Your browser doesn't support javascript.

Portal de Pesquisa da BVS Veterinária

Informação e Conhecimento para a Saúde

Home > Pesquisa > ()
Imprimir Exportar

Formato de exportação:

Exportar

Exportar:

Email
Adicionar mais destinatários

Enviar resultado
| |

EFEITO DE DIFERENTES SUPLEMENTAÇÕES ENERGÉTICAS SOBRE AS CONCENTRAÇÕES DE CORTISOL SALIVAR E SANGUÍNEO EM EQUINOS SUBMETIDOS A EXERCÍCIO FÍSICO

BIANCA NOGUEIRA PACHECO LIMBERTI.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-207829

Resumo

O presente estudo teve por objetivo comparar os níveis de cortisol salivar e sanguíneo de equinos submetidos a testes de esforço físico em esteira ergométrica e avaliar se diferentes tipos de dieta influenciam nos níveis de cortisol sanguíneo e salivar destes, elucidando potenciais suplementações nutritivas que possam melhorar o desemprenho de cavalos em treinamento. Foram utilizados onze cavalos da raça Brasileiro de Hipismo (BH) e o teste de esforço físico foi realizado em esteira ergométrica com 14 minutos de exercício e 10 minutos de recuperação. A primeira coleta salivar e sanguínea foi realizada na baia em repouso (T0), as coletas T1, T2 e T3 foram realizadas imediatamente ao término, 10 e 30 min após o teste de esforço físico respectivamente. Foram conduzidos dois ensaios, no ensaio I, os equinos foram alimentados com dieta composta por concentrado contendo amido e lipídeos como fonte energética (Pró-Cavalo®) (ração controle) e feno de coast-cross (Cynodon dactylon) como volumoso, foi verificada correlação positiva entre os níveis de cortisol sanguíneo e salivar (r = 0,37, P = 0,01). Não foi encontrada correlação entre o volume de saliva coletada e a concentração de cortisol na amostra (r=0,21, P=0,15). Quando se comparou a média dos valores da concentração do cortisol sanguíneo nos diferentes momentos de coleta, observaram-se diferenças (p<0,05) nas concentrações de T0 (15,7±7,2 ng/mL) e T1 (14,9±5,9 ng/mL) em relação a T3 (21,9±6,6 ng/mL). No cortisol salivar embora os valores tenham começado a se elevar em T3 não foi verificada diferença entre os tempos T0 (3,2±3,6 ng/mL), T1 (3,5±3,2 ng/mL), T2 (3,4±1,8 ng/mL) e T3 (5,1±2,8 ng/mL) sugerindo que a elevação dos níveis de cortisol salivar é mais lenta, quando comparada ao sanguíneo. No ensaio II, três meses antes do teste de esforço físico, os mesmos onze cavalos foram divididos em 2 grupos.O grupo AR, composto por seis animais, foram alimentados com dieta composta por concentrado contendo lipídeos como principal fonte energética (Poli-Horse Athletic AR®), o grupo AE, formado por cinco animais, foram alimentados com dieta composta por concentrado contendo amido como principal fonte energética (Poli-Horse Athletic AE®). Todos os animais recebiam além do concentrado, feno de coast-cross (Cynodon dactylon) como volumoso.Foi verificada correlação positiva entre os níveis de cortisol sanguíneo e salivar em ambos os grupos: AR (r=0,56, P<0,001) e AE (r=0,44, P<0,001). As médias dos valores da concentração do cortisol sanguíneo nos diferentes momentos de coleta do grupo AR se elevaram mais precocemente que os do grupo AE, que só demonstrou aumento no cortisol sanguíneo em T3. No cortisol salivar, as médias dos valores nos diferentes momentos da coleta teveum aumento significativo no grupo AR em T3. Já no grupo AE não foi possível observar esta elevação, corroborando com a hipótese de que a dieta utilizada no grupo AR causou uma elevação de cortisol anterior a do grupo AE. Observou-se que os animais do grupo AR apresentaram elevação no cortisol circulante mais precoce que os do grupo AE demonstrando que as vias metabólicas preferenciais para obtenção de energia de cada grupo podem ter interferido durante o teste de esforço físico, porém, ao final de 30 minutos os níveis de cortisol salivar e sanguíneo eram similares entre si. Assim, a saliva pode ser utilizada para mensurar as variações do cortisol circulante nos animais submetidos a exercício físico econclui-se que o desempenho dos equinos foi semelhante, independentemente da fonte de energia utilizada na alimentação, sugerindo que a utilização de amido ou lipídeos como fonte de energia, durante 90 dias, não alterou os valores de cortisol dos equinos, somente o tempo de resposta.
