AVALIAÇÃO DOS POSSÍVEIS EFEITOS DELETÉRIOS DE AFLATOXINA B1 EM JUNDIÁS (Rhamdia quelen)
Thesis
em Pt
| VETTESES
| ID: vtt-203930
Biblioteca responsável:
BR68.1
RESUMO
Introdução:
As micotoxinas são metabólitos secundários, produzidos por fungos que se desenvolvem naturalmente em produtos alimentícios, capazes de originar uma ampla variedade de efeitos tóxicos em animais vertebrados, incluindo o homem. Os sinais clínicos da intoxicação dos peixes por micotoxinas variam em função da espécie, tipos de micotoxinas, concentrações destas nas rações, período de exposição do animal, dentre outros fatores.Objetivos:
O objetivo deste estudo foi determinar os possíveis efeitos deletérios do fornecimento de rações contendo diferentes níveis de aflatoxina B1 (AFB1) através de parâmetros de desempenho zootécnico, hematológicos, bioquímicos e histopatológicos de jundiás (Rhamdia quelen), além da determinação da bioacumulacao dessa micotoxina no pescado e na água proveniente da produção desses animais.Métodos:
Foram utilizados 624 alevinos de jundiás, distribuídos em 4 grupos distintos (G1 0; G2 45; G3 90 e G4 180 g.kg-1 de AFB1 na ração), os grupos foram separados aleatoriamente em 24 aquários (n=26 alevinos/aquário) e os peixes alimentados durante 56 dias consecutivos com ração peletizada. Foram avaliados índices zootécnicos, parâmetros hematológicos, bioquímicos, histopatológicos, bem como a quantificação de AFB1 em músculo, órgãos (fígado, rins, brânquias, intestino), conteúdo intestinal, plasma e na água de alojamento dos jundiás. Para as análises estatísticas foi utilizado ANOVA seguido por teste de Bonferroni ou teste de Kruskal-Wallis seguido por teste de Dunns.Resultados:
Não foram observadas diferenças significativas (p>0,05) nos parâmetros de índice zootécnico quando comparados os grupos expostos a AFB1 com o grupo controle. A AFB1 foi capaz de induzir alteracoes hematologicas e bioquimicas condizentes com distúrbios metabólicos no jundia, caracterizados pela redução significativa (p<0,05) do leucócitos totais, linfócitos, células granulocíticas especiais, neutrófilos e trombócitos e redução significativa (p<0,05) das concentrações séricas das enzimas hepáticas alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST) e fosfatase alcalina (FA) dos peixes expostos em relacao ao grupo controle, após 56 dias consecutivos de fornecimento. Não foi possivel evidenciar alteracoes nos tecidos hepático, branquial e renal compatíveis com quadros de exposição à AFB1, tão pouco detectar a presença de AFB1 em nenhum dos órgãos, conteúdo intestinal, músculos e água analisados. A AFB1 foi detectada somente nas amostras de plasma nos grupos G3 e G4, nos diferentes períodos avaliados (dias +28, +42 e +56).Conclusão:
As diferentes concentrações de AFB1 não afetam o desempenho zootécnico de jundiás de forma linear, também não causam alterações histológicas nos órgãos avaliados. Entretanto, os animais expostos a AFB1 apresentaram alterações nos parâmetros hematológicos e bioquímicos, condizentes com imunossupressão e hepatoxicidade, ambas relatadas em aflatoxicoses em animais. Concentrações de até 180 g.kg-1 não causam acumulação residual em pescado e órgãos, não demonstrando assim efeitos deletérios aos peixes e consequentemente não afetando o consumidor final.ABSTRACT
Introdução:
As micotoxinas são metabólitos secundários, produzidos por fungos que se desenvolvem naturalmente em produtos alimentícios, capazes de originar uma ampla variedade de efeitos tóxicos em animais vertebrados, incluindo o homem. Os sinais clínicos da intoxicação dos peixes por micotoxinas variam em função da espécie, tipos de micotoxinas, concentrações destas nas rações, período de exposição do animal, dentre outros fatores.Objetivos:
O objetivo deste estudo foi determinar os possíveis efeitos deletérios do fornecimento de rações contendo diferentes níveis de aflatoxina B1 (AFB1) através de parâmetros de desempenho zootécnico, hematológicos, bioquímicos e histopatológicos de jundiás (Rhamdia quelen), além da determinação da bioacumulacao dessa micotoxina no pescado e na água proveniente da produção desses animais.Métodos:
Foram utilizados 624 alevinos de jundiás, distribuídos em 4 grupos distintos (G1 0; G2 45; G3 90 e G4 180 g.kg-1 de AFB1 na ração), os grupos foram separados aleatoriamente em 24 aquários (n=26 alevinos/aquário) e os peixes alimentados durante 56 dias consecutivos com ração peletizada. Foram avaliados índices zootécnicos, parâmetros hematológicos, bioquímicos, histopatológicos, bem como a quantificação de AFB1 em músculo, órgãos (fígado, rins, brânquias, intestino), conteúdo intestinal, plasma e na água de alojamento dos jundiás. Para as análises estatísticas foi utilizado ANOVA seguido por teste de Bonferroni ou teste de Kruskal-Wallis seguido por teste de Dunns.Resultados:
Não foram observadas diferenças significativas (p>0,05) nos parâmetros de índice zootécnico quando comparados os grupos expostos a AFB1 com o grupo controle. A AFB1 foi capaz de induzir alteracoes hematologicas e bioquimicas condizentes com distúrbios metabólicos no jundia, caracterizados pela redução significativa (p<0,05) do leucócitos totais, linfócitos, células granulocíticas especiais, neutrófilos e trombócitos e redução significativa (p<0,05) das concentrações séricas das enzimas hepáticas alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST) e fosfatase alcalina (FA) dos peixes expostos em relacao ao grupo controle, após 56 dias consecutivos de fornecimento. Não foi possivel evidenciar alteracoes nos tecidos hepático, branquial e renal compatíveis com quadros de exposição à AFB1, tão pouco detectar a presença de AFB1 em nenhum dos órgãos, conteúdo intestinal, músculos e água analisados. A AFB1 foi detectada somente nas amostras de plasma nos grupos G3 e G4, nos diferentes períodos avaliados (dias +28, +42 e +56).Conclusão:
As diferentes concentrações de AFB1 não afetam o desempenho zootécnico de jundiás de forma linear, também não causam alterações histológicas nos órgãos avaliados. Entretanto, os animais expostos a AFB1 apresentaram alterações nos parâmetros hematológicos e bioquímicos, condizentes com imunossupressão e hepatoxicidade, ambas relatadas em aflatoxicoses em animais. Concentrações de até 180 g.kg-1 não causam acumulação residual em pescado e órgãos, não demonstrando assim efeitos deletérios aos peixes e consequentemente não afetando o consumidor final.
Texto completo:
1
Base de dados:
VETTESES
Idioma:
Pt
Ano de publicação:
2016
Tipo de documento:
Thesis