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O comportamento doentio induzido por LPS é interrompido pelo estresse e por sua associação com selênio, sendo essa associação tóxica para ratos

TULIO ROBERTO RIBEIRO MAZUCO.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-208209

Resumo

O comportamento doentio é definido pelo conjunto de adaptações comportamentais e neuroimunes específicas, temporárias e benéficas que ocorre em resposta a processos infecciosos/inflamatórios. Porém, o comportamento doentio é um estado motivacional que pode ser modulado pelo contexto ambiental. O comportamento doentio foi induzido em ratos com o lipopolissacarídeo (LPS). Para verificar a melhora na expressão do comportamento doentio nós tratamos os ratos com o selênio. Esses ratos foram expostos ao estresse por contenção, e os seguintes paradigmas foram estudados: cura do organismo x preservação da espécie x luta ou fuga. Estudos da vocalização ultrassônica, dos comportamentos em campo aberto, do peso corporal, dos níveis séricos de IL-1 beta e IFN-gama, e de necropsia e histologia foram realizados. O LPS induziu comportamento doentio em ratos observado pela diminuição da atividade motora e exploratória e pelo aumento dos níveis de mediadores imunes pró-inflamatórios. A suplementação com o selênio não melhorou os sintomas do comportamento doentio. Portanto, a deficiência de selênio não se relacionou com o comportamento doentio. Com relação ao fator estresse, o comportamento dos ratos foi diferencialmente afetado: a exposição ao LPS não afetou o comportamento dos ratos na presença de estresse. Assim, durante eventos estressores, o comportamento doentio foi interrompido para priorizar comportamentos de sobrevivência, como a luta ou fuga. A associação de LPS, selênio e estresse induziu o comportamento doentio mesmo durante eventos estressores e causou a morte de mais da metade dos ratos deste grupo experimental. A necropsia revelou danos severos nas adrenais, fígado, cérebro e especialmente nos pulmões. A síndrome da angústia respiratória do adulto secundária ao choque circulatório foi a causa mortis. Assim, a associação de LPS, selênio e estresse foi tóxica para ratos.
Sickness behavior is considered part of the specific beneficial adaptive behavioral and neuroimmune changes that occur in response to infectious/inflammatory processes. However, sickness behavior is a motivational state that can be modulated by the environmental context. We induced sickness behavior in rats using lipopolysaccharides (LPS). Rats were treated with selenium in order to verify possible changes of sickness behavior expression. We exposed these rats to a restraint stress challenge and studied the paradigms: cure of the organism x preservation of the species x fight or flight. Studies of ultrasonic vocalizations, open-field behaviors, body weight, IL-1 beta and IFN-gamma serum levels, and necropsy and histology were performed. LPS induced sickness behavior in rats observed by decreased motor/exploratory activity and increased proinflammatory immune mediators levels. Selenium supplementation did not exert beneficial effects on the sickness behavior symptoms. Therefore, selenium deficiency was not related to sickness behavior expression. When analyzed with stress paradigm, the behavior of rats was differentially affected. LPS exposure did not affect behavior of rats in presence of stress. Thereby, sickness behavior was abrogated during stressor events to prioritize survival behaviors, such as fight or flight. However, the association of LPS, selenium, and stress induced sickness behavior even during stressor events and caused death of more than half rats of this experimental group. Necropsy revealed severe damages in adrenals, liver, brain, and especially in the lungs. Adult respiratory distress syndrome secondary to circulatory shock was the cause-mortis. Thus, the association of LPS, selenium, and stress was toxic for rats.
Biblioteca responsável: BR68.1