected from each infected eye of the affected buffaloes of both sexes before treatment. The animals were in different age groups. All samples were transferred to the laboratory in transfer media, and cultured on Sabouraud dextrose (SDA) agar with and without 0.05 g/mL and 0.4 g/mL chloramphenicol and cycloheximide, respectively. Later, the agars were incubated at 25oC and 37oC. The total percentage of eye infection was (6.75%), constituting (49.2%) mycotic infections. The predominant clinical manifestations that appeared on the infected buffaloes were eye inflammation represented by congestion, lacrimation, the opacity of cornea and edema, and reduced productivity of the infected animals. Different fungal isolates were identified from the samples including Aspergillus fumigates, Aspergillus flavus, Aspergillus niger, Penicillium spp., Alternaria spp., Fusarium spp., Candida spp., Cladosporium spp., Rhodotorula spp., Mucor spp. and Rhizopus spp. Calves buffaloes below one-year-old were more prone to mycotic infection than one-year-old or more. Additionally, male buffaloes were more susceptible to infection than females. In conclusion, this study isolated various types of fungus from the inflamed eyes of buffaloes. Fungal eye infection and the potential risk factors for fungal keratitis in buffaloes were also investigated. The study also approved the rapid diagnosis of fungi by direct microscopic detection and culture. The author recommends future studies including large numbers of the buffalo herd in Iraq to determine the epidemiology of this condition in the country.(AU)
Os búfalos são um dos animais de fazenda mais importantes no sul do Iraque e desempenham um papel econômico essencial, atuando principalmente na produção de leite, carne e como animal de tração. Este estudo objetivou diagnosticar infecções oculares micóticas em búfalos na província de Thi-Qar, Iraque. 250 búfalos no rebanho de um total de 3700 animais apresentaram infecção ocular durante o período compreendido entre dezembro de 2017 e novembro de 2018. Os esfregaços oculares foram colhidos dos olhos infectados dos búfalos afetados de ambos os sexos antes do tratamento. Os animais estavam em diferentes faixas etárias. Todas as amostras foram transferidas para o laboratório por meio de transferência e cultivadas em Ágar Sabouraud e Dextrose (SDA) com e sem 0,05 g/mL e 0,4 g/mL de cloranfenicol e cicloheximida, respectivamente. Posteriormente, os ágares foram incubados a 25ºC e 37ºC. A porcentagem total de infecção ocular foi de 6,75%, representando 49,2% de infecção micótica. As manifestações clínicas predominantes nos búfalos infectados foram inflamação ocular com congestão, lacrimejamento, opacidade da córnea e edema. Os animais acometidos também apresentaram redução de produtividade. Diferentes isolados de fungos foram identificados a partir das amostras, incluindo Aspergillus fumigatus, Aspergillus flavus, Aspergillus niger, Penicillium spp., Alternaria spp., Fusarium spp., Candida spp., Cladosporium spp., Rhodotorula spp., Mucour spp. e Rizopus spp. Búfalos com menos de um ano de idade foram mais propensos a infecções micóticas do que com um ano ou mais. Além disso, os búfalos machos foram mais suscetíveis a infecção do que as fêmeas. Em conclusão, este estudo registrou o isolamento de vários tipos de fungos em olhos inflamados de búfalos. Além disso, a infecção ocular por fungos e os fatores de risco potenciais para ceratite fúngica em búfalos também foram observados. O estudo também aprovou o diagnóstico rápido de fungos por detecção microscópica direta e cultura. O autor recomenda outro estudo futuro, incluindo um grande número de rebanhos de búfalos no Iraque para determinar a epidemiologia desta condição no país.(AU)
Assuntos
Animais , Aspergillus flavus , Búfalos/anatomia & histologia , Infecções Oculares FúngicasResumo
