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Braz. J. Biol.; 63(3)2003.

Artigo em Inglês | VETINDEX | ID: vti-445820

Resumo

Experiments in glucose mineralization were carried out to investigate the effects caused by natural forcing functions on both the decomposition rates and heterotrophy capacity of aquatic ecosystems. In addition, the methodology used could show connections between mineralization rates measured in both laboratory and field work with those measured in aquatic ecosystems. Water samples from Infernão lagoon (21º35'S and 47º51'W) were collected, filtered, enriched with glucose, and incubated under aerobic and anaerobic conditions. The glucose concentration variation, dissolved oxygen (DO) consumption, pH, electric conductivity, and total CO2 amount in the water were determined for sixteen days. In the period with intense oxygen consumption there was also an evident glucose demand and the dissolved oxygen consumption rate was approximately the same as that for glucose mineralization. The process in the aerobic chambers was 2.2 times faster than that in the anaerobic chambers. An initial acidification of the water samples, probably due to microbial carbonic acid liberation, was noted. A rise in pH values was also observed at the end of the process. The electric conductivity was low for both aerobic and anaerobic chambers, indicating a probable ion uptake by microbial organisms due to the presence of carbon sources. The glucose content variations corresponded to both CO2 formation and dissolved oxygen consumption. It was estimated that 19.4% of the initial glucose content turned into CO2 and the remaining 80.6% into humic compounds and microbial biomass. This experiment showed that glucose can be used as a substrate indicating the heterotrophy of a given aquatic ecosystem.

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Experimentos de mineralização de glicose foram efetuados para verificar possíveis efeitos causados por fatores condicionantes (funções de força) sobre os coeficientes de decomposição e a capacidade heterotrófica de ecossistemas aquáticos. Esta metodologia foi proposta para estabelecer conexões entre os coeficientes de mineralização obtidos em laboratório e os obtidos a partir de trabalhos de campo. Para tanto, amostras de água da lagoa do Infernão (21º33'S e 47º51'W) foram coletadas, filtradas, enriquecidas com glicose e incubadas sob condições aeróbias e anaeróbias. As variações das concentrações de glicose, do consumo de oxigênio dissolvido, do pH, da condutividade elétrica e das concentrações de CO2 total foram determinados por 16 dias. Observou-se que no período em que houve o consumo intenso de oxigênio foi também aquele no qual ocorreu elevado consumo de glicose. O coeficiente de consumo de oxigênio foi praticamente o mesmo daquele para a decomposição da glicose e o processo aeróbio foi 2,2 vezes mais rápido que o anaeróbio. No início do processo, ocorreu acidulação dos meios, provavelmente pela liberação de CO2 por intermédio do metabolismo microbiano. Incrementos nos valores de pH foram encontrados nos finais dos processos. Para as duas condições experimentais, os valores de condutividade elétrica foram baixos, sugerindo provável assimilação de íons pelos microrganismos. As variações das concentrações de glicose foram de mesmo nível daquelas do consumo de oxigênio. Na mineralização aeróbia, 19,4% do carbono foi convertido em CO2 e 80,6% foi transformado em compostos húmicos e biomassa microbiana. Este experimento revelou que a glicose pode ser utilizada como substrato indicador para avaliação do potencial de heterotrofia de determinado ecossistema aquático.

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