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DERMATITE ALÉRGICA EM OVINOS E AVERSÃO ALIMENTAR CONDICIONADA NO CONTROLE DO CONSUMO DE Musa sp (BANANA) POR OVINOS

JOUBERDAN AURINO BATISTA.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-202496

Resumo

Descreve-se um surto de dermatite alérgica sazonal em ovinos e um estudo sobre aversão alimentar condicionada à ingestão de folhas e frutos de bananas (Musa sp) através do uso de cloreto de lítio. Ambos os estudos foram realizados no Município de Aparecida, Estado da Paraíba. O surto de dermatite alérgica foi diagnosticado entre os meses de maio a outubro de 2013 em uma propriedade onde eram criados de modo extensivo 25 ovinos de diversas idades, mestiços de Dorper e Santa Inês. A enfermidade acometeu 24% (6/25) dos animais. A doença se manifestava com um quadro de prurido intenso associado a áreas de perda progressiva de pelos nas regiões da cabeça, pescoço, dorso, garupa, base da cauda e ventre. As lesões variaram quanto à evolução e intensidade da resposta inflamatória e caracterizaram-se por dermatite eosinofílica. Os achados clínicos, patológicos e a identificação de mosquitos Culicoides insignis e da família Culicidae no local confirmaram a ocorrência da dermatite alérgica sazonal na região do estudo. O experimento de aversão foi desenvolvido entre os meses de julho a dezembro de 2014 em propriedade onde havia a produção consorciada de ovinos e bananas (Musa sp) frutas em uma mesma área. O rebanho da propriedade era composto por 32 ovinos que ingeriam avidamente folhas e frutos de banana. Os animais receberam 175 mg/kg de peso vivo de Licl logo após a ingestão, via sonda esofágica. O procedimento de aversão foi repetido por três dias consecutivos nos animais que continuavam consumindo a planta. Após o primeiro fornecimento todos os animais continuaram a ingerir folhas e frutos com avidez. No segundo dia 31,35 % (10/32) dos animais não ingeriam os frutos e folhas, passando este percentual para 84,38% (27/32) no terceiro dia. Os cinco animais restantes (15,62%) foram novamente submetidos ao processo de aversão e posteriormente não demonstraram mais interesse pelos frutos e folhas. No final de agosto, 32 dias após o início do experimento, 97,75% (31/32) não demonstravam interesse em consumir as folhas e frutos, o que ainda consumia frutos e folhas, foi avertido novamente. Aos 63, 93 e 123 dias o quadro permaneceu estável. Porém, 152 dias após o início do estudo, 78,12% dos ovinos (25/32) voltaram a ingerir os frutos e folhas de banana em ovinos após redução na disponibilidade de forragens. Conclui-se que a aversão alimentar condicionada com cloreto de lítio pode ser uma ferramenta para evitar o consumo de frutos e folhas de banana em ovinos, porém é necessário evitar a privação de alimentos, a facilitação social e iniciar os procedimentos de aversão precocemente.
It describes an outbreak of seasonal allergic dermatitis in sheep and experimental study of conditioned aversion to ingestion of banana (Musa sp). Both studies were undertaken in the city of Aparecida, State of Paraiba. The allergic dermatitis outbreak was recorded between the months of May to October 2013 in a property where they were created extensively 25 sheep of different ages, mestizos of Dorper X Santa Inês. The disease affects 24% (6/25) of animals. The disease manifested itself with an intense pruritus associated with areas of progressive loss of hair around the head, neck, back, rump, base of the tail and belly. The development and intensity of the lesions varied and the inflammatory response characterized eosinophilic dermatitis. The clinical findings and the identification of mosquitoes belonging to the family Culicidae confirmed the occurrence of seasonal allergic dermatitis in the region. The aversion experiment was conducted during July to December 2014 in property where the production of bananas and sheep was held in the same area. The herd of property consisted of 32 sheep that eagerly ate bananas. The animals received via gavage a lithium chloride solution at a dose of 175mg/kg body weight. The aversion procedure was repeated for three consecutive days in animals that spite of the procedure was stilling eating the fruits. After initial dosage was observed that all the animals remained eating bananas. On the second day 68.75% (22/32) did not ingest the fruits and in the third day 84.38% (27/32) didn´t do this. The remaining five animals (15.62%) were again subjected to aversion process and subsequently showed no more interest in the fruit. In August, 32 days after the beginning of the experiment, was observed that 97.75% (31/32) of the animals showed no interest in consuming the fruits. At 63, 93 and 123 days similar behavior was observed. However, 152 days after the start of the study, 78.12% sheep (25/32) returned to eat the fruits after decrease of availability of forages. It is concluded that the conditioned aversion can be a tool to prevent the consumption of fruits, but is necessary avoid starvation, social facilitation and start aversion procedures early.
Biblioteca responsável: BR68.1