The objective of the present study was to compare the levels of salivary and blood cortisol of horses submitted to physical exercise tests on the treadmill and to evaluate if different types of diet influence blood and salivary cortisol levels, elucidating potential nutritional supplements that can improve the performance of horses in training. Eleven Brazilian Saddle Horses (BH) were used and the exercise test was performed on a treadmill with 14 minutes of exercise and 10 minutes of recovery. The first salivary and blood collection was performed at resting bay (T0), the T1, T2 and T3 collections were performed immediately at the end, 10 and 30 min after the physical exercise test, respectively. Two trials were conducted in trial I, equines were fed a diet composed of starch-containing concentrate and lipids as energy source (Pro-Cavalo®) (control ration) and coast-cross hay (Cynodon dactylon) as fibre and verified positive correlation between blood and salivary cortisol levels (r = 0.37, P = 0.01). No correlation was found between the volume of saliva collected and the concentration of cortisol in the sample (r = 0.21, P = 0.15). When comparing the mean values of the blood cortisol concentration at the different collection moments, differences (P <0.05) were observed in the concentrations of T0 (15.7 ± 7.2 ng / mL) and T1 (14, 9 ± 5.9 ng / mL) relative to T3 (21.9 ± 6.6 ng / mL). In salivary cortisol, although the values started to rise in T3, there was no difference between T0 (3.2 ± 3.6 ng / mL), T1 (3.5 ± 3.2 ng / mL), T2 (3.4 ± 1.8 ng / mL) and T3 (5.1 ± 2.8 ng / mL) suggesting that the elevation of salivary cortisol levels is slower when compared to blood. In trial II, three months before the experiment, the same eleven horses were divided into 2 groups. The AR group, composed of six animals, was fed a diet composed of a concentrate containing lipids as the main energy source (Poli-Horse Athletic AR®), the group AE, composed of five animals, was fed a diet composed of concentrate containing starch as the main source of energy (Poli-Horse Athletic AE®). All the animals received besides the concentrated, coast-cross hay (Cynodon dactylon) as bulky. There was a positive correlation between blood and salivary cortisol levels in both groups: RA (r = 0.56, P <0.001) and AE (r = 0.44, P <0.001). The mean values of blood cortisol concentration at different times of collection of the AR group were higher earlier than those of the AE group, which only showed an increase in blood cortisol in T3. In salivary cortisol, mean values at different times of collection had a significant increase in the AR group in T3. In the AE group, it was not possible to observe this elevation, corroborating the hypothesis that the diet used in the AR group caused a cortisol elevation anterior to that in the AE group. It was observed that the animals of the AR group had higher circulating cortisol earlier than those of the AE group, demonstrating that the preferred metabolic pathways for obtaining energy from each group may have differed during the physical exercise test, but at the end of 30 minutes the levels of salivary and blood cortisol were similar to each other. Thus, saliva can be used to measure circulating cortisol variations in animals submitted to physical exercise and it is concluded that equine performance was similar regardless of the source of energy used in the diet, suggesting that the use of starch or lipids as energy source for 90 days, did not alter the cortisol values of the horses, only the response time.
Biblioteca responsável: BR68.1