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EXPRESSÃO GÊNICA OVARIANA EM CATETO (Pecari tajacu Linnaeus, 1758) APÓS TRATAMENTO HORMONAL COM GONADOTROFINAS

ANA CLARA NEGREIROS PARENTE CAPELA SAMPAIO.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-208014

Resumo

Dentre as espécies de animais silvestres na América Latina, o cateto (Pecari tajacu, Linnaeus 1758) vem despertando interesse comercial. Consequentemente, a caça indiscriminada associada à destruição de habitats, resulta numa diminuição do número de indivíduos de vida livre. Assim, o uso de biotécnicas reprodutivas pode gerar melhorias na manutenção dessa espécie em cativeiro e aumentarar sua produtividade, reduzindo sua caça e destruição de seus habitats. O presente estudo objetivou aplicar tratamentos hormonais de sincronização de estro em fêmeas de cateto adaptados de espécies domésticas. Assim, fêmeas foram estimuladas com dois protocolos hormonais de associação de gonadotrofinas, Dose Suína (SD) e Dose Alométrica (AD), e os tratamentos foram comparados quanto ao desenvolvimento folicular ovariano e à expressão gênica dos receptores para gonadotrofinas (FSHR e LHCGR) e dos genes que codificam o receptor de fator de crescimento transformador beta-1 (TGFR-1 ou ALK-5), receptor de proteína morfogênica óssea tipo 1A (BMPR1A ou ALK-3), receptor de proteína morfogênica óssea tipo 2 (BMPR2), além dos genes de referência gliceraldeído 3-fosfato desidrogenase (GAPDH), histona 2A (H2A) e a proteína de transcrição ubiquitinamente expressa (UXT). A resposta ovariana foi analisada quanto ao número de folículos antrais totais e classificados em três categorias quanto ao tamanho: P (<3mm), M (3-5mm) e G (>5mm). A taxa de ovulação foi registrada pelo número de corpos hemorrágicos (CH). A população pré-antral foi representada por fragmentos de córtex ovariano. A expressão dos referidos genes foi analizada por qPCR nos folículos antrais P, M, e G, em córtex e em CH. A quantidade de folículos P, M ou G foi semelhante (P>0,05) entre SD e AD. Entretanto, o tratamento SD produziu folículos G significativamente maiores (P<0,05) do que P ou M. Adicionalmente, esse tratamento produziu folículos G maiores do que o protocolo AD. Todos os genes estudados apresentaram abundância similar (P>0,05) em córtex e folículos P, M e G, comparando-se os tratamentos SD com AD. Os folículos grandes expressaram menos mRNA de FSHR (P<0,05) que córtex (SD) ou folículos pequenos (AD). Em relação ao LHCGR, a categoria M mostrou maior expressão (P<0,05) do que folículos P (no grupo SD) ou do que córtex (em AD). Os genes TGFR-1, BMPR1A e BMPR2 apresentaram menor expressão (P<0,05) em folículos M, quando comparado ao P (no grupo SD) ou ao córtex (em AD). Quanto à taxa de ovulação, o número de CH não foi alterado pela dose hormonal (P>0,05), sendo 4,00±1,17 e 2,50±0,43, para SD e AD respectivamente. Além disso a expressão de LHCGR foi similar nos CH (P>0,05) produzidos pelos tratamentos. Conforme a expressão relativa dos genes em folículos e córtex, é possível concluir que FSHR, TGFR-1, BMPR1A e BMPR2 são mais ativos no início e LHCGR na fase tardia do desenvolvimento folicular. Adicionalmente, as doses mais elevadas de eCG/hCG não aumentam a taxa de ovulação e CH não apresenta aumento da expressão de LHCGR. Finalmente, estudos são necessários para entender melhor a fisiologia reprodutiva de pecaris.
Among the species of Latin America wild animals, the collared peccary (Pecari tajacu, Linnaeus 1758) has aroused commercial interest. Consequently, indiscriminate hunting associated with habitat destruction results in a decrease in the number of free-living individuals. Thus, the use of reproductive biotechniques may generate improvements in the captive management and increase its productivity, reducing hunting and destruction of this species habitats. The present study aimed to apply hormonal treatments for estrus synchronization adapted from domestic species in peccary females. Therefore, females were stimulated with two hormonal protocols of association of gonadotropins, Swine Dose (SD) and Allometric Dose (AD), and treatments were compared for ovarian follicular development and gene expression of gonadotrophin receptors (FSHR and LHCGR) and (TGFR-1 or ALK-5), bone morphogenic protein receptor type 1A (BMPR1A or ALK-3), bone morphogenic protein receptor type 2 (BMPR2), besides housekeeping genes glyceraldehyde 3-phosphate dehydrogenase (GAPDH), histone 2A (H2A) and ubiquitinously expressed transcription protein (UXT). The ovarian response was analyzed for the number of total antral follicles and classified into three size categories: S (<3mm), M (3-5mm) and L (>5mm). The ovulation rate was recorded by the number of corpora hemorrhagica (CH). The preantral population was represented by fragments of ovarian cortex. Expression of genes was analyzed by qPCR in the antral follicles S, M, and L, in cortex and CH. The amount of follicles S, M or L was similar (P>0.05) between SD and AD. However, SD treatment produced significantly larger L follicles (P<0.05) than S or M. In addition, this treatment produced larger L follicles than AD protocol. All studied genes showed similar abundance (P>0.05) in cortex and follicles S, M and L, comparing SD treatment with AD. Large follicles expressed less FSHR mRNA (P<0.05) than cortex (SD) or small follicles (AD). Concerning LHCGR, M category showed higher expression (P<0.05) than S follicles (in the SD group) or cortex (in AD). The TGFR-1, BMPR1A and BMPR2 genes presented lower expression (P<0.05) in M follicles when compared to S (in the SD group) or to cortex (in AD). Regarding the ovulation rate, CH number was not altered by hormonal dose (P>0.05), being 4.00±1.17 and 2.50±0.43, for SD and AD respectively. In addition, the expression of LHCGR was similar between CH (P>0.05) produced by the treatments. According to the relative expression of the genes in follicles and cortex, it is possible to conclude that FSHR, TGFR-1, BMPR1A and BMPR2 are more active at the beginning and LHCGR at the late phase of follicular development. Additionally, higher doses of eCG/hCG do not increase ovulation rate and LHCGR expression does not increase in CH. Finally, studies are needed to better understand the reproductive physiology of peccaries.
Biblioteca responsável: BR68.1