Resumo
The inadequate supply of food during a fishs larval stage, in addition to impairing growth and survival, may lead to the emergence of skeletal anomalies, since essential nutrients are involved in the osteogenic process. The aim of this study was to evaluate the effects of two weaning periods on growth, survival and incidence of skeletal anomalies in pacu larvae (Piaractus mesopotamicus) during its initial development. The larvae (5 dph) were placed in 100L tanks at a density of 12 larvae L-1, during 42 days. The experiment was conducted in a completely randomized design with four feeding treatments: (A) larvae fed only Artemia nauplii; (D) larvae fed only formulated diet; and two treatments with different weaning periods, early at six (W6) and late, at twelve days of feeding (W12). Higher growth indexes and survival rates were observed in A and W12, in comparison to W6 and D. At the end of the experiment, larvae fed Artemia nauplii and subjected to late weaning (W12) presented higher mass gain and survival, in comparison to W6 and D, however the incidence of skeletal anomalies was similar among treatments. It was concluded that the emergence of skeletal anomalies in P. mesopotamicus larvae was not associated to the weaning protocols used in this study and late weaning, at 12 days of feeding, did not impair growth and survival of these larvae.(AU)
A oferta inadequada do alimento durante a fase larval dos peixes, além de prejudicar o crescimento e a sobrevivência, podem causar anomalias esqueléticas, uma vez que nutrientes essenciais estão envolvidos na osteogênese. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de dois períodos de transição alimentar no crescimento, sobrevivência e na incidência de anomalias esqueléticas em larvas de pacu (Piaractus mesopotamicus) durante seu desenvolvimento inicial. Larvas com 5 dias pós-eclosão (dph) foram acondicionadas em tanques (100L), em uma densidade de 12 larvas L-1, durante 42 dias. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado e apresentou quatro tratamentos alimentares: (A) larvas alimentadas apenas com náuplios de artêmia; (D) larvas alimentadas apenas com dieta formulada; e dois tratamentos com diferentes períodos de início da transição entre alimento vivo e formulado, (W6) prematuro, aos seis dias de alimentação, e (W12) tardio, aos 12 dias de alimentação. Ao final do experimento, as larvas dos tratamentos A e W12 apresentaram médias de ganho em massa e sobrevivência maiores que as dos tratamentos W6 e D, no entanto a incidência de anomalias esqueléticas foi similar entre os tratamentos. Foi possível concluir que incidência de anomalias esqueléticas em larvas de P. mesopotamicus não foi associada aos protocolos de transição alimentar adotados nesse estudo e a transição alimentar tardia, aos 12 dias de alimentação, pode ser realizada sem comprometer o crescimento e sobrevivência das larvas.(AU)
Assuntos
Animais , Characidae/anormalidades , Characidae/crescimento & desenvolvimento , Transição Nutricional , Larva/crescimento & desenvolvimento , Anormalidades Musculoesqueléticas/veterináriaResumo
The inadequate supply of food during a fishs larval stage, in addition to impairing growth and survival, may lead to the emergence of skeletal anomalies, since essential nutrients are involved in the osteogenic process. The aim of this study was to evaluate the effects of two weaning periods on growth, survival and incidence of skeletal anomalies in pacu larvae (Piaractus mesopotamicus) during its initial development. The larvae (5 dph) were placed in 100L tanks at a density of 12 larvae L-1, during 42 days. The experiment was conducted in a completely randomized design with four feeding treatments: (A) larvae fed only Artemia nauplii; (D) larvae fed only formulated diet; and two treatments with different weaning periods, early at six (W6) and late, at twelve days of feeding (W12). Higher growth indexes and survival rates were observed in A and W12, in comparison to W6 and D. At the end of the experiment, larvae fed Artemia nauplii and subjected to late weaning (W12) presented higher mass gain and survival, in comparison to W6 and D, however the incidence of skeletal anomalies was similar among treatments. It was concluded that the emergence of skeletal anomalies in P. mesopotamicus larvae was not associated to the weaning protocols used in this study and late weaning, at 12 days of feeding, did not impair growth and survival of these larvae.
A oferta inadequada do alimento durante a fase larval dos peixes, além de prejudicar o crescimento e a sobrevivência, podem causar anomalias esqueléticas, uma vez que nutrientes essenciais estão envolvidos na osteogênese. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de dois períodos de transição alimentar no crescimento, sobrevivência e na incidência de anomalias esqueléticas em larvas de pacu (Piaractus mesopotamicus) durante seu desenvolvimento inicial. Larvas com 5 dias pós-eclosão (dph) foram acondicionadas em tanques (100L), em uma densidade de 12 larvas L-1, durante 42 dias. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado e apresentou quatro tratamentos alimentares: (A) larvas alimentadas apenas com náuplios de artêmia; (D) larvas alimentadas apenas com dieta formulada; e dois tratamentos com diferentes períodos de início da transição entre alimento vivo e formulado, (W6) prematuro, aos seis dias de alimentação, e (W12) tardio, aos 12 dias de alimentação. Ao final do experimento, as larvas dos tratamentos A e W12 apresentaram médias de ganho em massa e sobrevivência maiores que as dos tratamentos W6 e D, no entanto a incidência de anomalias esqueléticas foi similar entre os tratamentos. Foi possível concluir que incidência de anomalias esqueléticas em larvas de P. mesopotamicus não foi associada aos protocolos de transição alimentar adotados nesse estudo e a transição alimentar tardia, aos 12 dias de alimentação, pode ser realizada sem comprometer o crescimento e sobrevivência das larvas.
Assuntos
Animais , Characidae/anormalidades , Characidae/crescimento & desenvolvimento , Transição Nutricional , Anormalidades Musculoesqueléticas/veterinária , Larva/crescimento & desenvolvimentoResumo
Brycon amazonicus is a native Amazonian fish that is important for aquaculture in South America. Larval mortality is high in this species in intensive breeding systems due to aggressiveness among larvae. The present study investigated experimentally the effects of body size heterogeneity on the aggressive behavior and survival of B. amazonicus during the early stages of larval development. Two treatments (larvae groups with homogeneous and heterogeneous body size) were evaluated throughout early larval stages tested at six time points: 12, 24, 36, 48, 60 and 72 hours after hatching (HAH). Two experiments quantified, respectively, aggressive interactions and mortality rates among larvae at each time point. The frequency of aggressive interactions exhibited by the less aggressive larvae in each replicate was higher in the homogeneous size treatment. Aggressiveness was higher at 12 HAH, decreasing thereafter, and increasing again at 72 HAH. The mortality rate significantly increased with the larval stage, and was higher in the homogeneous than in the heterogeneous sized groups. Our results showed that aggressiveness in B. amazonicus larvae is affected by size variability and larval development stage. This knowledge about larval behavior is important to develop measures to improve larval health and survival in intensive production systems for this species.
