Hortaliças minimamente processadas: análises de viabilidade para o atendimento nutricional de escolares / Hortaliças most minimum prosecuted: analyses of feasability for the service nutricional of schoolchild

RESUMO

Análises elaboradas nas últimas três décadas envolvendo crianças e adolescentes brasileiros revelam que os mesmos consomem, de forma geral, quantidade inadequada de hortaliças e frutas. Com o objetivo de estimular o consumo dos alimentos de origem vegetal, têm sido buscadas alternativas e, entre essas, a incorporação de maior quantidade e variedade dos referidos alimentos nas refeições dos programas alimentares dirigidos, por exemplo, aos escolares. Uma alternativa que se revela promissora é a utilização dos alimentos minimamente processados, também considerados “conveniência” ou de “fácil preparo”. A presente pesquisa, realizada no município de Piracicaba SP e tendo por base amostra de 210 escolares, matriculados em escolas públicas, visou conhecer a aceitabilidade das hortaliças minimamente processadas. As informações relativas ao consumo alimentar foram obtidas por meio da realização de entrevistas, adotando-se o método de registro de alimentos (Recordatório 24 horas). Para conhecer a opinião do grupo de alunos sobre as hortaliças minimamente processadas, realizou-se teste de análise sensorial, adotando-se a escala hedônica facial de três pontos. Os resultados revelaram que 58,10 por cento dos participantes da pesquisa gostaram muito das hortaliças minimamente processadas, e apenas 10,47 por cento reprovaram os vegetais. Verificou-se que 17,14 por cento das meninas e apenas 3,81 por cento dos meninos, afirmaram “não gostar” das hortaliças minimamente processadas. Ressalta-se que 61 por cento dos escolares que revelaram “gostar muito” dos vegetais minimamente processados, pertencem a famílias com menor renda per capita. Há possibilidades que uma maior oferta e consumo de hortaliças, pelos alunos, seja assegurada com a devida incorporação de alimentos minimamente processados às refeições dos programas alimentares, que vigoram atualmente no Brasil.(AU)

ABSTRACT

Surveys carried out during the last three decades reveal that Brazilian children and adolescents consume inadequately low amounts of fruits and vegetables. Various alternatives have been proposed in order to encourage the consumption of such healthy food items among key groups as school children by means of public lunch programs that include more and wider choices. One alternative that can prove worthwhile is the inclusion of minimally processed produce because of their ease of preparation and serving. This study sought to assess the acceptability of minimally processed vegetables by 210 schoolers attending public institutions in Piracicaba, SP. The data were collected by means of interviews, recording the answers to 24hquestionaires. The individual opinions of the students were determined using a 3- point facial hedonic scale. Minimally processed vegetables received a 58.1 % approval by the sample, with only 10.5% rejecting vegetables as a whole. Additionally, it was ascertained that 17.1 % of the girls and 3.8% of the boys declared "not to like" the minimally processed vegetables. Of those who stated "to like [them] very much", 61.0% came from families with the lower per-capita income in the sample. In conclusion, it seems feasible that efforts aimed at incorporating vegetables in different forms through on-going school feeding programs will be successful at increasing the consumption of vegetables in Brazil. (AU)