Your browser doesn't support javascript.

Portal de Pesquisa da BVS Veterinária

Informação e Conhecimento para a Saúde

Home > Pesquisa > ()
Imprimir Exportar

Formato de exportação:

Exportar

Exportar:

Email
Adicionar mais destinatários

Enviar resultado
| |

INCUBAÇÃO IN SITU EM BOVINOS E OVINOS NA AVALIAÇÃO DE COMPOSTOS INDIGESTÍVEIS EM ALIMENTOS E FEZES

MARIA JOSE DA SILVA REIS.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-200567

Resumo

Objetivou-se determinar uma metodologia de incubação ruminal in situ em bovinos para obtenção de indicadores internos, com base em frações indegradáveis aplicadas aos ensaios de digestibilidade com ovinos, e ainda, determinar e comparar os tempos críticos para obtenção de frações indegradáveis de alimentos volumosos, concentrados e fezes de bovinos e ovinos obtidos por meio da incubação in situ em bovinos e ovinos. O experimento foi conduzido na fazenda experimental da Universidade Federal da Bahia, localizada em São Gonçalo dos Campos, Bahia. Foram utilizados oito animais machos castrados e não castrados, fistulados no rúmen (4 bovinos mestiços e 4 ovinos mestiços). O procedimento de incubação foi realizado utilizando-se 2 quadrados latinos 4 x 4, sendo um quadrado latino para cada espécie. Os animais permaneceram em baias individuais durante todo o período experimental, de 66 dias, sendo 10 para adaptação e outros 56 dias para realização dos períodos experimentais de 14 dias cada. Todos os animais foram alimentados com silagem de sorgo e concentrado na proporção 80:20, com base na MS. Amostras de 12 alimentos (capim braquiária, capim- elefante, feno de tifton, cana-de-açúcar, silagem, silagem de sorgo, silagem de milheto, feno de alfafa, farelo de soja, farelo de trigo, fubá de milho, torta de algodão) e 4 fezes de bovinos e ovinos alimentados com alto ou baixo concentrado foram utilizadas neste estudo. Os tempos 0, 12, 24, 48, 96, 144, 192, 240, 288, 336 horas de incubação foram avaliados, sendo que o tempo 0 não foi inserido nos rúmen, apenas lavado em água corrente. Foram avaliadas as estimativas para a fração potencialmente degradável (B), taxa relativa à dinâmica de degradação ruminal (kd) obtida a partir de bovinos e ovinos e frações indigestíveis (I) da matéria seca (MS), fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA), limite superior do intervalo de confiança assintótico com 95% de probabilidade para a fração indegradável (LS) e tempo crítico (tc) para o alcance dessas frações nas diferentes espécies. Os resultados indicaram que para a maioria dos alimentos volumoso estudados, foram observadas diferenças no kd (P<0,05) entre bovinos e ovinos, exceto para MS e FDN do feno de alfafa, FDN da silagem de milho e FDA do capim-elefante. Para os concentrados o kd não diferiu (P>0,05) entre bovinos e ovinos para MS do farelo de trigo e FDN e FDA do fubá de milho. Para fezes, não foram observadas diferenças no kd (P<0,05) em nenhuma das amostras analisadas para MS. Apenas as fezes de ovinos-baixo concentrado não apresentaram diferença no kd para FDN (P>0,05), porém, houve diferenças no kd (P<0,05) paras fezes de ovinos-alto concentrado e bovinos-baixo concentrado no estudo da FDA. Nas amostras onde ocorreram diferenças (P<0,05) para os valores do kd entre bovinos e ovinos, foi observada uma relação inversamente proporcional entre o kd e o tempo critico (tc). Para as amostras em que o kd entre bovinos e ovinos são semelhantes (P>0,05), a relação entre os tc entre bovinos e ovinos é de igualdade. Para maioria dos alimentos e fezes avaliados, os tc observados para obtenção tanto de FDNi quanto FDAi foram superiores a 288 horas de incubação em ovinos, e essas mesmas amostras quando incubados no bovinos obtiveram um tc inferior aos dos ovinos. Assim, recomenda-se que não se utilize a espécie ovina para obtenção de indicadores internos com base em ensaios de degradação in situ em razão do elevado tempo de incubação para obtenção da fração indegradável dos alimentos e fezes. Por outro lado, os indicadores internos MSi podem ser obtido a partir de 264 horas de incubação in situ em bovinos, com exceção da silagem de milheto, que deve ser obtida a partir de 336 horas. Por sua vez a FDAi pode ser obtida a partir de 288 horas de incubação in situ.
The objective of this study was to determine a methodology for in situ ruminal incubation in cattle to obtain internal indicators, based on undegradable fractions applied to the tests of digestibility with sheep, and to determine and compare the critical times for obtaining undegradable fractions of bulky foods, Concentrates and faeces of cattle and sheep obtained through in situ incubation in cattle and sheep. The experiment was conducted at the experimental farm of the Federal University of Bahia, located in São Gonçalo dos Campos, Bahia. Eight castrated and uncastrated male rumen fistulated animals (4 mestizo and 4 mestizo sheep) were used. The incubation procedure was performed using two 4 x 4 Latin squares, one Latin square for each species. The animals were kept in individual stalls throughout the experimental period, of 66 days, 10 for adaptation and another 56 days for the experimental periods of 14 days each. All animals were fed sorghum silage and concentrated in the ratio 80:20, based on MS. Samples of 12 foods (brachiaria grass, elephantgrass, tifton hay, sugarcane, silage, sorghum silage, millet silage, alfalfa hay, soybean meal, wheat bran, corn meal, Cotton) and 4 faeces from cattle and sheep fed with high or low concentrate were used in this study. The time 0, 12, 24, 48, 96, 144, 192, 240, 288, 336 hours of incubation were evaluated, time 0 was not inserted into the rumen, only washed in running water. The estimates for the potentially degradable fraction (B), relative to the dynamics of rumen degradation (kd) obtained from cattle and sheep and indigestible fractions (I) of dry matter (DM), neutral detergent fiber (NDF) And acid detergent fiber (FDA), upper limit of the asymptotic confidence interval with 95% probability for the undegradable fraction (LS) and critical time (tc) to reach these fractions in the different species. The results indicated that for most of the bulk food studied, differences in kd (P <0.05) were observed between cattle and sheep, except for DM and NDF of alfalfa hay, corn silage NDF and elephantgrass AD . For the concentrates the kd did not differ (P> 0.05) between cattle and sheep for MS of wheat bran and NDF and DM of maize corn. For feces, no differences in kd (P <0.05) were observed in any of the samples analyzed for MS. Only the low concentrate sheep did not present a difference in kd for NDF (P> 0.05), however, there were differences in kd (P <0.05) for high concentrate and low concentrate cattle in the study Of the FDA. In the samples where there were differences (P <0.05) for the kd values between cattle and sheep, an inversely proportional relationship between kd and critical time (tc) was observed. For samples in which the kd between cattle and sheep are similar (P> 0.05), the ratio between tc between cattle and sheep is equal. For most foods and faeces evaluated, the tc observed for both FDNi and FDAi were greater than 288 hours of incubation in sheep, and those same samples when incubated in cattle had a lower tc than sheep. Thus, it is recommended not to use the ovine species to obtain internal indicators based on in situ degradation tests due to the high incubation time to obtain the undegradable fraction of food and faeces. On the other hand, internal MSI indicators can be obtained from 264 hours of in situ incubation in cattle, with the exception of millet silage, which must be obtained after 336 hours. In turn, the FDAi can be obtained from 288 hours of incubation in situ.
Biblioteca responsável: BR68.1