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EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO LIPÍDICA DIETÉTICA NA ATIVIDADE ELÉTRICA CEREBRAL DE RATOS NORMAIS E SUBMETIDOS AO STATUS EPILEPTICUS

DANIELLA TAVARES PESSOA.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-203822

Resumo

O cérebro é um órgão constituído de cerca de 60% de lipídios. Entre esses lipídios os mais importantes são os fosfolipídios, os quais podem apresentar em sua cauda hidrofóbica, ácidos graxos saturados e insaturados, e o colesterol. Alterações nas proporções desses lipídios podem alterar as propriedades físico-químicas das membranas das células do sistema nervoso. Desta forma, é razoável inferir que alterações no fornecimento dietético de lipídios possam alterar o funcionamento do cérebro, e essas alterações muitas vezes acarretam variações na atividade elétrica cerebral. Esse trabalho avaliou alterações elétricas e histológicas decorrente da suplementação com ácidos graxos insaturados (ômega-3) e de uma dieta hipercolesterolêmica (DHC), em animais normais e submetidos ao status epilepticus. A atividade elétrica dos animais foi registrada através do eletrocoticograma (ECoG), no qual foi realizado o espectro de potência e calculada a potência média para os ritmos cerebrais mais importantes, delta (0,5 - 4Hz), teta (4 - 8 Hz), alfa (8 - 14Hz) e beta (12 - 30Hz). A análise eletrofisiológica mostrou que a suplementação lipídica, tanto proveniente do ômega-3, quanto da DHC, causou uma aceleração da atividade elétrica cerebral basal. Durante o status epilepticus os animais suplementados com a DHC, apresentaram maior excitabilidade que o grupo controle e o suplementado com ômega-3, indicando um status epilepticus com maior severidade para o grupo alimentado com a DHC. A análise histológica mostrou que o status epilepticus causou lesão nas áreas CA1, CA2, CA3 e giro denteado do hipocampo, apresentando morte neuronal severa com vacuolização intensa e desestruturação das camadas celulares. Porém essas lesões foram muito mais tênues nos animais suplementados com ômega-3, revelando um efeito protetor do ômega-3 nas células nervosas durante o status epilepticus.
The brain is an organ composed of about 60% of lipids. Among these the most important lipids are the phospholipids, which may present in its hydrophobic tail, saturated and unsaturated fatty acids and cholesterol. Changes in the proportions of these lipids may alter the physicochemical properties of the membranes of the cells of the nervous system. Thus, it is reasonable to infer that changes in the dietary lipid supply may alter brain function; these changes often entail changes in brain electrical activity. This study evaluated electrical and histological changes of the nervous system resulting from supplementation with unsaturated fatty acids (omega-3) and a hypercholesterolemic diet (HCD), in animals normal and submitted to status epilepticus. The electrical activity of the animals was registered by ECoG, in which was performed the power spectrum and calculated the average power for the most important brain rhythms, delta (0.5 - 4 Hz), theta (4 - 8 Hz), Alpha (8 - 14 Hz) and beta (12 - 30Hz). Electrophysiological analysis showed that lipid supplementation, both from omega-3 as HCD, caused an acceleration of brain electrical activity. During the status epilepticus the animals supplemented with HCD showed a excitability greater than the control group and that animals supplemented with omega-3, indicating a status epilepticus with greater severity for the group fed the HCD. Histological analysis showed that the status epilepticus caused injury in the areas CA1, CA2, CA3 and the dentate gyrus of the hippocampus, all of them showing severe neuronal death with intense vacuolization and disintegration of the cell layers. However, these lesions were not easily identified in animals supplemented with omega-3, revealing a protective effect of omega-3 in nerve cells during status epilepticus.
Biblioteca responsável: BR68.1