Brycon amazonicus é um peixe nativo da Amazônia que apresenta importância para a aquicultura na América do Sul. Em sistemas de criação intensiva, a mortalidade é alta nessa espécie devido à agressividade entre as larvas. O objetivo deste estudo foi testar se o tamanho diferencial entre indivíduos afeta o comportamento agressivo e a sobrevivência de B. amazonicus durante os estágios iniciais do desenvolvimento larval. Dois tratamentos (grupos de larvas com tamanho homogêneo e heterogêneo) foram avaliados ao longo do desenvolvimento larval em seis pontos de observação: 12, 24, 36, 48, 60 e 72 horas pós-eclosão (HPE). Em dois experimentos foram quantificadas, respectivamente, as interações agressivas e a mortalidade em cada ponto de observação. A frequência das interações agressivas exibidas pelas larvas menos agressivas foi maior no tratamento de tamanho homogêneo. A agressividade também foi maior às 12 HPE, diminuiu nos períodos intermediários e aumentou novamente às 72 HPE. A taxa de mortalidade aumentou ao longo dos estágios larvais, sendo observada maior mortalidade total nos grupos de tamanho homogêneo. Os resultados deste estudo indicam que a agressividade em B. amazonicus é modulada pela variação do tamanho dos indivíduos e pelo estágio de desenvolvimento das larvas. O conhecimento sobre o comportamento de larvas é importante para desenvolver medidas que melhorem a saúde e a sobrevivência em sistemas de produção intensiva para esta espécie.
Assuntos
Animais , Agressão , Caraciformes/crescimento & desenvolvimento , Larva/crescimento & desenvolvimento , Tamanho CorporalResumo
Brycon amazonicus is a native Amazonian fish that is important for aquaculture in South America. Larval mortality is high in this species in intensive breeding systems due to aggressiveness among larvae. The present study investigated experimentally the effects of body size heterogeneity on the aggressive behavior and survival of B. amazonicus during the early stages of larval development. Two treatments (larvae groups with homogeneous and heterogeneous body size) were evaluated throughout early larval stages tested at six time points: 12, 24, 36, 48, 60 and 72 hours after hatching (HAH). Two experiments quantified, respectively, aggressive interactions and mortality rates among larvae at each time point. The frequency of aggressive interactions exhibited by the less aggressive larvae in each replicate was higher in the homogeneous size treatment. Aggressiveness was higher at 12 HAH, decreasing thereafter, and increasing again at 72 HAH. The mortality rate significantly increased with the larval stage, and was higher in the homogeneous than in the heterogeneous sized groups. Our results showed that aggressiveness in B. amazonicus larvae is affected by size variability and larval development stage. This knowledge about larval behavior is important to develop measures to improve larval health and survival in intensive production systems for this species.(AU)
Brycon amazonicus é um peixe nativo da Amazônia que apresenta importância para a aquicultura na América do Sul. Em sistemas de criação intensiva, a mortalidade é alta nessa espécie devido à agressividade entre as larvas. O objetivo deste estudo foi testar se o tamanho diferencial entre indivíduos afeta o comportamento agressivo e a sobrevivência de B. amazonicus durante os estágios iniciais do desenvolvimento larval. Dois tratamentos (grupos de larvas com tamanho homogêneo e heterogêneo) foram avaliados ao longo do desenvolvimento larval em seis pontos de observação: 12, 24, 36, 48, 60 e 72 horas pós-eclosão (HPE). Em dois experimentos foram quantificadas, respectivamente, as interações agressivas e a mortalidade em cada ponto de observação. A frequência das interações agressivas exibidas pelas larvas menos agressivas foi maior no tratamento de tamanho homogêneo. A agressividade também foi maior às 12 HPE, diminuiu nos períodos intermediários e aumentou novamente às 72 HPE. A taxa de mortalidade aumentou ao longo dos estágios larvais, sendo observada maior mortalidade total nos grupos de tamanho homogêneo. Os resultados deste estudo indicam que a agressividade em B. amazonicus é modulada pela variação do tamanho dos indivíduos e pelo estágio de desenvolvimento das larvas. O conhecimento sobre o comportamento de larvas é importante para desenvolver medidas que melhorem a saúde e a sobrevivência em sistemas de produção intensiva para esta espécie.(AU)
Assuntos
Animais , Caraciformes/crescimento & desenvolvimento , Larva/crescimento & desenvolvimento , Tamanho Corporal , AgressãoResumo
The low-salinity water may improve live food utilization during larviculture, mainly when larvae are fed with salt water organisms. This study aimed to determine the median lethal concentration (LC50) of NaCl in water for larvae of Betta splendens, an important ornamental species, and to evaluate the effect of low-salinity on the larviculture during the first 15 days of exogenous feeding. In the first experiment, 400 larvae were stocked in forty 250 mL aquariums, and exposed to ten saline concentrations. In the second experiment, 360 larvae were distributed in 24 1 L aquariums, in a factorial design 2x3 comprising two increasing prey densities, starting with 50 and 100 Artemia nauplii larva-1, and three concentrations of NaCl (0, 2 and 4 g NaCl L-1). After 24, 48, 72 and 96 h of exposure, the LC50 were 11.7, 10.1, 8.2 and 7.1 g NaCl L-1, respectively. At the end of the experiment 2, larvae reared in salinity of 2 and 4 g NaCl L-1 and fed with the initial prey density of 100 nauplii larvae-1 were bigger and heavier. The use of low-saline water (2 to 4 g NaCl L-1) is a safe protocol for larviculture of Siamese fighting fish as it does not affect the survival and optimizes the use of Artemia nauplii when higher prey densities are used.(AU)
A água levemente salinizada melhora o aproveitamento do alimento vivo durante a larvicultura, principalmente quando as larvas são alimentadas com organismos de água salgada. Este estudo objetivou determinar a concentração letal (CL50) de NaCl na água para larvas de Betta splendens, uma importante espécie ornamental, e avaliar os efeitos de salinidades baixas na larvicultura durante os primeiros 15 dias de alimentação exógena. No primeiro experimento, 400 larvas foram estocadas em 40 aquários (250 mL) e expostas a dez concentrações salinas. No segundo experimento, 360 larvas foram distribuídas em 24 aquários de 1 L (15 larvas aquário-1), em esquema fatorial 2x3 com duas densidades crescentes de presas, começando com 50 e 100 náuplios de Artemia larva-1, e três concentrações salinas (0, 2 e 4 g NaCl L-1). Após 24, 48, 72 e 96 h de exposição, a CL50 foi de 11,7; 10,1; 8,2 e 7,1 g NaCl L-1, respectivamente. No final do experimento 2, as larvas mantidas nas salinidades de 2 e 4 g NaCl L-1 e alimentadas na densidade inicial de 100 náuplios larva-1 apresentaram crescimento superior. O uso da água levemente salinizada (2 a 4 g NaCl L-1) é um protocolo seguro para a larvicultura de B. splendens, não afeta a sobrevivência das larvas e otimiza o uso dos náuplios de Artemia quando densidades elevadas de presas são utilizadas.(AU)
Assuntos
Animais , Larva , Cloreto de Sódio/administração & dosagem , Cloreto de Sódio/análise , Perciformes , Águas Salinas/análiseResumo
The low-salinity water may improve live food utilization during larviculture, mainly when larvae are fed with salt water organisms. This study aimed to determine the median lethal concentration (LC50) of NaCl in water for larvae of Betta splendens, an important ornamental species, and to evaluate the effect of low-salinity on the larviculture during the first 15 days of exogenous feeding. In the first experiment, 400 larvae were stocked in forty 250 mL aquariums, and exposed to ten saline concentrations. In the second experiment, 360 larvae were distributed in 24 1 L aquariums, in a factorial design 2x3 comprising two increasing prey densities, starting with 50 and 100 Artemia nauplii larva-1, and three concentrations of NaCl (0, 2 and 4 g NaCl L-1). After 24, 48, 72 and 96 h of exposure, the LC50 were 11.7, 10.1, 8.2 and 7.1 g NaCl L-1, respectively. At the end of the experiment 2, larvae reared in salinity of 2 and 4 g NaCl L-1 and fed with the initial prey density of 100 nauplii larvae-1 were bigger and heavier. The use of low-saline water (2 to 4 g NaCl L-1) is a safe protocol for larviculture of Siamese fighting fish as it does not affect the survival and optimizes the use of Artemia nauplii when higher prey densities are used.
