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Isolamento, caracterização e avaliação da patogenicidade de Pythium spp. de ecossistemas de água doce no estado do Rio Grande do Sul e influência da temperatura na zoosporogênese de Pythium insidiosum

CRISTINA GOMES ZAMBRANO.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-207947

Resumo

Pythium insidiosum é o agente etiológico da pitiose, uma doença grave e emergente que acomete os mamíferos. Seu ciclo biológico ocorre em ambientes aquáticos dando origem a zoósporos infectantes. O presente estudo objetivou isolar e caracterizar espécies de Pythium que habitam ambientes aquáticos no Rio Grande do Sul, Brasil; avaliar a patogenicidade das espécies isoladas empregando coelhos como modelo experimental; bem como verificar a influência de diferentes temperaturas sobre a zoosporogênese in vitro de P. insidiosum. Foram coletadas 186 amostras de água de ambientes aquáticos em 13 municípios das regiões Sul, Central e Oeste do Rio Grande do Sul, com o objetivo de isolar e caracterizar espécies de Pythium e avaliar a sua patogenicidade empregando coelhos como modelo experimental. Em 11,8% (n=22) das águas coletadas foram isoladas diferentes espécies de Pythium incluindo: P. insidiosum (n=01), P. catenulatum (n=03), P. pachycaule voucher (n=01), P. rhizo-oryzae (n=03), P. torulosum (n=04) e Pythium spp. (n=10). Zoósporos desses micro-organismos foram produzidos in vitro e inoculados por via subcutânea em coelhos, os quais foram avaliados durante 45 dias. Dentre os oomicetos testados, apenas P. insidiosum evidenciou patogenicidade, causando pitiose no modelo experimental, evidenciando que, em nossas condições, apenas esta espécie de Pythium é patógena para mamíferos. Para verificar a influência de diferentes temperaturas sobre a zoosporogênese in vitro de P. insidiosum, isolados brasileiros de P. insidiosum (n=26) foram submetidos à zoosporogênese e incubados nas temperaturas de 5,15, 20 e 37. Fragmentos de grama foram avaliados em microscopia ótica nas primeiras 4, 8 e 24 horas de incubação (1a etapa do experimento). Após, todos os isolados foram incubados a 37 (grupo controle) e avaliados nos mesmos períodos (2a etapa do experimento). Avaliou-se o desenvolvimento de hifas, presença de vesículas, zoosporângios e zoósporos. A 5 observou-se apenas presença de hifas curtas nas bordas dos fragmentos de grama. Em 15, as hifas apresentavam-se em desenvolvimento ou longas e dois isolados produziram zoósporos. Quando os isolados foram submetidos a 20/4horas verificou-se a presença de hifas longas e miceliais, vesículas, zoosporângios e zoósporos, o que se manteve nos demais períodos avaliados. Os isolados que anteriormente estavam a 5 e 15, e posteriormente foram transferidos para 37, evidenciaram hifas em desenvolvimento e longas com presença de vesículas, zoosporângios e zoósporos em 4 horas de incubação, sendo essas características mantidas nos demais períodos avaliados. Os isolados mantidos a 37 na 1a etapa do experimento apresentaram zoosporogênese evidente nas primeiras 4 horas de avaliação. Evidencia-se que em temperaturas baixas (5 e 15) a viabilidade de P. insidiosum é mantida. No entanto, quando este oomiceto é submetido a temperaturas mais elevadas (20 e 37) a zoosporogênese com a liberação de zoósporos é induzida em um período curto de tempo.
Pythium insidiosum is the agent etiological da pythiosis, a serious and emerging disease affecting mammals. Its biological cycle occurs in aquatic environments giving rise to infectious zoospores. The present study aimed to isolate and characterize Pythium species which in habit aquatic environments in Rio Grande do Sul State, Brazil; evaluate isolated the species pathogenicity by using rabbits as an experimental model; as well as verify the influence of different temperatures on in vitro P. Insidiosum zoosporogenisis.A total of 186 water samples from aquatic environments were collected from 13 municipalities in Southern, Central and Western areas of Rio Grande do Sul State for the purpose of isolating and characterizing Pythium species and evaluating their pathogenicity using rabbits as an experimental model. Different Pythium species were isolated In 11.8% (n = 22) of the collected samples, including P. insidiosum (n = 01), P. catenulatum (n = 03), P. pachycaule voucher (n = 01), P. Rhizo-oryzae (n = 03), P. torulosum (n = 04) and Pythium spp. (n = 10). Zoospores of these microorganisms were produced in vitro and inoculated subcutaneously into rabbits, which were evaluated for 45 days. Of all oomycetes tested, only P. insidiosum showed pathogenicity, causing pythiosis in the experimental model, thus evidencing that, under the analyzed conditions, only this Phythium species is pathogenic to mammals.In order to verify the influence of different temperatures on in vitro P. Insidiosum zoosporogenesis, Brazilian P. insidiosum isolates (n = 26) were submitted to zoosporogenesis and incubated at 5, 15, 20 and 37. Grass fragments were evaluated under optical microscopy at the first 4, 8 and 24 hours of incubation (1st stage of the experiment). Afterwards, all isolates were incubated at 37 and evaluated at the same periods of time (2nd stage of the experiment). The development of hyphae, and the presence of vesicles, zoosporangia and zoospores were evaluated. At 5 only the presence of short hyphae at the edges of grass fragments was observed. In 15, hyphae were developing or elongated, and two isolates produced zoospores. When the isolates were submitted to 20/4 hours, the presence of long and mycelial hyphae, vesicles, zoosporangia and zoospores was observed, which was also the case at the remaining periods of time evaluated. Isolates which had been previously at 5 and 15 and later transferred to 37 evidenced developing and long hyphae with presence of vesicles, zoosporangia and zoospores within 4 hours of incubation; these characteristics were maintained at the other evaluated times.Isolates maintained at 37 in the 1 st stage of the experiment showed evident zoosporogenesis in the first 4 hours of evaluation. It was evidenced that at low temperatures (5 and 15), P. insidiosum viability was maintained. However, when this oomycete was subjected to higher temperatures (20 and 37) zoosporogenes is with the release of zoospores was induced in a short period of time.
Biblioteca responsável: BR68.1