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Urolitíase no alotransplante renal

José Cologna, Adauto; Carlos Pereira Martins, Antonio; Jorge Suaid, Haylton; Tucci Júnior, Silvio; Borges dos Reis, Rodolfo; Mesquita Paschoal, Ricardo; Luis Alonso Domingos, André; Vieira da Silva-Lima, Lucy.
Acta cir. bras.; 182003.
Artigo em Português | VETINDEX | ID: vti-448577

Resumo

Purpose: Urinary lithiasis is an uncommon complication in recipient of kidney allografts. The prevalence varies from 0.02 to 3.4%. The majority of calculi arises de novo in the recipient, however some of them are transferred with the transplanted kidney. The treatment relies on few reports published previously. The aim of the study is to determine the prevalence of lithiasis as well as the treatment in an university hospital. METHODS: We analyzed 953 recipients of renal transplant undertaken in Hospital das Clínicas - FMRP-USP, from February of 1968 to May of 2003. The mean age of patients bearing lithiasis was 47.2 years (range 35 to 63 years). RESULTS: The prevalence of lithiasis was 10/953 (1.0%). Nine patients received kidneys from cadaver donor and 1 from living donor. The diagnosis occurred during the surgery in 2 (20%), within few days after transplantation in 1 (10%) and in the late postoperative period in 7 (70%). Seven patients had no complains, 2 had associated urinary tract infection and 1 a rise in serum creatinine. Of 8 cases with lithiasis in the postoperative period, the stones were localized in the kidney in 6 and in the ureter in 2. Renal calculi were managed as follows: watchful-waiting - 2, extracorporeal lithotrypsy - 2, percutaneous nepholithotrypsy - 1 and open pyelolithomy - 1. One patient with ureteric lithiasis associated ureteral stenosis underwent a pyelo-vesicostomy. The other patient with ureteric lithiasis was treated by retrograde endoscopic ureterolithothrypsy. CONCLUSION: Urinary lithiasis is rare in transplanted kidneys and can be managed as to the general population.
OBJETIVO: A litíase urinária é uma complicação incomum no alotransplante renal, a incidência varia de 0,02 a 3,4%. A maioria dos cálculos forma-se após o transplante, porém alguns podem ser transferidos junto com o enxerto para o hospedeiro. O tratamento desta complicação está baseado em alguns casos descritos na literatura. O objetivo deste trabalho é o de relatar a incidência da litíase renal no paciente com transplante renal, assim como a conduta adotada no HCFMRPUSP. MÉTODOS: Foram analisados 953 pacientes submetidos a transplante renal no HCFMRPUSP, de fevereiro 1968 a maio de 2003. A idade média foi de 47,2 anos (35 a 63 anos). Em 09 pacientes, o rim foi proveniente de doador cadáver e apenas 01 doador vivo. RESULTADOS:Foram diagnosticados 10 casos de litíase (1,05%). Em 02 pacientes (20%) o cálculo foi diagnosticado no intraoperatório, em 01 (10%) no peri-operatório (5º. dia), os 07 restantes (70%) no pós-operatório tardio. Em 04 pacientes (57%) não havia sintomatologia específica, 02 (29%) apresentaram ITU, em 03 (43%) ocorreu elevação da creatinina sérica. De 8 pacientes com litíase no pós-operatorio, em 06 os cálculos estavam localizados no rim e 02 no ureter. Dos pacientes com cálculos renais, 02 foram observados, 02 submetidos a LECO, 01 a nefrolitripsia percutânea, 01 à pielolitotomia. Em 01 paciente com cálculo ureteral foi realizada pielovesicostomia (cálculo + estenose), no outro paciente foi feita a ureterorrenoscopia retrógrada. CONCLUSÃO: A urolitíase é complicação rara no transplante renal, a conduta terapêutica no pós-operatório tardio é semelhante à da população geral.
Biblioteca responsável: BR68.1