Do changes in riparian zones affect periphyton growth and invertebrate colonization on rocky substrates in Atlantic Forest streams? / As alterações nas zonas ripárias afetam o crescimento do perifíton e a colonização de substratos rochosos por invertebrados em riachos de Mata Atlântica?

ABSTRACT

We evaluated the growth of periphyton and colonization of sterilized cobbles by invertebrates in three coastal streams of the Atlantic Forest (Southeast Brazil) that differ in the conservation level of riparian zones. Because of differences in light availability and water temperature, we hypothesized the growth of periphytic algae would be higher in the most altered stream. Consequently, invertebrate assemblages would differ among streams. Cobbles with similar sizes were ashed and incubated for 7, 15, 30, 45 and 60 days in the studied streams. Despite periphyton growth was faster in the most altered stream, contents of chlorophyll-a did not differ among streams. A total of 954 individuals (98% insects) belonging to 36 taxa was found. Invertebrate density was higher and increased throughout the experiment in the preserved stream, while invertebrate biomass was higher on the initial sampling intervals (7 and 15 days). A stream effect on invertebrate assemblages was observed after the 15th day and 17 taxa were found only in the preserved stream. Leptophlebiidae (Ephemeroptera), Hydroptilidae, Helichopsychidae, Leptoceridae (Trichoptera) and Orthocladiinae (Diptera) showed specificities with the assemblages found in the preserved stream and no taxa proved to be an indicator of the assemblages found in the altered streams. These results showed that changes in the riparian zones of Atlantic Forest streams did not affect the content of chlorophyll-a on rocky substrates, but the growth of periphyton influenced the density and structural composition of invertebrate assemblages. Our findings partially support the proposed hypothesis and conform to the notion of the importance of periphyton community for the colonization of exposed substrates by invertebrates and for evaluating the consequences of anthropogenic changes in ecosystem functioning and aquatic communities.(AU)

RESUMO

O crescimento do perifíton e a colonização de seixos esterilizados por invertebrados foram avaliados em três riachos costeiros de Mata Atlântica (Sudeste do Brasil) que diferem no estado de conservação das zonas ripárias. Devido a diferenças na disponibilidade de luz e temperatura da água, foi hipotetizado que o crescimento das algas perifíticas seria maior no riacho mais alterado. Consequentemente, as assembleias de invertebrados iriam diferir entre os riachos. Seixos com tamanhos similares foram incinerados e incubados por 7, 15, 30, 45 e 60 dias nos riachos estudados. Apesar do crescimento do perifíton ter sido mais rápido no riacho mais alterado, os teores de clorofila-a não diferiram entre os riachos. Um total de 954 indivíduos (98% insetos) pertencentes a 36 táxons foi encontrado. A densidade de invertebrados foi maior e aumentou ao longo do experimento no riacho preservado, enquanto a biomassa de invertebrados foi maior nos intervalos iniciais de amostragem (7 e 15 dias). Um efeito dos riachos nas assembleias de invertebrados foi observado após o 15o dia e 17 táxons foram encontrados somente no riacho preservado. Leptophlebiidae (Ephemeroptera), Hydroptilidae, Helichopsychidae, Leptoceridae (Trichoptera) e Orthocladiinae (Diptera) apresentaram especificidades com as assembleias encontradas no riacho preservado e nenhum táxon foi indicador das assembleias encontradas nos riachos alterados. Estes resultados demonstraram que alterações nas zonas ripárias de riachos de Mata Atlântica não afetaram os teores de clorofila-a em substratos rochosos, mas o crescimento do perifíton influenciou a densidade e a composição estrutural das assembleias de invertebrados...(AU)