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FUMIGAÇÃO DO ISOTIOCIANATO DE ALILA CONTRA O CRESCIMENTO DE FUNGOS PRODUTORES DE MICOTOXINAS EM MILHO ESTOCADO

TIAGO DE MELO NAZARETH.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-208519

Resumo

A busca por novas substâncias a partir de fontes naturais tem ganhado importância no cenário mundial como alternativa ao uso de fungicidas sintéticos. Dentre esses compostos naturais, o isotiocianato de alila (AITC) tem se destacado pelo seu potencial antifúngico. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a eficiência do AITC na forma gasosa para a redução do crescimento de Aspergillus parasiticus e Fusarium verticillioides visando a redução da produção de micotoxinas (aflatoxinas AFB1, AFB2, AFG1 e AFG2; fumonisinas FB1 e FB2) em milho estocado por180 dias. Amostras de 300 g de grãos de milho foram tratados com AITC (0,5; 10 e 50 µL/L em volume do frasco) em frascos de vidro (830 mL), sendo então selados e armazenados por 2 dias sob condições ambientais de umidade e temperatura. Em seguida, os frascos foram abertos por 1 h para eliminar o excesso de AITC e inoculados respectivamente com 104 e 105 conídios/g de A. parasiticus CECT 2947 e F. verticillioides CECT 2983. Os grupos controle não receberam tratamento com AITC. Alíquotas de 10 g foram usadas para determinar a população fúngica após 0, 2, 7, 14, 30, 60, 90, 120, 150 e 180 dias. Similarmente, os níveis de aflatoxinas (B1, B2, G1 e G2), fumonisinas (FB1 e FB2) e AITC foram quantificados por HPLC nesses mesmos tempos. O AITC a 50 µL/L resultou na redução significativa (p<0,05) da população em 180 dias de estocagem, reduzindo 3,17 log UFC/g e 3,9 log UFC/g de A. parasiticus e F. verticillioides, respectivamente. Além disso, tratamentos com 10 e 50 µL/L evitaram a produção de FB1. Os níveis de AITC residual no milho tratado com 10 e 50 µL/L foram respectivamente, 6,5 e 29,1% após 14 dias, enquanto que somente o tratamento de 50 µL/L apresentava AITC residual (25,9%) nos grãos após 30 dias. O AITC residual não foi detectado no grupo tratado com 0,5 µL/L já após 2 dias. O tratamento profilático com AITC foi eficaz na redução da população fúngica e inibiu a produção de FB1. Por ser um composto volátil, o AITC mostrou-se capaz de penetrar no milho, sendo que doses de 50 µL/L apresentaram maior efeito residual. Todos esses resultados sugerem que o AITC pode ser usado como agente fumigante em silos ou até mesmo em embalagens, a fim de evitar a deterioração fúngica e, consequentemente, a produção de micotoxinas em grãos de milho.
The search for new substances from natural sources has gained importance worldwide as an alternative to synthetic fungicides. Among these natural compounds, allyl isothiocyanate (AITC) has been evaluated for its antifungal potential. The objective of the present study was to evaluate the efficiency of gaseous AITC to inhibit the growth of Aspergillus parasiticus and Fusarium verticillioides, and to reduce mycotoxin production (aflatoxins B1, B2, G1 and G2, fumonisins B1 and B2) in corn during 180 days of storage. Samples (300 g) of corn kernels were treated with AITC (0.5, 10 and 50 L/L) in glass jars (830 mL), then hermetically closed and stored for 2 d under normal environmental conditions. The flasks were opened for 1 h to let the excess of AITC to escape and inoculated with 104 and 105 spores/g of A. parasiticus CECT 2947 and F. verticillioides CECT 2983, respectively. Control groups were not treated with AITC. Aliquots of 10 g were used to determine the fungal population after 0, 2, 7, 14, 30, 60, 90, 120, 150 and 180 d. Similarly, levels of aflatoxins (B1, B2, G1 and G2), fumonisins (B1 and B2) and AITC were quantified by HPLC in these same time points using 5 g samples. AITC at 50 L/L resulted in a significant reduction of the fungal population (p <0.05) after 180 d of storage, decresing 3.17 log CFU/g and 3.9 log CFU/g of A. parasiticus and F verticillioides, respectively. In addition, treatments with 10 and 50 L/L prevented the production of FB1. Residual levels of AITC in corn treated with 10 and 50 L/L were 6.5 and 29.1% after 14 d;
Biblioteca responsável: BR68.1