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State-of-the-art in the superovulation of ewes

Oliveira, Maria Emilia Franco.
Acta sci. vet. (Impr.); 39(suppl.1): s29-s35, 2011.
Artigo em Português | VETINDEX | ID: biblio-1412298

Resumo

Background: Os programas de múltipla ovulação e transferência de embriões (MOTE) em ovinos têm sido implantados com sucesso em todo mundo. O impacto é evidente nos programas de melhoramento genético, zootécnicos e sanitários, bem como, no resgate e conservação de raças ameaçadas de extinção e no apoio a outras biotécnicas relacionadas. A simplificação da técnica, incremento da eficiência dos resultados, assim como, o aumento no número de técnicos capacitados, pode acelerar ainda mais este desenvolvimento. De suas etapas, os protocolos superovulatórios são os responsáveis por induzir ampla variabilidade das respostas ovulatórias e produção de embriões. Tal efeito é, indubitavelmente, o principal limitante da MOTE nesta espécie. Revisão: Tradicionalmente os protocolos utilizados consideram fundamentalmente a duração do ciclo estral, e não o fenômeno biológico da dinâmica folicular, desconhecendo-se as condições prejudiciais ao desenvolvimento folicular adequado e produção de oócitos/embriões de qualidade. Alguns pontos críticos têm sido apontados como potenciais responsáveis pelos efeitos negativos, destacando-se: (i) o perfil de progesterona induzido pelos dispositivos utilizados no tratamento; (ii) a condição folicular presente ao início do protocolo superestimulatório e; (iii) a deficiência ou inexistência do pico pré-ovulatório de LH após tratamento com gonadotrofinas. As respostas são acompanhadas pela ampla variação nas taxas de ovulação e fecundação dos oócitos, bem como, no número e qualidade dos embriões recuperados. Neste contexto, diversos estudos têm buscado desenvolver novas estratégias para o controle da dinâmica folicular. Acredita-se que há um efeito prejudicial da dominância folicular na resposta superovulatória em pequenos ruminantes. Nos tratamentos tradicionais, 70- 85% das doadoras apresentam grandes folículos dominantes ao início dos tratamentos com FSH. Considerando a imprevisibilidade do dia da emergência de cada onda folicular em ovinos, a verdadeira questão é como sincronizá-la. O emprego da pré-sincronização do estro e superestimulação da primeira onda emergente têm promovido maior eficiência. Outra estratégia, comumente empregada em bovinos, é a indução de uma nova onda folicular pelo emprego de estrógenos associado ao progestágeno, entretanto, sua eficiência em ovinos ainda é incipiente. Paralelamente, a indução do pico de LH ao final do tratamento superestimulatório tem sido investigada quanto aos benefícios em promover incremento da taxa ovulatória e número de embriões viáveis, bem como, melhoria da sincronia entre as ovulações visando aumentar a taxa de fecundação dos oócitos. A regressão luteal precoce é outra problemática que afeta os resultados dos programas de MOTE em pequenos ruminantes. Este fenômeno parece estar associado a elevadas concentrações plasmáticas de estrógenos durante a fase luteal inicial, resultando em decréscimo na resposta superovulatória e diminuição do número e qualidade dos embriões. A administração de progesterona exógena, agentes anti-luteolíticos ou luteotróficos pode prevenir ou reduzir os efeitos deletérios da regressão luteal precoce. Conclusão: A indústria da múltipla ovulação e transferência de embrião tem se tornado um negócio de escala internacional. As inúmeras vantagens relacionadas à biotécnica, a crescente exigência mundial por produção de alimentos seguros e sustentáveis têm demandado o incremento da eficiência reprodutiva e produtiva dos animais. Neste contexto, esta revisão abordará o estado da arte da superovulação em ovinos, bem como, as perspectivas voltadas a melhoria de seus resultados e dos programas de MOTE.
Biblioteca responsável: BR68.1