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Malassezia pachydermatis DE ORIGEM VETERINÁRIA: SENSIBILIDADE ANTIFÚNGICA, VIRULÊNCIA IN VITRO E PATOGENICIDADE EM Caenorhabditis elegans

MARIA GLEICIANE DA ROCHA.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-207797

Resumo

Malassezia pachydermatis é uma levedura componente da microbiota de cães e gatos, no entanto há trabalhos relatando casos de otite e dermatite seborreica nesses animais. O objetivo deste estudo foi determinar a sensibilidade antifúngica e avaliar a virulência e a patogenicidade de 25 cepas de M. pachydermatis de origem animal. A sensibilidade de células planctônicas ao cetoconazol, fluconazol, itraconazol, voriconazol, terbinafina e anfotericina B foi avaliada através do ensaio de microdiluição em caldo. Ademais, foi investigada a produção de biofilme, proteases, fosfolipases, hemolisinas, produção de melanina e adesão a células epiteliais por essas leveduras. Por fim, foi avaliada a patogenicidade das cepas frente ao Caenorhabditis elegans. Quanto à sensibilidade planctônica, as concentrações inibitórias mínimas variaram de <0,03 a >64 g/mL para os derivados azólicos, 0,03 a 0,25 para a terbinafina e 1 a >16 g/mL para anfotericina B. Todas as cepas foram classificadas como fortes produtoras de biofilme. Cetoconazol, fluconazol e anfotericina B apresentaram os melhores resultados de redução da atividade metabólica frente aos biofilmes maduros. Todos os isolados fúngicos foram positivos para a produção de proteases, enquanto 14/25 cepas foram positivas para fosfolipases. Não foi observado atividade hemolítica e 18/25 cepas apresentaram uma pigmentação escura, após exposição à L-DOPA, sugestivo de melanina. No tocante à adesão a células epiteliais, uma baixa adesão foi observada em 10/12 cepas avaliadas. A taxa de mortalidade de C. elegans chegou a 95,9%, após 96h de exposição a M. pachydermatis. Em suma, foram encontrados baixos valores de CIMs para terbinafina contra M. pachydermatis. Ademais, essa espécie apresenta produção de importantes fatores de virulência e alta patogenicidade para o modelo C. elegans, evidenciando sua importância clínica.
The yeast Malassezia pachydermatis is a component of the microbiota of dogs and cats, however it can cause otitis and seborrheic dermatitis in these animals. The objective of this study was to determine the antifungal susceptibility, and evaluate virulence and pathogenicity of 25 M. pachydermatis strains from animals. Planktonic cells susceptibility to ketoconazole, fluconazole, itraconazole, voriconazole, terbinafine, and amphotericin B was evaluated by broth microdilution assay. In addition, the biofilm-forming ability, protease, phospholipase, hemolysin, melanin production and adhesion to epithelial cells by this yeast species were assessed. Finally, strain pathogenicity was investigated using the nematode Caenorhabditis elegans. Concerning the planktonic susceptibility, minimum inhibitory concentrations varied from <0.03 to >64 g/mL for azole derivatives, 0.03 to 0.25 for terbinafine and 1 to >16 g/mL for amphotericin B. All strains were classified as strong biofilm producers. Ketoconazole, fluconazole and amphotericin B significantly decreased the metabolic activity of mature biofilms. All fungal isolates produced proteases, whereas 14/25 strains were positive for phospholipase production. Hemolytic activity was not observed and 18/25 strains showed dark pigmentation, in the presence of L-DOPA, which suggests melanin production. Regarding adhesion to epithelial cells, a low adhesion rate was observed in 10/12 evaluated strains. C. elegans mortality rate reached 95.9% after 96 h of exposure of the worms to M. pachydermatis. In summary, low MICs were found for terbinafine against M. pachydermatis. In addition, this yeast species produces important virulence factors and presents high pathogenicity to the C. elegans model, corroborating its clinical importance.
Biblioteca responsável: BR68.1