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CONSUMO DE FORRAGEM POR BOVINOS EM PASTOS DE CAPIM-QUICUIU SOB LOTAÇÃO INTERMITENTE

DANIEL SCHMITT.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-203777

Resumo

Herbívoros exibem um padrão complexo de interações com o seu ambiente pastoril, tornando a relação planta-animal uma função de causa-consequência entre a estrutura do pasto e os padrões ingestivos. Nesse sentido, o manejo do pastejo gera estruturas antes e durante o processo de rebaixamento dos pastos, afetando a dinâmica alimentar e o nível de consumo diário. Sendo assim, o objetivo dessa tese é investigar as relações entre a estrutura do pasto criada por estratégias de desfolhação e os parâmetros ingestivos de bovinos. Para tanto, dois experimentos foram conduzidos entre dezembro de 2012 e junho de 2014 em Lages/SC, Brasil. O primeiro (experimento I) foi conduzido com o objetivo de testar o consumo de forragem por bovinos de leite pastejando capim-quicuiu (Pennisetum clandestinum Hochst ex. Chiov) manejados com diferentes alturas em pré-pastejo (10, 15, 20 e 25 cm) associadas a uma única severidade de desfolhação (50% das respectivas alturas iniciais). De posse dos resultados parciais foi definida a altura que, supostamente, não limitaria o consumo. Dessa forma, no segundo (experimento II) essa altura (25 cm) foi combinada com quatro severidades de desfolhação (40, 50, 60 e 70% da altura em pré-pastejo). O delineamento experimental adotado em ambos os protocolos foi blocos completos casualisados com 4 tratamentos e 3 repetições, totalizando 12 unidades experimentais de aproximadamente 1500 m² cada. As alturas dos pastos foram monitoradas com a técnica do bastão graduado em 50 pontos por avaliação. As variáveis analisadas foram: i) Composição morfológica, massa e densidade dos componentes morfológicos (estratificados em pré-pastejo de acordo com o tratamento empregado); ii) Consumo de forragem (determinada no experimento I pela técnica de n-alcano e no experimento II por desaparecimento da forragem). iii) Dinâmica do consumo (tempo de pastejo, ruminação e atividades complementares; número, tempo de permanência e bocados por estação alimentar de pastejo; número de passos entre estações; avaliações realizadas apenas no experimento II). Os dados foram submetidos a análise de variância e os efeitos linear, quadrático e cúbico foram analisados por meio de contrastes de polinômios ortogonais, exceto os dados de consumo do experimento I, onde as médias foram comparadas pelo teste de Tukey. De modo geral, o consumo de forragem diminuiu com a redução da altura em pré-pastejo (experimento I; P = 0,032) e com o aumento da severidade de desfolhação (experimento II; efeito linear; P = 0,02), em resposta às estruturas criadas antes e durante o período de ocupação, além de um aparente desestímulo por parte dos animais em compensar as aparentes dificuldades de ingestão com ajustes no comportamento ingestivo. Inferências são discutidas sobre a possibilidade de haver flexibilidade de manejo em pastos manejados sob lotação intermitente.
Herbivores exhibit a complex pattern of interaction with the pastoral environment, making plant-animal interface a cause-and-consequence event between pasture structure and ingestive behavior. In this way, grazing management generates different structures before and throughout stocking, so that different grazing patters can be observed, affecting the daily intake level. The aim of this work was to investigate the relationships between forage canopy structure generated by grazing management strategies and foraging parameters by cattle. Two complementary experiments were conducted between December 2012 and June 2014 in kikuyu grass pastures. An initial trial (experiment I) was performed to evaluate daily forage intake by cattle grazing pastures at different pre-grazing heights (10, 15, 20 and 25 cm) provided the same level of defoliation (removal of 50% of pre-grazing height). Once defined the pre-grazing height which supposedly would not limit intake (25 cm), a second test (experiment II) was performed to evaluate the effect of different levels of defoliation (40, 50, 60 e 70%) provided the same pregrazing height. The experimental design was a complete randomized blocks with 4 treatments and 3 repetitions, totalizing 12 experimental units of approximately 1500 m² each one. The grazing heights were monitored by sward stick at 50 random points per evaluation. The following variables were analyzed: i) morphological composition, forage mass and bulk density (stratified during pre-grazing evaluations according to treatments); ii) daily forage intake (determined during experiment I by n-alkanes technique and by disappearance in experiment II); iii) grazing behavior (grazing, rumination, and idling times; number, bites, and time per feeding station; steps between feeding stations; biting rate; being evaluated only during experiment II). The data were submitted to analysis of variance and the linear, quadratic, and cubic trend were analyzed by polynomial orthogonal contrasts (except daily dry matter intake data from experiment I, which was compared by Tukey test). A significance level of 5% was adopted to all evaluations. In a general way, daily forage intake was reduced according to pregrazing height reductions (experiment I; P = 0,032) or level of defoliation increments (experiment II; linear effect; P = 0,02). These responses were attributed to structures generated before and throughout the grazing period, and an apparent unwillingness of animals to accommodate grazing restrictions by behavioral adjustments. Inferences were discussed taking in account grazing management flexibilities in intermittent stocking management.
Biblioteca responsável: BR68.1