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COMPORTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE CLONES DE PALMA FORRAGEIRA SOB DIFERENTES CONDIÇÕES DE CULTIVO

PAULO SERGIO FERREIRA DA SILVA.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-212090

Resumo

A utilização da palma forrageira no Nordeste brasileiro supre grande parte das necessidades de alimento e água para os rebanhos de ruminantes, principalmente em períodos críticos do ano. No entanto, a ocorrência de pragas, em destaque as cochonilhas do carmim (Dactylopius opuntiae Cockerell 1929) e de escama (Diaspis echinocacti Bouché 1833) podem comprometer a produção da planta. Objetivou-se avaliar características morfológicas e produtivas, bem como a incidência das cochonilhas em clones de palma forrageira cultivados nas condições de Agreste (São Bento do Una) e Sertão Pernambucano (Arcoverde) bem como em condições de casa de vegetação. Foram avaliados seis clones: IPA-20, F8, F21, Miúda, IPA Sertânia e Orelha de elefante mexicana. As plantas, em casa de vegetação, foram cultivadas em vasos durante o período de 360 dias em delineamento em blocos casualizados. Em campo, os genótipos foram casualizados em blocos, com três repetições, e realizadas duas colheitas bienais, em 2015 e 2017, conservando-se os artículos primários. Foram avaliadas altura e largura de planta; número de cladódios; comprimento, largura e espessura de cladódios, índice de área de cladódio, produção de forragem e estande de plantas. A incidência das cochonilhas foi avaliada a partir de escalas de notas variando de 0 a 5, em que a menor nota (0) representou ausência do inseto na planta e, a maior (5), representou presença em todos os cladódios da planta com alta infestação (>75%). Em casa de vegetação, a altura média observada dos seis clones avaliados foi de 48,94 cm. O clone IPA-20 apresentou valores superiores para comprimento e espessura, com 26,70 cm e 13,80 mm, respectivamente, enquanto o clone Orelha de elefante mexicana, com valores de 14,72 cm de comprimento e 7,93 mm de espessura como menores resultados. O clone Miúda se destacou com o maior número de cladódios (2,5 cladódio por planta) e quantidade de ordens de cladódios, atingindo até 1,25 cladódio de terceira ordem por planta. Houve infestação por cochonilha de escamas, principalmente no clone Orelha de elefante mexicana enquanto o clone IPA-20 não sofreu nenhum grau de infestação. O clone Orelha de elefante mexicana apresentou o maior valor para produção de matéria seca, com 132,88 g/vaso, seguido pelos clones F8 e IPA-20, com 125,16 e 116,60 g/vaso cada. Quanto ao experimento de campo, o clone IPA-20 foi o de maior altura em ambos os locais (84,5 e 132,2 cm para Arcoverde e São Bento do Una, respectivamente). Em Arcoverde, o clone F21 apresentou maior número de cladódios, com 55,0 cladódios/planta na primeira colheita. Em São Bento do Una, o clone Miúda teve o maior número de cladódios totais, com 65,7 cladódios/planta na primeira colheita. A primeira colheita teve produção de matéria seca superior em ambos os locais, com destaque em São Bento do Una, que teve produção de 19,2 t e MS/ha. Houve maior incidência de cochonilha do carmim no clone IPA-20, com notas de infestação próximas a 4, em ambos os locais. A cochonilha de escamas em Arcoverde apresentou maior infestação nos clones IPA Sertânia e Orelha de elefante mexicana, em São Bento do Una, houve uma alta infestação, com destaque para o clone Orelha de elefante mexicana com nota próxima de 4. O clone F21 teve mortalidade de 93% em Arcoverde, já em São Bento do Una o clone F8 foi o de maior mortalidade, com 43%. Em condições de casa de vegetação, os clones de palma não apresentaram variabilidade quanto às características morfológicas e produtivas avaliadas. Nas condições avaliadas, todos os clones de palma foram infestados por cochonilha de escama, a exceção do clone IPA-20. Já nas condições de campo, o clone Orelha de elefante mexicana é superior quanto as características morfológicas e produtivas. Os clones F21, F8 e Miúda apresentam dificuldade de estabelecimento, independentemente do local de cultivo, com alta mortalidade e redução de desempenho. A primeira colheita (2015) teve maior produtividade, independentemente do local de cultivo. O clone Orelha de elefante mexicana é mais susceptível a cochonilha de escama, enquanto o clone IPA-20 é vulnerável a do carmim. Os níveis de infestação pela cochonilha de escama são mais expressivos em São Bento do Una, com ocorrência de tal praga em todos os clones.