A água levemente salinizada melhora o aproveitamento do alimento vivo durante a larvicultura, principalmente quando as larvas são alimentadas com organismos de água salgada. Este estudo objetivou determinar a concentração letal (CL50) de NaCl na água para larvas de Betta splendens, uma importante espécie ornamental, e avaliar os efeitos de salinidades baixas na larvicultura durante os primeiros 15 dias de alimentação exógena. No primeiro experimento, 400 larvas foram estocadas em 40 aquários (250 mL) e expostas a dez concentrações salinas. No segundo experimento, 360 larvas foram distribuídas em 24 aquários de 1 L (15 larvas aquário-1), em esquema fatorial 2x3 com duas densidades crescentes de presas, começando com 50 e 100 náuplios de Artemia larva-1, e três concentrações salinas (0, 2 e 4 g NaCl L-1). Após 24, 48, 72 e 96 h de exposição, a CL50 foi de 11,7; 10,1; 8,2 e 7,1 g NaCl L-1, respectivamente. No final do experimento 2, as larvas mantidas nas salinidades de 2 e 4 g NaCl L-1 e alimentadas na densidade inicial de 100 náuplios larva-1 apresentaram crescimento superior. O uso da água levemente salinizada (2 a 4 g NaCl L-1) é um protocolo seguro para a larvicultura de B. splendens, não afeta a sobrevivência das larvas e otimiza o uso dos náuplios de Artemia quando densidades elevadas de presas são utilizadas.
Assuntos
Animais , Cloreto de Sódio/administração & dosagem , Cloreto de Sódio/análise , Larva , Perciformes , Águas Salinas/análiseResumo
The pacu (Piaractus mesopotamicus) is a neotropical freshwater fish. It is one of the most important species farmed in areas of the Parana and Paraguay Rivers basins. The effects of different rearing protocols on growth, survival and incidence of skeletal malformations in pacu larvae were analyzed. A total of six experimental treatments were considered, consisting of: a semi-intensive larviculture (LS) in ponds; intensive larviculture (LIn) in laboratory (both LS and LIn until 60 days of life); and mixed larviculture, with 20 days of semi-intensive larviculture into cages in ponds after 14 (L1), 21 (L2), 33 (L3) or 40 (L4) days of laboratory larviculture. At the end of the experimental period, LSlarvae showed higher growth rate, with average weight values (2.28g) and total length (TL-48.20mm) statistically higher than the rest (P 0.05). L1 to L4 treatments showed intermediate growth values, without differences between them (P>0.05), while LIn presented the lowest growth (P 0.05). Survival was around 75% in all experimental groups, except LS, that presented a significantly lower value (17.5%, P 0.05). Skeletal abnormalities were detected in all experimental treatments, but LIn and L1 presented the lowest incidence. In no case, visible morphological alterations were found. This study shows that prolonging pacu rearing under laboratory conditions at high densities improves temporal availability and survival of juvenile without affecting growth or subsequent osteological development of fish.(AU)
O pacu (Piaractus mesopotamicus) é um peixe neotropical de água doce. É uma das espécies mais importantes cultivadas em áreas de bacias dos rios Paraná e Paraguay. Foi analisado o efeito da duração da larvicultura intensiva no crescimento, sobrevivência e incidência de malformações ósseas em pacu. Os tratamentos consistiram de uma larvicultura semi-intensiva (LS) em viveiros, larvicultura intensiva no laboratório até 60 dias de idade (LIn), ou misto, com 20 dias de larvicultura semi-intensiva após 14 (L1), 21 (L2), 33 (L3) e 40 (L4) dias de larvicultura no laboratório. No final da experiência, as larvas do tratamento LS apresentaram maior crescimento, com valores de peso médios (2,28g) e comprimento total (CT-48,20mm) estatisticamente superior ao resto (P 0,05). Os tratamentos L1 a L4apresentaram valores de crescimento intermediários, sem diferença estatística entre eles (P>0,05), enquanto LIn apresentaram os menores valores de crescimento estimados (P 0,05). A sobrevivência foi estimada em torno de 75% em todos os grupos, com exceção do LS, o qual apresentou um valor mais baixo (17,5%, P 0,05). Em todos os tratamentos experimentais, foram detectadas alterações esqueléticas, mas em nenhum caso foi encontrado alteração morfológica visível. O presente estudo mostra que a retenção prolongada de larvas de pacu em alta densidade melhora a disponibilidade temporal e sobrevivência dos juvenis, sem afetar o crescimento ou desenvolvimento osteológico posterior destes.(AU)
Assuntos
Doenças dos Peixes , Doenças Ósseas/veterinária , PesqueirosResumo
O Acari pão L333 (Hypancistrus sp.) é uma espécie amazônica, endêmica do rio Xingu, com importante potencial para a piscicultura ornamental, pois apresenta cores exuberantes além de um valor econômico atrativo no mercado de organismos aquáticos ornamentais. Entretanto, há poucas informações científicas sobre as condições ideais de criação para a espécie, desde reprodução, larvicultura, alimentação e nutrição. Neste contexto, um dos grandes entraves da produção em cativeiro de organismos aquáticos ornamentais é a falta de conhecimento sobre a exigência e manejo alimentar das espécies produzidas. O presente estudo teve como objetivo avaliar alguns manejos na larvicultura intensiva do Acari pão L333, mais especificamente determinar a quantidade de alimento vivo, a densidade de estocagem o tempo para a transição alimentar do alimento vivo para a dieta formulada. O primeiro estudo foi dividido em dois experimentos onde objetivou-se avaliar quatro concentrações de presas iniciais (T100 -100, T200 - 200, T300 300 e T400 - 400 náuplios/larva/dia), sendo que a cada seis dias de experimento essas quantidades de náuplios de Artemia foram dobradas. O segundo experimento foi realizado para determinar a densidade de estocagem (1, 5, 10, 15 larvas/L) ideal para a espécie. No segundo estudo foi avaliado o melhor período de transição alimentar do alimento vivo (náuplios de Artemia) para a dieta formulada, em que foram testados a substituição após 5, 10 , 15 e 20 dias de fornecimento do alimento vivo. Ainda, foram acrescentados mais dois tratamentos, em que as larvas receberam o alimento vivo e a dieta formulada durante todo o período experimental. Os resultados mostraram que para a larvicultura intensiva da espécie é recomendada a concentração inicial de 400 náuplios de artêmia/larva/dia e a densidade de estocagem de 5 larvas/litro. O melhor período para a transição alimentar foi após cinco dias de fornecimento do alimento vivo; no entanto, os resultados de sobrevivência com o uso exclusivo da dieta formulada emerge como uma grande possibilidade de estudos futuros sobre o tema.
