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Métodos de coleta de gametas e estocagem de óvulos de ouriços-do-mar usados em ensaios ecotoxicologicos

Maximo, Marcus Vinicius.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-1985

Resumo

Embriões de ouriços-do-mar, de diversas espécies, têm sido amplamente utilizados em ensaios crônicos para estudos de impacto ambiental. No Brasil, apenas duas espécies são normatizadas para estes estudos, o que limita estes ensaios a poucos laboratórios, situados em regiões onde estas espécies ocorrem. Soma-se a isto à vulnerabilidade dos ouriços aos atuais métodos de obtenção de gametas, a sua sazonalidade, além do desperdício dos gametas obtidos. Isto gera dificuldades e limitações na utilização destes organismos em quaisquer áreas. Buscando solucionar ou pelo menos minimizar estes problemas, dois estudos foram conduzidos. No primeiro, buscou-se estabelecer um método eficaz e de baixa toxicidade para obtenção de gametas do ouriço-do-mar Lytechinus variegatus. Foi demonstrada a eficiência do emprego da lidocaína + epinefrina (CLE) na liberação de gametas, bem como a posterior sobrevivência dos ouriços. Comparou-se os métodos CLE e KCl para obtenção de gametas, avaliando-se ainda a sensibilidade dos embriões obtidos com esses gametas, aos testes de toxicidade com dicromato de potássio. Adicionalmente, foi avaliado o efeito da estação do ano (inverno e primavera) na obtenção dos gametas. Dos 125 ouriços injetados com CLE, 94 (73%) liberaram gametas viáveis e 98% sobreviveram ao processo. As taxas de liberação de gametas foram superiores a 80% com os dois métodos (CLE e KCl), no entanto maior taxa de sobrevivência (P<0,05) foi observada com CLE (97,2%) em relação ao KCl (57,8%). Os embriões obtidos pelos dois métodos têm idêntica sensibilidade, frente aos testes de toxidade. Observou-se melhor resposta dos ouriços na primavera (83,8%) em relação ao inverno (62,7%) (P<0,05). O segundo estudo avaliou a adição de cloranfenicol para ampliar o tempo de viabilidade durante a estocagem dos óvulos das espécies L. variegatus, E. lucuntere e Arbacia lixula, em água do mar natural ou artificial. Para isto, os óvulos destas espécies foram estocados em água do mar natural e em água do mar artificial, contendo 50 mg L-1 de cloranfenicol e incubados à 15oC, sem luz. A utilização de 50 mg L-1 de cloranfenicol em água do mar natural e artificial ampliou a viabilidade dos óvulos dos ouriços L. variegatus, E. lucuntere A. lixula, por até 12, 11 e 13 dias, respectivamente, possivelmente por evitar a proliferação bacteriana. Contudo o percentual diário de desovas viáveis diminuiu com o aumento do tempo de estocagem. Mesmo assim o percentual médio diário de larvas pluteu foi maior que 80% em todos os dias de estocagem para L. variegatus e A. lixula, e até o 6o dia para E. lucunter. Observou-se ainda, diariamente, baixos percentuais de ovos/óvulos e fragmentos, sendo que para E. lucunter e A. lixula, houve uma tendência ao aumento destas estruturas com o passar do tempo de estocagem. Em relação ao tipo de água empregado, a água do mar artificial foi mais efetiva na estocagem dos óvulos de E. lucunter, enquanto A. lixula e L. variegatus não sofreram influência da água do mar natural ou artificial. Embriões gerados a partir de óvulos estocados foram usados em ensaios de toxicidade com as substâncias de referência sulfato de zinco e dicromato de potássio, para comparar sua sensibilidade com a de embriões obtidos da natureza. Observou-se que os embriões obtidos a partir de óvulos estocados não alteram sua sensibilidade aos testes de toxicidade. Conclui-se que a indução artificial de gametas com CLE, bem como o uso de cloranfenicol durante a sua estocagem constituem
Biblioteca responsável: BR68.1