Com o objetivo de avaliar a produção do milheto (Pennisetum glaucum (L.)) em diferentes densidades de semeadura e manejado em duas alturas de corte, foi realizado um experimento na Fazenda Experimental da Universidade Federal de Goiás, no período de março a julho (safrinha) após a colheita da soja. O delineamento experimental utilizado foi blocos ao acaso em arranjo fatorial (3x2) com três densidades de semeadura (10, 15 e 20 kg.ha-¹) e duas alturas de corte (50 e 70 cm). Os dados foram analisados no programa SAS versão 9.2, considerando-se o efeito de densidade na parcela e altura na subparcela. As médias foram comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. A densidade de semeadura não influenciou (P<0,05) nas produções de massa verde e matéria seca (MS). O corte a 70 cm teve maior produção de MS por corte. Quando avaliada a produção total do período, não houve (P>0,05) influência da densidade de semeadura ou da altura de corte. Por não ter afetado a produção de MS e por permitir maior período de utilização da pastagem com menor gasto com sementes no plantio, recomenda-se a densidade de semeadura de 10 kg.ha-¹ com corte do milheto aos 50 cm de altura.(AU)
To evaluate the production of pearl millet (Pennisetum glaucum (L.)) at different sowing densities and managed under different cutting heights, a field trial was carried out in the experimental farm of Universidade Federal de Goiás, from March to July (off season crop) after the soybean harvest. A completely randomized block experimental design in a factorial arrangement (3x2) with three sowing densities (10, 15, and 20 kg.ha-¹) and two cutting heights (50 and 70 cm) was used. Data were analyzed with SAS® 9.2 (SAS Institute Inc., Cary, NC), considering the density effect in the plot and the height in the subplot. Means were compared by Tukey test. The sowing density did not affect (P<0.05) green mass and dry matter (DM) production. In the comparison between cutting height, the height of 70 cm had higher DM production. However, the total production of the period was not affected (P> 0.05) by sowing density and height management. Total production per hectare was similar between densities and cutting heights. As the cutting height did not affect DM production and allowed a longer period of pasture utilization and lower deployment cost, we recommend a sowing density of 10 kg.ha-¹ and millet cut at 50 cm.(AU)
Assuntos
Pennisetum , Estação Seca , 24444Resumo
Com o objetivo de avaliar a produção do milheto (Pennisetum glaucum (L.)) em diferentes densidades de semeadura e manejado em duas alturas de corte, foi realizado um experimento na Fazenda Experimental da Universidade Federal de Goiás, no período de março a julho (safrinha) após a colheita da soja. O delineamento experimental utilizado foi blocos ao acaso em arranjo fatorial (3x2) com três densidades de semeadura (10, 15 e 20 kg.ha-¹) e duas alturas de corte (50 e 70 cm). Os dados foram analisados no programa SAS versão 9.2, considerando-se o efeito de densidade na parcela e altura na subparcela. As médias foram comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. A densidade de semeadura não influenciou (P0,05) influência da densidade de semeadura ou da altura de corte. Por não ter afetado a produção de MS e por permitir maior período de utilização da pastagem com menor gasto com sementes no plantio, recomenda-se a densidade de semeadura de 10 kg.ha-¹ com corte do milheto aos 50 cm de altura.
To evaluate the production of pearl millet (Pennisetum glaucum (L.)) at different sowing densities and managed under different cutting heights, a field trial was carried out in the experimental farm of Universidade Federal de Goiás, from March to July (off season crop) after the soybean harvest. A completely randomized block experimental design in a factorial arrangement (3x2) with three sowing densities (10, 15, and 20 kg.ha-¹) and two cutting heights (50 and 70 cm) was used. Data were analyzed with SAS® 9.2 (SAS Institute Inc., Cary, NC), considering the density effect in the plot and the height in the subplot. Means were compared by Tukey test. The sowing density did not affect (P 0.05) by sowing density and height management. Total production per hectare was similar between densities and cutting heights. As the cutting height did not affect DM production and allowed a longer period of pasture utilization and lower deployment cost, we recommend a sowing density of 10 kg.ha-¹ and millet cut at 50 cm.