Acari Pão L333 (Hypancistrus sp.) is an Amazonian species, endemic from the Xingu River, with an important potential for ornamental aquaculture, because its colors and the high value in the market of ornamental aquatic organisms. However, there is little scientific information about the ideal breeding conditions for the species, such as reproduction, larviculture, feed management and nutrition. In this context, one of the major gaps to the captive production of ornamental aquatic organisms is the lack of knowledge about the requirements and food management of the species. The present study aimed to evaluate some managements in the intensive larviculture of Acari pão L333, more specifically to determine the amount of live food (Artemia nauplii), the stocking density and the time for the food transition from live food to the formulated diet (weaning). The first study was divided into two experiments, where the objective were to evaluate four initial prey concentrations (T100 -100, T200 - 200, T300 - 300 and T400 - 400 nauplii/ larvae/day), with amount of prey doubling every six days of the experiment. The second experiment was carried out to determine the ideal stocking density (1, 5, 10, 15 larvae/L) for the species. In the second study, the best time for the weaning was evaluated, in which the substitution was tested after 5, 10, 15 and 20 days of live food supplied. In addition, two treatments were added, in which the larvae received the live food and the formulated diet throughout the experimental period. The results showed that for the larviculture of the species the initial prey concentration of 400 artemia nauplii /larvae/day and the stocking density of 5 larvae/L are recommended. The best period for the weaning was after five days of live food supplied; however, the results of survival with the exclusive use of the formulated diet emerges as a great possibility for future studies on the topic.
Resumo
A tolerância de peixes de água doce à salinidade e os níveis adequados de náuplios de Artemia na alimentação durante a larvicultura são de extrema importância para a padronização dos manejos em ambientes de criação intensiva. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi estimar a salinidade letal (SL50) para larvas de jundiá Rhamdia quelen e determinar o efeito da salinidade e da concentração de presas vivas na larvicultura intensiva. No primeiro ensaio, larvas ao final do período lecitotrófico (1,1±0,8mg) foram submetidas às salinidades de 0, 2, 4, 6, 8, 10, 15 e 20g de sal/L por um período de 96h. No segundo experimento, as larvas de jundiá, no início da alimentação exógena (1,2±0,3mg), foram submetidas a três salinidades (água doce 0, 2 e 4g de sal/L) e três concentrações de presas vivas (início: 300, 500, 700 náuplios de Artemia/larvas/dia, sendo esse montante aumentado a cada cinco dias). O experimento foi realizado em delineamento inteiramente ao acaso, em esquema fatorial 3x3, por um período de 15 dias. No experimento 1, as larvas de jundiá submetidas às salinidades de 10, 15 e 20g de sal/L morreram após 12, duas e uma hora de exposição, respectivamente. As SL50 de 72 e 96h foram estimadas em 9,93 e 4,95g de sal/L, respectivamente. No final do teste de toxicidade, não houve diferença na sobrevivência entre as salinidades de 0, 2 e 4g de sal/L. No experimento 2, não foi observado efeito da interação entre salinidade e concentração de presas para o peso e o comprimento. Quanto maior a quantidade de presas, maior o crescimento das larvas. A sobrevivência apresentou interação entre os fatores. O aumento da salinidade proporcionou uma diminuição da sobrevivência, independentemente da concentração de presas. Dessa forma, conclui-se que a SL50 diminuiu com o aumento do tempo de exposição à água salinizada e que a larvicultura da espécie pode ser realizada em salinidades de até 2g de sal/L, com concentração de presas vivas diária inicial de 700 náuplios de Artemia/larva.(AU)
The tolerance of freshwater fish to salinity and the adequate levels of Artemia nauplii in the feeding regime during larviculture are of extreme importance to the standardization of management practices in intensive production environments. Therefore, the aim of this study was to estimate the lethal salinity (LS50) of the silver catfish Rhamdia quelen larvae and determine the effect of salinity and the concentrations of live prey in intensive larviculture of this species. In the first trial, larvae at the end of the lecithotrophic period (1.1±0.8mg) were subjected to salinities of 0, 2, 4, 6, 8, 10, 15 and 20g of salt/L for a period of 96h. In the second experiment, the catfish larvae starting the exogenous feed (1.2±0.3mg) were subjected to three salinities (freshwater 0, 2 and 4g of salt/L) and three concentrations of live prey (starting at: 300, 500, 700 Artemia nauplii/larvae/day, this amount being increased every five days). The experiment was conducted in a completely randomized design in a 3x3 factorial scheme, for a period of 15 days. In experiment 1, the catfish larvae subjected to the salinities of 10, 15 and 20g of salt/L died after 12, 2 and 1h of exposure, respectively. The LS50 at 72 and 96 h were estimated at 9.93 and 4.95g of salt/L, respectively. At the end of the toxicity test, there was no difference in the survival among the salinities of 0, 2 and 4g of salt/L. In experiment 2 no significant interaction was observed between salinity and the concentration of prey for weight and length. The increased quantity of prey increased the growth of the larvae. The rise in the salinity correlated to a decrease in survival, regardless of the prey concentration. Thus, it is concluded that the LS50 decreased with the increase in time of exposure to saltwater, and that the larviculture of this specie can be conducted in salinities of up to 2g salt/L, with a daily prey concentration starting at 700 Artemia/larvae.(AU)
Assuntos
Animais , Peixes-Gato/embriologia , Cloreto de Sódio/toxicidade , Águas Salinas/toxicidade , Larva , PesqueirosResumo
A tolerância de peixes de água doce à salinidade e os níveis adequados de náuplios de Artemia na alimentação durante a larvicultura são de extrema importância para a padronização dos manejos em ambientes de criação intensiva. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi estimar a salinidade letal (SL50) para larvas de jundiá Rhamdia quelen e determinar o efeito da salinidade e da concentração de presas vivas na larvicultura intensiva. No primeiro ensaio, larvas ao final do período lecitotrófico (1,1±0,8mg) foram submetidas às salinidades de 0, 2, 4, 6, 8, 10, 15 e 20g de sal/L por um período de 96h. No segundo experimento, as larvas de jundiá, no início da alimentação exógena (1,2±0,3mg), foram submetidas a três salinidades (água doce 0, 2 e 4g de sal/L) e três concentrações de presas vivas (início: 300, 500, 700 náuplios de Artemia/larvas/dia, sendo esse montante aumentado a cada cinco dias). O experimento foi realizado em delineamento inteiramente ao acaso, em esquema fatorial 3x3, por um período de 15 dias. No experimento 1, as larvas de jundiá submetidas às salinidades de 10, 15 e 20g de sal/L morreram após 12, duas e uma hora de exposição, respectivamente. As SL50 de 72 e 96h foram estimadas em 9,93 e 4,95g de sal/L, respectivamente. No final do teste de toxicidade, não houve diferença na sobrevivência entre as salinidades de 0, 2 e 4g de sal/L. No experimento 2, não foi observado efeito da interação entre salinidade e concentração de presas para o peso e o comprimento. Quanto maior a quantidade de presas, maior o crescimento das larvas. A sobrevivência apresentou interação entre os fatores. O aumento da salinidade proporcionou uma diminuição da sobrevivência, independentemente da concentração de presas. Dessa forma, conclui-se que a SL50 diminuiu com o aumento do tempo de exposição à água salinizada e que a larvicultura da espécie pode ser realizada em salinidades de até 2g de sal/L, com concentração de presas vivas diária inicial de 700 náuplios de Artemia/larva.(AU)
