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Inseminação artificial em equídeos com sêmen fresco, resfriado ou congelado, priorizando a avaliação de diluidores, características do estro e da indução da ovulação e o desenvolvimento embrionário durante a gestação

RAISSA ROSSI.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-203411

Resumo

Pretendeu-se com a presente tese comparar o efeito de diferentes diluidores para o sêmen de equídeos (jumentos e mini-pônei), utilizado fresco, resfriado ou congelado sobre a fertilidade de fêmeas equídeas (éguas, jumentas e mini-pôneis) inseminadas e estudar diferentes aspectos relacionados às características do estro, da indução da ovulação e da gestação dessas fêmeas, envolvendo diferentes tipos de vesículas embrionárias (equina, asinina, muar, de mini-pônei) e os corpos lúteos primários dessas gestações. Para isso, foram realizados seis experimentos (E1, E2, E3, E4, E5, E6), em três estações de monta, sendo as de 2011/2012 e de 2012/2013 (E1, E2, E3, E5 e E6-parcial) realizadas na Fazenda Bálsamo, Município de Luz, e a de 2013/2014 (E4 e E6-parcial) realizada na Fazenda do Váu, Município de Lagoa Dourada, ambas propriedades em Minas Gerais. No E1, avaliaram-se diferentes diluidores para o sêmen de um garanhão mini- pônei, tendo como base o leite desnatado ultrapasteurizado comercial, acrescido (DLG) ou não (DL) de glicose - E1a, ou acrescido de 2,5% de gema de ovo e glicose (DGG) ou de frutose (DGF) - E1b. Em E1a, as taxas de gestação ao primeiro ciclo e por ciclo não diferiram entre DL e DLG (P>0,05). Em E1b, as taxas de gestação por ciclo foram de 65,00% e 24,00%, as taxas de gestação total, de 86,67% e 50,00% e a eficiência de prenhez, de 6,0 e 2,0, para os diluidores DGG e DGF (p<0,05), sendo recomendado, então, a utilização do DL ou do DGG para a inseminação de mini-pôneis. No E2, avaliou-se a fertilidade de jumentas inseminadas com sêmen asinino resfriado, diluído em diluidor de leite desnatado ultrapasteurizado - gema de ovo,acrescido de um (D1) ou dois (D2) gramas de glicose/dl. As taxas de gestação/ciclo foram de 43,75% e 17,14% para D1 e D2 (P<0,05), respectivamente. Além disso, observou-se superioridade do D1 (P<0,05) quanto à taxa de gestação total e eficiência de prenhez. Assim, o diluidor D1 pode ser recomendado para a inseminação de jumentas com sêmen asinino resfriado, com bons resultados de fertilidade. No E3, avaliou-se a fertilidade de éguas inseminadas com sêmen asinino resfriado, diluído em diluidor de leite desnatado ultrapasteurizado - gema de ovo, acrescido de um grama de glicose (D1) ou frutose (D2)/dl de diluidor. As taxas de gestação ao primeiro ciclo (53,06% e 66,67%), as de gestação/ciclo (47,95% e 59,65%), e a taxa de gestação total foram similares para D1 e D2 (P>0,05),respectivamente. Assim, a utilização do leite desnatado UHT, acrescido de baixa concentração de gema de ovo (2,5%) e de glicose (D1), ou a frutose (D2), resultaram em taxas de gestação satisfatórias em éguas inseminadas. Foi observada grande variação individual entre os jumentos, em relação às características físicas do sêmen, principalmente após o resfriamento. No E4, foi proposto um novo diluidor para o congelamento do sêmen de jumentos, sendo o envasen realizado em FlatPacks de 5,0mL. Avaliaram-se as taxas de gestação de éguas inseminadas após a detecção da ovulação. Em virtude das variações observadas após o descongelamento do sêmen, quanto à motilidade observada na fazenda (32,92% - 36,67%) ou na USP (35,83% - 45,56%), utilizou-se concentrações de 329,17 x 106 a 455,00 x 106 espermatozoides móveis/dose inseminante. As características seminais