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AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE CRÔNICA DE Tropaeolum majus L. EM ROEDORES

VALDINEI DE OLIVEIRA ARAUJO.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-203145

Resumo

O uso de plantas medicinais pela população mundial tem sido cada vez mais expressivo nos últimos anos. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que cerca de 80 % da população mundial faz uso de algum tipo destas plantas para o alívio de algum sintoma decorrente de situações desagradáveis, como algum tipo de patologia. Diversas espécies de plantas, por exemplo, têm sido empregadas para os tratamentos de diversas patologias, como asma, diabetes, desordens cardiovasculares, entre outras. A espécie Tropaeolum majus L. tem sido utilizada pelas pessoas nas formas de chás, saladas e ornamentação. Suas flores e principalmente as folhas têm sido largamente utilizadas em saladas apresentando um sabor picante característico devido à presença dos glicosinolatos. Nos últimos anos, esta espécie vem sendo usada em diversos estudos científicos, onde foram comprovadas atividades anti-inflamatória, diurética, anti-hipertensiva, anticoagulante, redutora de cálcio e potássio, comprovando em parte seus efeitos terapêuticos. Porém, não existia nenhum estudo toxicológico pré-clínico sobre o seu uso prolongado. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a toxicidade oral pré-clínica após doses repetidas do extrato bruto hidroetanólico liofilizado obtido das folhas de Tropaeolum majus L. em roedores (ratos wistar e camundongos swiss) machos e fêmeas. Para isso, três doses do extrato hidroetanólico de T. majus nas doses (75, 375 e 750 mg/kg) ou controle (água filtrada) foram administrados durante 90 dias por via oral, nas espécies mencionadas. Os animais foram pesados semanalmente e sinais clínicos de toxicidade sistêmica foram analisados durante o tempo de tratamento. Um dia após o último tratamento com o extrato os animais foram eutanasiados. Todos os procedimentos foram aprovados pelo Comitê de Ética e Pesquisa Envolvendo Experimentação Animal da UNIPAR. Foram coletadas amostras de sangue para análises hematológicas e bioquímicas, e órgãos para determinação do peso relativo, absoluto e histopatologia. Não foram observados sinais clínicos de intoxicações pelo extrato e nem morte destes animais. Na avaliação do ganho de peso corporal, parâmetros bioquímicos, hematológicos, peso relativo e absoluto e nas análises histopatológicas de rins, fígado e baço também não foram encontradas diferenças estaticamente significativas. Somente nas doses de 750 mg/kg dos ratos machos, as contagens de linfócitos, neutrófilos e segmentados foram visto diferenças significativas, associando estes achados aos efeitos diuréticos da planta que tem a capacidade de alterar os parâmetros sanguíneos. No geral, os resultados obtidos mostraram ausência de toxicidade oral após doses repetidas com o extrato hidroetanólico liofilizado de T. majus em ratos wistar e camundongos swiss, machos e fêmeas. Contudo, caberá a realização de outros estudos toxicológicos pré-clinicos de toxicidade crônica, de genotoxicidade, carcinogenicidade, além de estudos clínicos em humanos para garantir e concluir a avaliação de segurança desta planta como uso terapêutico.
The use of medicinal plants by the world's population has been increasingly vocal in recent years. Data from the World Health Organization (WHO) show that about 80% of world population uses some form of these plants to relieve some symptoms caused by unpleasant situations, like some sort of pathology. Several species of plants, for example, have been employed for treatment of diverse pathologies such as asthma, diabetes, cardiovascular disorders, among others. The Tropaeolum majus L. species has been used by people in the form of teas, salads and ornamentation. Its flowers and especially the leaves have been widely used in salads featuring a distinctive spicy flavor due to the presence of glucosinolates. In recent years, this species has been used in various scientific studies, where the anti-inflammatory activities were confirmed, diuretic, antihypertensive, anti-coagulant, calcium and potassium reductive, in part confirming their therapeutic effects. However, there was no preclinical toxicological study on the long-term use. Thus, the aim of this study was to evaluate the preclinical toxicity after repeated oral doses of hydroethanolic crude lyophilized extract obtained from the leaves of Tropaeolum majus L. in rodents (Wistar rats and Swiss mice) males and females. For this, three doses of the hydroethanolic extract of T. majus the doses (75, 375 and 750 mg / kg) or control (filtered water) were administered for 90 days by oral route, the aforementioned species. The animals were weighed weekly and clinical signs of systemic toxicity were analyzed during the treatment time. One day after the last treatment with the extract, the animals were euthanized. All procedures were approved by the Research Ethics Committee Involving Animal Experiments UNIPAR. Blood samples were collected for hematological and biochemical analysis, and agencies to determine the relative weight, absolute and histopathology. Clinical signs of poisoning by the statement nor death of these animals were not observed. In the evaluation of body weight gain, biochemical, hematological parameters, relative and absolute and the histopathological analyzes of kidney, liver and spleen were not statistically significant differences. Only at doses of 750 mg / kg for male rats, lymphocyte counts, neutrophils and segmented significant differences were seen, these findings associating the diuretic effects of the plant which has the ability to change the blood parameters. Overall, the results showed absence of toxicity after repeated oral doses of the lyophilized hydroethanolic extract of T. majus in Wistar rats and Swiss mice, males and females. However, it will be the realization of other preclinical toxicological studies of chronic toxicity, genotoxicity, carcinogenicity, and clinical studies in humans to ensure and complete the safety assessment of this plant as a therapeutic use.
Biblioteca responsável: BR68.1