Your browser doesn't support javascript.

Portal de Pesquisa da BVS Veterinária

Informação e Conhecimento para a Saúde

Home > Pesquisa > ()
Imprimir Exportar

Formato de exportação:

Exportar

Exportar:

Email
Adicionar mais destinatários

Enviar resultado
| |

Anestesia e hibridação experimental em laboratório de espécies do gênero Crassostrea (Bivalvia: Ostreidae)

ANGELA PUCHNICK LEGAT.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-205077

Resumo

Com o objetivo de contribuir com conhecimentos sobre a reprodução em laboratório de ostras nativas do gênero Crassostrea e estudar as possíveis interações entre as espécies cultivadas no Brasil, o presente trabalho avaliou: 1) um método de anestesia e amostragem de tecido gonádico sem sacrifício de animais para a análise do estado de desenvolvimento sexual; 2) a hibridação entre a espécie de ostra do Pacífico, Crassostrea gigas, e as espécies nativas, C. rhizophorae e C. gasar; e 3) o uso de marcadores de DNA mitocondrial e nuclear para a identificação de híbridos. Como resultados, o uso de Cloreto de Magnésio (50 g.L-1), aplicado à água do mar, promoveu o relaxamento muscular e a abertura das valvas nas três espécies de ostras estudadas, permitindo biópsias de tecido gonádico com seringas e agulhas e a determinação do sexo dos animais. Os procedimentos de anestesia e amostragem de tecido não causaram mortalidade nestes indivíduos que apresentaram 100% de sobrevivência após 10 dias. Após o uso do anestésico, também não foram observadas alterações na atividade reprodutiva e na geração de larvas-D de C. gigas. A partir dos cruzamentos recíprocos entre C. gigas, C. rhizophorae e C. gasar, houve sucesso assimétrico na fecundação de oócitos de C. rhizophorae (R) com espermatozoides de C. gigas (G), oócitos de C. gasar (B) com espermatozoides de C. gigas (G) e oócitos de C. rhizophorae (R) com espermatozoides de C. gasar (B). A compatibilidade unidirecional de gametas entre as três espécies resultou na formação de larvas híbridas que apresentaram crescimento similar à espécie materna até sete dias de idade. Após este período, as larvas pararam de crescer e morreram. As análises de marcadores moleculares confirmaram que as progênies RG eram híbridos verdadeiros e continham o DNA de ambas as espécies parentais em seu genoma. A inviabilidade no desenvolvimento de larvas híbridas interespecíficas em laboratório sugere que a incompatibilidade genômica é suficiente para evitar o risco de hibridação natural entre C. gigas e as espécies nativas C. rhizophorae e C. gasar
To contribute with the knowledge on hatchery production of native oysters of the genus Crassostrea and to understand possible interactions between species cultured in Brazil, the present study evaluated: 1) a method of anesthesia and gonad tissue sampling for sex determination in oysters without animal sacrifice; 2) the hybridization success between the Pacific oyster C. gigas and the native oysters C. rhizophorae and C. gasar; and 3) the use of mitochondrial and nuclear DNA markers for the identification of hybrid status. In the results, the use of Magnesium Chloride (50 g.L-1 sea water) promoted valve opening in the three oyster species and enabled gonad biopsies using syringes and needles, which allow gamete evaluation of adult animals. Anaesthesia and tissue sampling procedures did not cause negative effects on animal health of the studied species, which presented 100% survival after 10 days. The anaesthetics also did not affect the reproductive activity and D-larvae generation of C. gigas. From reciprocal crosses between C. gigas, C. rhizophorae and C. gasar, it was observed asymmetry in fertilization success of C. rhizophorae oocytes with C. gigas sperm (RG), C. gasar oocytes with C. gigas sperm (BG) and C. rhizophorae oocytes with C. gasar sperm (RB). Unidirectional gamete compatibilities between species produced larvae with similar growth as their maternal species during the first seven days. After this period, hybrid larvae stopped to grow and died. Analyses of molecular markers confirmed that progenies RG integrated DNA of both parental species in their genome and were true hybrids. Unviable larval development of interspecific hybrids in laboratory conditions suggested that genome incompatibility between C. gigas, C. rhizophorae and C. gasar is sufficient to prevent natural hybridization
Biblioteca responsável: BR68.1