Prevalence of mastitis and characterization of milking management of dairy cows in northwestern Sao Paulo State / Prevalência de mastite e caracterização do manejo de ordenha de bovinos leiteiros da região de Fernandópolis, São Paulo

ABSTRACT

The lack of application of good practices in milking management can lead to the occurrence of one of the main diseases affecting the Brazilian dairy herd - mastitis. This study was developed to examine the prevalence of clinical and subclinical mastitis as well as to evaluate the contribution of milking management to this prevalence, thereby providing bases for a better control of mastitis in dairy herds at Fernandopolis region, Sao Paulo State, Brazil The study involved nine farms with 223 lactating cows. All cows were evaluated by the strip-cup test and the California Mastitis Test (CMT). In addition, the employees' conduct during milking; the physical structure of the farm; animal handling; and dry cow treatment were observed. Results were tabulated and evaluated for the development of a flowchart of good practices. Subclinical mastitis was detected in 30.5% of the farms; 66.7% perform mechanical milking and 89% have a cooling tank, but 77.7% do not sanitize the equipment after milking. Pre-and post-dipping were not performed by 89%; 66.6% do not adopt a milking line; and none of the farms realized mastitis detection tests. In conclusion, subclinical mastitis is present in the evaluated herds. By observing the management adopted on each farm, the main critical points were found to be related to failures in handling and in milking and equipment hygiene. The implementation of a flowchart of good milking practices is extremely important for the producer, since the main method to avert and control infection is prevention.

RESUMO

A falta da aplicação de boas práticas no manejo de ordenha pode resultar na ocorrência de uma das principais doenças que acomete o rebanho leiteiro no Brasil, a mastite. O objetivo deste trabalho foi avaliar a prevalência de mastite clínica e subclínica bem como avaliar a contribuição do manejo da ordenha nessa prevalência para que, dessa forma, se tenham subsídios que proporcionem um melhor controle da mastite em rebanhos leiteiros da região de Fernandópolis, São Paulo. Participaram da pesquisa 9 propriedades rurais, com 223 vacas em lactação. Todas as vacas em lactação foram avaliadas por meio da realização do teste da caneca de fundo escuro e CMT (“California Mastitis Test”). Além disso foi realizada observação da conduta do funcionário durante a ordenha, estrutura física da propriedade, manejo com os animais e tratamento das vacas secas. Os resultados obtidos foram tabulados, avaliados para elaboração de um fluxograma de ações de boas práticas. A prevalência de mastite subclínica detectada foi de 30,5%, sendo que, 66,7% possuíam ordenha mecânica e 89% tanque de expansão, mas 77,7% não efetuavam higiene dos equipamentos após ordenha. O pré e o pós-dipping não eram realizados por 89%, sendo que, 66,6% não faziam linha de ordenha e ninguém realizava testes de detecção de mastite. Conclui-se que a mastite subclínica está presente nos rebanhos avaliados. Pode-se observar o manejo adotado em cada propriedade e elencar os principais pontos críticos sendo eles relacionados principalmente a falhas de manejo e higiene de ordenha e equipamentos. A implantação do fluxograma de boas práticas de ordenha é de extrema importância para o produtor, uma vez que, o principal método para evitar e controlar a infecção é a prevenção.