Your browser doesn't support javascript.

Portal de Pesquisa da BVS Veterinária

Informação e Conhecimento para a Saúde

Home > Pesquisa > ()
Imprimir Exportar

Formato de exportação:

Exportar

Exportar:

Email
Adicionar mais destinatários

Enviar resultado
| |

CONCENTRAÇÃO MERCURIAL E ESTIMATIVA DO RISCO À SAÚDE HUMANA DECORRENTE DO CONSUMO DE PESCADO

CAMILA VALENTE ALVA.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-203124

Resumo

Os peixes representam uma fonte importante de proteínas, vitaminas e principalmente de gordura poli-insaturadas, sendo recomendada por profissionais da saúde para uma dieta saudável. Porém essa matriz alimentar pode acumular elementos traços capazes de causar efeitos adversos à saúde humana. O mercúrio é um importante contaminante das águas doces e marinhas devido a fontes naturais, como a presença no solo e erupções vulcânicas, e fontes antropogênicas, como garimpo de ouro e processos industriais. Nas águas, a sua forma orgânica, de metil-mercúrio, se acumula nos animais ao longo da cadeia trófica. Devido à capacidade de bioacumulação e bioamplificacão do metal, espera-se que representantes da biota aquática que ocupem o topo da cadeia alimentar apresentem maiores quantidades deste contaminante. O ser humano no topo da cadeia alimentar merece destaque com relação ao risco de intoxicação ao mercúrio visto que o pescado representa a principal fonte de contaminação ao homem que não possui exposição ocupacional. Objetivou-se nesse trabalho verificar a concentração de mercúrio em algumas espécies de peixes dando base para uma estimativa de risco de acordo com a região estudada. No primeiro experimento (Artigo 1) objetivou-se avaliar a concentração mercurial em espécies de peixes com expressivo valor comercial consumidos na região norte do Brasil. Os peixes apresentaram teor abaixo do preconizado pela legislação vigente, porém em 75% dos casos foi observado risco à saúde da população devido ao alto consumo nessa região, que tem o pescado como a base da sua alimentação. No segundo experimento (Artigo 2) foram coletadas 69 latas de atum enlatado de marcas distintas comercializadas na cidade do Rio de Janeiro e analisadas quanto ao teor mercurial. Os teores de mercúrio variaram entre 0.071 e 0.588 µg.g-1, sendo observado em uma lata um valor de 1.060 µg.g-1, acima, portanto, da legislação. Considerando fatores que tangem a estimativa de risco, conclui-se que o consumo regular deste produto não representa riscos à população.
Fish are an important source of protein, vitamins and especially poliinsaturated fat acids and is recommended by professionals for a healthy diet. However this food matrix can accumulate trace elements capable of causing adverse effects to human health. Mercury is a major contaminant of fresh and marine waters from natural sources, such as the presence in the soil and volcanic eruptions and anthropogenic sources, such as gold mining and industrial processes. In the water, its organic form, methyl mercury accumulates in animals along the food chain. Because of the ability of bioaccumulation and biomagnification, it is expected that fish on top of the food chain present greater amounts of this contaminant. The human being at the top of the food web should be concern with mercury poisoning risk because the fish is the main source of contamination to the people with no occupational exposure. This said, the aimed of this work is to verify the concentration of mercury in some fish species providing bases for a risk assessment according to the study area. In the first experiment (Article 1) aimed to evaluate the mercury concentration in fish species with significant commercial value consumed in the North of Brazil. All fish showed lower content than legislation, but in 75% of cases was observed risk to public health due to the high consumption in this region, which has the fish as the principal protein source. In the second experiment (Article 2) were collected 69 canned tuna cans of different brands sold in the city of Rio de Janeiro and analyzed for mercury content. Mercury levels varied between 0.071 to 0.588 µg.g-1 (0.215 SD) and could be observed in a single can a value of 1.060 µg.g-1, higher than legislation. Considering factors that concern the estimation of risk, it is concluded that regular consumption of this product does not poses risk to the population.
Biblioteca responsável: BR68.1