Assuntos
24444 , Estação Seca , PennisetumResumo
Este estudo objetivou avaliar o desempenho diagnóstico (especificidade, Sp; sensibilidade, Se; acurácia, Ac; valor preditivo positivo, VPP; valor preditivo negativo, VPN; e coeficiente de concordância kappa de Cohen, k) de meios de cultura cromogênicos para identificação rápida de microrganismos causadores de mastite clínica (MC) e subclínica (MSC). Para tanto, dois experimentos foram realizados: 1) Avaliação de biplaca de meios de cultura cromogênicos para identificação rápida de microrganismos causadores de mastite; 2) Avaliação de triplaca de meios de cultura cromogênicos para identificação rápida de microrganismos causadores de mastite. Em ambos estudos (1 e 2), a identificação de microrganismos com o uso de meios cromogênicos baseou-se na leitura visual da coloração das colônias microbianas após 18 a 24 h de incubação. Para avaliação da Ac, Se, Sp, VPP, VPN e k dos meios cromogênicos a identificação dos microrganismos por espectrometria de massas (MALDI-TOF) foi considerada a metodologia padrão. No experimento 1, foram avaliadas 514 amostras de leite coletadas de vacas com MC e 667 de MSC, as quais foram inoculadas em dois meios de cultura cromogênicos seletivos para bactérias Gram-positivas e outro para Gram-negativas (CHROMagar, França). No experimento 2 foram avaliadas 500 amostras de leite de vacas com MC e 500 de vacas com MSC, as quais foram inoculadas em três meios de cultura cromogênicos, seletivos para Streptococcus, Staphylococcus e bactérias Gram-negativas (CHROMagar, França). No experimento 1, do total de amostras de MC, houve crescimento de microrganismos em pelo menos um dos meios de cultura, sendo 33,5% (175/514) no meio GP e 27,2% (140/514) no GN. O uso de biplacas com os meios de cultura GP/GN apresentou Ac que variou de 93% (Strep. agalactiae/dysgalactiae; Strep. uberis) a 96% (Prototheca spp./levedura). Com relação às amostras de MSC, houve crescimento de microrganismos em pelo menos um dos meios de cultura, sendo 31,8% (212/667) no meio GP e 4,3% (29/667) no GN. No experimento 2, do total de amostras de MC, houve crescimento de microrganismos em 5% (25/500) no meio seletivo para Streptococcus, 21,4% (107/500) no meio seletivo para Staphylococcus e 23% (115/500) para o meio GN. O uso da triplaca em amostras de MC com os meios cromogênicos apresentou Ac que variou de 94% (Strep. agalactiae/dysgalactiae) a 100% (Pseudomonas spp.; Prototheca spp./levedura). Para as amostras de MSC, houve crescimento de microrganismos em 32,6% (163/500) no meio seletivo para Streptococcus, 45% (225/500) no meio seletivo para Staphylococcus e 34,5% (17/500) para o meio GN. O uso da triplaca com os meios de cultura cromogênicos em amostras de MSC, apresentou Ac que variou de 87% (Staphylococcus não-aureus) a 100% (Escherichia coli; Pseudomonas spp.). O uso da dos métodos de biplaca e da triplaca de meios de cultura cromogênicos apresentaram alta acurácia (Ac >85%) para os diagnósticos dos principais microrganismos causadores de mastite, o que indica que podem ser utilizados em sistemas de cultura na fazenda, com base na visualização de coloração de colônias dos principais patógenos causadores de mastite.
This study aimed to evaluate the diagnostic performance (specificity, Sp; sensitivity; Se; accuracy, Ac; positive predictive value, PPV; negative predictive value, VPN; and Cohen's kappa coefficient of agreement, k) for chromogenic culture media for rapid identification of microorganisms that cause clinical (MC) and subclinical (MSC) mastitis. For this, two experiments were carried out: 1) Evaluation of biplate of chromogenic culture media for rapid identification of mastitis-causing microorganisms; 2) Evaluation of tri-plate of chromogenic culture media for rapid identification of mastitis-causing microorganisms. In both studies (1 and 2), the identification of microorganisms using chromogenic media was based on the visual reading of the color of the microbial colonies after 18 to 24 h of incubation. For evaluation of Ac, Se, Sp, VPP, VPN and k of chromogenic media, the identification of microorganisms by mass spectrometry (MALDI-TOF) was considered the standard methodology. In experiment 1, 514 milk samples collected from cows with MC and 667 from MSC were inoculated in two culture media selective for Gram-positive bacteria and another for Gram-negative (CHROMagar, France). In experiment 2, 500 milk samples from cows with MC and 500 from cows with MSC were inoculated in three chromogenic culture media, selective for Streptococcus, Staphylococcus and Gram-negative bacteria (CHROMagar, France). In experiment 1, of the total of MC samples, there was growth of microorganisms in at least one of the culture medium in 33.5% (175/514) in the GP medium and 27.2% (140/514) in GN. The use of biplates with GP / GN media showed Ac that ranged from 93% (Strep. agalactiae/dysgalactiae; Strep. uberis) to 96% (Prototheca spp./yeast). Regarding the MSC samples, there was growth of microorganisms in at least one of the culture media in 31.8% (212/667) in the GP medium and 4.3% (29/667) in GN. In experiment 2, of the total of MC samples, there was growth of microorganisms in 5% (25/500) in the selective medium for Streptococcus, 21.4% (107/500) in the selective medium for Staphylococcus and 23% (115 / 500) for the GN medium. When used for CM samples tri-plates with chromogenic media showed Ac raging from 94% (Strep. agalactiae/dysgalactiae) to 100% (Pseudomonas spp.; Prototheca spp./ yeast). For the MSC samples, there was growth of microorganisms in 32.6% (163/500) in the selective medium for Streptococcus, 45% (225/500) in the selective medium for Staphylococcus and 34.5% (17/500) for the GN medium. The use of the tri-plate with the chromogenic media in samples of MSC, showed Ab that varied from 87% (Staphylococcus non-aureus) to 100% (Escherichia coli; Pseudomonas spp.). The use of the bi-plate and tri-plate methods of chromogenic culture media showed high accuracy (Ac> 85%) for the diagnosis of the main mastitis causing microorganisms, which indicates that they can be used in farm culture systems, based on the visualization of colony staining of the main pathogens causing mastitis.
