Doenças tóxicas de bovinos em Mato Grosso do Sul / Toxic diseases of bovines from of Mato Grosso do Sul
Semina ciênc. agrar
; 36(3): 1355-1368, 2015. tab, ilus
Article
em Pt
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Biblioteca responsável:
BR68.1
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RESUMO
Foi realizado um estudo retrospectivo de um período de 13 anos, entre 2000 e 2012, nos arquivos do Laboratório de Anatomia Patológica (LAP), da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FAMEZ), Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Para esse estudo utilizaram-se 2.359 laudos de necropsias de bovinos que tinham conclusão diagnóstica. Em 151 deles (6,40%) as causas de morte foram atribuídas às doenças tóxicas, agrupadas em intoxicações por plantas e outras doenças tóxicas. As intoxicações por plantas foram responsáveis por 88,9% dos surtos diagnosticados. Em ordem decrescente de frequência, as intoxicações pelas seguintes plantas foram descritas Brachiaria spp. (27,88%), Vernonia rubricaulis (25%), Amorimia pubiflora (11,54%), Senna occidentalis e S. obtusifolia (8,65%), Enterolobium contortisiliquum e polpa cítrica (3,85% cada), Stylosanthes spp. (2,88%), Tetrapterys multiglandulosa (1,92%), Manihot spp., Simarouba versicolor, Crotalaria spp., Pterodon emarginatus e Solanum malacoxylon (0,96% cada). Neste grupo também foram agrupadas as nefropatias tóxicas, responsáveis por 9,62% dos surtos. Dentre as outras doenças tóxicas diagnosticadas, são descritas as intoxicações por chumbo (30,77%), ureia (23,08%), cloreto de sódio, abamectina e acidentes ofídicos (15,38% cada). Neste estudo, 5,6% dos diagnósticos conclusivos realizados em bovinos de Mato Grosso do Sul (MS) durante o período estudado foram atribuídos à ingestão de plantas tóxicas, o que evidencia a importância deste diagnóstico e suas perdas econômicas. Os surtos de intoxicação por Brachiaria spp. foram mais frequentes, mas sua importância como planta tóxica é pequena quando comparada à extensão territorial em que está plantada. Entretanto, os casos subnotificados podem modificar a importância da Brachiaria spp. como planta tóxica.
ABSTRACT
A retrospective study has been conducted for a period of 13 years, between 2000 and 2012, on files archived at the Laboratório de Anatomia Patológica (LAP), at the Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FAMEZ) at Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). For this study, 2.359 necropsy reports of cattle with conclusive diagnostic were used. On 151 of them (6.40%) the causes of death were attributed to toxic diseases that were grouped under the tags plant poisonings and other poisoning diseases. Plant poisonings were responsible for 88.9% of the diagnosed outbreaks. In decreasing order of frequency, poisoning from the following plants was described as Brachiaria spp. (27.88%), Vernonia rubricaulis (25%), Amorimia pubiflora (11.54%), Senna occidentalis and S. obtusifolia (8.65%), Enterolobium contortisiliquum and citric pulp (3.85% each), Stylosanthes spp. (2.88%), Tetrapterys multiglandulosa (1.92%), Manihot spp., Simarouba versicolor, Crotalaria spp., Pterodon emarginatus and Solanum malacoxylon (0.96% each). In this group, toxic nephropathy was also included, accounting for 9.62% of the outbreaks. Among other toxic diseases that have been diagnosed, lead poisoning (30.77%), urea (23.08%), sodium chloride, abamectin, and snakebites (15.38% each) are described. In this study, 5.6% of conclusive diagnoses performed on cattle from Mato Grosso do Sul (MS) during the period studied were attributed to ingestion of toxic plants, which highlights the importance of this diagnostic and their economic losses. Outbreaks of Brachiaria spp. were more frequent, but its importance as a toxic plant is small when compared to the extension of the fields on which it is planted. However, the underreported cases can change the importance of Brachiaria spp. as a toxic plant.
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Idioma:
Pt
Revista:
Semina Ci. agr.
/
Semina ciênc. agrar
Ano de publicação:
2015
Tipo de documento:
Article