Muyrakytã ou muiraquitã, um talismã arqueológico em jade procedente da Amazônia: uma revisão histórica e considerações antropogeológicas
Acta amaz
; 32(3)2002.
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em Pt
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ABSTRACT
The first indirect written informations about the muiraquitãs, are related to Orellana, who traveled the Amazon river for the first time downstream in 1542 and mentioned presence of the Amazonas Indians, living without husbands and act as brave fighters. De la Condamine during his travel in 1735 along the Amazonas discribed frogshape amulet made of greenstone like jade used by Amazonas. Spix and Martius written about pierres divines, and used the name Muraquêitã for frogshape pendant made of motherpearl. However older writtens of Maurício Heriarte used therms close to muiraquitã baraquitãs, buraquitãs, puúraquitan, uuraquitan, mueraquitan. Finally Barboza Rodrigues at 1875 brought the name muyrakytã to well acept therminology which was reinforced by Francisco Barata in 1954 as muiraquitã. Barata defines as a frogshape artifact sculptured in greenstones, jade. Muiraquitã is of tupi origin meaning using frogshape pendant. They were used by Indians of Tapajó/Santarém and Conduri Tradition which lived at the Lower Amazon region until the first contacts with the European colonizators. To make the muiraquitãs, artifact of high finnished carving, one presumes that the Indians used ingenious processes, meanwhile the most important was patience and ability. The most important centre of frogshape artifact carving was the Lower Amazon. Although supposed to be Asia, the source of the raw material must have been the Amazonia. The muiraquitã were used as amulet and symbol of power between the chiefdoms in the Amazon region during its time. About them there arc several legends and myths always connecting with the Amazonas fighters of Orellana.
RESUMO
Aparentemente os primeiros dados documentados sobre a história dos muiraquitãs, ainda que inferidos, surgem com Orellana, tido como o primeiro explorador a navegar o rio Amazonas rio baixo, ainda em 1542, quando teria combatido com índias guerreiras valentes, sem maridos, as quais denominou de Amazonas. Posteriormente De la Condamine em sua viagem ao longo deste rio, em 1735, descreve amuletos batraquianos em pedras verdes semelhantes a jade. Spix e Martius escrevem sobre pierres divines como pingente batraquiano em madrepérola e com nome de muraquêitã. Antigos escritos de Maurício Heriarte de 1662 descrevem amuleto com termos similares baraquitãs, buraquitãs, puúraquitan, uuraquitan e mueraquitan. Finalmente Barboza Rodrigues em 1875 emprega o termo muyrakytã modificado por Barata em 1954 para muiraquitã, que entende como artefatos em forma de sapo confeccionados em pedra verde, com dois furos laterais. Teriam sido usados pelos povos Tapajó/Santarem e Conduri, que habitavam o Baixo Amazonas até a chegada do colonizador europeu, que os dizimou. Para elaborar os muiraquitãs acredita-se que esses povos utilizavam instrumentos engenhosos, mas principalmente muita paciência e habilidade. Os estudos mais recentes mostram que o maior centro produtor estava na região, da mesma forma como a fonte da matéria-prima e não na Asia como suposto pelos historiadores. Eram utilizados como amuletos, símbolos de poder, e ainda como material para compra e troca de objetos valiosos. Sobre eles há muitas lendas e mitos sempre envolvidos com as índias Amazonas, extintas ou lendárias.
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Revista:
Acta amaz
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Ano de publicação:
2002
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