Your browser doesn't support javascript.

Portal de Pesquisa da BVS Veterinária

Informação e Conhecimento para a Saúde

Home > Pesquisa > ()
Imprimir Exportar

Formato de exportação:

Exportar

Exportar:

Email
Adicionar mais destinatários

Enviar resultado
| |

DETECÇÃO DE Babesia vogeli EM CÃES (Canis familiaris) NATURALMENTE INFECTADOS NA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO.

TATIANA VIANNA TAVARES DE SOUZA.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-202888

Resumo

A babesiose é uma protozoose, transmitida por carrapatos, de elevada ocorrência no Brasil que acomete eritrócitos de cães, entre outras espécies de mamíferos. Rotineiramente, é identificada na microscopia óptica do esfregaço sanguíneo, baseada na morfologia do hemoparasito, porém metodologias que utilizam a biologia molecular e imunofluorescência são mais sensíveis e específicas. Testes baseados na biologia molecular possibilitam identificar casos crônicos e a espécie do hemoparasito causador da doença, auxiliando no diagnóstico de cães que apresentam sinais clínicos diferentes, mas que por microscopia óptica seriam diagnosticados apenas por babesiose. Estudos moleculares realizados no Brasil revelaram que Babesia vogeli é a espécie que mais ocorre no país, porém ainda existem muitas regiões no país que necessitam de estudos, principalmente relacionados à caracterização molecular destes hemoparasitos. Alguns estudos moleculares já foram realizados no estado do Rio de Janeiro, contudo estudos mais recentes e minuciosos são necessários para conhecer as espécies de piroplasmas circulantes nas diversas regiões do estado. O presente trabalho tem por objetivo conhecer as espécies da família Babesiidae circulantes na região metropolitana do Rio de Janeiro que infectam cães através da biologia molecular. E, ainda, comparar o diagnóstico parasitológico à reação em cadeia da polimerase (PCR) e avaliar os resultados dos hemogramas dos animais com babesiose. Foram adquiridas 105 amostras sanguíneas de cães positivas ou suspeitas de infecção por piroplasmas na hematoscopia, a partir das quais foram realizados o hemograma, a pesquisa de hemoparasitos nos esfregaços sanguíneos e a análise molecular. Do DNA extraído, o fragmento do gene 18S rRNA foi amplificado com os iniciadores PIRO A e PIRO B. Os fragmentos amplificados das amostras positivas para piroplasmas nesta PCR foram digeridos pelas enzimas de restrição Taq I e Hinf I, para diferenciação das espécies. Das 88 amostras positivas na PCR para piroplasmas, todas foram positivas para B. vogeli na restrição enzimática e 80 foram positivas no diagnóstico parasitológico, através da microscopia óptica. As alterações hematológicas mais observadas foram anemia regenerativa, trombocitopenia, linfócitos reativos e monócitos ativados. Concluiu-se que B. vogeli é a única espécie de piroplasmídeo infectando cães nas regiões do Rio de Janeiro estudadas e que a PCR é um método mais sensível do que a microscopia óptica.
Babesiosis is a protozoan infection transmitted by ticks, with high occurrence in Brazil that affects dogs erythrocytes, and other species of mammals. Routinely, is identified in the optical microscopy of blood smears, based on the morphology of hemoparasite, but methods that use molecular biology and immunofluorescence are more sensitive and specific. Tests based on molecular biology allow the identification of chronic cases and the hemoparasites species which causes the disease, assisting in the diagnosis of dogs showing different clinical signs, but by optical microscopy babesiosis would be diagnosed only. Molecular studies carried out in Brazil revealed that Babesia vogeli is the species that more occurs in the country, but there are still many regions in the country that require studies, mainly related to the molecular characterization of these blood parasites. Some molecular studies have been conducted in the state of Rio de Janeiro, however more recent and detailed studies are required to know the species of circulating piroplasmas in the various regions of the state. This study aims to know the current species of the family Babesiidae in Rio de Janeiro that infect dogs through molecular biology. And yet, compare the parasitological diagnostic with the polymerase chain reaction (PCR) and evaluate the results of the blood cell counts of animals with babesiosis. 105 blood samples were acquired of dogs positive or suspected of infection by piroplasmas in the hematoscopy, from which there was the blood cell count, the search for blood parasites in blood smears and molecular analysis. From the extracted DNA, the fragment of 18S rRNA gene was amplified with the primers PIRO A and PIRO B. The amplified fragments of the positive samples for piroplasmas in this PCR were digested by the restriction enzymes Taq I e Hinf I, for differentiation of species. Of the 88 positive samples in PCR to piroplasmas, all were positive for B. vogeli in the enzymatic restriction and 80 were positive in parasitological diagnosis, by optical microscopy. The most frequent hematological changes were regenerative anemia, thrombocytopenia, reactive lymphocytes and activated monocytes. It was concluded that B. vogeli is the only species of piroplasmid infecting dogs in the studied regions of Rio de Janeiro and that PCR is a more sensitive method than optical microscopy.
Biblioteca responsável: BR68.1