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Ecologia da ostra do mangue Crassostrea brasiliana (Lamarck, 1819) em manguezais da baía de Guaratuba-PR

Westphal, Gisela Geraldine Castilho.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-1817

Resumo

Resumo: Na baía de Guaratuba, litoral do estado do Paraná, uma região onde as principais atividades desenvolvidas são o turismo, a pesca do camarão, o cultivo de ostras e camarões e a agricultura, a ostreicultura desponta como uma alternativa de renda para comunidades tradicionais da região. Entre as espécies de ostras encontradas no ambiente, Crassostrea brasiliana surge como a principal opção para o cultivo, por seus bons índices zootécnicos, sua capacidade de se desenvolver bem em diferentes sistemas de cultivo, ser amplamente comercializada, principalmente a partir do extrativismo, e por ser considerada uma espécie de grande porte. Nesta tese, foram abordados cinco temas, divididos em cinco capítulos, relacionados à biologia e à ecologia de C. brasiliana na baía de Guaratuba. O primeiro capítulo teve por objetivo avaliar o processo de extração de ostras nesta região, com base na caracterização de extratores e na utilização dos bancos naturais. Utilizou-se um questionário, aplicado com os extratores de ostras da região, como instrumento de avaliação. Neste questionário pesquisaram-se o perfil socioeconômico dos extratores e a pressão por eles exercida sobre os bancos naturais. Foram identificados 38 bancos, classificados como de infralitoral, mesolitoral ou misto; e ainda como contínuos ou pontuais. Os extratores entrevistados eram predominantemente homens, de baixa escolaridade, idade superior a 40 anos e baixo nível de renda. Em grande parte dos casos, a extração de ostras não era a única fonte de renda do entrevistado. A quantidade de ostras coletadas variou de 22,5 a 5.400 dúzias/ano/extrator, comercializadas aos intermediários por baixo valores. O segundo capítulo tratou da reprodução de C. brasiliana, através da descrição da histologia gonadal e do ciclo reprodutivo desta espécie em manguezais da área de estudo. Durante o período de janeiro/2010 a abril/2011, foram realizadas coletas mensais (n=16) de indivíduos adultos em três bancos de mesolitoral (Cabaraquara, Ilha da Sepultura e Parati). Em laboratório, realizaram-se a biometria dos animais coletados e a análise histológica do tecido gonadal, pela confecção de lâminas permanentes em hematoxilina de Harris e eosina. Através de análise molecular, as ostras foram identificadas em nível específico. As análises histológicas resultaram em: fêmeas (69%), machos (26%), indeterminados (4%) e hermafroditas (1%). Fêmeas maturas foram mais frequentes em fevereiro, março e dezembro/2010 e março/2011 e machos maturos em fevereiro e abril/2010 e março/2011. A reprodução de C. brasiliana na baía de Guaratuba ocorreu de modo intermitente, porém com maior intensidade durante o verão. No terceiro capítulo, nos mesmos três pontos amostrais utilizados no capítulo 2, foram realizadas análises quinzenais de água para avaliação quantitativa de larvas de moluscos bivalves e identificação molecular de sementes de Crassostrea. Durante as mesmas coletas foram mensuradas variáveis abióticas (concentração e saturação de oxigênio dissolvido, pH, temperatura, salinidade e transparência). O ponto Parati apresentou menor salinidade e menores concentrações de oxigênio que os demais pontos e os dados abióticos de Parati e Cabaraquara indicaram um relacionamento ligeiramente maior entre si. O pH e as concentrações de oxigênio influenciaram na quantidade de larvas, havendo diferença entre as proporções encontradas em cada ponto (71% Cabaraquara, 25% Ilha da Sepultura e 4% Parati). As maiores prevalências de lar
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