The tolerance of freshwater fish to salinity and the adequate levels of Artemia nauplii in the feeding regime during larviculture are of extreme importance to the standardization of management practices in intensive production environments. Therefore, the aim of this study was to estimate the lethal salinity (LS50) of the silver catfish Rhamdia quelen larvae and determine the effect of salinity and the concentrations of live prey in intensive larviculture of this species. In the first trial, larvae at the end of the lecithotrophic period (1.1±0.8mg) were subjected to salinities of 0, 2, 4, 6, 8, 10, 15 and 20g of salt/L for a period of 96h. In the second experiment, the catfish larvae starting the exogenous feed (1.2±0.3mg) were subjected to three salinities (freshwater 0, 2 and 4g of salt/L) and three concentrations of live prey (starting at: 300, 500, 700 Artemia nauplii/larvae/day, this amount being increased every five days). The experiment was conducted in a completely randomized design in a 3x3 factorial scheme, for a period of 15 days. In experiment 1, the catfish larvae subjected to the salinities of 10, 15 and 20g of salt/L died after 12, 2 and 1h of exposure, respectively. The LS50 at 72 and 96 h were estimated at 9.93 and 4.95g of salt/L, respectively. At the end of the toxicity test, there was no difference in the survival among the salinities of 0, 2 and 4g of salt/L. In experiment 2 no significant interaction was observed between salinity and the concentration of prey for weight and length. The increased quantity of prey increased the growth of the larvae. The rise in the salinity correlated to a decrease in survival, regardless of the prey concentration. Thus, it is concluded that the LS50 decreased with the increase in time of exposure to saltwater, and that the larviculture of this specie can be conducted in salinities of up to 2g salt/L, with a daily prey concentration starting at 700 Artemia/larvae.(AU)
Assuntos
Animais , Águas Salinas/efeitos adversos , Águas Salinas/análise , Peixes-Gato , Pesqueiros/análise , Peixes , Artemia , ToxicidadeResumo
O pirarucu é considerado a maior espécie carnívora da Amazônia e pode atingir até 200 Kg no ambiente natural. Seu alto valor no mercado deve-se ao bom desempenho zootécnico, sabor peculiar da sua carne e possibilidades para o aproveitamento de seus subprodutos. Um dos maiores desafios da cadeia produtiva do pirarucu é a oferta de formas jovens, pois há um índice elevado de mortalidade durante a fase larval. Geralmente, as larvas ficam nos viveiros junto com os reprodutores, e estão susceptíveis à presença de parasitos, predadores e falta de alimento vivo. Como alternativa, a larvicultura intensiva permite o controle do ambiente criando condições adequadas para o desenvolvimento dos peixes. A tecnologia do BFT se enquadra nesta possibilidade, pois proporciona melhor controle da qualidade de água e patógenos, além do biofloco ser uma fonte adicional de alimento. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho zootécnico das larvas de pirarucu no BFT. O desenho experimental foi inteiramente casualizado com dois tratamentos, um sistema com água clara (AC), como controle e, um sistema com a tecnologia bioflocos, composto por cinco repetições (tanques de PVC). Foram selecionadas 250 larvas de pirarucu (0,778 ± 0,02 g e 4,84 ± 0,11 cm) e distribuídas em tanques de PVC (20 L; 25 peixes por tanque). Inicialmente e ao final do experimento, cinco peixes de cada tratamento foram eutanasiados para análises microbiológicas do trato gastrointestinal, assim como amostras de água dos sistemas. Ao final do experimento, a água do BFT foi filtrada para determinação da composição centesimal do floco. Não houve diferença significativa entre as variáveis de desempenho em ambos os tratamentos; atribui-se tal resultado à inadequada ingestão do alimento devido à forte aeração necessária para a flutuabilidade do floco, pois ocasionou estresse e possivelmente alterou a imunidade das larvas, tornando-as susceptíveis a bactérias patogênicas; além dos níveis elevados de compostos nitrogenados, devido à elevada excreção das larvas, tornando-se tóxicos para os peixes. O BFT apresentou a maior diversidade de bactérias dos gêneros Aeromonas, Bacillus, Citrobacter, Enterobacter, Hafnia, Klebsiella, Morganella, Proteus, Pseudomonas, Salmonella, Serratia, Staphylococcus e Yersinia. Os flocos microbianos apresentaram 41% de Proteína Bruta. Apesar do BFT ser vantajoso ecologicamente por reduzir o uso de águas e reciclar efluentes, ainda são necessários ajustes, como manter o biofloco em níveis baixos, para que seja viável sua utilização para a larvicultura.
Arapaima is considered the largest carnivorous species of Amazon and can reach up to 200 kg in the natural environment. Its high market value is due to its fast growth, the peculiar taste of its flesh and the possibilities of use of its byproducts. One of the main challenges of the Arapaima farming is to offer its early stages because there is a high rate of mortality during the larval phase. In this phase, the larvae are usually in the ponds together with the breeding fish, when they are susceptible to parasites, predators and lack of live food. As an alternative, the intensive larviculture allows the control of the environment, creating appropriate conditions for the larvae development. The biofloc technology (BFT) fits this possibility because it provides a better control of the quality of water and pathogens, and the biofloc could be an additional source of food. The objective of this work is to evaluate the performance of the Arapaima larvae reared in BFT. The experimental design was completely randomized with two treatments, a system with clear water (AC) as control and a system of biofloc (BFT), composed of five replication tanks. Arapaima larvae were (0.778 ± 0.02 g and 4.84 ± 0.11 cm) were housed in PVC tanks(20 L; 25 fish per tank). Initially and at the end of the experiment, water were collected and five fish from each treatment were euthanized for microbiological analyzes of the gastrointestinal tract. At the end of the experiment, the water of the BFT was filtered for determination of the proximate composition of the biofloc. There was no significant difference between the performance variables in both treatments; such result was attributed to the inadequate ingestion of food due to the high need of airing for the biofloc floating, causing stress and possibly altering the immunity of the larvae, making them susceptible to pathogenic bacteria; in addition to the elevated levels of nitrogenous compounds, due to the high excretion of the larvae, becoming toxic to the fish. The BFT presented the greatest diversity of bacteria, being identified the genus Aeromonas, Bacillus, Citrobacter, Enterobacter, Hafnia, Klebsiella, Morganella, Proteus, Pseudomonas, Salmonella, Serratia, Staphylococcus and Yersinia. The biofloc presented 41% of crude protein. Although BFT is an ecologically system for reducing water use and recycling effluents, adjustments are still needed, such as keeping the biofloc at low levels, so that its use is feasible for Arapaima larvicultura.