Resumo
A eficiência reprodutiva é um parâmetro de extrema importância para a indústria moderna de leite, influenciando diretamente o desempenho econômico global das fazendas leiteiras. Aproximadamente metade da população de vacas leiteiras após o parto apresentam doenças uterinas, causando alterações do útero e ovário podendo levar a infertilidade, aumentando a possibilidade de descarte, gerando grande prejuízo econômico aos produtores leiteiros. Com o intuito de minimizar tais doenças e seus prejuízos, este trabalho teve como objeto avaliar a progressão da microbiota encontrada nas vaginas de vacas leiteiras Holandesas, durante o período de transição e as diferenças na composição bacteriana e carga bacteriana total (CBT) associada a doenças uterinas e fertilidade. Para tal, foram coletados uma swabs vaginais em duplicata de 573 vacas holandesas de uma fazenda leiteira comercial, nos dias -7, 0, 3 e 7 dias relativos ao parto. O presente estudo foi dividido em dois experimentos: No primeiro, foram selecionados swabs vaginais de 111 vacas. A microbiota foi caracterizada pelo sequenciamento do gene bacteriano 16S rRNA e a CBT foi determinada por PCR quantitativa em tempo real. Os fatores de risco relacionados com doença uterina foram Proteobacteria, Fusobacteria e Bacteroidetes. Vacas com retenção de placenta e vacas saudáveis apresentaram CBT similar no dia do parto, mas no D7, pós-parto, as vacas com a placenta retida demonstraram uma CBT significativamente maior, principalmente pela presença de grande quantidade de Fusobacteria e Bacteroidetes. Vacas diagnosticadas com metrite tiveram carga significativamente maior de Proteobactérias no D-7 e no D0 e maiores cargas estimadas de Fusobacteria no D3 e D7. Além disso, a carga de Bacteroidetes no D7 pós-parto foi maior para vacas diagnosticadas com endometrite aos 35 dias pós parto. Vacas que apresentaram febre no pós-parto, primíparas e que pariram gêmeos, também apresentaram maiores cargas de Fusobacteria e Bacteroidetes. Isso sugere que a composição da microbiota e CBT estão associados à conhecidos fatores de risco para doenças uterina e falhas reprodutivas no periparto aumentando o risco de doenças uterinas e falhas reprodutivas incluindo número de partos, distocia e retenção de placenta. No segundo experimento, Swabs vaginais de 573 vacas leiteiras, foram coletadas de cada vaca nos seguintes pontos: 7, 0, 3, e 7 dias referentes ao parto, com o objetivo de monitorar o desenvolvimento da microbiota vaginal em um meio de cultura bacteriana cromogênico (Accumaster®), para identificação do desenvolvimento de patógenos (Streptococcus spp., Staphylococcus spp. e bactérias Gram-negativas (Escherichia coli). Houve diferença no crescimento bacteriano para Sthaphyloccus spp em todos os dias relativos ao parto. E.coli teve aumento na incidência no D0, que se manteve no D3 e dimuniu no D0 (p<0,05). O crescimento da E.coli na vagina das vacas no pós parto, foi fator de risco para( febre, metrite, distocia e gêmeos). Nesse estudo, assim com o em vários anteriores, E.coli foi associada como fator de risco para metrite.
