Resumo
A região Nordeste do Brasil compreende 1,56 milhões de km2, dos quais o Semiárido ocupa 0,98 milhão, sendo o 0,58 milhão restante ocupado pelo Meio Norte, Zona da Mata e Agreste. Áreas de cerrado são encontradas no Nordeste nos estados do Maranhão, Piauí e Bahia, que juntamente com parte do Tocantins constituem o MaToPiBa. Nessas áreas é praticada uma lavoura intensiva. A forma de integração mais adaptada para a sub-região é a ILP. Em localidades do Meio Norte fora da área do MaToPiBa existem exemplos de integração pecuária/floresta, constituídos por pastagens sobre cajueiros, coqueiros e babaçuais. Resultados de pesquisa comprovam as vantagens desses sistemas integrados em relação aos sistemas de monocultura. Para o Semiárido o foco é o manejo racional da vegetação nativa da caatinga e o desenvolvimento de modelos produtivos. Além das nativas, espécies exóticas fazem parte dos estudos. Quanto aos modelos produtivos o foco tem sido a integração dos elementos nativos ou exóticos adaptados. As pesquisas com ILPF para as Zonas da Mata e Agreste estão em sua maioria baseadas no uso da gliricídia ou da leucena como componente arbóreo em consórcio com lavouras, gramíneas e palma forrageira. Especificamente para a condição das áreas costeiras o consórcio da gliricídia com o coqueiro tem mostrado resultados bastante promissores. Na parte do agreste Sul de Sergipe e Norte da Bahia desponta uma forte atividade lavoureira representada principalmente pelo cultivo do milho. Nessas áreas a ILP é a mais indicada para melhoria da sustentabilidade da cultura na região.
The northeastern Brazilian region comprises 1.56 million km2, of which the semi-arid occupies 0.98 million, with 0.58 million rest occupied by the Meio Norte, Mata and Agreste Zone. Savanna areas are found in the Northeast in the states of Maranhão, Piauí and Bahia, which together with part of the Tocantins comprises the MaToPiBa. By intensive cropping feature practiced in MaToPiBa the more tailored integration form to the sub-region is the CLI. In locations of the Meio Norte outside the MaToPiBa area there are examples of livestock/forest integration consisting of pastures under cashew, coconut and babaçu. Research results show the advantages of these systems integrated in relation to monoculture systems. For the Semi-Arid the focus is the rational management of native vegetation of the caatinga and the development of production models. In addition to the native, exotic species are part of the studies. For the production models the focus has been the integration of native or exotic elements adapted. Research on LFI to the zones of Mata and Agreste are mostly based on the use of gliricidia or leucena as tree component in consortium with crops, grasses and prickly pea. Specifically for the condition of coastal areas gliricidia in consortium with the coconut has shown very promising results. In part of the Southern Agreste of Sergipe and North of Bahia emerges a strong crop activity represented mainly by corn cultivation. In these areas the CLI is the most suitable for improving the sustainability of corn culture in the region.
Assuntos
Animais , Florestas , Pastagens , Zonas Agrícolas , Brasil , Integração de SistemasResumo
A região Nordeste do Brasil compreende 1,56 milhões de km2, dos quais o Semiárido ocupa 0,98 milhão, sendo o 0,58 milhão restante ocupado pelo Meio Norte, Zona da Mata e Agreste. Áreas de cerrado são encontradas no Nordeste nos estados do Maranhão, Piauí e Bahia, que juntamente com parte do Tocantins constituem o MaToPiBa. Nessas áreas é praticada uma lavoura intensiva. A forma de integração mais adaptada para a sub-região é a ILP. Em localidades do Meio Norte fora da área do MaToPiBa existem exemplos de integração pecuária/floresta, constituídos por pastagens sobre cajueiros, coqueiros e babaçuais. Resultados de pesquisa comprovam as vantagens desses sistemas integrados em relação aos sistemas de monocultura. Para o Semiárido o foco é o manejo racional da vegetação nativa da caatinga e o desenvolvimento de modelos produtivos. Além das nativas, espécies exóticas fazem parte dos estudos. Quanto aos modelos produtivos o foco tem sido a integração dos elementos nativos ou exóticos adaptados. As pesquisas com ILPF para as Zonas da Mata e Agreste estão em sua maioria baseadas no uso da gliricídia ou da leucena como componente arbóreo em consórcio com lavouras, gramíneas e palma forrageira. Especificamente para a condição das áreas costeiras o consórcio da gliricídia com o coqueiro tem mostrado resultados bastante promissores. Na parte do agreste Sul de Sergipe e Norte da Bahia desponta uma forte atividade lavoureira representada principalmente pelo cultivo do milho. Nessas áreas a ILP é a mais indicada para melhoria da sustentabilidade da cultura na região.(AU)
The northeastern Brazilian region comprises 1.56 million km2, of which the semi-arid occupies 0.98 million, with 0.58 million rest occupied by the Meio Norte, Mata and Agreste Zone. Savanna areas are found in the Northeast in the states of Maranhão, Piauí and Bahia, which together with part of the Tocantins comprises the MaToPiBa. By intensive cropping feature practiced in MaToPiBa the more tailored integration form to the sub-region is the CLI. In locations of the Meio Norte outside the MaToPiBa area there are examples of livestock/forest integration consisting of pastures under cashew, coconut and babaçu. Research results show the advantages of these systems integrated in relation to monoculture systems. For the Semi-Arid the focus is the rational management of native vegetation of the caatinga and the development of production models. In addition to the native, exotic species are part of the studies. For the production models the focus has been the integration of native or exotic elements adapted. Research on LFI to the zones of Mata and Agreste are mostly based on the use of gliricidia or leucena as tree component in consortium with crops, grasses and prickly pea. Specifically for the condition of coastal areas gliricidia in consortium with the coconut has shown very promising results. In part of the Southern Agreste of Sergipe and North of Bahia emerges a strong crop activity represented mainly by corn cultivation. In these areas the CLI is the most suitable for improving the sustainability of corn culture in the region.(AU)
