Your browser doesn't support javascript.

Portal de Pesquisa da BVS Veterinária

Informação e Conhecimento para a Saúde

Home > Pesquisa > ()
Imprimir Exportar

Formato de exportação:

Exportar

Exportar:

Email
Adicionar mais destinatários

Enviar resultado
| |

PREVALÊNCIA E RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA DE Escheri-chia coli SHIGATOXIGÊNICA EM CARNE BOVINA IN NATURA PRODUZIDA EM MATO GROSSO, BRASIL

VINICIUS SILVA CASTRO.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-206813

Resumo

O Brasil é o segundo maior produtor de carne bovina do mundo sendo o estado de Mato Grosso o maior produtor nacional, responsável por aproximadamente 20% do total de carne produzida no país. Dentre os principais micro-organismos que habitam o trato gas-trointestinal, a família das enterobactérias englobam muitos gêneros, destes, apenas a E. coli tem como habitat primário o trato intestinal de animais de sangue quente, sendo classificada como principal indicador de contaminação fecal em alimentos e possível ocorrência de enteropatógenos. Além de indicador higiênico-sanitário, existem diversas linhagens de E. coli que são patogênicas ao ser humano e aos animais. A E. coli produto-ra de shigatoxina (STEC) é de grande importância à saúde pública por apresentarem du-as toxinas imunologicamente distintas, denominadas Stx1 e Stx2 com capacidade citotó-xica, podendo apresentar capacidade de múltipla resistência a antibióticos, devido à fa-cilidade da Escherichia coli em adquirir plasmídeos conjugativos portadores do gene de resistência. Apesar de assintomático, os ruminantes são os maiores reservatórios de STEC, sendo, portanto, a carne considerada o principal veículo da transmissão. Nesse contexto, o presente estudo objetivou estimar a prevalência de E. coli STEC em carne bovina in natura e avaliar o perfil de resistência antimicrobiana das colônias isoladas. A amostragem foi calculada e um total de 107 amostras de carne bovina produzida por 13 diferentes matadouros-frigoríficos de Mato Grosso foram submetidas à análise microbio-lógica, a multiplex PCR e a testes antimicrobianos de disco difusão. A prevalência foi de 4,67% e todos os isolados apresentaram múltiplas resistências à diversas classes de anti-bióticos. A presença do patógeno representa risco à saúde pública, restringe transações internacionais e traz prejuízos econômicos aos estabelecimentos de abate, além disso, cepas resistentes aos antimicrobianos podem dificultar o tratamento da infecção, agra-vando a casos mais graves da doença, como a síndrome hemolítica urêmica ou púrpura trombocitopênica trombótica.
Brazil is the second largest producer of beef in the world, and the state of Mato Grosso is the largest national producer, responsible for about 20% of the total beef produced in the country. Among the main microorganisms that inhabit the gastrointestinal tract, the family of enterobacteria encompass many genera, these, only one E. coli has as primary habitat or intestinal tract of warm-blooded animals, being classified as the main indica-tor of fecal contamination in food and possible occurrence of enteropathogens. In addi-tion to hygienic-sanitary indicators, there are several strains of E. coli that are pathogen-ic to humans and animals. The E. coli shigatoxin product (STEC) is of great importance to public health because it presents as immunologically different toxins, called Stx1 and Stx2 with cytotoxic capacity, being able to present capacity of multiple resistance to antibiotics, due to the facility of Escherichia coli to acquire conjugative plasmids bear-ing the resistance gene. Therefore, the main reservoirs of the STEC, therefore, the meat is considered the main vehicle of the transmission. In this context, the present study aimed to estimate a prevalence of E. coli STEC in fresh beef and to evaluate the antimi-crobial resistance profile of the isolated colonies. Sampling was calculated and a total of 107 beef samples produced by 13 different slaughterhouses from Mato Grosso were submitted to microbiological analysis, a multiplex PCR and an antimicrobial disc diffu-sion testis. The prevalence was 4.67% and all the isolates showed several resistances to several classes of antibiotics. The presence of the pathogen poses a risk to public health, restricts international transactions and brings economic losses to the slaughter systems; in addition, strains resistant to antimicrobials can make it difficult to treat the infection, aggravating the more severe cases of the disease, such as a syndrome Hemolytic uremic or thrombotic thrombocytopenic purpura.
Biblioteca responsável: BR68.1