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Fontes de ácidos graxos da dieta no desempenho da tilápia-do-Nilo em temperatura ótima e subótima.

CAMILA FERNANDES CORREA.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-205348

Resumo

As tilápias, entre elas a tilápia-do-Nilo, têm importante contribuição na aquicultura mundial e brasileira. A grande disseminação da sua criação se deve à boa produtividade em diversos sistemas e condições climáticas. O desafio é manter a alta produtividade em clima subtropical, como na região sudeste e sul brasileira, onde se concentra mais da metade da sua produção. Neste sentido, a nutrição e a formulação de rações específicas podem ser uma importante ferramenta. Ainda há muitas lacunas em relação à exigência em ácidos graxos para tilápias, principalmente em temperatura subótima fria, onde seu papel na manutenção da fluidez das membranas celulares é fundamental. Foram propostos dois estudos sobre fontes de ácidos graxos dietéticos para a tilápia-do-Nilo mantida em diferentes temperaturas. No primeiro estudo, juvenis de tilápia foram alimentados com cinco dietas com diferentes óleos (peixe, linhaça, girassol, oliva e coco), em dois ensaios, de 9 e 12 semanas, respectivamente, em temperatura ótima (28°C) e subótima (22°C). No segundo estudo, três misturas dos óleos vegetais foram formuladas para mimetizar as classes de ácidos graxos do óleo de peixe e serem comparadas a este, com variação apenas na proporção n-3/n-6 dos ácidos graxos poli-insaturados (PUFA), nas mesmas condições do estudo anterior. No primeiro estudo, as dietas não influenciaram o crescimento das tilápias a 28°C, mas a 22°C os melhores resultados ocorreram com o óleo de peixe, linhaça ou girassol, ricos em PUFA. O óleo de oliva, rico em ácidos graxos monoinsaturados, teve um efeito intermediário, enquanto o óleo de coco, rico em saturados, causou queda de desempenho a 22°C. No segundo estudo, em ambas temperaturas, as misturas de óleo vegetais proporcionaram pior crescimento que o óleo de peixe. Foi observado que, em geral, as dietas devem conter PUFA da série n-3 para o melhor aproveitamento do alimento pelos peixes. O perfil de ácidos graxos corporal foi influenciado pelas dietas e os efeitos positivos no desempenho coincidem com o maior acúmulo de PUFA. Os PUFA, principalmente os de cadeia longa, se mostraram importantes na adaptação da tilápia à temperatura mais baixa. Alguns óleos vegetais são boas fontes dietéticas de lipídios para a tilápia-do-Nilo. Entretanto, seus perfis de ácidos graxos devem ser considerados para manutenção do desempenho, sobretudo em temperatura subótima fria
Tilapia, including the Nile tilapia, have an important contribution to global and Brazilian aquaculture. The large dissemination of tilapia culture is due to good productivity in several systems and weather conditions. The challenge is to maintain high productivity in subtropical climate, like in southeast and south Brazil, which concentrates more than half of its production. In this direction, nutrition and formulation of specific feed can be an important tool. There are still many gaps in relation to tilapia requirement for fatty acids, especially in cold sub-optimal temperature, where its role in maintaining the fluidity of cell membranes is fundamental. Two studies on fatty acids dietary sources for Nile tilapia, reared at different temperatures, were proposed. In the first study, juvenile tilapia were fed five diets with different oils (fish, flaxseed, sunflower, olive and coconut oil), in two assays, of 9 and 12 weeks, respectively, at optimum (28°C) and sub-optimum temperature (22°C). In the second study, three mixtures of the plant oils were formulated to mimic fatty acids class of fish oil and to be compared with it, with difference only in n-3/n-6 proportion of polyunsaturated fatty acids (PUFA), under the same conditions as the previous study. In the first study, diets did not affect the growth of tilapia at 28°C, but at 22°C the best results were found with fish, linseed or sunflower oils, rich in PUFA. The olive oil, rich in monounsaturated fatty acids, had an intermediate effect, and coconut oil, rich in saturated fatty acids, caused lower performance at 22°C. In the second study, at both temperatures, vegetable oil blends provided poor growth than fish oil. In general, diets should contain n-3 PUFA for better food utilization by fish. Diets affected body fatty acid profile and the positive effects on performance coincide with the largest accumulation of PUFA. PUFA, especially long-chain PUFA, proved to be important in the adaptation of tilapia at lower temperature. Some vegetable oils are good dietary sources of lipids for Nile tilapia. However, their fatty acid profiles should be considered for performance maintenance, especially in sub-optimal temperature
Biblioteca responsável: BR68.1