Your browser doesn't support javascript.

Portal de Pesquisa da BVS Veterinária

Informação e Conhecimento para a Saúde

Home > Pesquisa > ()
Imprimir Exportar

Formato de exportação:

Exportar

Exportar:

Email
Adicionar mais destinatários

Enviar resultado
| |

AVALIAÇÃO AUTOMATIZADA DO COMPORTAMENTO INGESTIVO DE VACAS DA RAÇA HOLANDÊS COM METRITE PUERPERAL

MARCOS WILSON VARGAS.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-200325

Resumo

A metrite, que costuma ser diagnosticada nas primeiras semanas após o parto, reduz a produção de leite e prejudica o desempenho reprodutivo, que é provavelmente o principal fator de influência sobre as decisões relativas ao descarte nas propriedades. Diversos estudos têm mostrado que as medidas de consumo e de comportamento alimentar que utilizam a tecnologia de radiofrequência são uteis para identificar problemas de saúde em bovinos leiteiros. O objetivo deste estudo foi mensurar e comparar o consumo de matéria natural, matéria seca, ingestão de água, comportamento alimentar e produção de leite de vacas com e sem metrite. O estudo foi realizado na Embrapa Gado de Leite. Dezoito vacas multíparas da raça Holandês (Bos taurus taurus) foram monitoradas do parto até a 12ª semana pós-parto, sendo os animais divididos em dois grupos: grupo 1, composto por nove vacas que apresentaram metrite; grupo 2, representado por nove vacas saudáveis. Após o parto os animais foram alojados no free-stall de Zootecnia de Precisão, com camas de areia, o qual apresentava 12 cochos eletrônicos e dois bebedouros eletrônicos com estação de pesagem corporal (Intergado®, Seva Engenharia Ltda, Contagem, Minas Gerais, Brasil). O comportamento alimentar foi analisado com base nas visitas individuais ao cocho e ao bebedouro. Os resultados mostraram que as vacas com metrite apresentaram menor peso nas duas primeiras semanas e na 11ª semana pós-parto, quando comparadas com as vacas saudáveis. Com relação ao escore de condição corporal (ECC), observou-se efeito (P<0,0001) da ocorrência de metrite, mas não das semanas pós-parto (P>0,05). Sendo que as vacas com metrite tiveram maior ECC, durante todo o período experimental. As vacas com metrite produziram 1,42 litros a menos de leite por dia, em média, do que as vacas sadias. O consumo de matéria natural (Kg/dia) foi afetado pela interação (P<0,0001) entre a ocorrência de metrite e semana pós-parto. As vacas que desenvolveram metrite tiveram menor consumo na 5ª, 6ª, 11ª e 12ª semanas pós-parto. Para o consumo de matéria seca (Kg/dia), observou-se comportamento semelhante. De forma geral, as vacas que desenvolveram metrite tiveram menor tempo de duração de visita aos cochos (P<0,0002), porém apresentaram maior número de visitas com ingestão (P<0,0001) e visitaram menor número de cochos (P<0,0001). As menores taxas de consumo (g/min) e os menores consumo por visita, tanto na matéria natural quanto na matéria seca das vacas com metrite, explicam o menor consumo diário de matéria seca destes animais. Com relação ao comportamento de ingestão no bebedouro, as vacas com metrite apresentaram menor consumo de água e tiveram menor consumo de água em relação ao peso vivo, em comparação com as vacas saudáveis. Ainda, o consumo de água por visita também foi menor nas vacas com metrite. Os níveis metabólicos também foram avaliados durante as primeiras sete semanas de lactação. As vacas com metrite apresentaram maiores concentrações plasmáticas de AGNE do que as vacas saudáveis. Para as concentrações de glicose, observou-se efeito apenas da ocorrência de semana. Com relação aos níveis de uréia, as vacas que desenvolveram metrite tiveram maiores concentrações de uréia na 2ª semana pós-parto, em relação às vacas saudáveis.
Biblioteca responsável: BR68.1