Resumo
O objetivo desta tese foi caracterizar o trato digestivo do cavalo-marinho Hippocampus reidi alimentados com diferentes tipos de alimentos, através da morfologia e do perfil das enzimas digestivas ao longo da ontogenia da espécie e avaliar o uso do complexo enzimático na dieta das larvas e juvenis do cavalo-marinho Hippocampus reidi. Foram realizados três experimentos, no primeiro foram avaliadas as atividades enzimáticas endógenas durante a ontogenia do H. reidi, após 30 dias de alimentação exclusiva com copépodes Acartia sp. No segundo experimento foi utilizado as análises de desempenho zootécnico e histologia do trato digestório das larvas e juvenis de cavalo- marinho, alimentados exclusivamente com Artemia sp. suplementada com complexo enzimático pancreatina suína do nascimento até 30 dias de vida. No terceiro, avaliou-se o efeito do coquetel enzimático (pancreatina suína - PS) adicionado à Artemia, na atividade das enzimas digestivas da Artemia, e no perfil das enzimas digestivas endógenas de larvas e juvenis do H. reidi alimentados por 30 dias exclusivamente com este microcrustáceo. As atividades enzimáticas observadas no sistema digestório das larvas e juvenis do cavalo-marinho Hippocampus reidi alimentados com copépode selvagem desde o nascimento até o 30º dia após o nascimento, mostra que este cavalo-marinho já possui enzimas digestivas (amilase, quimotripsina e tripsina) ao nascer, e que entre o 5° e o 10° de vida, esta espécie necessita do aporte enzimático exógeno oriundo dos alimentos até que o seu sistema digestório esteja mais desenvolvido. De forma geral, o uso da Artemia suplementada com maior concentração testada (75 mg L¹) de pancreatina suína aumentou a atividade de enzimas digestivas endógenas, a taxa de sobrevivência e o crescimento das larvas e juvenis de H. reidi. Este aumento da atividade enzimática foi acompanhado pelo aumento das vilosidades intestinais, permitindo assim uma maior absorção dos nutrientes. Apesar do uso de copépodes selvagens terem apresentado taxa de sobrevivência e peso superiores nas larvas e juvenis de H. reidi quando comparado ao uso da Artemia suplementada com 75 mg L-1 de pancreatina suína, deve-se levar em consideração que sua utilização apresenta mais limitações devido ao alto custo, dificuldades para a produção intensiva e contaminação (patógenos). Além disso, a abundância, a diversidade e a qualidade do zooplâncton podem ser influenciadas pela sazonalidade e intempéries climáticas. Este trabalho é pioneiro da bioencapsulação do alimento vivo com enzimas exógenas e o uso da pancreatina suína constitui um importante avanço para o estabelecimento de um protocolo alimentar mais eficiente e prático, através da utilização exclusiva de Artemia, para a larvicultura do Hippocampus reidi. Desta forma, a dependência da utilização de outros tipos de alimento vivo como rotíferos, copépodes ou zooplâncton selvagem não seria necessária, o que também reduziria os custos e mão-de-obra para a produção dos mesmos
The objective of this thesis was to characterize the digestive tract of the seahorse Hippocampus reidi fed with different types of food, through the digestive tract morphology and the digestive enzymes profiles along the ontogeny of the species and evaluate the use of an enzymatic complex in the diet of larvae and juveniles of the seahorse Hippocampus reidi. Three experiments were carried out. In the first, endogenous enzymatic activities were evaluated during H. reidi ontogeny after 30 days feeding exclusively on Acartia sp. In the second experiment, were evaluated the zootechnical performance and histology of the digestive system of larvae and juveniles of seahorses, fed exclusively Artemia supplemented with porcine pancreatin enzyme complex from birth until 30 days. In the third one, the effect of the enzymatic cocktail (porcine pancreatin - PS) added to Artemia was evaluated in the digestive enzymatic activity of Artemia, and in the profile of endogenous digestive enzymes of larvae and juveniles of H. reidi fed for 30 days exclusively with this microcrustacean. The enzymatic activities observed in the digestive system of the larvae and juveniles of the seahorse Hippocampus reidi fed with wild copepod from birth until the 30th day after birth, shows that this seahorse already has digestive enzymes (amylase, chymotrypsin and trypsin) and that between 5 ° and 10 ° of life, this species needs the exogenous enzymatic input from the food until its digestive system is more developed. In general, the use of Artemia supplemented with the higher tested concentration (75 mg L¹) of porcine pancreatin increased the activity of endogenous digestive enzymes, survival rate and growth of H. reidi larvae and juveniles. This increase of the enzymatic activity was accompanied by the increase of the intestinal villi, thus allowing a greater absorption of the nutrients. Although the use of wild-type copepods contributed to a higher survival rate and weight of larvae and juveniles of H. reidi when compared to the use of Artemia supplemented with 75 mg L-1 of porcine pancreatin, it should be taken into account that its use presents limitations, since the abundance, diversity and quality of zooplankton can be seasonally influenced. This work is a pioneer concerning the bioencapsulation of live food with exogenous enzymes and the use of porcine pancreatin is an important development for the establishment of a more efficient and practical feeding protocol, through the exclusive use of Artemia, for Hippocampus reidi larviculture. In this way, the dependence on other types of live food such as rotifers, copepods or wild zooplankton would not be necessary, which could also reduce costs and labor to produce them.
Resumo
Foram avaliados os efeitos de diferentes protocolos alimentares realizados durante o período da larvicultura de tambaqui e as consequências sobre o organismo nas fases posteriores de criação, até o abate, por meio de variáveis de desempenho produtivo e da análise morfológica e morfométrica de fibras musculares. Larvas de tambaqui no início da alimentação exógena (6 dias após a eclosão e 0,4 ± 0,2 mg de massa coporal) foram criadas intensivamente em laboratório e submetidas a cinco tratamentos durante os primeiros 30 dias de alimentação exógena. Os protocolos alimentares consistiram de: (AV) Alimento Vivo alimentação exclusiva com náuplios de artêmia; (TAp) Transição Alimentar precoce transição do alimento vivo para dieta formulada comercial aos 6 dias após a primeira alimentação exógena (DPAE); (TAt) Transição Alimentar tardia transição do alimento vivo para dieta formulada aos 12 DPAE; (JJ) Jejum e (DC) Dieta formulada comercial desde a primeira alimentação exógena. Após o período de criação intensiva seguiu-se a fase de recria e engorda realizada em viveiros externos, na qual os peixes foram avaliados até alcançarem a massa corporal de 1 kg. As larvas que passaram por jejum completo suportaram apenas 7 dias após o início do período experimental com as reservas endógenas e não manifestaram crescimento muscular quando comparadas aos demais tratamentos. A dieta formulada contribuiu minimamente para o desempenho produtivo, afetou o desenvolvimento muscular e resultou em mortalidade completa das larvas aos 17 DPAE. Larvas do tratamento TAp apresentaram desempenho produtivo, sobrevivência e crescimento muscular prejudicados durante a fase de larvicultura, quando comparado aos demais tratamentos. AV foi capaz de promover bons resultados produtivos e de crescimento muscular, comparado ao TAt até o 12 DPAE. Entretanto, quando as larvas passam por TAt aos 12 DPAE, apresentam melhores resultados em crescimento, ganho em massa e celularidade muscular, com efeitos persistentes até alcançarem 1 kg. O estudo demonstrou que estratégias de manejo alimentar durante as fases iniciais de vida resultam em efeitos persisitentes sobre o desenvolvimento e crescimento do tambaqui nas fases posteriores de criação, até a fase de abate. Conclui-se, também, que a transição alimentar tardia do alimento vivo para o alimento formulado, aos 12 DPAE, promove maior aumento da massa muscular, crescimento e ganho em massa das larvas, quando comparado à transição alimentar precoce (6 DPAE) e ao uso exclusivo do alimento vivo, com consequências para o desenvolvimento posterior da espécie. Essas informações têm utilidade para aplicação pelo setor produtivo, pois ressaltam a importância de adoção de práticas otimizadas na fase de larvicultura para assegurar melhor desempenho nas fases subsequentes de criação.
