Your browser doesn't support javascript.

Portal de Pesquisa da BVS Veterinária

Informação e Conhecimento para a Saúde

Home > Pesquisa > ()
Imprimir Exportar

Formato de exportação:

Exportar

Exportar:

Email
Adicionar mais destinatários

Enviar resultado
| |

Rickettsias do Grupo da Febre Maculosa em cães e fauna de carrapatos em área de foco no noroeste do Estado do Rio de Janeiro

ISABELA TEBALDI POUBEL DO CARMO.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-202848

Resumo

As Rickettsias do Grupo da Febre Maculosa (RGFM) ocorrem associadas a carrapatos, como os do gênero Amblyomma. É importante o desenvolvimento de trabalhos que visam mapear a presença de rickettsias de interesse para a saúde publica, tanto em artrópodes quanto em hospedeiros vertebrados. Devido à proximidade de humanos e cães, a transmissão de zoonoses potenciais pode ser facilitada. No Rio de Janeiro (RJ) foram desenvolvidos estudos em áreas endêmicas para Febre Maculosa Brasileira (FMB), porém o presente trabalho é o primeiro a ser realizado em cães, equinos e carrapatos no noroeste do RJ, em Porciúncula, Natividade e Varre-Sai. Nestes dois últimos municípios, casos de óbitos humanos por FMB foram relatados. Assim, buscou-se identificar a presença de anticorpos anti- R. rickettsii e R. parkeri em soro de cães, classificar taxonomicamente e realizar Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) de ixodídeos, a fim de identificar a presença de Rickettsia spp. Foram coletados sangue de 253 cães e 3.027 espécimes de carrapatos de cães, de equinos e da vegetação em julho e agosto de 2014. A frequência de cães sororreativos foi de 67,59% para Rickettsia rickettsii, com título máximo de 1:65.536 e de 11,09% para Rickettsia parkeri, com maior título de 1:4.096. Os principais sinais clínicos observados nos cães amostrados foram alterações de escore corporal e mucosas hipocoradas. Foram coletadas 1.746 larvas, e todas as ninfas e adultos, foram identificados taxonomicamente. Das 807 ninfas, 90,71% (732/807) foram identificadas como Amblyomma sculptum, 6,44% (52/807) Rhipicephalus sanguineus, 0,25% (2/807) Rhipicephalus microplus e 2,60% (21/807) Dermacentor nitens. Dos 474 adultos, 0,84% (4/474) A. sculptum, 80,59% (382/474) R. sanguineus, 1,90% (9/474) R. microplus e 16,67% (79/474) D. nitens. Todos os espécimes coletados foram testados pela técnica de PCR, porém não houve amplificação de DNA rickettsial. O presente estudo demonstrou que RGFM circulam na região estudada; foi demonstrada a importância dos caninos como sentinelas para R. rickettsii, agente causador da infecção rickettsial nos cães da região; as variáveis sexo e idade não foram essenciais para que caninos apresentassem sororreatividade para R. rickettsii, e os valores de volume globular e coloração de mucosas se mantêm dentro dos parâmetros de normalidade em animais sororreativos; características ambientais das localidades favoreceram obtenção de caninos sororreativos, com presença de equinos e capivaras; A. sculptum foi o carrapato mais prevalente na região, onde condições ambientais e ecológicas foram favoráveis para a expressiva obtenção desta espécie de carrapato, inclusive em zona urbana.
The Spotted Fever Group Rickettsiae (SFGR) is associated with ticks, like Amblyomma genus. The development of studies in arthropods and in vertebrate hosts aimed at mapping the presence of rickettsiae important to public health. Due to the proximity of humans and dogs, zoonosis transmission can be favored. In Rio de Janeiro (RJ) state, studies were carried out in endemic areas for Brazilian Spotted Fever (BSF), but this study is the first to be performed in dogs, horses and ticks in northwestern region RJ in Porciúncula, Natividade and Varre-Sai. In the latter two cities, cases of human deaths from BSF were reported. Thus, we looked for identify the presence of SFGR in dogs serum, classify taxonomically and perform Polymerase Chain Reaction (PCR) of ticks in order to identify Rickettsia spp. To this end, blood was collected from 253 dogs and 3,027 ticks of dogs, horses and form vegetation, in July and August 2014. The frequency of seroreactive dogs was 67.59% for Rickettsia rickettsii, with maximum titer of 1:65.536 and 11.09% for Rickettsia parkeri with higher titer of 1:4,096. The main clinical signs observed in sampled dogs were changes in body score and pale mucous membranes. All the nymphs and adults were taxonomically identified, and 1,746 larvae were collected. Were collected 807 nymphs, of which 90.71% (732/807) were Amblyomma sculptum, 6.44% (52/807) Rhipicephalus sanguineus, 0.25% (2/807) Rhipicephalus microplus and 2.60% (21/807) Dermacentor nitens. And were obtained 474 adults: 0.84% (4/474) A. sculptum, 80.59% (382/474) R. sanguineus, 1.90% (9/474) R. microplus and 16.67% (79/474) D. nitens. All collected specimens were tested by PCR, but the DNA rickettsial amplification was absent. This study showed that SFGR circulate in the study area; it has demonstrated the importance of dogs as sentinels for R. rickettsii, causative agent of rickettsial infection in dogs in the region; the gender and age were not essential to canine seroreactivity presented to R. rickettsii, and packed cell volume values and color of mucous membranes remain in normal parameters in the seroreactive animals; environmental characteristics of locations supported getting seroreactive canines, despite the presence of horses and capybaras; A. sculptum was the most prevalent tick in the region, where environmental and ecological conditions were propitious for the significant achievement of this tick species, including in urban areas.
Biblioteca responsável: BR68.1