Reproductive efficiency is an extremely important parameter for the modern dairy industry, affecting the overall economic performance of dairy farms. Approximately half of the cows after childbirth present uterine diseases, causing changes in the uterus and ovary, leading to infertility, increasing the possibility of discarding, causing great economic harm to dairy farmers. The objective of this work was to evaluate the microbiota found in Holstein dairy cows during the transition period and the differences in bacterial composition and total bacterial load (CBT) associated with diseases and fertility. The present study was divided into two experiments: first, vaginal swabs from 111 Dutch cows from a commercial dairy farm were collected on days 7, 0, 3 and 7 days of delivery. The microbiota was characterized by the sequencing of the bacterial 16S rRNA gene and the CBT was determined by quantitative real-time PCR. The risk factors related to uterine disease were Proteobacteria, Fusobacteria and Bacteroidetes. Cows with retained placenta and healthy cows presented similar CBT on the day of calving, but in D7, postpartum cows with retained placenta demonstrated a significantly higher CBT, mainly due to the presence of large amounts of Fusobacteria and Bacteroidetes. Cows diagnosed with metritis had significantly higher burden of D-7 and D0 Proteobacteria and higher estimated Fusobacteria loads on D3 and D7. In addition, Bacteroidetes load in postpartum D7 was higher for cows diagnosed with endometritis at 35 days postpartum. Cows that presented postpartum fever, primiparous and who gave birth twins, also presented higher loads of Fusobacteria and Bacteroidetes. This suggests that the composition of the microbiota and CBT are associated with known risk factors for uterine diseases and peripartum reproductive failures, increasing the risk of uterine diseases and reproductive failures including number of deliveries, dystocia and retained placenta. In the second experiment, vaginal swabs from 573 dairy cows were collected from each cow at the following points: -7, 0, 3, and 7 days of delivery, with the objective of monitoring the development of the vaginal microbiota in a chromogenic culture medium (Accumaster®) to identify the development of pathogens (Streptococcus spp., Staphylococcus spp. And Gram-negative bacteria). (E. coli) on the D-7 and D7, and on the other hand, the presence of E. coli in E. coli (p <0.05). The number of animals with bacterial growth for Sthaphyloccus spp and E.coli increased at delivery and postpartum were risk factors for ketosis metritis (p <0.001), twin birth (p <0, 05), placenta retention and childbirth in the maternity ward (p <0.001). Several risk factors related to uterine diseases and diseases were significantly different for cows that presented bacterial growth for E. coli in the postpartum period.
Resumo
A mastite bovina é considerada a doença de maior impacto nos rebanhos leiteiros, exercendo efeito econômico negativo sobre a produtividade e perdas significativas à indústria de laticínios. Tendo em vista os impactos na sanidade animal e os prejuízos econômicos acarretados, o objetivo deste estudo foi caracterizar de forma mais abrangente a comunidade microbiana presente em rebanhos leiteiros com mastite subclínica utilizado o sequenciamento parcial do gene 16S ribossomal RNA (rRNA). Especificamente, foram caracterizadas as comunidades bacterianas presentes em amostras de leite vindas de três fazendas comerciais, sendo que cada fazenda contribuiu com amostras com alta contagem de células somáticas (CCS > 200.000 cel./mL) e com baixa contagem (CCS < 200.000 cel./mL) perfazendo um total de 57 animais. O DNA total foi extraído e amplificado com os oligonucleotídeos iniciadores da região V3 e V4 do gene 16S rRNA. O sequenciamento foi realizado utilizando a tecnologia de sequenciamento de nova geração através do equipamento MiSeq (Illumina - San Diego, EUA). Para efeito de comparação, alíquotas de todas as amostras foram destinadas ao cultivo microbiológico para identificação de bactérias causadoras da mastite. Os fragmentos amplicons de todas as amostras foram submetidos a uma série de análises computacionais utilizando o programa QIIME. Após a avaliação adicional das sequências em nível de espécie, verificou-se que em geral as bactérias diagnosticadas por cultura geralmente não corresponderam com as sequências mais abundantes detectadas pelo sequenciamento. A análise da composição da microbiota de amostras de leite provenientes de animais saudáveis revelou a presença de uma grande diversidade de espécies bacterianas, mesmo que nenhuma bactéria tenha sido detectada por técnica de cultura. A espécie bacteriana mais abundante em todas as amostras foi Staphylococcus chromogenes. Staphylococcus aureus também foi detectada na grande maioria das amostras As diferenças na composição microbiana foram observadas entre as amostras quando a comparação foi feita de forma individual. Estas diferenças foram notórias em composição taxonômica e foram refletidas por intermédio das estimativas de alfa e beta diversidade. Quando a comparação foi realizada por separação de grupos com alta e baixa CCS, essa diferença não foi tão evidente. Com este estudo será possível compreender a diversidade dos microrganismos presentes na glândula mamária de animais saudáveis e com mastite subclínica. Essas informações podem ser úteis podendo contribuir no planejamento de medidas terapêuticas e preventivas mais eficazes da doença.
