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PLASTICIDADE MORFOLÓGICA DO HEPATOPÂNCREAS DE JUVENIS DE Macrobrachium amazonicum (HELLER, 1862) SUBMETIDOS A DIFERENTES REGIMES ALIMENTARES

JANAINA MUNIZ PICOLO.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-208819

Resumo

O camarão-da-amazônia, Macrobrachium amazonicum, é um camarão nativo sul americano que apresenta grande interesse econômico. Com o objetivo de melhorar os conhecimentos sobre alimentação dessa espécie, são necessários estudos sobre a morfologia do sistema digestório. Esses estudos são importantes tanto para o conhecimento sobre as populações naturais, quanto para a aplicação em sistemas de manejo alimentar na aquicultura, como frequência de arraçoamento e crescimento compensatório. O sistema digestório de crustáceos é composto pelos intestinos cranial, médio e caudal. O hepatopâncreas faz parte do intestino médio e possui diversas funções, tais como digerir e assimilar o alimento, além de estocar reservas energéticas e minerais. Esse órgão é composto por túbulos hepatopancreáticos, revestidos por epitélio pseudoestratificado que é composto por cinco tipos celulares: células E, R, F, B e M. Cada uma dessas células desempenha um papel específico no ciclo digestório. No presente estudo observamos a resposta morfológica do hepatopâncreas a diferentes condições de manejo alimentar, com períodos de alimentação regular, diferentes períodos de restrição alimentar e realimentação após diferentes períodos de restrição alimentar. Para tanto, utilizamos o peso relativo do hepatopâncreas, técnicas de histologia com colorações em HE, técnicas histoquímicas para detecção de mucossubstâncias neutras e ácidas, além de microscopia eletrônica de transmissão. Resultados apontaram que o hepatopâncreas de juvenis é semelhante aos dos animais adultos desta espécie e que é capaz de modular o perfil celular do epitélio hepatopancreático conforme a disponibilidade de alimento. O tempo de restrição alimentar foi determinante nas diferentes respostas morfológicas entre os grupos estudados. Essas diferenças foram visualizadas a nível histológico, histoquímico e ultraestrutural. No entanto, os animais puderam ser mantidos até cinco dias de restrição alimentar sem prejuízo morfológico ao hepatopâncreas. Todavia, um período maior sem alimento causou danos que não se reverteram quando houve a realimentação.
The Amazon river prawn Macrobrachium amazonicum is a native South American prawn and has great economic interest. In order to improve the feeding knowledge of this species, studies on the morphology of the digestive system are necessary. These studies are important both for knowledge about natural populations and for application in feeding management systems in aquaculture, such as frequency of feeding and compensatory growth. The crustacean digestive system consists of the anterior, middle and posterior intestines. The hepatopancreas is part of the midgut, and has several functions. Digesting and assimilating food, besides storing energy reserves and minerals, are some of its functions. This organ is composed of hepatopancreatic tubules, lined by pseudo-stratified epithelium composed of five cell types: E, R, F, B and M cells. Each of these cells plays a specific role in the digestive cycle. In the present study we observed the morphological response of hepatopancreas to different feeding management conditions, with periods of feeding, feed restriction, and feedback after different periods of feed restriction. Thus, we used the relative weight of hepatopancreas, histological techniques with staining in HE, histochemical techniques of neutral and acid mucosubstances, and transmission electron microscopy. We conclude that hepatopancreas of juveniles is similar to the adult animals of this species, and that it is able to modulate the cellular profile of the hepatopancreatic epithelium according to the availability of food. The food restriction time was determinant in the morphological responses, with differences between the different groups studied. These differences could be visualized at the histological, histochemical and ultrastructural levels. However, the animals could be maintained up to five days of food restriction without morphological damage to the hepatopancreas. However, a longer period without food caused damage that did not reverse when refeeding occurred.
Biblioteca responsável: BR68.1