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Ciênc. rural (Online); 53(7): e20220004, 2023. tab, graf

Artigo em Inglês | LILACS-Express | ID: biblio-1404279

Resumo

ABSTRACT: Living in rural neighborhoods has always been a characteristic of small and medium-sized Brazilian farmers. However, when observing the agricultural censuses of 2006 and 2017, carried out in Brazil, there is a tendency to separate the place of work and residence of farmers. This articleanalyzed the double residence and the phenomenon of pendular displacement of farmers in the municipalities of Zona da Mata Mineira (ZMM), an important coffee region in Minas in Brazil, and to discuss its possible causes and impacts in the region. The research used data from the 2006 and 2017 Agricultural Censuses of the Brazilian Institute of Geography and Statistics. The data were analyzed using descriptive statistics and multivariate linear regression models in order to better understand the factors that correlate with the percentage of owners living in cities in the municipalities of region. The results showed that, in the case of the ZMM, the growth of urban residence of farmers more expressive than the other regions of the country is mainly due to the predominance of small coffee producers. Furthermore, living in the city does not mean abandoning agricultural establishments, since living in the city does not prevent daily work in the countryside. It was concluded that the urban residence of the farmers constituted a reproductive strategy that made it possible for them to carry out other activities as well as the receipt of retirement and pensions that complement the agricultural income and, consequently, the maintenance of the agricultural establishment.

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RESUMO: Morar em bairros rurais sempre foi uma característica dos pequenos e médios agricultores brasileiros. No entanto, ao se observar os censos agrícolas de 2006 e 2017, realizados no Brasil, nota-se uma tendência de separar o local de trabalho e residência dos agricultores. O objetivo deste artigo é analisar a dupla residência e o fenômeno do deslocamento pendular de agricultores nos municípios da Zona da Mata Mineira (ZMM), importante região cafeeira de Minas no Brasil, e discutir suas possíveis causas e impactos na região. A pesquisa utilizou dados dos Censos Agropecuários de 2006 e 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os dados foram analisados por meio de estatísticas descritivas e modelos de regressão linear multivariada a fim de compreender melhor os fatores que se correlacionam com o percentual de proprietários residentes em cidades dos municípios da região. Os resultados mostraram que, no caso da ZMM, o crescimento da residência urbana dos agricultores mais expressivo do que as demais regiões do país deve-se, principalmente, ao predomínio de pequenos produtores de café. Além disso, morar na cidade não significa abandonar os estabelecimentos agrícolas uma vez que a moradia na cidade não impede o trabalho diário no campo. Concluiu-se que a residência urbana dos agricultores constituiu uma estratégia reprodutiva que possibilitou que estes realizassem outras atividades (principalmente não-agrícola) assim como o recebimento de aposentadorias e pensões que complementam a renda agrícola e, consequentemente, a manutenção do estabelecimento agrícola.

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