Bovine mastitis is considered the most impact disease in dairy herds, exerting negative economic effect on productivity and significant losses to the dairy industry. In view of the impact on animal health and carted economic losses, the objective of this study was to characterize more comprehensively the microbial community present in dairy herds with subclinical mastitis using the partial sequencing of 16S ribosomal RNA gene (rRNA). Specifically, the bacterial communities present in samples of milk coming from three commercial farms were identified, and each farm contributed samples with high somatic cell count (SCC> 200,000 cel./mL) and low count (SCC <200,000 cel./ml) for a total of 57 animals. Total DNA was extracted and amplified with primers of the V3 and V4 region of the 16S rRNA gene. Sequencing was performed using the new generation of sequencing technology through MiSeq equipment (Illumina - San Diego, USA). For comparison, aliquots of all samples were intended for microbiological culture for identification of bacteria which cause mastitis. The amplicon fragments of all samples were subjected to a series of computer analyzes using the QIIME program. After further evaluation of the sequences at the species level, it was found that in general the bacteria do not generally diagnosed by culture corresponded to the most abundant sequences identified by sequencing. The analysis of milk samples from microbial composition from healthy animals revealed the presence of a diversity of bacterial species, even though no bacteria have been detected by culture technique. The most abundant bacterial species in all samples was Staphylococcus chromogenes. Staphylococcus aureus was also detected in most samples differences in microbial composition were found between the samples when a comparison was made individually. These differences were noticeable in taxonomic composition and were reflected by means of the estimates of alpha and beta diversity. When comparison was performed by separation of high and low groups with CCS, this difference was not so evident. This study will be possible to understand the diversity of microorganisms present in the mammary gland of healthy animals and with subclinical mastitis. This information can be useful and can contribute in the planning of more effective therapeutic and preventive measures of the disease.
Resumo
A multiplicação bacteriana no leite é muito rápida já que é considerado um meio de cultura natural se a temperatura for ideal. Alguns agentes etiológicos encontrados na mastite são veiculados pelo leite, sendo Streptococcus agalactiae, Streptococcus dysgalactiae, Streptococcus uberis, Escherichia coli e Staphylococcus aureus os mais comuns, representando um risco potencial à saúde do consumidor pela possibilidade de causar zoonoses e toxinfecções alimentares. O objetivo deste trabalho foi verificar a presença de S. aureus e E. coli nas teteiras antes e após os métodos de desinfecção empregados rotineiramente no processo de ordenha. Os experimentos foram conduzidos na Fazenda Tucaninho localizada na cidade de São João Batista do Gloria, MG e no Laboratório de Biologia e Fisiologia de Microrganismos, Universidade José do Rosário Vellano localizada na cidade de Alfenas, MG. Foram coletadas 224 amostras das teteiras da linha de ordenha compostas por 8 conjuntos de 4 teteiras em 7 grupos diferentes. Foram encontradas 56 (25%) amostras positivas para a espécie E. coli e 39 (17,41 %) para o gênero Staphylococcus no total de 224 analisadas. Dentre as 39 amostras identificou-se S. aureus em 38 (97,43%) delas. A maioria das cepas de S. aureus apresentaram sensibilidade à vancomicina (100%), cefalexina (92,10%) e cefoxitina (94,74); apenas 13,16% foram sensíveis à oxacilina e 7,89% à ampicilina. Das 38 amostras 73,68% foram multirresistentes, sendo que o maior número de cepas foi resistente à ampicilina.(AU)
Reproduction of microorganisms in milk is very fast, is considered a natural culture medium at a proper temperature. Some etiological agents found in mastitis are transmitted through milk, such as Streptococcus agalactiae, Streptococcus dysgalactiae, Streptococcus uberis, Escherichia coli and Staphylococcus aureus, which are the most common and a potential health risk for consumers, once they can cause zoonoses and food toxinfections. This paper aimed at verifying the presence of S. aureus and E. coli in teatcups before and after disinfection methods routinely used in milking. A total of 224 samples were collected from the teatcups of a milking tine, and consisted of 8 sets of 4 teatcups in 7 different groups. Of all the samples, 56 (25%) were positive for the species E. coli; and 39 (17.41%) for the genus staphylococcus. Of these 39, S. aureus was identified in 38 (97.43%). Most S. aureus strains were sensitive to vancomicin (100%), cefalexin (92.10%) and cefoxitin (94.74%). Of the 38 samples, 73.68% were multiresistant.(AU)
Assuntos
Animais , Bovinos , Leite/microbiologia , Mastite Bovina/complicações , Contaminação de Alimentos/análise , Microbiologia de Alimentos , Amostras de Alimentos , Staphylococcus aureus/isolamento & purificação , Escherichia coli/isolamento & purificaçãoResumo