Assuntos
Animais , Florestas , Pastagens , Zonas Agrícolas , Integração de Sistemas , BrasilResumo
Os estudos dos efeitos alelopáticos em plantas são de grande interesse na implantação e manejo de sistemas agrosilvipastoris (continuar explicando a razão do que você afirmou no início da frase). O presente estudo constou de dois bioensaios realizados em laboratório e um experimento em casa-de-vegetação. O primeiro bioensaio objetivou estudar os efeitos da exposição de sementes de sorgo (Sorghum bicolor L.), milho (Zea mays L.) e feijão guandu (Cajanus cajan L.) a crescentes concentrações (0, 25, 50, 75 e 100%) do extrato aquoso de casca e folha de cumarú (Amburana cearenses A.C. Smith.). O segundo bioensaio estudou os efeitos do extrato aquoso da casca e da folha de jurema-preta (Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir.) na germinação e crescimento de sorgo e feijão guandu. O terceiro experimento objetivou observar a germinação e o crescimento do sorgo em substrato com crescentes concentrações de extrato aquoso de cumarú. A germinação e o crescimento das plântulas no primeiro ensaio de sorgo, milho e feijão guandu foram reduzidas com o aumento das concentrações do extrato da folha ou da casca de cumarú. No segundo, apenas o extrato da casca de jurema-preta reduziu a germinação e o crescimento das plântulas. No terceiro, as crescentes concentrações do extrato do cumarú não conferiram as respostas inversamente proporcionais ao crescimento das concentrações para o sorgo. As duas espécies de ocorrência na caatinga exercem efeito alelopático sobre outras plantas, podendo regular o processo sucessivo no ecossistema caatinga, merecendo maior atenção e estudo
Resumo
Esta dissertação constou de três capítulos. O primeiro foi uma revisão geral sobre a espécie nos temas relacionados ao potencial forrageiro do sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth.) e a resistência de sua madeira a cupins subterrâneos. O segundo versou sobre a produção anual de forragem proveniente da poda dos ramos finos do sabiá e o efeito desta poda sobre o incremento no diâmetro do fuste e da produção forrageira do estrato herbáceo sob e fora da área de projeção da sua copa. O último comparou a resistência da madeira do sabiá com e sem acúleos ao ataque de cupins xilófagos. O sabiá é uma mimosácea arbórea, característica da Caatinga, pioneira xerófila e caducifólia. É uma árvore frondosa com até sete metros de altura, ramos aculeados, podendo ocorrer indivíduos inermes. Suas folhas são bipinadas, e as flores são pequenas e dispostas em espigas cilíndricas. As suas sementes são pequenas, de formato ovóide a orbicular. O sistema radicular é superficial e espesso. O sabiá prefere solos profundos, sendo sensível a solos salino-sódico e a formigas cortadeiras. Na Região Nordeste do Brasil, esta espécie tem como principal finalidade econômica o fornecimento de madeira para cercas, podendo ser utilizada, também, na medicina caseira, paisagismo, obtenção de carvão, produção de álcool e sistemas agrosilvipastoris. Sua forragem pode compor a dieta de manutenção de ruminantes, porém o efeito da poda anual sucessiva dos seus ramos finos ainda não foi estudado quanto à sua produção forrageira e o efeito dessas podas na sua produção madeireira. Para isso, foi avaliada a produção forrageira resultante dos ramos do sabiá com menos de 10 mm de diâmetro, podados anualmente nos meses de março ou junho, nos anos de 2005 e 2006, como também a produção de forragem do estrato herbáceo sob e fora do raio de projeção da sua copa. Os tratamentos consistiram da ausência da poda anual (T1), poda anual em março (T2) ou junho (T3), os quais foram aleatorizados em três blocos de seis parcelas cada um, com as parcelas subdivididas no tempo (2005 e 2006). As árvores podadas em junho (T3) aumentaram em 13,46% a produção de MS de um ano para o outro (de 11,08 para 12,57 kg.árvore-1), enquanto as podadas em março (T2) produziram 76,31% menos forragem (de 15,33 para 3,63 kg.árvore-1), evidenciando estresse significativo da poda anual em março. A média anual de produção de MS de 2,0 ton.ha-1, obtida das médias das podas em março e junho, é comparável com a de outras árvores da Caatinga. A presença das árvores de sabiá no pasto apresenta potencial de utilização em sistemas agrosilvipastoris quando a densidade do sabiá se situa em torno de 187 plantas.ha-1, pois proporciona sombra aos animais e a produção de biomassa do estrato herbáceo é mantida total ou parcialmente sob a copa. Concluiu-se que a poda anual dos ramos finos do sabiá deve ser efetuada em junho e evitada em março, que esta forragem fenada pode compor a dieta de mantença de ruminantes, e que sabiazais de baixa densidade arbórea, assim manejados, apresentam potencial de utilização em sistemas silvipastoris. Em seguida foi avaliada a resistência natural da madeira do sabiá das variedades com e sem acúleos a cupins subterrâneos em condições de laboratório. De cada variedade foram retirados corpos-de-prova de 2,54 x 1,50 x 0,64 cm³ e de 10,0 x 1,50 x 0,64 cm³, respectivamente para os ensaios de alimentação forçada e de preferência alimentar, com a maior dimensão no sentido das fibras, em três posições na direção