Glycerin in cattle feed: intake, digestibility, and ruminal and blood parameters / Glicerina na alimentação de bovinos de corte: consumo, digestibilidade, parâmetros ruminais e sanguíneos

ABSTRACT

This study aimed to evaluate the effects of glycerin supplements in the diet of beef cattle by assessing intake, apparent nutrient digestibility, ruminal pH, ruminal ammonia concentrations, and blood parameters. The study was conducted at the São Paulo State University (UNESP, Jaboticabal campus) using five crossbred cattle in an experiment employing a 5 x 5 Latin square design. Cattle diet treatments included zero, 50, 100, 150, and 200 g kg-1 dry matter of glycerin. Feed, leftover feed, and faeces were collected to determine intake and digestibility. Samples of ruminal liquid were collected at 1, 0, 1, 2, 4, 6 and 8 h after feeding to determine pH and ruminal ammonia. Blood was collected four hours after the morning feeding from the coccygeal vein. Replacing maize with glycerin resulted in lower concentrations of ether extract and non-fibre carbohydrates in the diets, leading to a linear decrease in the intake of these nutrients (P 0.05). The digestibility of neutral detergent fibre and non-fibre carbohydrates also decreased linearly with increasing dietary glycerin concentrations (P 0.05). The results for ruminal fermentation parameters showed a linear decrease (P 0.05) in the ruminal concentration of N-NH3 with increasing dietary levels of glycerin; however, ruminal pH was not affected (P 0.05). Serum concentrations of urea, triglycerides, cholesterol, and plasma glucose concentrations were within normal ranges based on the literature. The inclusion of glycerin in the cattle diet altered rumen fermentation, reducing the concentration of N-NH3, the digestibility of neutral detergent fiber and non-fiber carbohydrates.(AU)

RESUMO

Objetivou-se com este trabalho avaliar os efeitos da inclusão de glicerina na dieta de bovinos de corte sobre o consumo, digestibilidade aparente dos nutrientes, pH ruminal, concentrações de amônia ruminal e parâmetros sanguíneos. O trabalho foi conduzido na Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias- FCAV/Unesp, campus de Jaboticabal, utilizando-se cinco bovinos mestiços distribuídos em delineamento experimental quadrado latino 5 x 5. As dietas foram formuladas com a inclusão de 0, 50, 100, 150 e 200 g kg-1 de glicerina na MS. Para determinação do consumo e digestibilidade foram realizadas colheitas de alimentos, sobras e fezes. Para determinação do pH e amônia ruminal foram colhidas amostras de líquido ruminal nos tempos 1, 0, 1, 2, 4, 6 e 8 horas após a alimentação. As colheitas de sangue foram realizadas 4h após a alimentação matutina via veia coccígea. A substituição do milho pela glicerina resultou em menores concentrações de extrato etéreo e carboidratos não fibrosos nas dietas, o que levou a redução linear no consumo desses nutrientes (P 0,05). As digestibilidades da fibra em detergente neutro e de carboidratos não fibrosos apresentaram redução linear com o aumento da concentração de glicerina na dieta (P 0,05). Em relação à fermentação ruminal, houve decréscimo linear (P 0,05) na concentração ruminal de N-NH3 com o aumento da inclusão desse subproduto, mas o pH ruminal não foi influenciado (P>0,05). As concentrações séricas de ureia, triglicerídeos e colesterol ficaram dentro dos níveis considerados normais pela literatura assim como as concentrações plasmáticas de glicose. A inclusão de glicerina na dieta de bovinos alterou a fermentação ruminal, reduzindo a concentração de N-NH3, a digestibilidade da fibra em detergente neutro e dos carboidratos não fibrosos.(AU)