Samples of bulk tank milk from 33 herds were collected at the dairy processing plant and cultured, as a means of detecting specific (contagious) bovine mastitis pathogens. Somatic cell counts (SCC) were made on a Fossomatic 90. Two and three weekly consecutive samples were obtained from 13 and 12 herds, respectively. Only one sample was examined from eight herds. Three daily consecutive samples of bulk milk and individual quarter samples from all lactating cows from four herds (A, B, C and D) were also examined. Milk from individual quarters were cultured on blood agar, while tank milk samples were cultured on TKT, Mannitol Salt, MacConkey agars and Sabouraud containing chloramphenicol. Staphylococcus aureus was recovered from 26 of the 33 herds sampled in the dairy processing plant. Nine of these samples also contained Streptococcus agalactiae. Nine herds had SCC above 500,000 ml-1. The remaining 23 herds had SCC levels below 400,000 ml-1. S. aureus and S. agalactiae were isolated from five of the nine herds with high SCC, S. agalactiae from one and S. aureus from three. Six herds had SSC below 200,000 ml-1. S. aureus and S. agalactiae were isolated from one, S. aureus from three, while the other two were negative for both pathogens. The results of herds A, B, C and D sampled at the farms showed that S. aureus was isolated from 1.8%, 19.2%, 17.0% and 8.4% of the animals and 0.9%, 5.9%, 5.4% and 2.2% of the mammary quarters, respectively. S. agalactiae was isolated from herds A, C and D. Within these herds the percentages of isolation were, respectively, 1.8%, 10.6% and 8.4% for the cows and 0.46%, 3.8% and 3.7% for the mammary quarters. S. aureus was recovered from all three bulk tank cultures from herds A, B and D. Only the third sample from herd C was positive for S. aureus. S. agalactiae was recovered from all samples collected from herd D, two samples from herd C and one sample from herd A. Coliforms were isolated from all tank samples from herds A, B, C and D and from all but one sample collected in the processing plant. Yeasts were recovered from 16 herds sampled at the processing plant and from all tank samples from herds A, B, C, and D. Neither coliforms or yeasts were isolated from the individual animals of herds A, B, C and D. These findings indicate that the milk was contaminated during or after milking, probably due to deficient hygiene and cleaning procedures. The analysis of the bulk tank milk cultures showed that the test was sensitive enough to detect contagious mastitis pathogens. The sensitivity of the test increased when more than two consecutive samples were examined.
Amostras de leite total (leite do tanque) de 33 rebanhos foram coletadas na plataforma de recepção da indústria laticinista e cultivadas para detectar patógenos específicos (contagiosos) da mastite. Foi feita a contagem de células somáticas (CCS) das amostras utilizando o equipamento Fossomatic 90. Em 13 e 12 rebanhos avaliaram-se duas e três amostras semanais consecutivas, respectivamente, e em oito avaliou-se apenas uma. Foram também examinadas três amostras diárias consecutivas do leite do tanque e amostras dos quartos mamários individuais, coletadas na própria fazenda, de todas as vacas em lactação de quatro rebanhos (A, B, C e D). As amostras de leite dos quartos mamários individuais foram cultivadas em ágar sangue e as amostras do tanque, em placas de TKT, Sal Manitol, MacConkey e Sabouraud contendo cloranfenicol. Dos 33 rebanhos cujas amostras foram obtidas na plataforma de recepção da indústria, isolou-se Staphylococcus aureus de 26, nove desses em associação com Streptococcus agalactiae e em três rebanhos isolou-se somente S. agalactiae. Nove rebanhos tiveram CCS acima de 500.000 ml-1 e 21, abaixo de 400.000 ml-1. Em cinco dos nove rebanhos com CCS acima de 500.000 ml-1 foram isolados S. aureus e S. agalactiae, em três, apenas S. aureus e em um, apenas S. agalactiae. Seis rebanhos apresentaram CCS abaixo de 200.000 ml-1; de um deles foram isolados S. aureus e S. agalactiae, de três, S. aureus e os outros dois foram negativos para estes dois patógenos. Os resultados encontrados nos quatro rebanhos cujas amostras foram coletadas na própria fazenda mostraram que S. aureus foi isolado nas seguintes porcentagens dos animais: 1,8%, 19,2%, 17,0% e 8,4% e dos quartos mamários: 0,9%, 5,9%, 5,4% e 2,2%, respectivamente, para os rebanhos A, B, C e D. S. agalactiae foi isolado dos rebanhos A, C e D. Nestes três rebanhos, as porcentagens de isolamento foram, respectivamente, 1,8%, 10,6% e 8,4% para as vacas e 0,46%, 3,8% e 3,7% para os quartos mamários. S. aureus foi isolado de todas três amostras do tanque dos rebanhos A, B e D. Somente a terceira amostra do rebanho C foi positiva para S. aureus. S agalactiae foi recuperado de todas as amostras do rebanho D, duas do rebanho C e de uma do rebanho A. Todas as amostras do tanque dos rebanhos A, B, C e D apresentaram contaminação com coliformes e somente uma das amostras coletadas na plataforma de recepção da indústria foi negativa para coliformes. Leveduras foram isoladas de 16 amostras coletadas na indústria e de todas amostras do tanque dos rebanhos A, B, C e D. Não foram isolados coliformes ou leveduras dos quartos mamários dos animais destes rebanhos, sugerindo que ocorreu contaminação do leite durante ou após a ordenha, provavelmente devido a deficiências nos processos de limpeza e higienização. A análise dos resultados das culturas do leite do tanque mostrou que o exame foi específico para detectar os patógenos contagiosos da mastite. A sensibilidade do teste aumentou quando se examinaram mais de duas amostras consecutivas.
