Your browser doesn't support javascript.

Portal de Pesquisa da BVS Veterinária

Informação e Conhecimento para a Saúde

Home > Pesquisa > ()
Imprimir Exportar

Formato de exportação:

Exportar

Exportar:

Email
Adicionar mais destinatários

Enviar resultado
| |

Toxoplasma gondii: disseminação de parasitos, histopatologia e resposta imune celular em um modelo experimental agudo de reinfecção com cepas atípicas

JULIA GATTI LADEIA COSTA.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-203529

Resumo

A reinfecção por Toxoplasma gondii em modelo animal vem sendo estudada desde que relatos de caso sugeriram a ocorrência de reinfecção natural em humanos. O Brasil é uma região endêmica para a toxoplasmose e com enorme diversidade de genótipos do parasito, que sugere que múltiplas exposições a diferentes tipos genéticos aumentem o risco de reinfecção. Apesar da demonstração da reinfecção em modelo animal, muito pouco se conhece sobre os eventos que ocorrem logo após o desafio, momento no qual os taquizoítos circulantes podem alcançar o feto causando toxoplasmose congênita. Neste estudo foi utilizado um modelo de reinfecção em que camundongos BALB/c cronicamente infectados por uma cepa avirulenta (D8 - genótipo ToxoDB#8 BrIII) foram desafiados com cepas de elevada virulência e genótipos distintos: EGS (genótipo ToxoDB #229 - virulenta) e CH3 (genótipo ToxoDB#19 virulência intermediária) ou com a própria cepa D8. Os resultados foram comparados com controles de infecção aguda por cada uma dessas três cepas assim como com a infecção crônica pela cepa D8. A infecção primária protegeu os animais do desafio com as cepas letais. A morbidade foi reduzida nos animais reinfectados conforme demonstrado pelo acompanhamento do peso e pela análise histopatológica do intestino, pulmão, fígado, cérebro e baço que mostraram alterações patológicas minimizadas. A reinfecção foi confirmada, entretanto o padrão de disseminação do parasito se deu de forma distinta daquele que ocorre na primoinfecção. Foi observada a chegada precoce dos parasitos aos pulmões e atraso tanto na multiplicação destes no intestino quanto na chegada ao cérebro. Nos animais desafiados não ocorre um aumento de citocinas inflamatórias ou modulatórias no soro ou mesmo no local de infecção (intestino) em comparação aos animais apenas com infecção crônica. Outros mecanismos da resposta imune devem estar envolvidos garantindo esse equilíbrio entre parasito e hospedeiro que permite a sobrevivência de ambos. A análise da proteína de virulência ROP16 auxiliou no entendimento da maior inflamação causada na infecção pela cepa EGS. Porém a análise combinada das proteínas ROP5 e ROP18 na predição da virulência das cepas foi adequada em apenas duas das três cepas em estudo.
Animal model of Toxoplasma gondii reinfection has been studied after cases of natural human reinfection were described. Brazil is an endemic area for toxoplasmosis with enormous genetic diversity of parasites. Multiples exposures with different strains likely occur with great frequency, increasing reinfection risk. Although animal model prove reinfection, little is known about the events that occur just after challenge. To better understand these events, BALB/c mouse were chronically infected with D8 strain (genotype ToxoDB#8 BrIII) and challenge with two different strains: EGS (genótipo ToxoDB #229) and CH3 strain (genotype ToxoDB #19) or with D8 strain. The results were compared to acute infection of each strain and also compared to D8 chronic infection. Primary infection protects animals from lethal challenge. Morbidity was reduced in reinfected mice as demonstrated by monitoring the weight and organs histology showing that pathological changes were minimized. Reinfection was confirmed however different parasite spread occurs in challenge animals. A parasitism delay in brain and intestine has been observed and parasites early reached the lungs. Unlike acute infection, inflammatory or immunomodulatory cytokine increase was not observed in sera or ileum of challenge group. Other immune response mechanisms must be involved in host parasite balance that allows the survival of both. ROP16 virulence protein analysis support understanding about high inflammation caused by EGS strain infection. Nevertheless combined analysis of ROP5 and ROP18 did not proper to predicted virulence in one of three strains used in this study.
Biblioteca responsável: BR68.1