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Suplementação de vacas leiteiras com óleos essenciais

RAYANA BRITO DA SILVA.
Tese em Inglês | VETTESES | ID: vtt-207258

Resumo

A inclusão de óleos essenciais em dietas de vacas leiteiras pode melhorar a eficiência da fermentação ruminal e o desempenho, devido às suas propriedades antimicrobianas e terapêuticas. Dois experimentos foram conduzidos para investigar a inclusão de uma mistura de óleos essenciais microencapsulados composta pelo carvacrol, cinamaldeído, eugenol e capsaicina (MOE) sobre o desempenho leiteiro, digestibilidade dos nutrientes, perfil fermentativo ruminal, comportamento ingestivo, balanço ácido-básico venoso, termorregulação corporal, perfil de ácido graxo na gordura do leite, análise sensorial do leite e variáveis sistêmicas de vacas em lactação. No experimento 1, 28 vacas foram alocadas à um grupo não suplementado (CTL) ou MOE (150 mg/kg de MS da dieta) por 56 d. No experimento 2, 30 vacas foram distrubuídas nos tratamentos: CTL, MOE (200 mg/kg de MS da dieta) ou monensina (MON. 15 mg/kg de MS da dieta) por 58 d. Em ambos os experimentos os aditivos foram inclusos à dieta total 2 x/d. No experimento 1, MOE aumentou a eficiência alimentar (1,53 vs. 1,62) com redução de 600 g/d no consumo de matéria seca e acréscimo de 700 g/d na produção de leite. Vacas alimentadas com MOE selecionaram à favor de partículas curtas da dieta no período da manhã. O tratamento MOE reduziu a relação entre acetato e propionato no rúmen. A suplementação com MOE tendeu aumentar a digestibilidade da matéria orgânica não FDN e o tamanho da refeição e reduziu a secreção diária do 18:2 trans-10, cis-12 e 18:0 iso no leite. Na avaliação sensorial do leite, 58,7 % dos provadores identificaram corretamente a amostra de leite de vacas alimentadas com MOE. No experimento 2, a produção de proteína no leite e o peso corporal foram melhorados pelo MOE. A suplementação com MOE tendeu aumentar a produção de leite (33,0 vs. 34,4 kg/d) comparado ao CTL e o leite corrigido para energia (31,3 vs. 32,6 kg/d) comparado à MON. A proporção molar de acetato foi aumentada, ao passo que, o butirato e metil butirato foram reduzidos pelo MOE. O tratamento MON deprimiu a síntese de proteína microbiana e tendeu reduzir a relação entre acetato e propionato no rúmen comparado ao MOE. Os aditivos alimentares promoveram aumento da área e do diâmetro da artéria caudal. Vacas alimentadas com MOE tenderam reduzir o tempo de ruminação e aumentaram o número de refeições no período da tarde. O nitrogênio ureico no plasma foi maior em vacas MOE quatro horas após a primeira alimentação do dia comparado ao CTL. Em ambos os experimentos, a inclusão de MOE aumentou o teor de oxigênio no sangue e a taxa de sudação. Houve queda na proporção de vacas com temperatura retal 39,2 °C às 1400 e 2000 h no experimento 1 e às 1600 e 2200 h no experimento 2. A temperatura retal tendeu ser menor em vacas MOE às 1400 h comparado ao CTL no experimento 2. A suplementação com MOE melhorou o desempenho leiteiro em comparação às vacas não suplementadas, promoveu queda da taxa de sudação e da temperatura corporal de vacas leiteiras.
The inclusion of essential oils in diets of dairy cows may improve rumen fermentation efficiency and performance, due to its antimicrobial and therapeutic properties. Two experiments were conducted to investigate the inclusion of a Blend of microencapsulated essential oils (BEO) composed of carvacrol, cinnamaldehyde, eugenol and capsaicin on lactation performance, nutrient digestibility, ruminal fermentation profile, ingestive behavior, blood acid-base balance, body thermoregulation, fatty acid profile in milk, sensorial analysis of milk and systemic variables of dairy cows. In experiment 1, 28 cows were allocated to a group either CTL (No feed additive) or MOE (150 mg/kg of TMR DM) for 56 d. In experiment 2, 30 cows were distributed among the treatments: CTL, BEO (200 mg/kg of TMR DM) or monensin (MON. 15 mg/kg of TMR DM) for 58 d. In both experiments the additives were included in the TMR twice a day. In experiment 1, BEO increased feed efficiency (1.53 vs. 1.62) with a decrease of 600 g/d in dry matter intake and an increase of 700 g/d in milk yield. Cows fed BEO sorted in favor of short feed particles in the morning. The BEO reduced the ratio between acetate and propionate in rumen. The supplementation with BEO tended to increase the digestibility of non-NDF organic matter and meal size, and reduced the daily secretion of 18:2 trans-10, cis-12 and 18:0 iso fatty acids in milk. In the milk sensorial evaluation, 58.7 % of the consumers correctly identified the milk sample from cows fed BEO. In experiment 2, milk protein yield and body weight were improved by BEO. The supplementation with BEO tended to increase milk yield from 33.0 to 34.4 kg/d in comparison to CTL and energy-corrected milk from 31.3 to 32.6 kg/d compared to MON. The proportion of acetate was increased, whereas the butyrate and methyl butyrate were reduced by BEO. The MON depressed the microbial protein synthesis and tended to reduce acetate to propionate ratio in the rumen relative to BEO. The feed additives promoted an increase in the area and diameter of the caudal artery. Cows fed BEO tended to reduce rumination time and increased the number of meals in the afternoon. Blood urea nitrogen was highest in BEO cows four hours after the first feeding of the day comparing to CTL. In both experiments, the inclusion of BEO increased the oxygen content in the blood and the sweating rate. There was a decrease in the proportion of cows with rectal temperature 39.2 °C at 1400 and 2000 h in experiment 1 and at 1600 and 2200 h in experiment 2. Rectal temperature tended to be lowest in BEO cows at 1400 h relative to CTL in the experiment 2. Supplementation with BEO improved lactation performance relative to non-supplemented cows, and promoted a decrease in the sweating rate and body temperature of dairy cows.
Biblioteca responsável: BR68.1