This work evaluates the effects of different dietary protocols during the larviculture of the tambaqui and the consequences on its later stages, at the slaughter phase, through productive performance and morphological and morphometric analysis of muscle fibers. Tambaqui larvae at the beginning of the exogenous feeding (6 days post-hatch, 0.04 ± 0.02 mg) were intensively reared and submitted to 5 different treatments in the first 30 days of exogenous feeding, consisting of: (LF) live food exclusively (artemia nauplii); (EW) early weaning - transition from live food to commercial formulate diet 6 days after first feeding (DAFF); (LW) late weaning - transition from live food to formulate diet at 12 DAFF; (F) fasting and (CD) formulate commercial diet since the first exogenous feeding. After the period of intensive rearing, the fish were re-stocked into outdoor ponds for the grow-out phase and were evaluated until they reached the slaughter weight, about 1 kg. The larvae that underwent full fasting lived only 7 days after the beginning of the trial period with their endogenous reserves and showed no muscle growth when compared to other treatments. The commercial diet contributed insufficiently to productive performance, affected muscle development and resulted in complete mortality of the larvae 17 DAFF. Early weaning larvae presented impaired productive performance, survival and muscle growth during the larviculture stage, when compared to other treatments. LF was able to promote good productive and muscle growth results, compared to the LW until the 12 DAFF. However, when larvae went through late weaning at 12 DAFF, they presented better results of growth, weight gain and muscle cellularity, with persistent effects one year later, when they reached 1 kg. The study showed that food strategies during the early stages result in persistent effects on the development and growth of tambaqui in the later rearing stages, until the slaughter phase. It was also possible to conclude that the late transition of live food to formulate diets, at 12 DAFF, promotes greater muscle mass increase, growth and weight gain of the larvae, if compared both to EW (6 DAFF) and the exclusive use of the live food, with consequences for further development of the species. Such information is useful for application by the productive sector, as it emphasizes the importance of adopting optimized practices during larviculture stage, to ensure better performance in the subsequent rearing stages.
Resumo
A 3x2 factorial trial with three replicates (n=18) was carried out aiming to evaluate Rhamdia quelen fingerling growth and survival rates, stocked in cages, in external ponds until attain 65 days of life. Fish used come from an intensive hatchery system, where were fed in laboratory with three different diets until attain 10 and 15 days old, before being transferred to cages. Once in cages, fishes were fed until satiation with commercial balanced diet containing 28% crude protein. At the end of the experience, there were no significant differences between treatments for any of the estimated parameters (P> 0.05). Similarly, the values of growth and survival obtained were similar between the groups of fish transferred with 10 and 15 days old. The results show that transference of 10 days old catfish larvae to the cages would be the more appropriate management, reducing feeding and operating costs that involves the larviculture under controlled laboratory conditions.
Realizou-se um experimento fatorial 3x2, com três repetições (n=18), a fim de avaliar o crescimento e a sobrevivência de juvenis de jundiá (Rhamdia quelen) recriados em tanques-rede e dispostos em tanques externos até os 65 dias de vida. Os peixes utilizados provêm de um sistema de larvicultura intensiva, em que foram alimentados em laboratório com três rações diferentes até os 10 e 15 dias de vida, antes de serem transferidos para os tanques-rede. Uma vez nos tanques-rede, os peixes foram alimentados até a saciedade com ração balanceada comercial contendo 28% de proteína bruta. Ao final do ensaio, não foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos para nenhum dos parâmetros estimados (P>0,05). Da mesma maneira, os valores de crescimento e sobrevivência obtidos foram similares entre os grupos de peixes transferidos aos 10 e 15 dias de vida. Os resultados demonstram que a passagem das larvas de jundiá para os tanques-rede de recria aos 10 dias de vida seria o manejo mais recomendável, diminuindo os custos da alimentação e operativos que implicam o estágio de larvicultura sob condições controladas de laboratório.
Resumo
A 3x2 factorial trial with three replicates (n=18) was carried out aiming to evaluate Rhamdia quelen fingerling growth and survival rates, stocked in cages, in external ponds until attain 65 days of life. Fish used come from an intensive hatchery system, where were fed in laboratory with three different diets until attain 10 and 15 days old, before being transferred to cages. Once in cages, fishes were fed until satiation with commercial balanced diet containing 28% crude protein. At the end of the experience, there were no significant differences between treatments for any of the estimated parameters (P> 0.05). Similarly, the values of growth and survival obtained were similar between the groups of fish transferred with 10 and 15 days old. The results show that transference of 10 days old catfish larvae to the cages would be the more appropriate management, reducing feeding and operating costs that involves the larviculture under controlled laboratory conditions.
Realizou-se um experimento fatorial 3x2, com três repetições (n=18), a fim de avaliar o crescimento e a sobrevivência de juvenis de jundiá (Rhamdia quelen) recriados em tanques-rede e dispostos em tanques externos até os 65 dias de vida. Os peixes utilizados provêm de um sistema de larvicultura intensiva, em que foram alimentados em laboratório com três rações diferentes até os 10 e 15 dias de vida, antes de serem transferidos para os tanques-rede. Uma vez nos tanques-rede, os peixes foram alimentados até a saciedade com ração balanceada comercial contendo 28% de proteína bruta. Ao final do ensaio, não foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos para nenhum dos parâmetros estimados (P>0,05). Da mesma maneira, os valores de crescimento e sobrevivência obtidos foram similares entre os grupos de peixes transferidos aos 10 e 15 dias de vida. Os resultados demonstram que a passagem das larvas de jundiá para os tanques-rede de recria aos 10 dias de vida seria o manejo mais recomendável, diminuindo os custos da alimentação e operativos que implicam o estágio de larvicultura sob condições controladas de laboratório.
Resumo
A 3x2 factorial trial with three replicates (n=18) was carried out aiming to evaluate Rhamdia quelen fingerling growth and survival rates, stocked in cages, in external ponds until attain 65 days of life. Fish used come from an intensive hatchery system, where were fed in laboratory with three different diets until attain 10 and 15 days old, before being transferred to cages. Once in cages, fishes were fed until satiation with commercial balanced diet containing 28% crude protein. At the end of the experience, there were no significant differences between treatments for any of the estimated parameters (P> 0.05). Similarly, the values of growth and survival obtained were similar between the groups of fish transferred with 10 and 15 days old. The results show that transference of 10 days old catfish larvae to the cages would be the more appropriate management, reducing feeding and operating costs that involves the larviculture under controlled laboratory conditions.
Realizou-se um experimento fatorial 3x2, com três repetições (n=18), a fim de avaliar o crescimento e a sobrevivência de juvenis de jundiá (Rhamdia quelen) recriados em tanques-rede e dispostos em tanques externos até os 65 dias de vida. Os peixes utilizados provêm de um sistema de larvicultura intensiva, em que foram alimentados em laboratório com três rações diferentes até os 10 e 15 dias de vida, antes de serem transferidos para os tanques-rede. Uma vez nos tanques-rede, os peixes foram alimentados até a saciedade com ração balanceada comercial contendo 28% de proteína bruta. Ao final do ensaio, não foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos para nenhum dos parâmetros estimados (P>0,05). Da mesma maneira, os valores de crescimento e sobrevivência obtidos foram similares entre os grupos de peixes transferidos aos 10 e 15 dias de vida. Os resultados demonstram que a passagem das larvas de jundiá para os tanques-rede de recria aos 10 dias de vida seria o manejo mais recomendável, diminuindo os custos da alimentação e operativos que implicam o estágio de larvicultura sob condições controladas de laboratório.
