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Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-201420

Resumo

Objetivou-se avaliar o consumo, digestibilidade e ganho de peso em ovinos mestiços Santa Inês X SRD, alimentados com farelo de algodão, farelo de girassol e torta de mamona, 20% de inclusão dos mesmos na matéria seca da dieta e 50% no concentrado. Foram utilizados 24 ovinos machos, castrados, com peso corporal médio de 22,7± 0,85 kg, distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado com quatro tratamentos e seis repetições. As dietas foram compostas de milho, farelo de soja e mistura mineral (tratamento controle) ou milho, farelo de soja, farelo de algodão ou farelo de girassol ou torta de mamona, mistura mineral e como volumoso cana-de-açúcar, sendo uma relação volumoso:concentrado de 60:40. O experimento teve duração de 98 dias (14 dias de adaptação e três períodos de 28 dias para coleta de dados), para avaliação do consumo dos nutrientes, digestibilidade e ganho de peso. Além disso, foram avaliados características de carcaça, declínio de pH, comportamento ingestivo, balanço de nitrogênio e síntese de proteína microbiana. Para as variáveis peso vivo final (kg), consumo de matéria seca (kg/dia), consumo de matéria seca em percentual do peso vivo e em percentual do peso metabólico, ganho médio durante todo período experimental e ganho médio diário observou-se que o tratamento contendo farelo de girassol foi inferior aos demais tratamentos. O peso vivo final dos animais, para tratamento contendo farelo de girassol foi inferior ao tratamento controle no fim do experimento (26,4 kg). No consumo de fibra em detergente não houve diferença entre os tratamentos sendo a média 1,6%. Não houve diferença para consumo de nutrientes digestíveis totais entre os tratamentos com média de 0,752 kg/dia. Não houve diferença entre os coeficientes de digestibilidade da matéria seca, fibra em detergente neutro, proteína bruta e extrato etéreo entre os tempos de coleta total na estimativa das excreções fecais em dois ou quatro dias. O único componente da carcaça que sofreu influência das dietas foi o peso vivo corporal em jejum, onde os tratamentos contendo farelo de algodão (30,9 kg) e torta de mamona (31,4 kg) foram semelhantes ao tratamento controle (30,5 kg). Já o tratamento contendo farelo de girassol (26,3 kg) foi inferior ao tratamento controle. As carcaças de ovinos que foram alimentados com dietas contendo farelo de algodão, farelo de girassol e torta de mamona e recebendo de volumoso a cana-deaçúcar apresentam rendimentos semelhantes para os cortes: pescoço, paleta, costeleta, perna, braço anterior, costela-fralda, braço posterior e lombo. As carcaças dos animais alimentados com farelo de girassol tiveram um declínio mais lento de pH no intervalo de 24h. O tempo médio despendido para a atividade de alimentação foi semelhante entre os tratamentos média entre eles de 287,6 minutos/dia. Para o tempo despendido em ruminação, os tratamentos controle e farelo de algodão (525,3 e 530,0 minutos/dia, respectivamente) foram superiores ao tratamento contendo farelo de girassol e torta de mamona (469,5 e 492,1 min/dia, respectivamente). Para o tempo despendido em ócio foi maior para os tratamentos farelo de girassol e torta de mamona (676,2 e 656,5 min/dia, respectivamente), seguido dos tratamentos controle e farelo de algodão (636,3 13 e 624,1 min/dia, respectivamente). A eficiência de alimentação da matéria seca e fibra em detergente neutro foi inferior ao tratamento contendo farelo de girassol (159,6 e 106,6 g/h), quando comparado ao tratamento controle (198,1 e 139,0 g/h). Não houve diferença para eficiência em ruminação da matéria seca e fibra em detergente neutro entre os tratamentos. Houve diferença estatística entre os tratamentos para número de mastigação total, onde o tratamento contendo farelo de algodão (816,0 min/dia) foi semelhante ao tratamento controle (803,7 min/dia), já os tratamentos contendo farelo de girassol (763,8 min/dia) e torta de mamona (783,5 min/dia) foram inferiores ao tratamento controle. Observou-se valor superior de balanço de nitrogênio para animais que alimentaram-se de dietas controle, farelo de algodão e torta de mamona (85,4, 78,9 e 82,1%), entretanto, para o tratamento farelo de girassol o balanço de nitrogênio foi de 75,9%.

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This study aimed to evaluate the intake, digestibility and weight gain in crossbred sheep Santa Inês X SRD fed cottonseed meal, sunflower meal and castor oil cake, 20% including them in the diet dry matter and 50% in the concentrate . 24 sheep were used castrated male, with an average body weight of 22.7 ± 0.85 kg, distributed in a completely randomized design with four treatments and six repetitions. The diets were composed of corn, soybean meal and mineral mixture (control) or corn, soybean meal, cottonseed meal or sunflower meal or castor oil cake, mineral mixture and as roughage sugarcane, and a relationship forage: concentrate ratio of 60:40. The experiment lasted 98 days (14 days for adaptation and three periods of 28 days for data collection), for evaluation of the nutrient intake, digestibility and weight gain. In addition, they evaluated carcass characteristics, pH decline, feeding behavior, nitrogen balance and microbial protein synthesis. For the variables final live weight (kg), dry matter intake (kg/day), dry matter intake as a percentage of live weight and percentage of metabolic weight gain average throughout the trial period and average daily gain was observed that treatment containing sunflower meal was lower than the other treatments. The final live weight of animals for treatment containing sunflower meal was lower than the control treatment at the end of the experiment (26.4 kg). In detergent fiber intake there was no difference between treatments with the average 1.6%. There was no difference for consumer total digestibility nutrients among treatments averaging 0.752 kg/day. There was no difference between dry mater digestibility, total digestibility nutrients, crude protein and ether extract between the total collection times in the estimation of fecal losses in two or four days. The only housing component that was influenced by the diets was the body fast body weight, where treatments with cottonseed meal (30.9 kg) and castor bean (31.4 kg) were similar to the control (30.5 kg). Longer treatment containing sunflower meal (26.3 kg) was lower than the control treatment. The carcasses of sheep that were fed diets containing cottonseed meal, sunflower meal and castor bean cake and getting bulky to sugarcane have similar yields for the cuts: neck, shoulder, chops, leg, anterior limb, rib, back and loin arm. Carcasses of animals fed sunflower meal had a slower decline in pH in 24 hour interval. The average time spent for feeding activity was similar between treatments average among them 287.6 minutes/day. For the time spent ruminating, treatments control and cottonseed meal (525.3 and 530.0 minutes/day, respectively) were superior to treatment with sunflower meal and castor oil cake (469.5 and 492.1 min/day, respectively). For the time spent in idleness was higher for meal treatments sunflower and castor oil cake (676.2 and 656.5 min/day, respectively), followed by treatment control and cottonseed meal (636.3 and 624.1 min/day, respectively). The power efficiency of dry matter and neutral detergent fiber was lower than treatment containing sunflower meal (159.6 and 106,6 g/hour) compared to the control (198.1 and 139.0 g/hour). There was no difference in rumination efficiency of dry matter and neutral fiber detergent between treatments. There was statistical difference between treatments for the total number of mastication, where treatment with cottonseed meal (816.0 min/day) was similar to the control (803.7 min/day), since the treatments containing sunflower meal (763.8 min/day) and castor oil cake (783.5 min/day) were lower than the control treatment. There was higher than nitrogen balance for animals fed on control diets, cottonseed meal and castor oil cake (85.4, 78.9 and 82.1%), however, for the sunflower meal treatment nitrogen balance was 75.9%.

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