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CONTRIBUIÇÃO AO CONHECIMENTO DO ESQUELETO DA CORDORNA-JAPONESA (Coturnix japonica) COM ESPECIAL ATENÇÃO A DENSIDADE OSSEA POR MEIO DE DENSITOMETRIA OPTICA RADIOGRAFICA.

ALINE LUIZA KONELL.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-203769

Resumo

Devido às diferenças esqueléticas das aves, quando comparadas aos demais vertebrados, visto que lhes permite a habilidade de vo o, é de suma importância o entendimento de suas peculiaridades. Codornas (Coturnix sp.) são utilizadas mundialmente como modelos experimentais e estudos baseados em sua fisiologia podem ser extrapolados para diversas espécies aviárias. A radiografia é o exame complementar de escolha para diagnóstico de doenças na clínica veterinária, e com a utilização de uma escada de alumínio, técnica denominada densitometria óptica radiográfica, é possível determinar a densidade óssea mediante auxílio de programas computacionais, técnica simples, rápida e de baixo custo. Devido ao padrão de ossificação diferenciado nas aves, objetivou-se neste trabalho avaliar o desenvolvimento ósseo em codorna-japonesa mediante avaliações radiográficas periódicas bem como estabelecer padrões de densidade óssea durante o crescimento destes animais. O Capítulo 1 trata de uma introdução ao leitor, para que se estabeleça um parâmetro para a compreensão dos demais capítulos, onde são citadas as principais diferenças do esqueleto aviário, metabolismo do cálcio, aspectos radiográficos básicos e introduz ao leitor a técnica utilizada nos demais capítulos: a densitometria óptica radiográfica. O Capítulo 2 objetivou verificar os principais momentos da ossificação dos ossos longos e determinar valores de densidade óssea nos diferentes sexos e faixas etárias em codornas. Cinquenta e quatro codornasjaponesas (Coturnix japonica) de um dia de idade foram utilizadas. A cada três dias, dois animais foram pesados, identificados, submetidos à eutanásia e radiografados. Para a radiografia, a projeção ventrodorsal (VD) foi utilizada, em aparelho digital com técnica de 40 kVp, 100mAs e distância aparelho -chassi de 35cm. Em todas as radiografias, utilizou-se uma escada de alumínio de 21 degraus para posterior determinação da densitometria com o software ImageJ 1.48v e calibração para biometria. Mensurações de comprimento do úmero, rádio, ulna, fêmur, tibiotarso e tarsometatarso dos membros direito foram feitas, em milímetros . No 16º dia os primeiros sinais de fusão óssea foram verificados, ao 40º dia a formação de tibiotarso e tarsometatarso estava completa, as asas completaram sua ossificação entre o 52 -55º dia de vida e a articulação fêmoro-tibiotársica entre 67 e 70 dias. A densidade óssea aumentou conforme os ossos cresceram em comprimento e o maior coeficiente de correlação ocorreu no úmero, seguido pelo tibiotarso, ulna e fêmur. O Capítulo 3 objetivou verificar a influência de tecidos moles nos valores densitométricos de fêmur e tibiotarso de codornas-japonesas, ossos estes que possuem grandes massas musculares adjacentes. Os mesmos animais do Capítulo 2 foram utilizados. Após as radiografias para o capítulo anterior, os ossos de membro pélvico foram cuidadosamente dissecados e radiografados com a escada de alumínio para avaliação densitométrica e comparação estatística dos resultados obtidos com e sem tecidos moles. Nos fêmures de codornas machos e fêmeas, em todas as idades (1 a 79 dias), houve diferença estatística (p<0,05) nas densidades ósseas quando comparados os tratamentos com e sem tecidos moles. Nos grupos 3, 4 e 5, os fêmures após dissecação tiveram redução de mais de 55% dos valores densitométricos, e nos mesmos grupos, mais de 46% em tibiotarso, contrastando com os valores descritos em literatura. Foi possível verificar correlação entre idade e densidade óssea na presença de musculatura em fêmur (0,82) e tibiotarso (0,74), sendo considerada forte. No tratamento sem musculatura, a correlação de fêmur foi de 0,6928 e de tibiotarso 0,555, correlação esta considerada moderada concluindo que efetivamente, a avaliação densitométrica do osso destituído de músculo reflete mais precisamente a característica esquelética de codorna-japonesa.
Due to skeletal differences between birds and other vertebrates, allowing them to fly, the understanding of their peculiarities is of utmost importance. Quails are used worldwide as experimental models and studies based on their physiology can be extrapolated to various bird species. Radiography is the test of choice for diseases diagnosis in veterinary clinic, and with the use of an aluminum stepwedge, a technique called optical densitometry in radiographic images, it is possible to determine bone density with the assistance of computer program. In consideration of the distinct ossification pattern in birds this study aims to assess the bone development in Japanese quail by periodic radiographic evaluations and establish patterns for bone density during these animals growth as well. The first chapter is an introduction for the reader that establishes a parameter for the comprehension of the following chapters, mentioning the main differences of the aviary skeleton, the calcium metabolism, basic radiographic aspects and introduces the technique used on other chapters: optical densitometry in radiographic images. The second chapter intended to verify the key moments of ossification in long bones and determine values for bone density in quails for different genders and age groups. Fifty-four one-day old Japanese quail (Coturnix japonica) were evaluated. Every three days, two animals were weighted, identified, euthanized and xrayed. In the radiography, ventrodorsal projection was used with digital equipment set to 40kVp, 100mAs and plate equipment distance of 35 cm. In every radiography, an aluminum stepwedge of 21 steps was used for later assessment of the densitometry using ImageJ 1.48v software and biometric calibration. Length measurements of humerus, radius, ulna, femur, tibiotarsus, and tarsometatarsus in the right limb were computed in millimeters. On the sixteenth day the first signs of bone fusion were observed, on the fortieth day the formation of the tibiotarsus and tarsometatarsus was completed, the wings concluded its ossification between the fifty second and fifty fifth day and the femur tibiotarsal joint between 67 and 70 days. The bone density increased as the bones grew in length, and the highest correlation coefficient happened on the humerus followed by the tibiotarsus, ulna and femur. The third chapter sought to assess the influence of soft tissue on the densitometric values of the femur and tibiotarsus in Japanese quail, bones that have large adjacent muscle mass. The same animals from chapter 2 were used after radiography for this chapter; the bones on the pelvic limb were carefully dissected and x-rayed with the aluminum stepwedge for densitometry evaluation and statistical comparison of the bone with and without soft tissues. On the quail femur of both male and female, and all ages (1 through 79 days), there was a statistical difference (p<0,05) on the bone density when comparing the presence and absence of soft tissue. The groups 2, 3 and 4, showed a reduction of more than 55% on densitometric values in the femurs after dissection. In these same groups, more than 46% on the tibiotarsus contradicting the values found in literature. It was possible to assess the correlation between age and bone density in the presence of muscle, on femur (0,82) and tibiotarsus (0,74), which is considered strong. On the procedure without muscle, the correlation of femur was 0.6928 and tibiotarsus 0,555, which is considered moderate correlation and concludes effectively that densitometric evalutation of bone without muscle, demonstrates more precisely the skeletal characteristics of the Japanese quail. Keywords: ossification, radiographic photodensitometry, bone density, avian,
Biblioteca responsável: BR68.1