Your browser doesn't support javascript.

Portal de Pesquisa da BVS Veterinária

Informação e Conhecimento para a Saúde

Home > Pesquisa > ()
Imprimir Exportar

Formato de exportação:

Exportar

Exportar:

Email
Adicionar mais destinatários

Enviar resultado
| |

VALOR NUTRICIONAL DE FARINHAS DE INSETOS PARA CÃES E GATOS

KAREN GUTTENKUNST LISENKO.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-206906

Resumo

No presente estudo objetivou-se avaliar três fontes de farinhas de insetos com dois níveis de inclusão quanto a sua digestibilidade aparente de matéria seca, matéria orgânica, proteína bruta, extrato etéreo e quitina, produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) e ramificada (AGCR), produção de fenol e indol, pH e microbiota fecal em cães e gatos. O experimento foi realizado no Centro de Estudos em Nutrição de Animais de Companhia do Departamento de Zootecnia da UFLA, por um período de seis meses (agosto-dezembro-2016). Foram utilizados seis gatos adultos, sem raça definida, machos e fêmeas, com peso de 3,72 ± 0,86kg e seis cães adultos, da raça Beagle, machos e fêmeas, com peso de 17,67 ± 2,64kg. Foram testadas três farinhas de insetos (barata de madagascar, barata cinéria e tenébrio gigante) em dois níveis (7,5 e 15%) mais uma dieta controle (sem inclusão de farinha), totalizando sete tratamentos, em delineamento de quadrado latino com seis repetições. O experimento foi composto por seis períodos e cada período experimental teve duração total de 15 dias. Nos 10 primeiros dias, foi realizada a adaptação dos animais ao alimento. Nos dias 10, 11 e 12 foram coletadas fezes, para a digestibilidade da matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), quitina (Q) e extrato etéreo em hidrólise ácida (EEHA). Nos dias 13, 14 e 15, foi realizada a coleta das fezes para análise de pH fecal, produção de AGCC e AGCR, fenol/indol e microbioma intestinal. Para análise estatística, os dados para variáveis foram analisados pelo procedimento GLM (SAS Inst., NC). O modelo estatístico incluiu análise de variância global com todos os tratamentos, a fim de se obter quadrado médio e realizar teste de Dunnet a 5%, comparando-se cada tratamento-testemunha a cada um dos demais tratamentos. Em gatos, não foram observadas diferenças (P>0.05) para os CDA de MS, MO, PB, EEHA e EMAMS, porém houve diferença (P<0.05) para o CDAQ. Posteriormente, calculou-se bem para concentração de AGCC e pH nas fezes dos gatos. Houve diferença (P<0.05) na concentração fecal de valerato e 4-metilfenol. Já em cães, não houve diferenças (P>0.05) para a digestibilidade aparente dos nutrientes. Porém foram encontradas diferenças (P<0.05) para as variáveis de propionato, valerato e fenol. Para pH fecal e demais variáveis não foram encontradas diferenças (P>0.05) em ambas as espécies. Não foram observadas mudanças na microbiota intestinal de cães e gatos, alimentados com as diferentes dietas, contendo farinha de inseto ou a dieta controle. Em conclusão, dados da microbiota fecal, em combinação com os resultados de produtos fermentativos fecais e parâmetros sanguíneos (índice de saúde sistêmica) de cães e gatos, alimentados com dietas à base de farinha de insetos ou dieta controle, fornecem evidência de que essas fontes proteicas e níveis de inclusão testados são adequados e podem ser seguramente incluídos ao nível de 15% em alimentos para cães e gatos adultos.
The present study aimed at evaluating three sources of insect meal with two levels of inclusion regarding its apparent digestibility of dry matter, organic matter, crude protein, ethereal extract and chitin, short (SCFA) and branched (BCFA) chain fatty acids, phenol and indole production, pH and faecal microbiota of dogs and cats. The experiment was conducted at the Centre for Studies on Company Animal Nutrition of the Department of Animal Science at UFLA, during a period of six months (August to December, 2016). Six male and female adult cats, of undetermined breed, weighing 3.72 ± 0.86 kg, and six male and female adult Beagle dogs, weighing 17.67 ± 2.64 kg, were used. The experiment was conducted in a Latin square design with six repetitions, using three insect meals (Madagascar cockroach, Cineria cockroach and giant tenebrio) were tested in two levels (7.5 and 15%), in addition to a control diet (without meal inclusion), totalizing seven treatments. Each of six experimental periods had total duration of 15 days. During the first 10 days, the animals were adapted to the food. On days 10, 11 and 12, faeces were collected to analyze the digestibility of dry matter (DM), organic matter (OM), crude protein (CP), chitin (Q) and ethereal extract in acid hydrolysis (EEAH). On days 13, 14 and 15, faeces were collected to determine faecal pH, SCFA and BCFA production, phenol/indole and intestinal microbiome. Of the apparent digestibility coefficient (ADC) values of the meals, the data for continuous variables were analyzed by means of the MIXED procedure, and the data for discontinuous variables were analyzed by means of the GLMMIX procedure (SAS Inst., NC). The statistical model included the random effects of animal and period, as well as the fixed effect of the treatment. For the cats, no difference (P> 0.05) was observed for ADC of DM, OM, CP, EEAH and EMAMS, but there was difference (P <0.05) for Q. Subsequently, SCFA concentration and pH in cat faeces were calculated. A difference occurred (P <0.05) for faecal concentration of valerate and 4-methylphenol. For dogs, there was no difference (P> 0.05) for apparent digestibility of nutrients. However, differences (P<0.05) were found for variables propionate, valerate and phenol. For faecal pH and remaining variables, there was no difference (P> 0.05) for either species. No changes were verified for intestinal microbiota of dogs and cats fed different diets containing insect meal or control diet. In conclusion, data for faecal microbiota, in combination with faecal fermentation products and blood parameters (systemic health index) of dogs and cats fed insect meal-based diets or control diet, demonstrate that these protein sources and tested inclusion levels are adequate and can be safely used at 15% in adult dog and cat food.
Biblioteca responsável: BR68.1