Resumo
Foram analisados dados dos meses de maio de 2005 a setembro de 2006 de uma fazenda de gado leiteiro mestiço, cruzamentos de 5/8, 3/4, 7/8 e 15/16 Hol/Gir. Associação entre CCS e produção total, produção diária em diferentes estágios da lactação, pico de produção, grupamento genético, ordem de parto, entre outras variáveis foram investigadas durante 15 meses. Análise de variância para essas variáveis foi feita pelo PROC MIXED do programa estatístico SAS (SAS, 2002), considerando a vaca como efeito aleatório. Para CCS foram feitas1763 observações, sendo que a média da CCS foi de 398 e 672 mil para primíparas (n= 709) e multíparas (n= 1054), respectivamente (p <0,01). Não houve diferença estatística para grau de sangue e época do ano (p >0,05), considerou-se, porém, diferença para ano do parto (p <0,01). Ao longo de toda a lactação, nas vacas sadias (CCS < 200 x 103), a CCS foi menor que 120 mil e nas vacas infectadas (CCS ? 200 x 103) a CCS foi alta e com picos. Nas vacas com mastite subclínica, a perda de produção na lactação total, avaliada pela CCS média da lactação, foi de 814 kg para primíparas (p <0,05) e 104 kg para multíparas (p >0,05). Entretanto, estimativa de perda de produção avaliada por meio de testes mensais de CCS e pesagens de leite em diferentes estágios de lactação, porém balanceada pela prevalência de mastite subclínica do mês, foi de 917,9kg (primíparas; p <0,01) e 1179,9 kg (multíparas; p <0,01). A magnitude da perda de produção diária associada com o aumento da CCS dependeu do estágio da lactação e da ordem de parto, e foi mais expressiva no final da lactação, independentemente da ordem de parto. Concluiu-se que vacas com CCS acima de 200 x 103 produziram menos leite do que vacas sadias e, ao utilizar CCS média da lactação total, houve valores de perdas subestimadas. Portanto, a melhor forma de predizer perdas de leite, devido ao aumento da CCS, é utilizar dados mensais desta balanceada pelo status de infecção do mês. Prevalência de microrganismos, associação desses com CCS e efeito da CCS sobre a produção diária em diferentes estágios da lactação, em um rebanho girolando, foram investigadas durante o mês de julho de 2006. Para o estudo da prevalência foram feitos três cultivos microbiológicos do rebanho, com intervalos de sete a quinze dias. Na mesma semana do primeiro cultivo, foi feita CCS e avaliação do grau de hiperqueratose dos tetos. Teste de Qui-Quadrado para avaliar CCS e de microrganismo, escore de teto e microrganismo, e frequência de cultivos negativos e positivos entre as diferentes fases de lactação foram testados. Coeficientes de regressão (Proc Reg, SAS 2002) foram estimados para avaliar a perda de produção de vacas negativas na cultura com CCS ? 200 x 103 e positivas na cultura com CCS < 200 x 103 e ? 200 x 103 versus vacas negativas na cultura com CCS < 200 x 103. O mesmo procedimento foi usado para grupos de patógenos identificados na cultura em relação às vacas negativas com CCS < 200 x 103. Para essa análise de dados, vacas primíparas e multíparas, foram estudadas em conjunto devido ao número restrito de amostras experimental. O percentual de culturas negativas e positivas foi de 54,8% e 45,2%; respectivamente, sendo que a maior freqüência de culturas positivas ocorreu no final da lactação (p <0,05). A maior prevalência tanto para primíparas quanto para multíparas foi de patógenos ambientais (células leveduriformes e estreptococos ambientais), seguido pelos Staphylococcus coagulase negativos (S