Resumo
Com este trabalho objetivou-se avaliar a substituição de náuplios de Artemia salina por alimentos inertes durante a larvicultura do tambacu. Na primeira fase, com duração de 12 dias, as larvas foram alimentadas com: náuplio de Artemia salina, cyclop-eeze e ovo de Artemia salina. Na segunda fase, com duração de dez dias, foram utilizadas larvas alimentadas com náuplios de Artemia salina provenientes da primeira fase e testados os mesmos três alimentos. A qualidade da água manteve-se em condições adequadas para a larvicultura nas duas fases. As larvas da primeira fase alimentadas com náuplios de Artemia salina obtiveram os melhores resultados em crescimento, sobrevivência e desempenho produtivo. Na segunda fase, o crescimento, a sobrevivência e o desempenho produtivo das larvas alimentadas com náuplios de Artemia salina e ovo de Artemia salina foram semelhantes. Nas duas fases, o custo com alimento foi mais baixo nas larvas alimentadas com náuplios de Artemia salina. Os resultados obtidos mostram que nas duas fases de larvicultura testadas a oferta de náuplios de Artemia salina é a melhor estratégia alimentar por proporcionar boa sobrevivência, crescimento e bom desempenho produtivo, além de menor custo.(AU)
The aim of this work was to evaluate the replacement of Artemia salina nauplii by inert food during larviculture of tambacu. On the first phase with duration of 12 days, the larvae were fed with one of the following foods: Artemia salina nauplii, cyclop-eeze or Artemia salina egg. On the second phase, with 10 days of duration, larvae fed with Artemia salina nauplii were utilized in the first experiment and the same food treatments were tested. Water quality was adequate for larvae rearing in both phases. The larvae from the first phase that fed with Artemia salina nauplii presented better growth, survival rate and yield. On the second phase, the growth, survival and yield of larvae fed with Artemia salina nauplii and eggs were similar. On both phases, the food cost was lower for larvae fed with Artemia salina nauplii. The obtained results shown that on the two rearing phases the use of Artemia salina nauplii is the better feeding strategies, as the survival, growth, yield were greater than in the others treatments, and also showed the lower cost. (AU)
Assuntos
Animais , Artemia , Peixes/crescimento & desenvolvimento , Ração Animal , Ração Animal/análiseResumo
Com este trabalho objetivou-se avaliar a substituição de náuplios de Artemia salina por alimentos inertes durante a larvicultura do tambacu. Na primeira fase, com duração de 12 dias, as larvas foram alimentadas com: náuplio de Artemia salina, cyclop-eeze e ovo de Artemia salina. Na segunda fase, com duração de dez dias, foram utilizadas larvas alimentadas com náuplios de Artemia salina provenientes da primeira fase e testados os mesmos três alimentos. A qualidade da água manteve-se em condições adequadas para a larvicultura nas duas fases. As larvas da primeira fase alimentadas com náuplios de Artemia salina obtiveram os melhores resultados em crescimento, sobrevivência e desempenho produtivo. Na segunda fase, o crescimento, a sobrevivência e o desempenho produtivo das larvas alimentadas com náuplios de Artemia salina e ovo de Artemia salina foram semelhantes. Nas duas fases, o custo com alimento foi mais baixo nas larvas alimentadas com náuplios de Artemia salina. Os resultados obtidos mostram que nas duas fases de larvicultura testadas a oferta de náuplios de Artemia salina é a melhor estratégia alimentar por proporcionar boa sobrevivência, crescimento e bom desempenho produtivo, além de menor custo.
The aim of this work was to evaluate the replacement of Artemia salina nauplii by inert food during larviculture of tambacu. On the first phase with duration of 12 days, the larvae were fed with one of the following foods: Artemia salina nauplii, cyclop-eeze or Artemia salina egg. On the second phase, with 10 days of duration, larvae fed with Artemia salina nauplii were utilized in the first experiment and the same food treatments were tested. Water quality was adequate for larvae rearing in both phases. The larvae from the first phase that fed with Artemia salina nauplii presented better growth, survival rate and yield. On the second phase, the growth, survival and yield of larvae fed with Artemia salina nauplii and eggs were similar. On both phases, the food cost was lower for larvae fed with Artemia salina nauplii. The obtained results shown that on the two rearing phases the use of Artemia salina nauplii is the better feeding strategies, as the survival, growth, yield were greater than in the others treatments, and also showed the lower cost.
Assuntos
Animais , Artemia , Peixes/crescimento & desenvolvimento , Ração Animal , Ração Animal/análiseResumo
Aiming to contribute with the culture of dourado, Salminus brasiliensis, four ages of transference from the hatchery to the external tanks were tested: immediately after opening the mouth; 2, 4 and 6 days after this event. Also, the feeding of the larvae in the external tanks was evaluated. In the indoor culture, the survival was similar among the treatments, with average values of 63.6±15.5%. In the fry rearing phase, the survival and the biomass of the treatments with 4 and 6 days of hatchery were similar. However, they were higher than the others treatments. It was observed the larvae preference for cladocerans consumption concerning the other zooplankton groups. Therefore, it can be concluded that the storage of dourado larvae to external tanks must be done after a minimum period of four days in lead hatchery under controlled conditions
Com o objetivo de contribuir com o cultivo de dourado (Salminus brasiliensis), testaram-se quatro idades de transferência da larvicultura para tanques externos: logo após abertura da boca; 2, 4 e 6 dias depois dessa abertura. Também se avaliou a alimentação das larvas nos tanques externos. Na larvicultura, a sobrevivência foi semelhante nos diferentes tratamentos, com valores médios de 63,6±15,5%. Já na alevinagem, a sobrevivência e a biomassa dos tratamentos com 4 e 6 dias de larvicultura intensiva foram semelhantes, porém, maiores do que a dos demais tratamentos. Observou-se a preferência alimentar das larvas para o consumo de cladóceros em relação aos demais grupos zooplanctônicos, independentemente da idade de estocagem nos tanques externos e do tamanho dos alevinos. Assim, concluiu-se que a estocagem das larvas de dourado em tanques externos deve ser realizada após um período mínimo de quatro dias de larvicultura intensiva em condições controladas
Resumo
This experiment was carried out to evaluate the effects of the stocking density on trairao larvae rearing. Seven days old larvae were submitted to four different stocking densities: 10, 30, 60 and 90 larvae/L. Sixteen vessels with 5 L each supplied with constant aeration were kept in a thermostatic bath. Each treatment had four replications. In order to keep the internal environment dark, all the experimental units were covered with a black plastic and it was uncovered only during the daily management. At the end of the experiment, after 15 days of feeding with Artemia nauplii, no significant differences were found (P > 0.05) on growth among the evaluated densities. The same results were also registered for the survival, mortality and cannibalism rates. Higher stocking density resulted in higher production of trairao larvae rearing, allowing intensive rearing of this species in this phase
O objetivo do experimento foi avaliar o efeito da densidade de estocagem na larvicultura do trairão. Larvas com sete dias de vida foram submetidas a quatro densidades de estocagem: 10, 30, 60 e 90 larvas/L. Foram utilizados 16 recipientes com volume útil de 5 L cada, dotados de aeração constante e dispostos em sistema de banho termostatizado. Cada tratamento teve quatro repetições. As unidades experimentais foram cobertas com lona plástica preta para manter o ambiente interno escuro, sendo descobertas somente para o manejo diário. Ao final do experimento, após 15 dias de alimentação com náuplios de Artemia, não foram encontradas diferenças significativas (P > 0,05) de crescimento dos animais nas diferentes densidades. Esse mesmo resultado também foi observado com relação às taxas de sobrevivência, de mortalidade e de canibalismo. A utilização da maior densidade de estocagem resultou em maior produção de larvas de trairão, possibilitando a criação mais intensiva da espécie nessa fase