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EFEITO DA TEMPERATURA SOBRE O DESEMPENHO AERÓBICO DE JUVENIS DE TAMBAQUI (Colossoma macropomum, Cuvier, 1818)

DANILO DA COSTA BARROSO.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-207392

Resumo

Na Amazônia, muitas espécies de peixes dependem da camada superficial da coluna dágua para respirar, impondo um aumento á exposição de radiação e temperaturas mais elevadas. Temperaturas elevadas provocam redução da solubilidade do oxigênio na água, bem como aumento na taxa metabólica dos peixes, sendo que esta última varia conforme o comportamento de natação entre sedentários e ativos. Os sistemas respiratórios e circulatórios, que são responsáveis por fornecer oxigênio para o corpo do animal, podem não atender a demanda energética, resultando assim, em uma mudança do metabolismo aeróbico para o anaeróbico. Deste modo, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da elevação da temperatura da água sobre o metabolismo do Colossoma macropomum em fase estacionária e durante a natação. Juvenis de tambaqui foram aclimatados 21 dias a quatro temperaturas experimentais 28°C, 31°C, 33°C e 35°C. Posteriormente, seis peixes das diferentes temperaturas foram transferidos para câmaras de respirometria para mensurar a taxa metabólica de basal ou de rotina (TMR). Posteriormente, outros seis indivíduos foram transferidos individualmente para um túnel de natação com capacidade de 5 litros para mensurar a taxa metabólica máxima (TMM), velocidade crítica de natação (Ucrit), tempo de fadiga e escopo aeróbico. Para avaliar as condições hematológicas dos animais submetidos às medidas da taxa metabólica de rotina (TMR) (n=6) e a da taxa metabólica máxima (TMM) (n=6), amostras de sangue foram obtidas por meio de punção do vaso caudal. Com o sangue total foram determinados: hematócrito (Ht), contagem de eritrócitos (RBC), hemoglobina (Hb) e constantes corpusculares (VCM, HCM e CHCM) e com o plasma foram determinados glicose e lactato. Fígado e músculo branco foram utilizados para quantificar o lactato e medir a atividade da enzima LDH. Os resultados revelaram que a temperatura não causa alteração na taxa metabólica basal de tambaqui nesta fase de desenvolvimento, bem como na velocidade critica de natação (Ucrit) e nas variáveis secundárias como: tempo de fadiga e escopo aeróbico. Contudo, para a taxa metabólica máxima as temperaturas e os incrementos de velocidade tiveram influência. Para os paramentos hematológicos, a temperatura mostrou influência sobre os seguintes paramentos: Ht (%), Hb (mg/l), RBC (x106/mm3), VCM (m-3) e CHCM. A natação teve influência sobre o Ht (%) e HCM (pg). Para os parâmetros bioquímicos e enzimáticos as temperaturas tiveram influência sobre a glicose dos animais não exercitados, lactato no músculo branco dos animais não exercitados e exercitados, lactato no fígado dos animais exercitados. Atividade da LDH no músculo branco e fígado nos animais exercitados também foi influenciada pela temperatura. Conclui-se que a faixa de temperatura estudada não afeta o metabolismo aeróbico do tambaqui, porém, os animais reajustam os parâmentos hematológicos e bioquímicos como forma de garantir um ótimo desempenho natatório para a espécie independente da temperatura de aclimatação.
In the Amazon, many fish species depend on the aquatic surface layer for breathing, imposing an increase in radiation exposure and exposure to higher temperatures. High temperatures cause a decrease in the solubility of oxygen in the water, as well as an increase in the metabolic rate of fish, which varies according to the swimming behavior between sedentary and active fish. The respiratory and circulatory systems, which are responsible for supplying oxygen to the animal's body, may not meet the energy demand, resulting in the activation of anaerobic metabolism with a concomitant decrease in aerobic rates. Thus, the objective of the present study was to evaluate the effects of temperature increase on the metabolism of Colossoma macropomum. Tambaqui juveniles were acclimated for 21 days to four experimental sets 28°C, 31°C, 33°C and 35°C. Subsequently, six fish of different temperatures were transferred to respirometry chambers to measure the routine metabolic rate (MRR). Subsequently, six other individuals were individually transferred to the 5-liter swimming tunnel to measure the maximum metabolic rate (MMR), critical swimming velocity (Ucrit), swimming time, and aerobic scope. In order to evaluate the hematological conditions of the animals submitted to routine metabolic rate (MRR) (n= 6) and maximal metabolic rate (MMR) (n = 6), blood samples were obtained from caudal vessel. Hematocrit (Ht), erythrocyte count (RBC), hemoglobin (Hb) and corpuscular constants (MCV, MCH and MCHC) were determined, along with plasma glucose and lactate. Liver and white muscle tissues were used to quantify lactate and LDH enzyme activity. Temperature neither caused changes in the basal metabolic rate of tambaqui, and critical speed of swimming (Ucrit) in this phase of life (juvenile), nor in the secondary variables such as fatigue time and aerobic scope. However, for the maximum metabolic rate, the temperatures and the speed increments influenced the values of oxygen consumption. Temperature affected also the hematological parameters, influencing Hct, Hb concentration, RBC, MCV, and MCHC. Swimming efforts influenced Hct and MCH. Temperature also influenced biochemical and enzymatic parameters; plasma glucose of non-exercised animals, white muscle lactate of non exercised and exercised animals, lactate on liver of exercised animals, and LDH activity in the white muscle and liver of exercised animals. Thus, we may conclude that the temperature range used in this study, did not affect the aerobic metabolism of tambaqui; however, the animals readjusted their hematological and biochemical parameters as a way to guarantee an optimal swimming performance for the species independent of the acclimation temperature
Biblioteca responsável: BR68.1