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TÚNICA VAGINAL AUTÓGENA PARA REPARAÇÃO DO DIAFRAGMA PÉLVICO EM CÃES

LAILA PIRES CAIRES.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-207853

Resumo

As técnicas cirúrgicas indicadas para tratamento da hérnia perineal em cães são diversas, com destaque para o emprego de enxertos biológicos ou sintéticos na reparação do diafragma pélvico, incluindo a orquiectomia como terapia adjuvante. A túnica vaginal, disponibilizada após a orquiectomia, a exemplo de outras membranas biológicas, possui características ideais para enxertia, com relatos de seu emprego na reparação de diversos tecidos, inclusive do diafragma pélvico, sob a forma de enxerto autógeno pediculado ou livre. Desta forma, tencionou-se, em primeiro momento, analisar e descrever seu emprego, sob a forma de enxerto autólogo livre em única camada para correção do diafragma pélvico de um cão de 10 anos, portador de hérnia perineal bilateral (Capítulo 1). O animal foi acompanhado por um período de 500 dias de pós-operatório, mediante avaliações clínicas periódicas, sem a presença de quaisquer sinais de complicações ou recidiva. Diante dos promissores resultados obtidos neste caso, observou-se que este tipo de enxertia poderia ser uma opção viável para o reparo do diafragma pélvico de cães portadores de hérnia perineal e buscou-se, desta forma, avaliar a exequibilidade e aplicabilidade da túnica vaginal como enxerto autólogo livre em única camada, para a reparação do diafragma pélvico em cães portadores de hérnia perineal (Capítulos 2 e 3). A tática cirúrgica empregada constou de orquiectomia e coleta das túnicas vaginais de ambos os testículos, que em seguida foram preparadas para aplicação. Posteriormente, realizou-se abordagem ao processo herniário, com inspeção e redução de seu conteúdo, seguido de debridamento muscular. Em nove animais (Capítulo 2), a túnica vaginal foi fixada diretamente à musculatura remanescente do diafragma pélvico, e em oito animais (Capítulo 3), após síntese primária do defeito herniário, o enxerto foi aplicado como reforço ao diafragma pélvico. Após a oclusão por sutura intradérmica e síntese cutânea, manteve-se as mesmas observações transoperatórias. As avaliações clínicas foram realizadas por um período mínimo de 365 a 550 dias após a cirurgia para os animais submetidos à herniorrafia com aplicação da túnica vaginal para oclusão do anel herniário, e de 120 dias até 750 dias para aqueles submetidos à aplicação do enxerto como reforço à síntese muscular primária. Em ambas as técnicas, o enxerto apresentou fácil aplicabilidade, forneceu imediata resistência à musculatura remanescente, favoreceu o processo cicatricial e a integridade tecidual, sendo incorporado e estimulando a formação de tecido conjuntivo, além de minimizar o risco de rejeições e recidivas. Desta forma, conclui-se que o enxerto autólogo livre de túnica vaginal em única camada, é exequível e aplicável para o reparo do diafragma pélvico e tem significativo valor terapêutico no tratamento da hérnia perineal em cães.
The surgical techniques indicated for perineal hernia treatment in dogs are diverse, with emphasis on the use of biological or synthetic grafts on the pelvic diaphragm repair, including orchiectomy as an adjuvant therapy. The tunica vaginalis, available after orchiectomy, like other biological membranes, has ideal characteristics for grafting, with reports of its use in the repair of several tissues, including the pelvic diaphragm, in the form of a pedicled or free autogenous graft. In this way, it was originally intended to analyze and describe its use as a single-layer free autologous graft for correction of the pelvic diaphragm of a 10-year-old dog with bilateral perineal hernia (Chapter 1). The animal was accompanied for a period of 500 postoperative days, through periodic clinical evaluations, without the presence of any signs of complications or relapse. In view of the promising results obtained in this case, it was observed that this type of grafting could be a viable option for the repair of the pelvic diaphragm of dogs with perineal hernia, and the aim was to comparatively evaluate the feasibility and applicability of the tunica vaginalis as a single-layer free autologous graft for repair of the pelvic diaphragm in a further 15 dogs with perineal hernia (Chapter 2). The surgical tactic employed consisted of orchiectomy and collection of the tunica vaginalis of both testicles, which were then prepared for application. Posterior the approach to the hernial process, with inspection and reduction of its content, followed by muscular debridement, in the GI animals the tunica vaginalis was fixed directly to the remaining pelvic diaphragm muscles, and in animals of the GII, after primary synthesis of the hernia defect, the graft was applied as a reinforcement to the pelvic diaphragm. After the intradermal suture occlusion and cutaneous synthesis, the same transoperatory observations were maintained. Clinical evaluations were performed for a minimum period of 90 days, up to 500 days after the surgery. In both cases, the graft presented easy applicability, provided immediate resistance to the remaining musculature, favored the cicatricial process and tissue integrity, being incorporated and stimulating the formation of connective tissue, besides minimizing the risk of rejection, recurrence and operational costs. Thus, it is concluded that the autologous graft free of single-layer tunica vaginalis is feasible and applicable for the repair of the pelvic diaphragm and has significant therapeutic value in the perineal hernia treatment in dogs, but its therapeutic value and effectiveness were higher when used as a reinforcement of classical herniorrhaphy.
Biblioteca responsável: BR68.1