Avaliação de parâmetros adaptativos de cabras da raça Saanen criadas em clima tropical semiárido
Osterno, Juliana Justino.
Sobral; s.n; 01/08/2012. 58 p.
Tese
em Português
| VETTESES
| ID: vtt-144
Resumo
[...] Foram utilizadas vinte cabras da raça Saanen criadas em sistema semi-intensivo. Os animais tiveram acesso a uma pastagem nativa no turno da manhã, e no final da tarde quando confinadas recebiam suplementação concentrada e volumosa. Foram registradas variáveis ambientais nos turnos da manhã (9h) e da tarde (15h), tais como temperatura do ar (TA), umidade relativa do ar (URA), velocidade do vento (VV) e calculados os seguintes índices de conforto térmico (ICT): Índice de Temperatura e Umidade (ITU), Índice de Temperatura de Globo e Umidade (ITGU), além da Carga Térmica Radiante (CTR). Ao mesmo tempo foram tomados os seguintes dados de parâmetros fisiológicos: Temperatura Retal (TR), Frequência Respiratória (FR) e Frequência Cardíaca (FC), além do Hormônio tireoidiano Tiroxina (T4). Os resultados mostraram que os valores mais elevados de TA foram registrados no turno da tarde, no período seco. Os de URA no período chuvoso, principalmente no turno da manhã. E os de VV no período chuvoso no turno da tarde. O ITU foi mais elevado no período chuvoso no turno da tarde, e o ITGU se mostrou inverso, sendo mais elevado no mesmo período, porém no turno da manhã. A CTR foi mais elevada no período chuvoso no turno da manhã. Não houve diferença entre peso vivo e escore corporal dos animais nos períodos avaliados. Todos os parâmetros fisiológicos foram mais elevados à tarde e no período chuvoso, exceto a FR, que foi mais elevada no turno da manhã. O Hormônio Tiroxina (T4) não sofreu alterações entre os períodos estudados, com o maior valor no período chuvoso, de 4,32 ?g/dL. Concluiu-se que cabras da raça Saanen estão sujeitas ao estresse térmico em qualquer período do ano, mas na época das chuvas onde é verificada uma maior umidade relativa do ar na região de estudo, as cabras conseguiram manter a temperatura corporal através da ofegação como forma de resposta adaptativa ao ambiente térmico.(AU)
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