diferiram entre os jumentos, evidenciando a presença de variação individual. A morfologia espermática, avaliada por microscopia de contraste diferencial, e as características de motilidade, avaliadas de forma computadorizada (CASA), também variaram entre jumentos e tratamentos, após o descongelamento. As taxas de gestação obtidas não variaram (p>0,05) entre D1 e D2 (19,04%). As taxas de gestação também foram similares (p>0,05) entre o jumento 1 (16,67%) e o jumento 2 (22,22%). O protocolo de congelamento, utilizando-se o FlatPack como forma de envase do sêmen asinino, parece não ter sido adequado, devido às baixas taxas de gestação obtidas. A administração de 1667 UI de hCG foi eficiente para promover a indução da ovulação em 94,60% até 48 horas de sua indução. No E5, avaliaram-se as características do estro e da indução da ovulação de éguas, jumentas e mini-pôneis de acordo com o mês da estação de monta, categoria reprodutiva e número de aplicações da hCG. De um total de 604 ciclos induzidos com a hCG, observou-se ovulação em 558 ciclos 92,38%). Assim, em 46 ciclos (7,62%) observou-se falha de ovulação. Os folículos anovulatórios apresentaram a seguinte distribuição: 5,92% para éguas, 9,21% para jumentas e 11,34% para mini-pôneis. Foram observadas ovulações simples em 97,9% (327/334) dos ciclos das éguas, 90,58% (125/138) dos ciclos das jumentas e em 100% (86/86) dos ciclos das mini-pôneis. Houve redução progressiva do edema uterino, da indução à ovulação, em éguas,jumentas e mini-pôneis. O edema uterino, no momento da indução e previamente a ovulação,foi menor nos ciclos das jumentas. Nas mini-pôneis observou-se desenvolvimento de apenas um folículo dominante em crescimento, ausência de co-dominância e/ou de duplas ovulações. Além disso, observou-se um folículo dominante de menor diâmetro, em relação ao das demais fêmeas, acompanhado por um ovário contra-lateral extremamente pequeno, em todos os ciclos. Finalmente, pretendeu-se no E6 a) avaliar o desenvolvimento das vesículas embrionárias e dos corpos lúteos primários, de gestações equinas, asininas, muares e de mini-pôneis, de 11 a 40 dias de gestação; b) avaliar o efeito do tipo de sêmen asinino utilizado (fresco, resfriado, congelado) no desenvolvimento de vesículas embrionárias e de corpos lúteos primários de gestações muares; c) utilizar os valores obtidos de altura, largura e diâmetro obtidos, além das modificações no formato das vesículas embrionárias, para caracterizar as causas do atraso no desenvolvimento gestacional inicial. Obteve-se quatro curvas de crescimento, uma para cada tipo de gestação, representadas por quatro equações envolvendo a altura e largura das vesículas. No geral, as vesículas embrionárias equinas e muares foram maiores em diâmetro em relação àquelas de mini-pôneis e às asininas. Quando se comparou apenas as vesículas muares, foi observado menor diâmetro no período de 11-15 dias e de 31-35 dias de gestação, naquelas de éguas previamente inseminadas pós-ovulação com sêmen congelado, em relação àquelas resultantes de inseminações com sêmen fresco ou resfriado. Além disso, outro indício do atraso no desenvolvimento embrionário, quando se utilizou o sêmen congelado nas inseminações, foi a manutenção de 41,3% de formato esférico nessas vesículas, em relação à 26,92% e 11,63% para o sêmen fresco e resfriado (p<0,05) no intervalo de 16 a 20 dias de gestação. Por meio da avaliação do diâmetro e da área do corpo lúteo primário, pôde-se observar a ocorrência de ressurgência dessa estrutura no período de 36-40 dias, nas gestações equinas, asininas, muares e de mini-pôneis
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