The use of fodder cactus forage in the Brazilian Northeast supplies most of the food and water needs of ruminant herds, especially during critical periods of the year. However, the occurrence of pests, especially carmine cochineal (Dactylopius opuntiae Cockerell 1929) and scales (Diaspis echinocacti Bouché 1833) can compromise the production of the plant. The objective was to evaluate morphological and productive characteristics, as well as the incidence of cochineals in forage palm clones cultivated in the conditions of Agreste (São Bento do Una) and Sertão Pernambucano (Arcoverde) as well as in conditions of greenhouse. Six clones were assessed: IPA-20, F8, F21, "Miúda", "IPA Sertânia" and "Orelha de elefante mexicana". The plants, in a greenhouse, were cultivated in pots during the 360-days period in randomized block delineation. In the field, the genotypes were randomized in blocks, with three repetitions, and two biennial harvests were performed in 2015 and 2017, preserving the primary articles. Plant height and width; number of cladodes; length, width and thickness of cladodes; index of cladodium area; fodder production and plant stand were evaluated. The incidence of cochineals was evaluated from scales of notes ranging from 0 to 5, in which the lowest score (0) represented absence of the insect in the plant and the highest (5), represented presence in all cladodes of the plant with high infestation (>75%). In a greenhouse, the average height observed of the six clones evaluated was 48.94 cm. The "IPA-20" clone had higher values for length and thickness, with 26.70 cm and 13.80 mm, respectively, while the "Orelha de elefante mexicana" clone had values of 14.72 cm in length and 7.93 mm in thickness as lower results. The "Miúda" clone stood out with the highest number of cladodes (2.5 cladodes per plant) and the number of cladode orders, reaching up to 1.25 third order cladodes per plant. Scale cochineal infestation occurred, especially in the "Orelha de elefante mexicana" clone, while the "IPA-20" clone did not suffer any degree of infestation. The "Orelha de elefante mexicana" clone showed the highest value for dry matter production, with 132.88 g/vaso, followed by "F8" and "IPA-20" clones, with 125.16 and 116.60 g/vaso each. Regarding the field experiment, the "IPA-20" clone was the highest in both locations (84.5 and 132.2 cm for Arcoverde and São Bento do Una, respectively). In Arcoverde, the clone "F21" presented a higher number of cladodes, with 55.0 cladodes/plant in the first harvest. In São Bento do Una, the "Miúda" clone had the highest number of total cladodes, with 65.7 cladodes/plant in the first harvest. The first harvest had a higher production of dry matter in both locations, especially in São Bento do Una, which had a production of 19.2 t and MS/ha. There was a higher incidence of carmine cochineal in the "IPA-20" clone, with infestation notes close to 4, in both sites. Scales cochineal in Arcoverde showed higher infestation in the clones "IPA Sertânia" and "Orelha de elefante mexicana", in São Bento do Una, there was a high infestation, especially in the clone "Orelha de elefante mexicana" with a score close to 4. The clone "F21" had mortality of 93% in Arcoverde, while in São Bento do Una the clone "F8" had the highest mortality, with 43%. In greenhouse conditions, the palm clones did not present variability regarding the morphological and productive characteristics evaluated. In the greenhouse, all palm clones were infested by scales cochineal, with the exception of the "IPA-20" clone. In the field conditions, the "Mexican elephant ear" clone is superior in terms of morphological and productive characteristics. The clones "F21", "F8" and " Miúda" present difficulties of establishment, independently of the place of culture, with high mortality and reduction of performance. The first harvest (2015) had higher productivity, regardless of the place of cultivation. The "Orelha de elefante mexicana" clone is more susceptible to scale cochineal, while the IPA-20 clone is vulnerable to carmine. Scale cochineal levels of infestation are most significant in São Bento do Una, with such a pest occurring in all clones.
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